Em todo caso, ele também destaca a nova dependência brasileira, uma sino-dependência.
Seria interessante ver o que teriam a dizer sobre isso os companheiros que tanto lutaram para acabar com a "dependência" brasileira do "imperialismo" americano, que tanto quiseram criar a tal de "nova geografia comercial", que tanto fizeram questão de estabelecer uma "parceria estratégica", o que eles comentariam sobre essa dependência pouco estratégica...
Paulo Roberto de Almeida
Rússia poderia ser retirada dos BRICS, diz executivo de banco |
DCI, 28/10/2011 |
O presidente para Ásia do Morgan Stanley, Stephen Roach, disse ontem que a Rússia não merece ter o mesmo status que o Brasil como um dos BRICS (formado por Brasil, Rússia, Índia e China), durante debate sobre emergentes no fórum Buttonwood Gathering, em Nova York. A África do Sul, que foi adicionada ao grupo pelos países integrantes, não chegou a ser citada como parte dos BRICS. - "Tivemos nos últimos 30 anos 11 grandes crises financeiras, sendo as duas últimas a do subprime e agora a da dívida soberana europeia. E o Brasil tem se saído muito bem nessas duas últimas. O Brasil aprendeu por meio de lições muito dolorosas nos últimos 25 anos e temos que dar muito crédito ao Brasil por isso", avaliou Roach.
"Não dou à Rússia esse mesmo crédito. O país segue muito atrelado ao petróleo e merece notas baixas em termos de transparência e governança", disse. Por outro lado, Roach também acha que a China se destaca desse grupo e não está na mesma posição que o Brasil. "Não colocaria Brasil na mesma liga que a China. O Brasil depende demais da China." Questionado sobre que países estariam atualmente em sua bolsa de apostas para investimentos fora dos BRICS, Roach respondeu: "Provavelmente não seria a Grécia", brincou. "Mas há muitas oportunidades no mundo. O Japão vem fazendo um excelente trabalho em se recuperar do desastre (terremoto e tsunami de março deste ano) e em reerguer a economia", disse, citando ainda a Coreia do Sul como um país com muitas oportunidades. |