Across the Empire (2) Second day: only
the road, no more than the road..
Davenport, 30-31 de agosto de 2014
Segundo o Google Maps, de Milesburg,
PA, onde dormimos num Quality Inn (uma cadeia típicas dos trevos de estradas,
com instalações muito confortáveis, quartos com camas King size, ou duas Queen
beds, com minifrigo, micro-ondas, TV completa e internet excelente), até
Davenport, Iowa, onde paramos num outro Quality Inn, são 720 milhas, sempre
pela I-80W. Desde Hartford, com as 329 milhas de ontem, o primeiro dia, já acumulamos
mais de 1.000 milhas, como ilustrado abaixo.
Atrações? Absolutamente nenhuma, e
nenhuma estava prevista, pois esta seria apenas uma etapa de viagem, calculada
para cobrir 600 milhas. Como sempre, acabamos fazendo bem mais, com paradas
para descanso, restauração, mas sem nenhuma visita, o que nos obrigaria a sair
do trajeto planejado. No caminho tivemos Cleveland, que já conhecemos, Toledo,
onde ainda precisamos entrar, e um pouco acima (mas com um acesso sempre
complicado pelo trânsito intenso para acesso), Chicago, que conhecemos muito
bem.
De uma ponta a outra o que mais
tivemos foi milharais, e os “barns” típicos dos estabelecimentos agrícolas
americanos. Carmen Lícia fez várias fotos desses celeiros, geralmente pintados
de vermelho ocre. De minha parte só fiz duas fotos do hotel onde ficamos, pois
ele provavelmente será o mesmo de outras etapas de estrada, sempre quando
possível.
Gostamos bastante também do Holiday Inn, que oferece as mesmas
comodidades por um preço razoável. Alimentação? Nada além do café da manhã, e
um wrap de crispy chiken num McDonalds em algum lugar entre o Ohio e Indiana.
Por falar nisso, nesta etapa de 720 milhas,
saímos do coração da Pensilvânia, cruzamos todo o Ohio e Indiana, deixamos
Illinois para trás e paramos justo na primeira cidade do Iowa, Davenport, às
margens do Mississipi, um rio famoso na história e na economia dos Estados
Unidos. Amanhã, por sinal, vamos passar pela velha capital do Iowa, Iowa City,
e depois ir à nova capital, Des Moines, ou seja Dos Monges, pois toda essa
região do Mississipi-Missouri pertencia aos franceses, até que Napoleão,
precisando de dinheiro para financiar suas guerras contra os britânicos,
resolveu vender o imenso território à jovem república americana. Deve ter sido
um dos maiores negócios da história política mundial, à margem das guerras de
conquista que costumam caracterizar as ampliações de espaços territoriais nas
relações conflituosas entre Estados. Na verdade, os americanos recorreram uma
vez mais à compra de um território, e este foi o Alaska, comprado do Império
czarista, outra barganha. O resto veio das costelas do México, que foi
expropriado de terras imensas, numa fase de anarquia política naquele país, e
de ampliação de territórios conquistados pelos brancos contra índios e
mexicanos.
Esta região que estamos percorrendo faz parte
do Oregon Trail, ou seja, a conquista do Oeste americano pelos imigrantes e
americanos do leste, um imenso movimento populacional, primeiro em carretas de
bois, depois por vias férreas quando estas foram construídas. Esta é a terra de
William Frederick Cody, mais conhecido como Buffalo Bill, sobre quem vou falar
mais nas próximas etapas.
Amanhã, ou hoje, domingo, vamos percorrer mais
uma etapa, mas provavelmente não chegaremos a Denver. Pretendemos entrar em Des
Moines, o que vai implicar algumas horas de visitas ao museu local e à cidade,
de forma geral. Além do Iowa State Capitol e do Iowa Historical
Building, a principal atração da cidade é o
Des
Moines Arts Center, um edifício desenhado pelo arquiteto finlandês Eliel Saarinen,
com uma moderna galleria de esculturas desenhada pelo famos arquiteto chinês I.M.
Pei; o museu tem quadros de Matisse, Jasper Johns, Andy Warhol, e Georgia
O’Keeffe; para os interessados:
www.desmoinesartscenter.org.
Ainda não decidimos se
vamos ao condado de Madison, 35 milhas
ao sul de Des Moines, onde estão cinco pontes cobertas imortalizadas num
famosos filme com a Meryl Streep cujo nome agora esqueci, mas pode ser simplesmente
The bridges of Madison. Mais uma longa jornada.
Provavelmente vamos
parar uma ou duas centenas de milhas antes de Denver, mas isso só amanhã
saberemos onde exatamente.
Dormir, por já são mais
de 1h da manhã, na verdade, mais de duas, pois atrasamos o relógio de uma hora,
para estar de acordo com o fuso da zona central.
Paulo Roberto de
Almeida
Davenport, 31 de agosto
de 2014
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