Aproveitando a publicação de meu livro mais recente,
Nunca Antes na Diplomacia...: a política externa brasileira em tempos não convencionais, continuei formulando comentários adicionais, de forma mais ou menos desorganizada, mas orientado por algumas questões que sempre aparecem no diálogo com colegas e amigos. Fiz isso em seis postagens anteriores, que consolido aqui, para facilidade dos eventuais interessados nessas questões.
Paulo Roberto de Almeida
Nunca Antes na Diplomacia
comentários livres sobre qestões não consensuais
Hartford, 20
agosto 2014
1) Diplomacia e política externa: quão diferentes?
2) Nunca Antes na Diplomacia: ideias boas
e menos boas
3) A diplomacia profissional e a engajada
4) Existiria uma diplomacia liberal e
outra menos liberal?
5) Os estragos da diplomacia amadora sobre
a política externa
6) Ruptura de padrões e deterioração
institucional na era do Nunca Antes
Esclarecimento final:
Não me considero liberal no sentido teórico da expressão, ou pelo menos não professo nenhuma ideologia econômica ou política; tenho apenas a pretensão de ser tão somente um racionalista e um pragmático. Mais: costumo praticar o ceticismo sadio, em todas as questões relevantes.
Certamente não era liberal na juventude, quando ingressei na diplomacia, e sim socialista e estatizante-intervencionista, no molde de muitos outros jovens idealistas.
Portanto, nem sempre fui um crítico contumaz da intervenção do governo na economia. Nos primeiros tempos, certamente, eu preconizava esse tipo de ação.
Hoje sou bem mais "liberal" na economia, não por ter aderido a filosofias específicas -- nunca fui de muita teoria, e sim de leituras de história e observações práticas da vida real -- mas por ter viajado muito pelo mundo, conhecido todos os socialismos e todos os capitalismos, refletido profundamente sobre essas realidades, com base no estudo e na observação direta, e ter chegado à conclusão de que uma economia de mercados livres funciona, sim, muito melhor do que uma dominada por burocratas do Estado, como é o nosso caso.
Pronto, feito o último esclarecimento que se impunha.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 23/08/2014
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