Não sei se o Itamaraty, que se comove com qualquer incidente infeliz em qualquer parte do globo, conseguiria, desta vez, em fazer uma nota de solidariedade com a Ucrânia com alguma indicação clara de que condena o terrorismo de Estado da Rússia causador de inúmeras mortes de civis, em lugar de apenas lamentar ataques desconhecidos, vindos de nenhuma parte, produzindo perdas humanas, sem que se saiba exatamente quem é o responsável por tais ataques equivalentes a crimes de guerra. Não sei se o Itamaraty sabe que esse extraordinário esforço feito para encobrir os atos criminosos de Moscou já está ficando ridículo e simplesmente destroi toda a credibilidade de que eventualmente pudesse gozar a diplomacia brasileira profissional, de uma maneira tão vergonhosa quanto a que já foi criada para a política externa lulopetista.
O Itamaraty consegue, com isso, me envergonhar como diplomata, assim como joga em descrédito qualquer iniciativa que o Brasil possa ter para mediar qualquer esforço de mediação: para que isso ocorresse, seria preciso ter o respeito de ambas as partes no conflito, e isso o Brasil nunca teve desde o governo anterior, uma condição que se agravou extraordinariamente no governo atual.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9/11/2025
“Russia has launched several missile and drone strikes on civilian targets, including an overnight operation on Wednesday that killed at least 25 people and injured around 80 others in the Ukrainian city of Ternopil.” (19/11/2025)
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