Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Nunca Antes na Diplomacia, de P. R. Almeida - resenha de Marcos Guterman (OESP)
Ainda assim, ele mereceu uma resenha simpática por parte do jornalista do Estadão Marcos Guterman, que devo ter visto pouco depois, mas já nem me lembrava mais.
Vou transcrever aqui.
Paulo Roberto de Almeida
O show de Lula
Resenha Marcos Guterman
O Estado de S. Paulo, 14/08/2014
Marcos Guterman é jornalista
A extensão dos danos causados ao Brasil pela diplomacia partidária do lulopetismo ainda é desconhecida. Por muito tempo o mundo se deixou encantar pelo hiperativismo de Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto seu governo fazia opções que afrontavam a tradição do Itamaraty e o próprio interesse nacional. Mesmo com Dilma Rousseff, isto é, mesmo sem a megalomania de Lula, resta evidente que a agenda petista continua a prevalecer e a única estratégia do governo parece ser a de confrontar o "Norte", ou seja, os países ricos, sempre que a oportunidade aparece. Os resultados dessa política certamente se farão sentir por muitos anos, porque inúmeras oportunidades comerciais e de desenvolvimento vêm sendo perdidas em favor da aproximação com regimes autoritários que nada têm a oferecer ao Brasil senão afinidade ideológica com os governantes de turno.
Embora esses equívocos sejam claros como o dia, escassas são as vozes que ousam apontá-los, pois são logo classificadas como "lacaias do império" por uma formidável máquina de propaganda petista, em especial nos meios universitários, justamente onde deveria prevalecer o pensamento crítico e independente. Um dos poucos que decidiram enfrentar esse consenso artificial é o diplomata Paulo Roberto de Almeida. Em seu novo livro, Nunca Antes na Diplomacia - A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais, Almeida propõe-se a fazer um raro balanço da política externa lulopetista, sempre tendo em vista seus equívocos basilares. Ainda que não seja possível dimensionar a amplitude total dos problemas levantados, pois não há distanciamento histórico suficiente, o fato é que o livro de Almeida é uma leitura genuinamente incômoda, pois revela como a política externa do Brasil está, neste momento, entregue a ideólogos de um partido que diz defender a soberania nacional enquanto a sacrifica no altar do altermundismo.
Almeida está na carreira diplomática desde 1977 e ocupou diversos cargos no Itamaraty. Com uma trajetória dessas, seria natural que mantivesse a discrição que marca o mundo da diplomacia. Mas Almeida é, no dizer do embaixador Rubens Barbosa, um "provocador" - a começar pela escolha do título do livro.
"Nunca antes" é a expressão de um tempo em que tudo o que diz respeito ao lulopetismo tem de ser considerado em termos superlativos, pois se trata, na visão de seus protagonistas, de uma "revolução". É a introdução obrigatória dos discursos não só de Lula, mas de todos aqueles empenhados em provar, a todo momento, que o ano de 2003, quando o PT chegou ao poder, marcou o início de fato da História do Brasil. Almeida dedica-se a desconstruir esse discurso, para provar que por trás da promessa de independência e altivez mal se esconde a submissão a interesses obscuros, articulados bem longe das fronteiras nacionais - o livro lembra diversas vezes a vinculação de petistas de alto coturno com Cuba e a ditadura dos irmãos Castro.
Um dos grandes problemas da diplomacia lulopetista, como mostra o livro, é o improviso, resultado direto da sujeição total da política externa aos desejos e impulsos de um chefe de Estado que imagina estar numa missão redentora. Com Lula, deixou-se de lado, por ociosa, qualquer forma de planejamento e de respeito aos limites da ação diplomática, razão pela qual muitas vezes se despendeu grande esforço para alcançar objetivos tão controversos quanto inúteis, apenas para satisfazer a sede presidencial pelos holofotes. Ainda que bem mais discreta que seu antecessor, Dilma manteve o desapreço pela diplomacia profissional.
O lulopetismo transformou a diplomacia em panfleto político. Com isso o País passou a classificar como "estratégica" qualquer parceria que cumprisse a função de reafirmar os propósitos anti-hegemônicos da cartilha do PT, sem considerar os interesses de longo prazo nem os recursos que devem ser gastos para manter essa fantasia.
Ao dar prioridade às relações com os países do "Sul", isto é, aqueles que não integram o mundo desenvolvido, Lula tinha em mente liderar uma revolução geopolítica - e, de lambujem, ganhar um Nobel da Paz. Pretendia colocar o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Queria que o País fosse reconhecido como o motor de um novo modelo de desenvolvimento, melhor e mais justo do que o capitalista ocidental. Mas, como mostra o livro de Almeida, faltou combinar com os russos.
As iniciativas petistas foram rechaçadas, em primeiro lugar, pela Argentina e pelo México, entre outros países da América Latina, que não estavam nem um pouco inclinados a aceitar a liderança brasileira. O Mercosul, que deveria servir de plataforma para esse salto diplomático, foi transformado num estorvo para o desenvolvimento brasileiro e todas as outras entidades criadas na América Latina para dar corpo à ideia de integração regional raras vezes se prestaram a outra coisa senão a servir de palanque para as diatribes bolivarianas.
Em nome de seus propósitos delirantes, o lulopetismo adotou a leniência como padrão de relacionamento com os sócios ideológicos: aceitou afrontas da Bolívia à soberania nacional e da Argentina a acordos comerciais, ignorou violações de princípios democráticos, afagou ditadores. Tudo isso para provar que estava conferindo, pela primeira vez, verdadeira "independência" à política externa brasileira.
Após demonstrar que essa "independência" é uma ilusão e apontar os graves problemas que isso causa ao País, Almeida termina seu livro com um interessante exercício: ele especula o que o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, diria a Lula se fosse seu chanceler. Além de recomendar o fim da política "Sul-Sul", por reduzir demais as oportunidades para o Brasil, Rio Branco daria um conselho que, embora óbvio, é fundamental nestes "tempos não convencionais": um verdadeiro estadista serve a seu país, e não a seu partido.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Espioes eletronicos, predadores comerciais: anuncio de Nunca Antes na Diplomacia
Já não é a primeira vez que constato, ao abrir a página do Antagonista, até aqui a minha página favorita de fofocas políticas e fuzilamento dos lulopetistas, um anúncio silencioso, mas gritante, acima ou à direita da minha tela. Este aqui:
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Pronto, descobriram onde eu estou, e querem me fazer comprar o meu próprio livro a todo custo, ou melhor, a um custo elevado.
O mesmo livro está sendo vendido na Cultura a um preço bem inferior.
Mas o fato é que descobriram onde eu me escondo, e vivem me cercando.
Bando de espiões.
Vou ter de comprar o livro para cessar o assédio?
Paulo Roberto de Almeida
Em todo caso, aqui está a informação:
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sábado, 30 de julho de 2016
Nunca Antes na Diplomacia...: a politica externa brasileira em tempos nao convencionais - livro Paulo Roberto de Almeida
Nunca Antes na Diplomacia...: a política externa brasileira em tempos não convencionais
(Curitiba: Editora Appris, 2014, 289 p.; ISBN: 978-85-8192-429-8)
Em tempos de grandes mentiras, o ato de falar a verdade torna-se revolucionário.
George Orwell
Sumário:
As ideias e as práticas da diplomacia brasileira nos últimos 20 anos
Introdução, Paulo Roberto de Almeida
1. Bases conceituais de uma política externa nacional
2. As relações internacionais do Brasil em perspectiva histórica
3. Processos decisórios na história da política externa brasileira
4. A política da política externa: as várias diplomacias presidenciais
5. Duas diplomacias em perspectiva: a profissional e a engajada
6. As novas roupas da diplomacia regional do Brasil
7. Uma nova arquitetura diplomática?: mudanças na política externa
8. Pensamento e ação da diplomacia engajada: uma visão crítica
9. Nunca antes na diplomacia: balanço e avaliação
10. Uma política externa exótica: seus efeitos institucionais
11. A opção preferencial pelo Sul: um novo determinismo geográfico?
12. Uma grande estratégia para o Brasil?
13. O Barão do Rio Branco: o que ele fez, então?; o que faria, agora?
Bibliografia geral
Livros de Paulo Roberto de Almeida
Editora Appris: http://www.editoraappris.com.br/
Aquisição do livro
Versão e-book:
E-BOOK - Nunca Antes na Diplomacia: A Política Externa Brasileira em Tempos não Convencionais por R$ 27,00
Pode ser solicitado online nos sites da
domingo, 9 de agosto de 2015
Livraria Cultura, em boa companhia (ou ma', depende...): Nunca Antes na Diplomacia, PRA
"Estamos matando o tempo aqui na Cultura do Iguatemi do Lago Norte e encontrei o seu livro em excelente companhia..."
Não sei o que o Kissinger pensaria desta companhia (euzinho), mas não posso reclamar, ainda que eu tenha várias restrições, não ao pensador, escritor e memorialista (aqui ele mente um pouquinho), mas ao estadista cínico, ultra-realista, que apreciava andar na companhia das outras grandes potências, mesmo daquelas exalando sangue por todos os poros (como a sua, aliás, de vez em quando...).
Em todo caso, grato ao Rafael pela foto, que fica com o copyright, e ao arrumador anônimo pela distinção
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Nunca Antes na Diplomacia? Certamente, e cada vez mais... - livro Paulo Roberto de Almeida
Parece que o Nunca Antes voltou, a galope.
Vou ter de escrever um posfácio.
Enquanto isto, quem tiver interesse, pode ir lendo o Nunca Antes, versão 1.0...
Paulo Roberto de Almeida
(Curitiba: Editora Appris, 2014, 289 p.; ISBN: 978-85-8192-429-8)
Em tempos de grandes mentiras, o ato de falar a verdade torna-se revolucionário.
George Orwell
As ideias e as práticas da diplomacia brasileira nos últimos 20 anos
Introdução, Paulo Roberto de Almeida
1. Bases conceituais de uma política externa nacional
2. As relações internacionais do Brasil em perspectiva histórica
3. Processos decisórios na história da política externa brasileira
4. A política da política externa: as várias diplomacias presidenciais
5. Duas diplomacias em perspectiva: a profissional e a engajada
6. As novas roupas da diplomacia regional do Brasil
7. Uma nova arquitetura diplomática?: mudanças na política externa
8. Pensamento e ação da diplomacia engajada: uma visão crítica
9. Nunca antes na diplomacia: balanço e avaliação
10. Uma política externa exótica: seus efeitos institucionais
11. A opção preferencial pelo Sul: um novo determinismo geográfico?
12. Uma grande estratégia para o Brasil?
13. O Barão do Rio Branco: o que ele fez, então?; o que faria, agora?
Bibliografia geral
Livros de Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Politica externa: o choro do Barao do Rio Branco - Fábio Pereira Ribeiro (Exame)
Meus agradecimentos ao Fábio Pereira Ribeiro, jornalista e professor, que encontrou uma maneira de me promover, pelo menos virtualmente...
Paulo Roberto de Almeida
O choro do Barão do Rio Branco
Como diria o Embaixador Rubens Antônio Barbosa em seu prefácio da obra do Embaixador Paulo Roberto de Almeida, “Nunca antes na Diplomacia…”, “a marginalização do Itamaraty, sobretudo no tratamento de assuntos relacionados aos países vizinhos da América do Sul, certamente não estaria agradando ao Barão do Rio Branco...”. Por sinal, o próprio Embaixador Paulo Roberto de Almeida lembra em sua obra, “o Mercosul, como um instrumento de abertura de mercados, foi dos projetos que mais sofreu com a partidarização da política externa nos últimos doze anos”. Partidarização é um mal para a diplomacia, e para o Brasil uma tragédia na política externa.
Algumas agendas nacionais e internacionais devem estar totalmente conectadas com a sociedade. Política Externa, Defesa e Inteligência não podem sofrer do mal da partidarização. A partidarização está destruindo instituições de excelência no serviço público brasileiro, e ainda coloca em risco o futuro de um projeto consistente de país. O Embaixador Rubens Antônio Barbosa, que foi embaixador em Londres e em Washington, bem lembrou na obra do Embaixador Paulo Roberto de Almeida, “o Itamaraty continuou a fazer diplomacia, mas, a partir de 2003, passou a estar acompanhado – ou, melhor, controlado indevidamente – por aqueles que passaram a determinar a política externa do Brasil com base em critérios essencialmente partidários”. O projeto de partido que importa, a sociedade brasileira não.
Quando assistimos a vexatória posição do Itamaraty perante fornecedores no exterior, já dá para imaginar o quanto diplomatas e profissionais de carreiras e comissionados sofrem com o descaso das políticas públicas e partidárias inseridas no âmbito da Política Externa brasileira. Um diplomata, que vou respeitar a proteção da fonte, me disse em Paris que já se tornou rotina “o atraso de salários, aluguéis e despesas com manutenção dos equipamentos públicos brasileiros”. Nem biblioteca brasileira para pesquisadores foram poupadas. Praticamente todas estão fechadas e desestruturadas. Imagino o que se produz de inteligência através de uma embaixada? Como alguém pode pensar em inteligência se tem que se estressar com as despesas no final do mês? Literalmente o Itamaraty está vendendo o “almoço para ter a janta”.
Com certeza o Barão do Rio Branco está chorando em seu túmulo, e seu choro é ouvido em todos os rincões do mundo. Até que ponto chegaremos com esta política externa, onde um “ser desiluminado” ainda manda nas regras diplomáticas? Por que a Presidente Dilma Rousseff tanto se afasta das agendas de Política Externa, Defesa e Inteligência?
Os resultados estão aí, não precisa procurar muito para ver o tamanho do estrago. Gosto de lembrar do ensinamento do Embaixador Rubens Antônio Barbosa, “a partidarização da política externa trouxe consequências negativas para a ação do Itamaraty e, via de consequência, também para a política de comércio exterior. Esses desvios repercutiram amplamente nas negociações comerciais externas, nas quais simpatias políticas prevaleceram sobre obrigações contraídas no âmbito do Mercosul ou até sobre regras prevalecentes no sistema multilateral da OMC. A prioridade desequilibrada atribuída a uma mal designada “diplomacia Sul-Sul”e a vontade ingênua de inaugurar uma “nova geografia do comércio internacional” fizeram com que os exportadores brasileiros deixassem de abrir mercados em países desenvolvidos, resultando em déficit extraordinário com nossos maiores parceiros da Europa e com os EUA. Por outro lado, as ações na África e no Oriente Médio não produziram ganhos políticos significativos nem comerciais expressivos, já que, em termos percentuais, o crescimento do intercâmbio comercial com essas regiões foi bastante reduzido”. A verdade é uma só, as últimas escolhas da Política Externa atual são verdadeiros desastres. Trocamos seis por meia dúzia. Nem Mariel é este mar de flores como pregam.
O Diplomata e Diretor do Bric Lab da Columbia University, Marcos Troyjo, lembra em seu último artigo na Folha de São Paulo, “Iludindo-se com Cuba” o quanto nossa política externa atual tem uma bússola de uma só direção, pelo menos do erro. Troyjo afirma que “nos últimos 12 anos, o Brasil apostou numa América Latina de duas velocidades. Colocou fichas na coalização de regimes mais à esquerda. Privilegiamos o eixo socialista-bolivariano, baseado na onipresença do Estado na vida econômica e numa xenofobia seletiva centrada nos EUA. Venezuela, Bolívia, Equador e de alguma forma a Argentina integram esse grupo. Com a normalização de relações com seu grande vizinho, Cuba, epicentro histórico de tal agrupamento, voltará a ter em Washington, não Brasília ou Caracas, sua referencia geoeconômica. Da perspectiva diplomática, iniciativas apoiadas pelo Brasil na cooperação hemisférica sem a participação sem a participação dos EUA, como Unasul e a Celac, perdem força”. Nós brasileiros sofremos de uma cegueira internacional. Será que não conseguimos imaginar o que acontece na Venezuela de hoje lá com o Maduro, o homem que fala com a Pomba Rola achando que é o Hugo Chávez? Será que não conseguimos ver o que está acontecendo na América do Sul? E estou falando literalmente dos mais necessitados.
De uma forma geral, o Itamaraty não pode ser destruído com a nossa Política Externa. O Brasil não pode ser babá de ditaduras ou de países que preferem esculachar os mais pobres do que criar uma política consistente de desenvolvimento para o futuro. O Embaixador Paulo Roberto de Almeida é bem claro em relação aos métodos do “jogo diplomático”. Eu, particularmente, tenho dúvidas se o Brasil de hoje usa algumas regras fundamentais para o “jogo diplomático”:
“Clareza de intenções” – Será que no caso de Mariel existe clareza de intenções, ou pelo menos transparência nos projetos?
“Interação entre a diplomacia e a economia” – Algo muito distante, veja o esforço que médios empresários têm que fazer na África. Algo quase rastejante.
“Aferição precisa quanto aos meios disponíveis”.
“Flexibilidade e abertura às inovações” – neste ponto, literalmente estamos retrocedendo ao pré Barão do Rio Branco.
O Brasil é um país continental, é uma potência internacional (por mais que muitos não acreditem nisso), tem grandes riquezas naturais, uma economia interna que salvaguarda crises internacionais, grandes potências querem fazer negócios (mas ficam desconfiadas do partidarismo na política externa), temos presença em praticamente todos os países (por mais que tenhamos problemas de custeio e orçamento), assim, não tem sentido o Itamaraty ser tão destituído de sua grande força e história nas Relações Internacionais. A história do Itamaraty é extremamente respeitada, só tenho medo que tudo fique só na história do passado e não do futuro.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Nunca Antes na Diplomacia, Paulo Roberto de Almeida: resenha no Meridiano 47
Boletim Meridiano 47 (Vol. 15, n. 145)
Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (1954-2014, 60 anos)
Meridiano47@ibri-rbpi.org
Boletim Meridiano 47
Vol 15, No 145 (2014): Setembro-Outubro
Table of Contents
http://periodicos.unb.br/index.php/MED/issue/view/967
Reviews of Books
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Nunca antes na diplomacia …: A política externa brasileira em tempos não
convencionais (44-45)
Priscilla de Almeida Nogueira da Gama
ler neste link: http://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/11824/8687
sábado, 30 de agosto de 2014
Nunca Antes na Diplomacia: Polibio Braga recomenda...
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Dica de livro - Nunca antes na diplomacia
sábado, 23 de agosto de 2014
Nunca Antes na Diplomacia: comentários adicionais - Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida
comentários livres sobre qestões não consensuais
Certamente não era liberal na juventude, quando ingressei na diplomacia, e sim socialista e estatizante-intervencionista, no molde de muitos outros jovens idealistas.
Portanto, nem sempre fui um crítico contumaz da intervenção do governo na economia. Nos primeiros tempos, certamente, eu preconizava esse tipo de ação.
Hoje sou bem mais "liberal" na economia, não por ter aderido a filosofias específicas -- nunca fui de muita teoria, e sim de leituras de história e observações práticas da vida real -- mas por ter viajado muito pelo mundo, conhecido todos os socialismos e todos os capitalismos, refletido profundamente sobre essas realidades, com base no estudo e na observação direta, e ter chegado à conclusão de que uma economia de mercados livres funciona, sim, muito melhor do que uma dominada por burocratas do Estado, como é o nosso caso.
Ruptura de padroes e deterioracao institucional na era do Nunca Antes - Paulo Roberto de Almeida
Os dois casos violaram profundamente nossas tradições diplomáticas e representaram, precisamente, exemplos totalmente negativos de tratamento não diplomático a duas questões de política externa, no primeiro caso, aliás, nem era um problema bilateral, e acabou sendo devido ao envolvimento de militantes brasileiros com seus amigos bolivarianos de outros países. Um dia esses episódios mereceriam um esclarecimento completo, se, por acaso, existirem documentos a respeito. Pode ser que os arquivos do Itamaraty estejam incompletos nos dois casos, tendo em vista comunicações que provavelmente foram feitas por outros canais, não oficiais, ou seja pela partidarização indevida da política externa.