Itamaraty prorroga investigação no caso do senador boliviano
FLÁVIA FOREQUE, DE BRASÍLIA
Folha de S.Paulo, 24/09/2013
O Itamaraty prorrogou o prazo para conclusão da sindicância que investiga a conduta do diplomata Eduardo Saboia na operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil.
O trio de servidores escalado para analisar o caso terá mais 30 dias para decidir se houve conduta irregular de Saboia e aplicar eventual punição pelo episódio.
A decisão, divulgada nesta terça (24) em boletim interno da pasta, é assinada pelo corregedor do Itamaraty, Heraldo Póvoas de Arruda.
"Isso [a prorrogação] era inevitável. Não houve nenhum depoimento ainda", disse o advogado Ophir Cavalcante, defensor de Saboia.
Ele afirma que na semana passada a pasta autorizou o acesso a documentos requisitados pela defesa --telegramas trocados entre a embaixada brasileira em La Paz e o ministério, além da correspondência entre o MRE e o Palácio do Planalto.
A consulta aos papéis poderia ser feita num computador de uma sala específica do ministério. "Está implícito que não podemos tirar cópia. A mera consulta não nos interessa. Queremos produzir provas com essa documentação", disse o advogado.
Ele afirma ter protocolado ontem pedido de esclarecimento sobre isso junto ao ministério.
Saboia retoma suas atividades no Itamaraty na próxima semana. A expectativa é que seja alocado na Subsecretaria de Assuntos Econômicos e Financeiros.
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