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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Socialismo e papel higienico: a eterna contradicao dialetica - JanerCristaldo

Depois de ter aqui postado, pela quinta ou sexta vez, uma matéria sobre a falta de papel higiênico na Venezuela, recebi o link abaixo de uma postagem do inefável Janer Cristaldo sobre o mesmo problema, mas já em 2009, que reproduzo abaixo.
Donde se pode concluir que existe uma contradição insanável, irredutível, definitiva, entre o socialismo e o papel higiênico. Deparei-me com essa contradição dialética, perfeitamente marxista, em vários países do socialismo real que visitei, nos velhos tempos em que tal sistema existia. 
Oh, que saudades!
Era bem mais fácil, então, explicar para os incautos, as diiferenças entre socialismo e capitalismo. Como descobriu rapidamente meu filho de 4 anos, socialismo é quando falta papel higiênico. 
Imbatível como definição!
Paulo Roberto de Almeida

SOCIALISMO E PAPEL HIGIÊNICO
Blog do Janer Cristaldo
segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Desde há muito escrevo sobre essa estranha incompatibilidade entre socialismo e papel higiênico. Mesmo antes de viajar para países socialistas, eu ouvia relatos de turistas sobre o assunto. Não era fácil encontrar o artigo nos hotéis. Muitas agências recomendavam que o turista se munisse de um bom estoque de rolos, antes de viajar para a União Soviética.

O pior ocorreu na Romênia, em 1981. Em qualquer hotel que chegasse, a primeira coisa que tinha a fazer era pedir papel higiênico na portaria. Lembro que em Mangália, cidade litorânea do mar Negro, quando fui reclamar a uma moça da portaria com cara de sargento, ela me perguntou: "quantos dias o senhor vai ficar aqui?". Neste hotel, dois dias. Olhou-me então de alto a baixo, avaliou meu metabolismo, rasgou uns dois metros de um rolo e passou-me as tiras.

Em outras viagens a outros países socialistas, o problema não era tão grave, foram feitas perto da Queda do Muro ou depois. Mesmo assim, em 2000, nove anos após o desmoronamento da URSS, em São Petersburgo, tive de voltar a implorar papel higiênico na portaria do hotel.

De Cledson Ramos, amigo e leitor, recebo:

Oi Janer,

Sua tese da incompatibilidade entre Socialismo e papel higiênico continua válida:

"Neste ano, a Venezuela só conseguirá importar metade do que precisa, agravando o racionamento de produtos de primeira necessidade. Na semana passada, a venda de papel higiênico em alguns supermercados estava limitada a quatro rolos por consumidor."

*FONTE: http://veja.abril.com.br/180209/p_074.shtml

Um abraço,
Cledson


Assim, entende-se as altas tiragens do Pravda.

Um comentário:

Anônimo disse...

..."much ado about nothing"...ou...papel higiênico para quê?!...se não há o que comer...!...nos dias de hoje "obrar" na Venezuela é uma atividade "suntuária"!

Vale!