quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Economia Politica dos Sistemas-Mundo: perguntas nao respondidas.

Participei, no dia 9 de agosto, de um dos painéis deste colóquio:

Economia Politica dos Sistemas-Mundo
Unicamp, 8 e 9 de agosto

O texto que serviu de base a minha apresentação (resumida em PowerPoint, neste link) é este aqui:

O Brasil na economia-mundo do último século (1910 a 2010)
(disponível neste link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2232BrEconMundo1910a2010.pdf)

Como sempre acontece em todo seminário, o tempo urge, e não sobre espaço para responder a todas as perguntas. Tive várias, que não consegui responder, e remeti alguns dos "perguntadores" a textos do meu site, ou blog, para os temas mais comuns que venho tratando ao longo do tempo.
Gostaria, contudo, de registrar algumas perguntas e deixar espaço aberto para tentar responder por meio de alguns trabalhos posteriores, talvez notas neste blog, ou artigos divulgados em meu site.

O debatedor, professor Helton Ricardo Ouriques, formulou questões interessantes, que registro resumidamente aqui:
1) Por que eu limitei-me a informar sobre a proteção tarifária antes de 1940 apenas, e não depois disso?
Respondi que antes de 1940 os países possuiam suas próprias políticas nacionais, de proteção à indústria nacional, etc; depois disso, surge o GATT e as condições para a formulação de políticas comerciais e a definição de tarifas mudam bastante, não sendo mais decididas unicamente no plano nacional.
2) Qual o papel do Estado e do sistema mundial no curso do processo brasileiro de modernização?
Muito complexo para ser exposto aqui, mas resslatei o papel das políticas nacionais no que somos hoje, com menor impacto das condições externas. O Estado certamente foi relevante, para o bem e para o mal, agora geralmente para o mal...
3) Modelo asiático de desenvolvimento, em especial papel do Estado na China?
Também complexo, mas inverti a relação, aliás expressa no título de Giovanni Arrighi: Adam Smith vai a Pequim. Disse que estava totalmente errado: era a China que foi a Escócia, e que o capitalismo está se desenvolvendo na China a despeito do Estado, não por causa do Estado... As pessoas fazem uma análise totalmente equivocada do processo chinês.

Muitas outras perguntas foram feitas: Prebisch, neoliberalismo, Ha-Joon Chang nosso modelo de desenvolvimento, etc.
Não pude responder a todas e me desculpo por isto.
Mas convido os interessados a me formular novamente as perguntas que vou tentar responder...
Paulo Roberto de Almeida

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.