Ajuda ao desenvolvimento raramente traz desenvolvimento. Só ajuda elites corruptas a manterem estruturas espoliativas dos mais pobres. Leiam William Easterly para comprovar o que digo: paises "ajudados" nunca se desenvolveram, só se tornam dependentes da ajuda externa.
Brasil persiste no erro.
Paulo Roberto de Almeida
Brasil eleva ajuda a países da América Latina e África
Lígia Formenti / BRASÍLIA
O Estado de S.Paulo, 23/09/2013
Relatório do Development Initiatives que será lançado nesta segunda-feira, 23, na Assembleia-Geral das Nações Unidas mostra que o Brasil é o quarto maior financiador de projetos de cooperação fora do Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - atrás de Japão, Noruega e Alemanha. Em 2010, o Brasil destinou US$ 1 bilhão para 124 países. A maior parte (69%) para América Latina e Caribe. A África Subsaariana recebeu 23% dos recursos.
Os números refletem o esforço do País para ampliar sua participação no cenário internacional. Entre 2005 e 2010, os recursos destinados à cooperação mais que dobraram. O crescimento foi direcionado sobretudo para operações de paz e ações de assistência humanitária. E com endereço certo: o Haiti. Em 2010, 80% dos financiamentos para operações de paz foram feitos para aquele país - US$ 301 milhões do total de US$ 377 milhões.
Depois de operações de paz e assistência humanitárias, o Brasil financiou projetos de cooperação técnica, científica e de cunho educacional. Apenas parte dos projetos de cooperação técnica teve como alvo países pobres - o principal foco nesta área foi buscar parceiros dentro da América Latina.
Saldo. Embora tenha ampliado sua participação nos financiamentos, o Brasil continua a figurar como receptor de recursos. O País recebe a mesma quantia que destina aos financiamentos: US$ 1 bilhão.
O relatório indica que os projetos de assistência ao Brasil cresceram, em números absolutos, 70% entre 2000 e 2001. No entanto, quando comparado à renda nacional, os investimentos caíram. O levantamento destaca a redução significativa do número de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia. De 1999 a 2009, caiu de 20 milhões para 12 milhões.
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