O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador papel higiênico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador papel higiênico. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Venezuela: falta papel, portanto...

Não, não é papel higiênico, embora ele possa estar faltando também. É que falta tudo na Venezuela, e desse ponto de vista podemos afirmar que ela já chegou ao socialismo.
O socialismo é o regime da penúria permanente, embora os verdadeiros crentes não creem nisso, eles sempre acham que se trata de uma sabotagem dos capitalistas (como se a estes agradasse, também, ficar sem papel higiênico).
Mas, está faltando papel de imprensa e isso é muito grave, pois os jornais simplesmente não podem existir sem papel.
Talvez seja essa mesma a intenção. Só ter o jornal, um jornal, o do Estado, o do partido.
Como em Cuba, aliás, onde também falta de tudo, inclusive papel higiênico.
E o pessoal usa o jornal do partido para...
Incômodo, mas na vida sempre tem um começo, depois se acostuma.
Os venezuelanos também vão se acostumar...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela desabastecimiento

Los periodicos de Venezuela amenazados por falta de papel

venezuela prensa
Infolatam AP
Caracas, 28 enero 2014

Las claves
  • Buena parte de los diarios latinoamericanos importan su papel de empresas productoras canadienses. Para hacer estas operaciones se necesita comprar dólares, cuya restricción fue establecida por el gobierno venezolano desde hace 11 años.
Periodistas y estudiantes de periodismo protestaron el martes en una avenida principal de la ciudad para exigir al gobierno que ponga a la venta dólares y así los periódicos puedan comprar papel, luego de que nueve diarios regionales clausuraran sus operaciones y en momentos en que esta crisis empieza a afectar a algunos de los grandes medios nacionales.
“Hay una situación de emergencia que debe ser resuelta en lo inmediato”, dijo el secretario general del Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa, Marco Ruíz, al confirmar que algunos de los principales diarios del país, como El Nacional, enfrentan un riesgo de cierre en las próximas semanas.
Miguel Henrique Otero, presidente editor del diario El Nacional, uno de los más grandes del país con una amplia circulación nacional, dijo recientemente que sólo dispone de reservas de papel hasta febrero.
Los diarios regionales El Impulso y el Correo del Caroní solo tienen papel para esta semana, según dijeron sus directivos.
En tanto que los periódicos “El Sol de Maturín”, “La Antorcha”, “Caribe”, “La Hora”, “Versión Final” cesaron sus operaciones en agosto de 2013; “Los Llanos” y “Diario de Sucre” en septiembre 2013 y “El Guayanés”, y “El Expreso” en enero de este año, según la organización no gubernamental Espacio Público, que se dedica a la defensa de los derechos de los periodistas y la libertad de expresión.
Los directivos del sindicato de prensa se reunieron el martes con un representante del Centro Nacional de Comercio Exterior para exponer la difícil situación que atraviesan diarios locales y el riesgo que enfrentan varios miles de trabajadores de perder sus puestos de trabajo ante un posible cierre de los diarios.
Ruiz indicó que si las autoridades no dan una respuesta esta semana los periodistas intensificarán sus protestas callejeras en los próximos días en instituciones gubernamentales.
Buena parte de los diarios latinoamericanos importan su papel de empresas productoras canadienses. Para hacer estas operaciones se necesita comprar dólares, cuya restricción fue establecida por el gobierno venezolano desde hace 11 años.
Los requisitos oficiales para vender divisas obligan a las empresas a obtener un permiso de importación de insumos, bienes y/o servicios, que en su mayoría no se producen en el país.
Durante la protesta los manifestantes bloquearon una avenida del suroeste de la capital frente a la entrada del organismo estatal.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Socialismo e papel higienico: a eterna contradicao dialetica - JanerCristaldo

Depois de ter aqui postado, pela quinta ou sexta vez, uma matéria sobre a falta de papel higiênico na Venezuela, recebi o link abaixo de uma postagem do inefável Janer Cristaldo sobre o mesmo problema, mas já em 2009, que reproduzo abaixo.
Donde se pode concluir que existe uma contradição insanável, irredutível, definitiva, entre o socialismo e o papel higiênico. Deparei-me com essa contradição dialética, perfeitamente marxista, em vários países do socialismo real que visitei, nos velhos tempos em que tal sistema existia. 
Oh, que saudades!
Era bem mais fácil, então, explicar para os incautos, as diiferenças entre socialismo e capitalismo. Como descobriu rapidamente meu filho de 4 anos, socialismo é quando falta papel higiênico. 
Imbatível como definição!
Paulo Roberto de Almeida

SOCIALISMO E PAPEL HIGIÊNICO
Blog do Janer Cristaldo
segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Desde há muito escrevo sobre essa estranha incompatibilidade entre socialismo e papel higiênico. Mesmo antes de viajar para países socialistas, eu ouvia relatos de turistas sobre o assunto. Não era fácil encontrar o artigo nos hotéis. Muitas agências recomendavam que o turista se munisse de um bom estoque de rolos, antes de viajar para a União Soviética.

O pior ocorreu na Romênia, em 1981. Em qualquer hotel que chegasse, a primeira coisa que tinha a fazer era pedir papel higiênico na portaria. Lembro que em Mangália, cidade litorânea do mar Negro, quando fui reclamar a uma moça da portaria com cara de sargento, ela me perguntou: "quantos dias o senhor vai ficar aqui?". Neste hotel, dois dias. Olhou-me então de alto a baixo, avaliou meu metabolismo, rasgou uns dois metros de um rolo e passou-me as tiras.

Em outras viagens a outros países socialistas, o problema não era tão grave, foram feitas perto da Queda do Muro ou depois. Mesmo assim, em 2000, nove anos após o desmoronamento da URSS, em São Petersburgo, tive de voltar a implorar papel higiênico na portaria do hotel.

De Cledson Ramos, amigo e leitor, recebo:

Oi Janer,

Sua tese da incompatibilidade entre Socialismo e papel higiênico continua válida:

"Neste ano, a Venezuela só conseguirá importar metade do que precisa, agravando o racionamento de produtos de primeira necessidade. Na semana passada, a venda de papel higiênico em alguns supermercados estava limitada a quatro rolos por consumidor."

*FONTE: http://veja.abril.com.br/180209/p_074.shtml

Um abraço,
Cledson


Assim, entende-se as altas tiragens do Pravda.

domingo, 22 de setembro de 2013

Socialismo e'... quando falta papel higienico, e quando a privada nao funciona... - Venezuela, of course

Nunca me esqueci desta definição perfeita do socialismo, que fez Pedro Paulo, meu filho, então com 4 anos, a quem, depois de percorrermos vários países socialistas da Europa central e oriental, no início dos anos 1980, eu tentava explicar as diferenças entre o socialismo e o capitalismo, onde ele nasceu, mais exatamente no capitalismo ideal da Suíça.
Depois de falar da propriedade privada dos meios de produção, do papel do Estado, e de todas aquelas coisas que estão nos melhores manuais do marxismo-leninismo, eu resolvi perguntar a ele.
"E aí Pedro, você entendeu as diferenças entre socialismo e capitalismo?"
Ele me olhou bem seriamente, e em vista de todas as nossas experiências por hoteis até de luxo na Europa oriental, me disse, o mais candidadamente possível o que vai no título:
"Ah, já sei. Socialismo é quando a privada não funciona e falta papel higiênico."

Achei perfeita a definição, muito melhor que todos os exercícios eruditos de comparação entre sistemas políticos e econômicos, genial na sua simplicidade, tanto que nunca esqueci, e não me canso de dizer: socialismo é quando falta papel higiênico...

Pois bem, sob esse ponto de vista, a Venezuela já é um país perfeitamente socialista...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela desabastecimiento

Ocupan fábrica de papel higiénico por abatecimiento

Reuters
Caracas, 22 de septiembre de 2013
Las claves
  • El desabastecimiento de alimentos, medicinas y otros productos se ha agravado este año en medio de una galopante inflación. Las largas filas frente a los supermercados son comunes cuando surten productos escasos.
  • "La decisión se tomó al observar la vulneración de este derecho en el acceso al rubro papel higiénico", dijo la jefa de la reguladora Superintendencia Nacional de Costos y Precios (Sundecop), Karlín Granadillo.

¿Qué pasa si Maduro gana?

El análisis
Luis V. León
“No son ciertas ni las tesis chavistas que indican que la oposición está devaluada, ni las consignas opositoras que plantean que a Maduro no lo quiere ni su mamá. El país mostró en abril que, electoralmente hablando, las dos fuerzas son similares. Los números recientes no muestran nada muy distinto, excepto que ambos grupos políticos enfrían su relación con la gente, de manera más o menos pareja, algo que seguramente cambiará en el clímax de la campaña local, convertida en plebiscito simbólico”. (El Universal. Venezuela)
El Gobierno venezolano ordenó el viernes la ocupación temporal de la fábrica de papel higiénico Manpa para asegurar el abastecimiento de un producto que se convirtió en un símbolo de la escasez de bienes esenciales en el país.
El desabastecimiento de alimentos, medicinas y otros productos se ha agravado este año en medio de una galopante inflación. Las largas filas frente a los supermercados son comunes cuando surten productos escasos.
“La decisión se tomó al observar la vulneración de este derecho en el acceso al rubro papel higiénico”, dijo la jefa de la reguladora Superintendencia Nacional de Costos y Precios (Sundecop), Karlín Granadillo, en un comunicado de prensa.
Sundecop dijo que la medida se decidió para verificar el proceso de producción, distribución y comercialización del papel higiénico, pero no dio detalles sobre las normas que habría vulnerado la empresa.
Manpa es una empresa local que fabrica papel higiénico, toallas sanitarias y pañales desechables.
“El equipo responsable de la ocupación temporal podrá adoptar las medidas que sean necesarias para la ejecución de lo ordenado en este acto administrativo”, agregó Granadillo.
“Incluso pueden asumir la dirección de las actividades de producción, distribución y comercialización desde la fecha de su notificación y por 15 días continuos”, sostuvo.
El Gobierno de Nicolás Maduro culpa a las empresas privadas de la escasez, mientras industriales e importadores se quejan de las dificultades para acceder a los dólares que les permiten comprar materia prima y bienes finales en el exterior, en medio de un estricto control cambiario.
===========

Carlos Malamud: Venezuela desabastecimiento

Papel higiénico e industrialización por sustitución de importaciones (ISI)


El papel higiénico es un artículo de lujo en Venezuela.
El papel higiénico es un artículo de lujo en Venezuela.
Infolatam
Madrid, 22 septiembre 2013
Por CARLOS MALAMUD
En un país normal existen básicamente dos respuestas frente a la falta de productos de consumo final. La primera, que permite afrontar la escasez con resultados inmediatos, es abrir su importación con el fin de satisfacer el exceso de demanda que pueda haber en un momento determinado. La segunda, que durante largas décadas tuvo una fuerte presencia en la mayor parte de América Latina y hasta fue enarbolada como todo un programa de desarrollo, es producir en el país lo que hasta entonces se importaba.
Esta solución conocida como industrialización por sustitución de importaciones (ISI) se concentraba en los años posteriores a la finalización de la Segunda Guerra Mundial en la producción de bienes de consumo final. Cuanta menos tecnología se incorpore, como ocurre con el papel higiénico, más fácil es producir determinados bienes.
En Venezuela el papel higiénico escasea de forma manifiesta y pese a haberse convertido en un tema político de importancia ni se han abierto de par en par las fronteras para importarlo ni se han adoptado los estímulos necesarios para que emprendedores privados comiencen su producción. Si bien en mayo pasado el gobierno aprobó la importación de 50 millones de rollos para solventar la crisis , las serias dificultades que constriñen al comercio exterior impidieron una rápida normalización de su abastecimiento.
En contra de la premisa inicial, Venezuela no es un país normal, al menos en este sentido. Debido a una serie de políticas económicas erróneas el mercado ha sido laminado y no existe ningún sistema racional de fijación de precios, más allá de los decretos gubernamentales. En aras de construir el llamado socialismo del siglo XXI en Venezuela se han cometido verdaderas tropelías económicas, comenzando por las frecuentes nacionalizaciones de sectores no estratégicos de la economía.
La última medida del gobierno del presidente Nicolás Maduro para paliar los efectos de la falta de papel higiénico ha sido la ocupación militar de la fábrica de Manufactura de Papel (Manpa) en el centro del país. Teóricamente la maniobra tiene un carácter “temporal” y según la Superintendencia de Costos y Precios Justos su objetivo básico es “garantizar el abastecimiento normal de los rubros de primera necesidad para el pueblo”.
Un tweet del vicepresidente Jorge Arreaza, uno de cuyos mayores méritos políticos es estar casado con una hija de Hugo Chávez, ha provocado mayor confusión. Según Arreaza la medida se tomó “para verificar el proceso de producción, comercialización y distribución de papel higiénico”. De acuerdo con el Diccionario de la Real Academia (vigésima edición, 1984) el verbo verificar tiene tres acepciones: 1) Probar que una cosa que se dudaba es verdadera; 2) Comprobar o examinar la verdad de una cosa y 3) Realizar, efectuar.
Vayamos por partes. En el caso de aplicarse la primera acepción el gobierno trataría de comprobar que efectivamente en la planta de Manpa se produce papel higiénico y no otra cosa, y no se estaría burlando la confianza del consumidor. Con la segunda acepción presente uno podría pensar en una auditoría en toda regla del proceso de producción, distribución y comercialización (por este orden) del papel higiénico, desde que la pasta de celulosa llega a la fábrica hasta que el consumidor final tiene los rollos en sus manos.
La tercera es la más problemática, aunque es la que más condice con la filosofía rectora del gobierno venezolano en los últimos 14 años: el intervencionismo estatal. En este caso, el más probable de los tres, el operativo militar tendría el propósito de ocupar la fábrica, bien para que la producción sea controlada por el gobierno o bien para aprender los arcanos secretos de la producción de papel higiénico. De este modo, una nueva “Misión” bolivariana impulsaría la construcción de diversas factorías de papel higiénico en los distintos estados venezolanos para garantizar un abastecimiento normal y fluido.
La actual coyuntura no deja mucho margen para la sorpresa, dado el lamentable estado del sector manufacturero privado, por no hablar de las nacionalizaciones. A esto se agrega que Venezuela es el único importador neto de materias primas agrícolas en América Latina. En 2012 sus exportaciones agrícolas y de alimentos apenas sumaron u$a36,64 millones gracias al ron, cacao, frutas tropicales y camarones. Esta situación se complica aún más según reconoció el ministro de Agricultura Yván Gil, ya que el país importa el 50% de los alimentos que consume, una cantidad que fuentes privadas aumentan al 70 – 80% del total. El año pasado la factura por importación de alimentos ascendió a u$a8.120 millones, un 58% más que en 2011, según el INE (Instituto Nacional de Estadísticas).
Siguiendo la misma receta aplicada durante muchos años por Hugo Chávez, el gobierno venezolano busca resolver problemas políticos (y económicos) con una metodología y tácticas militares. Por eso se define a lo que está pasando como una “guerra económica” desatada por la oposición para acabar con el gobierno legítimo. Pero la formación militar de Maduro, a diferencia de su mentor político, es muy deficiente. De seguir por este camino no sólo es bastante probable que pierdan la batalla contra el desabastecimiento sino también la guerra por mantener vivo el proyecto bolivariano e incluso la figura misma de Hugo Chávez.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O modo de producao bolivariano: as forcas produtivas do papel higienico

Buscar papel higiênico na Venezuela -- como no antigo socialismo real da Europa oriental, já que os cubanos se contentam com o Granma, o jornal do PCC, aliás o único da ilha miserável -- virou uma estratégia de sobrevivência, daí a legitimidade e a justificativa de eu chamar o socialismo bolivariano de modo de produção cômico, ou seja, uma equação dialética em torno das forças produtivas ("andam comendo demais", disso um algoz do povo) e das relações de produção (algo debilitadas).
Em todo caso, quem quiser saber como funciona esse modo de produção cômico pode ler na crônica abaixo.
Paulo Roberto de Almeida

10 trucos para comprar papel higiénico en Venezuela
Melissa Silva Franco / lavanguardia.com
 La Vanguardia, 10 de junio de 2013

La creatividad de los venezolanos sale a flote para adquirir productos de necesidad básica en un momento de profunda escasez

En Venezuela no hay papel higiénico. Ni en el supermercado más grande de la ciudad, ni en la tienda popular del barrio más recóndito del país. Es un producto en peligro de extinción. Su precio se ha triplicado, y se necesitan más de 50 millones de rollos para suplir el déficit actual, según datos oficiales del Ministerio de Comercio.

La respuesta que da el gobierno de Nicolás Maduro se centra en que la demanda es mayor porque ahora “definitivamente se come más”. Por su parte, el director de la Federación de las Cámaras de Comercio, Jorge Botti asegura que la producción ha sufrido una significativa baja “porque el Estado continúa con feroces políticas de control de precios que imposibilita la producción nacional”.

A la espera de una solución, más de 27 millones de venezolanos continúan en una búsqueda incesante de este papel que se ha convertido en un producto de lujo, al que tienen derecho sólo si se supera una larga lista de obstáculos.

Pero la creatividad comienza a ganar el pulso a la necesidad. Así lo demuestra una serie de estrategias que han afinado los venezolanos, y que en la actualidad ya forma parte de la cotidianidad de un país que atraviesa la mayor crisis de escases de los últimos 5 años.

A continuación, algunas de estas estrategias:

1.- La acampada

Sonia González divide su jornada diaria en dos objetivos: los quehaceres del hogar y su acampada frente al supermercado en espera de los anhelados productos. Esta ama de casa, de 56 años lo tiene claro: “No nos queda otra opción en la familia, mi día cada vez se centra más en hacer un recorrido por los mercados de mi zona, luego en cuanto veo que hay algunos de los productos que necesito, allí me quedo. Las colas son larguísimas, yo he llegado a permanecer hasta 8 horas en una cola como de 200 personas, para poder llevarme dos paquetes de papel de baño, un kilo de azúcar y uno de café”.

Esta es la estrategia por excelencia. Ir hasta el supermercado y plantarse hasta que llegue el turno de comprar. Cada establecimiento decide las normas, en relación a cuántos kilos , o números de paquetes puede comprar cada persona.

Jim Lou es el dueño de un comercio en La Candelaria, situado en Caracas, y confiesa que cada vez es más difícil ofrecer productos y lograr que los compradores acepten las normas. “La gente está más estresada, el primer día vienen solas, pero luego se traen a los hijos y hasta los nietos para llevarse más paquetes. Yo lleno el anaquel entero cuando tengo mercancía, pero en tres horas ya vendo todo”.

Para “la acampada” se necesitan dos requisitos: tener horas disponibles para la espera y estar dispuesto a invertir en ello.

2.- Venta de cupos

Esta técnica es una apéndice de “la acampada” que está dirigida a los venezolanos que por diferentes razones, no pueden permanecer horas frente a las puertas de los supermercados.

Estas personas llegan a las grandes superficies fuera de horarios de oficina, es decir, al mediodía o después de las seis de la tarde. Para evitar hacer las largas colas, optan por buscar a los “vende cupos”, quienes han visto un negocio redondo en este contexto.

Los “vende cupos” llegan a “la acampada” a primera hora y aseguran un sitio, cumplen con todos los requisitos, y luego cuando ven venir a algún venezolano con poco tiempo le ofrecen su sitio en la cola. Este gesto tiene un coste que varía desde los 5 hasta los 25 euros.

“Dieguito” es uno de ellos. Tiene 14 años y junto a su madre se dedica a cumplir religiosamente la faena: llega a la 9 de la mañana, hace su cola, ofrece su cupo y negocia el precio. “Cada vez, la gente quiere pagar menos porque hay más personas como yo haciendo lo mismo, se corrió la voz, pues”.

3.- La propina

Los vínculos de confianza entre clientes y cajeras de supermercado también ha propiciado su círculo de negocios. Los clientes que durante muchos años han comprado en el mismo comercio se ven recompensados, porque los trabajadores suelen avisar sobre la hora y el día que llegará el papel higiénico, a través de un SMS.

Este servicio personalizado no tiene un precio fijo, sino depende de la bondad del cliente, quien a su vez se asegura de dejar una buena bonificación para que su móvil suene con los avisos futuros.

4.- 'Abastéceme', una Apps para el móvil

Se trata de una plataforma social que permite a los venezolanos compartir la ubicación de productos como el papel higiénico. El funcionamiento consiste en que una persona agrega la ubicación del comercio que cuenta con mercancía a la base de datos, y esta información se reflejará en el mapa dentro de Abastéceme y será automáticamente compartida con todos los usuarios.

Abastéceme además permite realizar la búsqueda del producto en base a la distancia y el tipo de precio del mismo (Regulado o No Regulado).

Esta aplicación fue creada José Augusto Montiel, un estudiante de ingeniería, de 21 años, quien decidió trabajar en el invento tras ver a sus padres cada día recorrer los supermercados. Ya cuenta con más de 4 mil usuarios en todo el país.

5.- Cadenas por Twitter y Facebook

Esta es la técnica de los más jóvenes, quienes a través de las redes sociales no sólo avisan en qué supermercado y qué producto ha llegado, sino que además manifiestan su descontento frente a la situación que vive Venezuela en materia de racionamiento de productos y denuncian los locales que se aprovechan para inflar los precios.

Los hastag como #papeltoilet y #harinapan no han dejado de ser tendencia (trendingtropic) a nivel nacional desde que comenzó la crisis.

Hay otros que aprovechan para bromear sobre las respuestas del gobierno, las largas colas frente al supermercado, y hasta denuncias de robos y asaltos a personas que salen de los comercios con los anhelados productos.

Un ejemplo de ello: @mari2691 quien denunció que su madre fue asaltada por varios delincuentes, quienes únicamente se llevaron el paquete con 12 rollos de papel higiénico.

6.- Sorteos populares

Los venezolanos que no tienen acceso a internet o redes sociales han recurrido a la antigua tradición de hacer sorteos populares.

Mildred Prieto, líder comunal del barrio Los Molinos de Caracas explica con devoción el éxito que tiene la venta de cupones, cuyo premio es un pack de 4 paquetes de harinas y dos paquetes de 12 rollos de papel higiénico.

“Entre los vecinos nos organizamos, vendemos cada cupón en 100 bolívares (unos 20 euros) y los domingos hacemos la rifa. Por suerte, hasta ahora conseguimos los productos aunque con mucho sacrificio, con las ganancias estamos reparando un pabellón deportivo, poco a poco”.

7.- Presentes en Amazon.com

Algunas empresas de venezolanos en el exterior han abierto una nueva línea de negocio, que consiste en ofrecer los productos más demandados a través de páginas webs como Amazon y EBay, que llevan el pedido directo a casa.

TheLatinProducy y Mi antojito latino, son dos de los vendedores que identifican como hecho en Colombia, y que promocionan en las webs. En ambas empresas, los productos más demandados son el papel higiénico y la harina de trigo.

El único inconveniente es que el comprador debe contar con dólares o euros, una situación casi imposible en Venezuela tras la política de control de divisas que aplica el gobierno desde hace más de ocho años.

Si en un supermercado, un paquete de papel higiénico cuesta 1 euro, en estas páginas webs cuesta 10.

9.- Tarjeta de racionamiento

El gobierno implementa un sistema de racionamiento para limitar las compras de los ciudadanos. Este nuevo método incluirá 20 productos y será controlado a través de una libreta digital, una idea similar a la cartilla de racionamiento que utiliza Cuba.

Una de las medidas es la prohibición a comprar el producto, el mismo día, aún en supermercados diferentes. Algunos géneros, incluso, no podrán comprarse en cantidad hasta con una semana de distancia.

10.- Envío express

En los últimos 10 años, más de un millón de venezolanos ha emigrado a otros países, principalmente a Canadá, España y Estados Unidos, por lo que en medio de la crisis de racionamiento ha generado un envío masivo de papel higiénico a Venezuela.

Luis Martínez trabaja como administrativo de una empresa de envíos desde España hasta Venezuela, y asegura que en los últimos dos meses han enviado siete containers con papel higiénico al puerto de La Guaira en Venezuela. “Pero no se trata de ninguna empresa, sino de familiares que llegan a nuestras oficinas con cajas y cajas llenas de papel de váter y otros productos”.

ver o site 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Venezuela: o modo comico de producao do socialismo bolivariano...

De fato, seria cômico se não fosse trágico. Segundo o Comissário do Povo encarregado da produção de papel higiênico e produtos de higiene (deve faltar um pouco de tudo nos produtos de toilete), a falta desse importante componente da cadeia alimentar se deve a uma "sobre demanda", ou seja, os venezuelanos estão comendo demais, e indo mais vezes ao banheiro.
Segundo ele, ''existe una 'demanda recurrente' del papel higiénico que impide estabilizar la producción" e que se "el consumo sigue en esta situación permanente de sobre demanda, ocurre que cuesta más tiempo la estabilización del producto”.
Seria o caso de saber o que, exatamente, estão comendo, uma vez que as notícias dão estado da falta generalizada de produtos nos supermercados e nas feiras, entre eles vários essenciais.
Talvez os venezuelanos estejam comendo volumes das obras completas do comandante Chávez, ou talvez até do supremo libertador Simón Bolívar, o que seria um supremo sacrilégio (mas vocês sabem aquela história de náufragos, ou até mesmo a Corrida ao Ouro do Charles Chaplin: na falta do que comer, pode ir papel, couro, sapato, o cadarço do sapato, chupar prego, etc...).
Eu realmente gostaria de saber o que a nossa vibrante ABDI, a Agência Lulista do Desenvolvimento Industrial, que realizou várias missões na Venezuela, andou ensinando aos dirigentes bolivarianos em matéria de oferta, demanda, equilíbrio dos mercados, sistema produtivo, preços de referência, enfim, essas coisas corriqueiras dos manuais de microeconomia aplicada. Será que ela contribuiu deliberadamente para o desabastecimento venezuelano, só para que os companheiros bolivarianos importassem mais produtos do Brasil?
Honni soit qui mal y pense...
Paulo Roberto de Almeida

TalCual Digital, 10/06/2013
El vicepresidente para el Área Económica Productiva, Ricardo Menéndez, señaló en reunión con empresarios de higiene personal, que existe una "sobredemanda recurrente" de papel higiénico que impide estabilizar la producción.
002a
El vicepresidente para el Área Económica Productiva, Ricardo Menéndez, señaló este lunes, en reunión con empresarios de higiene personal,  que existe una "demanda recurrente" del papel higiénico que impide estabilizar la producción.
Menéndez informó que, pese a que el Gobierno viene trabajando sobre los temas económicos del país para estabilizar el consumo de los productos y normalizar la sobredemanda que se ha originado, "hemos tenido avances con el sector empresarial para garantizar la producción de estos productos de higiene personal”, indicó.
"¿Qué ocurre? Puede estar estabilizada la producción puede haber importación, incluso por encima de los requerimientos de consumo. Pero si el consumo sigue en esta situación permanente de sobre demanda, ocurre que cuesta más tiempo la estabilización del producto”, indicó Menéndez a la salida de una reunión con empresarios del sector.
Menéndez dijo que se han entregado más del 80% de las divisas a las pequeñas empresas del sector y que se mantiene el cronograma para las más grandes. También indicó que monitorearán a las empresas cada 48 horas.
Resaltó que los temas abordados forman parte de la agenda de trabajo que se vino efectuando con el Banco Central de Venezuela y la vicepresidencia económica. Aseguró que ya se ha avanzado en los puntos de liquidación de divisas y la logística de producción. En ese sentido, indicó que estos planes se suman a la visión del gobierno económico planteada por el presidente Nicolás Maduro.
En cuanto a la programación de trabajo, informó que mantendrán un monitoreo a las empresas cada 48 horas, para revisar las fallas y atender el proceso de producción. “De este monitoreo elaboraremos un reporte que será presentado al presidente Maduro y a la vicepresidencia económica”, puntualizó.
“El consumo permanente evita la estabilización pronta”, reiteró el funcionario al tiempo que aseguró que esta estabilización del sector dependerá de las demandas que mantienen los consumidores. Finalmente, el titular de industrias anunció la conformación del plan sectorial de higiene, a fin de atender de manera eficiente a dicho sector.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Venezuela: falta de papel higienico merece editorial do Estadao

Eu já havia postado aqui uma matéria sobre a marca distintiva do socialismo, de todos os socialismos: a falta de papel higiênico, além, é claro de todos os outros gêneros de primeira, segunda e de terceira necessidade, sem falar da falta absoluta de produtos supérfluos.
Eis o link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2013/05/ok-camaradas-o-socialismo-chegou-de.html
Ou seja, o que caracteriza, antes de mais nada o socialismo é a penúria, a falta de tudo e de qualquer coisa.
Os companheiros que acham que o socialismo vai acabar com a desigualdade e a miséria são uns iludidos, ignorantes ou mal informados; o que o socialismo mais faz é trazer a igualdade da miséria, simples assim.
Paulo Roberto de Almeida

O naufrágio venezuelano

16 de maio de 2013 | 2h 09
Editorial O Estado de S.Paulo
A Venezuela está à deriva. Comandado há quatro meses por um aprendiz de caudilho, que não sabe se governa ou se finge que é a reencarnação de Hugo Chávez, o país enfrenta uma crise tão ampla que começa no governo e termina, vejam só, nos estoques de papel higiênico. Símbolo tão cômico quanto trágico da irresponsável aventura estatista bolivariana, a escassez desse produto é o dado mais recente de uma conjuntura de tal modo dramática que revela toda a perniciosidade do tal "socialismo do século 21".
O governo de Nicolás Maduro anunciou que "a revolução importará 50 milhões de rolos de papel higiênico", para, nas palavras do ministro do Comércio, Alejandro Fleming, acabar com a "campanha midiática" que está promovendo "compras nervosas desnecessárias" do produto. "Vamos saturar o mercado (de papel higiênico) para que nosso povo se tranquilize e compreenda que não se deve deixar manipular", disse Fleming. Para o ministro, "o presidente Chávez deixou uma economia fortalecida". No entanto, os milhares de venezuelanos que se acotovelam diariamente em filas para tentar comprar produtos inexistentes nas gôndolas começam a deixar de acreditar nessa mentira que já dura 14 anos.
Em quatro meses de governo - três como presidente postiço e um como presidente eleito numa votação denunciada como irregular pela oposição -, Maduro não apresentou nenhum plano de longo prazo para lidar com a crise, limitando-se a tentar apagar incêndios, muitas vezes usando gasolina. Maduro prometeu "medidas para impedir uma guerra econômica" contra o país e atribuiu essa guerra ao setor privado, que já está totalmente de joelhos.
No momento em que precisa da união das forças produtivas para tirar a Venezuela do buraco em que o chavismo a enfiou, o presidente afronta os empresários, acusando-os de tramar contra seu governo. Ainda confiando no capital carismático deixado por Chávez, que erode à luz do dia, Maduro parece apostar no caos e na intriga para manter-se no poder. É o caminho mais curto para o desastre, cujos sinais abundam.
A inflação dos quatro primeiros meses do ano aponta para um índice anualizado de quase 30%. Os produtos da cesta básica subiram 10% em abril e 46,7% na comparação com o mesmo mês de 2012. A desastrada política de estatização e de controle de preços travou a produção de alimentos e outros itens de primeira necessidade, tendo como resultado o desabastecimento crônico - cujo símbolo mais impactante foi o de uma fila para comprar farinha de milho em Barquisimeto, na qual os venezuelanos tiveram a senha de espera escrita no antebraço. Para tentar contornar o problema, o governo anunciou um aumento de 20% nos preços da carne, do frango e do leite, além de isenção fiscal a produtores agrícolas, o que é apenas um paliativo num cenário em que produzir continua sendo um ato heroico.
Não bastasse a escassez de produtos básicos, os venezuelanos enfrentam uma crescente espiral de violência. A taxa de homicídios chegou a 67 por 100 mil habitantes, a maior da América Latina, quatro vezes superior à do México, que enfrenta uma guerra do narcotráfico. Tomada por gangues, Caracas tornou-se uma das três cidades mais violentas do mundo - nas duas primeiras semanas de maio, foram 186 homicídios.
Não à toa, a insegurança foi um dos principais temas da campanha presidencial do opositor Henrique Capriles. Pressionado, Maduro ordenou que o Exército passasse a fazer o policiamento das ruas da capital e em duas cidades do Estado de Miranda - governado por Capriles. O plano, chamado de "Pátria Segura", prevê a mobilização de 3 mil soldados apenas em Caracas. Trata-se do vigésimo plano de segurança adotado pelo governo chavista, prova mais do que óbvia de sua contínua incompetência.
Com Maduro, porém, a combinação de incapacidade administrativa e falta de legitimidade, num cenário de escassez e violência, prenuncia um futuro sombrio.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

OK, camaradas: o socialismo chegou de verdade na Venezuela: falta papel higiênico...

Lá pelas alturas agônicas do socialismo real, no início dos anos 1980, quando ele ainda não havia dado três suspiros e dado chabu, eu passeava (miseráveis esses meus roteiros turísticos) pelos países do socialismo real, tentando explicar ao meu filho de 4 anos as diferenças entre capitalismo e socialismo.
Depois de tantas idas e voltas entre Polônia, RDA, Tchecoslováquia, Hungria, e o que mais existia, eu perguntava ao Pedro se ele sabia qual era a diferença entre socialismo e capitalismo, e ele, sem hesitar, me disse triunfante:

" -- Ah! agora eu já sei: socialismo é quando falta papel higiênico e a privada não funciona!"

Batata! O que eu tentava explicar em termos marxistas, pedantes, uma criança de 4 anos descobriu na hora, na mais simplória das constatações. E o socialismo era aquilo mesmo: faltava não só papel higiênico, mas qualquer produto essencial, e claro, todos os produtos supérfluos.
O que é que tinha no socialismo? Bem, tinha repolho, alguns chorizos, batata doce, repolho, vagens amanhecidas, latas raras de legumes búlgaros, repolho, algumas batatas (mas eram horríveis), cerveja, que a vida não existe sem cerveja, vodka russa, mais repolho e uns sapatos de mulher que pareciam coturnos do exército soviético. Estou exagerando, mas era mais ou menos isso. Só podia dar no que deu...

Pois bem. Como vocês podem constatar pela matéria abaixo, a Venezuela já chegou, finalmente, ao socialismo triunfante, não sei se do século 21, mais provavelmente do século 18, mas que ela chegou ao socialismo, isso sim, chegou e como!, justamente faltando o produto definidor por excelência do socialismo, segundo meu filho Pedro, nos seus quatro aninhos inocentes...
Se falta papel higiênico, vocês podem ter certeza: estamos no socialismo...
Mais gozado ainda é o título escolhido pelo meu amigo Maurício David, que me mandou a matéria, para explicar a grande estratégia do socialismo bolivariano: proteger os fundilhos...
Eis o seu título:

Nicolás Maduro manda importar 50 milhões de rolos de papel higiênico para proteger sua retaguarda


Pois eu aposto que, com os seus petrodólares, os bolivarianos vão fazer melhor do que os hermanos cubanos.

Os cubanos, ao que parece, resolveram com o Granma, já que não tem dinheiro para importar o verdadeiro. Acho que ainda resolvem, a menos que Maduro lhes mande um pouco de sua importação. 
Provavelmente Maduro vai importar o papel macio para a boliburguesia, e deixar o mais áspero para os traseiros do povão...
Traidores esses bolivarianos de fundilhos diversificados...
Eu proponho que eles importem papel higiênicos dos EUA, onde tem de todos os tipos, para todos os gostos, para todos os tamanhos e formatos de traseiros. São os melhores do mundo...
Paulo Roberto de Almeida 


Maurício David:

A Venezuela vive uma grave crise relacionada com a profunda desorganização da sua economia. Nicolás Maduro, ungido presidente em eleições que a metade da população acusa de fraudulentas, acaba de tomar importantes medidas para proteger a sua retaguarda e a da "revolução bolivariana" : ordenou a importação de 50 milhões de rolos de papel higiênico !!!!

Tensão política na Venezuela cria “crise do papel higiênico”
Escassez do produto chama atenção do mundo e vira assunto entre governo e oposição
Lilian Sobral, de Exame,  15/05/2013
  
Venezuela, em Caracas: escassez de produtos básicos vira discussão política

São Paulo – O ambiente político na Venezuela, tenso desde as eleições realizadas em abril, tem feito com que alguns produtos de consumo básico (que já não costumam ser encontrados com tanta facilidade) sumam das prateleiras dos mercados. Um desses produtos é o papel higiênico, que começa a ficar em falta em algumas regiões do país.
Para tentar resolver a situação, o ministro da Indústria da Venezuela, Ricardo Menéndez, e do Comércio, Alejandro Fleming, visitaram nesta semana a sede da Papeles Venezolanos (Paveca), empresa que fabrica papel higiênico e guardanapos no país.
Segundo o site do próprio ministério, o governo autorizou que cerca de 50 milhões de rolos de papel higiênico sejam comprados de outros países, “para acalmar o nervosismo”. Os ministros não disseram, porém, de que países viriam esses rolos.
Os membros do governo fizeram questão de destacar que a empresa venezuelana responsável pelo produto tem capacidade de fabricar mais de 67 milhões de rolos de papel por mês para garantir reposição de estoques. Ainda assim, negociaram a instalação de linhas de produção adicionais na companhia.
O mais importante sobre este anúncio é o que a escassez pode sinalizar. Como lembra o jornal espanhol El País, o papel higiênico está numa lista de produtos que têm preços regulados pelo governo. Desde a última eleição, a Venezuela vive uma tensão política, com Henrique Capriles, candidato da oposição, questionando a eleição apertada do presidente Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez. Esse cenário pode promover a corrida popular por alguns produtos nas lojas e mercados.
O assunto virou discussão política. Segundo o governo, a culpa da escassez é da oposição, que numa campanha para desestabilizar Maduro, estaria incentivando compras nervosas por parte da população. Já o empresariado diz que a culpa é do controle de câmbio, que afugenta investimentos e preocupa sobre a estabilidade de preços. Capriles, por sua vez, usou o Twitter para provocar o governo sobre a situação.