25/07/2013 - Redacao Midia@MaisO problema é o governo. Tire a grana da mão dele que tudo melhora. Coloque mais dinheiro na mão dele e a miséria será perpetuada.
É fácil repetir jargões vazios sem comprometimento com a realidade dos fatos. Um dos passatempos favoritos do “brasileiro consciente” é, sempre que aparentemente algo não está funcionando, pedir mais dinheiro público como “investimento no setor”. Agora os próprios técnicos do Tesouro Nacional admitem: de nada adianta aumentar o “dinheiro para a educação pública”, quando pelo menos 40% dos valores acabam desperdiçados ou desviados pela máquina corrupta.
Naercio Menezes Filho, economista especializado em Educação e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), afirma que mais dinheiro para a Educação não significa necessariamente melhoria da qualidade do ensino. Ele elogiou a rede pública de Sobral, no Ceará, que conseguiu avançar no Ideb com um ligeiro acréscimo de recursos:
— A gestão é tão importante quanto o volume de recursos — disse Naercio.
O economista está provavelmente equivocado neste detalhe: a gestão deve ser mais importante que o volume de recursos, especialmente quando consideramos que governos lidam com um dinheiro que não é seu, uma parcela da riqueza da sociedade que eles mesmos são incapazes de gerar.
O fato é que, brevemente, veremos mais adolescentes de cabeça vazia segurando cartolinas pedindo “mais verbas para a educação”, pedido que, caso atendido, somente aumentará o desperdício e o montante destinado à corrupção. Segundo a análise do Tesouro Nacional, “os recursos disponíveis são mais do que suficientes para o cumprimento das metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Logo, o problema dos municípios seria a má gestão e não a falta de dinheiro.”
Ou seja: o problema é o governo. Tire a grana da mão dele que tudo melhora. Coloque mais dinheiro na mão dele e a miséria será perpetuada. Simples assim.
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