Mensagem de solidariedade aos vencidos
Paulo Roberto de Almeida
Nas vésperas do segundo turno eleitoral, venho apresentar, preventivamente, minhas sinceras expressões de solidariedade e de condolências (se o termo se aplica) aos que saem frustrados deste mais recente embate político em nosso país, certamente o mais polarizado, o mais aguerrido e o que mais trouxe animosidade e mesmo cizania na sociedade.
O ideal seria que o presidente eleito fizesse um apelo à acalmia dos ardores políticos, chamasse seus próprios eleitores, e os do seu adversário à razão, e conclamasse todos ao imenso trabalho de soerguimento da nação, ainda nos esforços de recuperação da maior crise econômica jamais vista no Brasil.
Aos eleitores de Bolsonaro, se ele for eleito, não creio que se tenha de fazer qualquer recomendação especial, pois a imensa maioria está muito distante daqueles conceitos abusivamente empregados durante semanas a fio pela campanha opositora — fascismo, nazismo, homofobia, racismo, elitismo, antiambientalismo, misoginia, etc. —, uma vez que a principal motivação era apenas afastar a volta do PT ao poder, e quase todos se sentirão recompensados na noite de domingo. Os poucos que exibirem qualquer um dos traços estereotipados acima, deverão ser isolados e contidos.
Aos eleitores de Haddad, que aparentemente vai perder, cabe mais exatamente esta mensagem de solidariedade, pois eles se sentirão frustrados, raivosos e talvez até exibam sentimentos vingativos.
Se ouso consolá-los, eu diria que eles tiram, dessa derrota, pelo menos uma vantagem: terão uma poupança extra, mesmo indireta, uma vez que deixarão de ser roubados, como todos nós fomos nos treze anos e meios de cleptocracia petralha, e também porque o Estado deixará de extrair menos recursos para aplicação em políticas totalmente equivocadas, como foi o caso durante a gestão inepta e corrupta do regime companheiro.
Ufa! Já é uma enorme vantagem saber que não continuaremos a ser indevidamente extorquido por um Estado obeso e ineficiente, um ogro famélico que contribui, justamente, para a concentração de renda em favor dos mais ricos, como tem sido a marca das políticas públicas sob os governos desastrosos da organização criminosa travestida de partido político que tomou o poder de assalto no Brasil, entre 2003 e 2016.
Com estas palavras, encerro minha mensagem de congratulações aos vencedores, quaisquer que eles sejam, e de sincera solidariedade aos vencidos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27/10/2018
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