Muitos outros capitalistas, até os mais honestos, já perderam bilhões com o reverso da fortuna. Lembro aqui o caso do homem mais rico do mundo, no início dos anos 1990: um japonês do mercado imobiliário, que tinha uma fortuna várias vezes superior ao do segundo da lista, Bill Gates, da Microsoft, com apenas 5 ou 6 bilhões de dólares. Bastou a bolha imobiliária e bancária do Japão estourar, em 1992, para ele ter evaporada parte de sua fortuna, ficando atrás de Bill Gates. Este, era o homem mais rico do mundo pouco antes do estouro da bolha das dot.com, em 2000, quando sua fortuna pode ter sido reduzida à metade, mas já na casa de algumas dezenas de bilhões de dólares.
São apenas dois casos, entre muitos, e entendo que eles não foram tão promíscuos quanto os personagens referidos na matéria abaixo, ou seja, eles não saíram comprando políticos e burocratas para fazer a sua fortuna, como certos bilionários de países emergentes. Melhor assim. E melhor que os muito ricos percam sua fortuna (que na verdade é fumaça, ou seja, capitalização exagerada, na maior parte das vezes), para torná-los mais humildes (o que eles nunca serão).
Paulo Roberto de Almeida
Colapso da fortuna de Eike atinge patrimônio de André Esteves
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