Gozação, claro, mas não menos real: o livro MAIS IMPORTANTE do século XXI, como se apressaram em caracterizar esse tijolo de 700 páginas os distributivistas afoitos, é também, segundo essa pesquisa totalmente não-científica, o livro MAIS NÃO LIDO do mesmo século.
O que já é alguma coisa, reconheçamos: muita gente comprou o livro, encheu a conta bancária do autor de royalties exagerados, e deixou o livro nas primeiras trinta páginas.
Acho que vão ter de constituir um comitê especial de trituração de invendidos apenas para esse livro...
Como apontado na matéria abaixo, a maior parte das pessoas que falaram sobre o livro não o tinha lido, o que também é o caso deste blogueiro.
Mas eu já conhecia as teses do autor desde pelo menos dois anos atrás, pois acompanho a produção dos intelectuais franceses, e estava dando aulas em Paris em 2012, quando as primeiras matérias a respeito saíram em forma de artigos analíticos (vou procurar no meu computador o que guardei a respeito sobre o autor e suas teses). Não antecipei, como muitos, o "sucesso" do livro quando ocorreu a edição americana. Aí, fui ler numa livraria, como sempre faço antes de eventualmente comprar, o tal livro. Fiquei bem uma hora e meia em cima do diagnóstico (razoável) e das prescrições (todas ruins) do autor. Talvez eu escreva algo a respeito, mas já venho fazendo comentários seguidos neste blog, introduzindo todas as matérias que julgo interessantes a respeito das teses do autor. Como já antecipado aqui, depois das glórias recebidas pelo autor, cabe "despikettyzar" as mentalidades, contaminadas pelo ardor distributivista-estatal do francês.
Acho que já está chegando...
Paulo Roberto de Almeida
Thomas Piketty's "Capital in the Twenty-First Century," a 700-page economic tome on the dangers of rising income inequality,
is the summer's most unread book, according to a totally non-scientific analysis conducted by a mathematics professor and published by the Wall Street Journal.
Professor Jordan Ellenberg looked at the five most popular book passages in a number of current best-sellers, according to data from Amazon Kindle readers. He determined the average page number readers highlighted and divided that by the total number of pages in the book. A high number, according to Ellenberg, means that readers are reading until the end. Donna Tartt's Pulitzer Prize-winning blockbuster, The Goldfinch, for example, earned a score of 98.5 percent on the index.
Piketty's book scored a dismal 2.4 percent. The latest of the five most popular highlights in Piketty's book is located on page 26, according to the Ellenberg.
When "Capital" was first translated from French into English earlier this year, it shot up to
number one on Amazon's best-seller list. The print book briefly sold out on the site.
The French economist is apparently OK with that.
“The problem with all the publicity is you have people who write about the book who apparently have not opened it,” Piketty
said in June on Bloomberg TV’s “Countdown.” “That’s fine with me, the objective was to promote debate.”
That objective has
clearly been achieved. In May, the Financial Times
published a harsh rebuttal to Piketty's work, saying his data was manipulated and full of mistakes. In response, a bunch of the world's most renowned economists spent Memorial Day weekend churning out takedowns of the FT's takedown of Piketty.
If you, like the author of this post, haven't yet finished Piketty's tome, the short of it is that he analyzed centuries of economic data to illustrate how modern-day capitalism makes the rich richer much faster than wages grow for everybody else and if governments don't step in to intervene, the future looks pretty bleak. There are a
bunch of
good guides to the book
online. You can also watch HuffPost's interview with the author
here.
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