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domingo, 13 de março de 2011

Tom Trebat: brasilianista pratico fala sobre a visita de Obama

'Brasil terá que decidir qual dos dois caminhos quer'
Fernanda Godoy- Correspondente em Nova York
O Globo, 13/03/2011

Para brasilianista, Obama sabe que Dilma não seguirá cegamente o governo Lula, mas também não será totalmente diferente

Thomas Trebat é um brasilianista com uma trajetória diferente: chegou ao posto do diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Columbia após longa carreira nos bancos de Wall Street, particularmente no Citigroup. Fluente em português e em espanhol, é diretor-executivo do Instituto de Estudos Latino-Americanos de Columbia. Ao analisar o êxito recente da economia brasileira, às vésperas do desembarque do presidente Barack Obama, Trebat diz que o Brasil está num momento bom, mas, se não olhar suas fragilidades, não será capaz de manter o crescimento a longo prazo.

-Qual a importância da visita do presidente Obama? Ela apresenta oportunidade de mudança nas relações entre o Brasil e os EUA?

THOMAS TREBAT: Toda visita de presidente é meio simbólica. Acho que o Brasil foi escolhido por vários motivos. Primeiro, por estar numa fase boa. O Brasil também foi escolhido porque houve uma certa deterioração nas relações Brasil-EUA nos últimos anos. Em certas questões, como Honduras e Irã, até em finanças internacionais, não houve um diálogo muito bom. Chegou a ser um diálogo conflitante. E o fim do mandato de Lula coincidia mais ou menos com o início do mandato de Obama; a coisa ficou em banho-maria muito tempo, e agora é a hora de rever, de apertar o botão do reset. O presidente Obama quer fazer isso. Obama sabe que Dilma não vai seguir cegamente as linhas herdadas do passado, mas também não vai ser totalmente diferente. Obama não tem muita política para o hemisfério (as Américas), mas ele privilegia países democráticos, países que combatem a pobreza e a desigualdade de uma forma eficiente, que cuidam do meio ambiente, que falam de uma economia verde e têm muito apoio popular. Na América Latina, são poucos os que preenchem esses requisitos, mas o Brasil preenche todos. Então, o presidente Obama está dando uma indireta para o resto do continente. A Venezuela talvez seja um caso perdido.

-Obama está levando executivos americanos. Os EUA estão preocupados com a influência da China no mercado latino-americano?

TREBAT: Levar executivos não acho grande coisa. Se existe um executivo que ainda não pensou no Brasil, ele deveria ser mandado embora. E, se é a primeira vez que vai ao Brasil, demorou muito, porque as coisas ficaram caras no país. Não tem dinheiro fácil a se ganhar no Brasil mais.

-O Brasil ainda é um bom investimento ou já bateu no teto de valorização?

TREBAT: No momento, o Brasil é muito caro. A taxa de câmbio é sobrevalorizada, e não vejo como parar essa sobrevalorização. Mas, para o investidor mais inteligente, que olha para o longo prazo, sim, pode ser um bom negócio. Acho perfeitamente factível que o Brasil atinja o status de país desenvolvido em 10 ou 15 anos. O Brasil será no longo prazo um mercado atraente, mas no momento não vejo grandes oportunidades. O Brasil ainda precisa mudar as regras.

-Que mudanças deveriam ser feitas e quais as fragilidades do Brasil?

TREBAT: Uma das fragilidades é o estado das finanças públicas. Há essas mil coisas das quais sempre falamos: carga tributária, clima de negócios, leis trabalhistas que precisam ser flexibilizadas. Mas eu colocaria uma ênfase em que o Estado brasileiro precisa rever seu papel. É um Estado sobrecarregado de obrigações: sociais, transferências, obras de infraestrutura, Petrobras, energia, é muita coisa para o Estado assumir.

-Mas a presidente Dilma é uma política com a visão do papel forte do Estado, não? O senhor vê chance de isso mudar no governo Dilma?

TREBAT: O Brasil está com um modelo híbrido, entre o Estado de bem-estar social dos países da Europa Ocidental, que agora têm muitos problemas nas suas finanças, e o modelo chinês do Estado como propulsor do desenvolvimento. Então você está vendo, pela carga tributária que tem, pelos programas sociais que tem, sobretudo pensões, mas não só esse lado da Previdência, muitas outras obrigações sociais que o Estado já tem, e por outro lado o PAC 1 e 2, grandes obras e empresas do Estado, o BNDES, o Banco do Brasil, você vê um Estado com características desenvolvimentistas. Só faço o reparo: se o Brasil quer acelerar o seu crescimento, o governo tem que restringir o seu próprio consumo, tem que investir mais, tem que melhorar o clima de negócios para as empresas. E, se o Brasil quer dar uma melhor qualidade de vida para a sua população, algum belo dia vai ter que decidir qual dos dois caminhos quer.

-O presidente Lula considerava que o sucesso estava justamente em crescer distribuindo renda.

TREBAT: Pois é, acho bom, e até certo ponto esse modelo funcionou bem, ele foi reeleito, a candidata dele foi eleita. Mas não é que seja uma receita para o sucesso a longo prazo. O Brasil é o país da moda, mas, para um país que está dando certo, tem um monte de gente muito pobre, uma desigualdade muito grande, você tem que pensar em mudar o modelo um pouquinho. Eu daria ênfase àqueles programas que concretamente reduzem a pobreza, eliminaria programas sociais que não atingem esse objetivo, e daria mais recursos à infraestrutura.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Brasilianistas: uma lista de obras "classicas"

Percorrendo agora "velhas" páginas de trabalhos publicados e livros editados, deparei-me com a página de um livro que editei em 2001, sobre os brasilianistas, cujo sumário segue abaixo.
Fiz uma página especial para ele, neste link.

Também linkei a reportagem da revista VEJA sobre o livro, neste link.

Mas, o mais interessante (e eu havia completamente esquecido) é que eu tinha mandado para a Veja uma relação de obras importantes dos brasilianistas, que está linkada na matéria da Veja, mas não imediatamente disponível em minha página.
Creio que vale conferir (sabendo que é um levantemento de quase dez anos atrás):

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/010502/brasilianismo.html

O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000
Paulo Roberto de Almeida, Marshall C. Eakin e Rubens Antonio Barbosa (editores)
(São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, ISBN: 85-219-0441-X)

Sumário:
Perfil dos autores

Apresentação: Os estudos brasileiros nos Estados Unidos: um projeto em desenvolvimento - Rubens Antonio Barbosa
1. Introdução: Uma certa idéia do Brasil: as afinidades eletivas dos brasilianistas - Marshall C. Eakin e Paulo Roberto de Almeida

Primeira Parte
Desenvolvimento geral dos estudos brasileiros nos Estados Unidos
2. Tendências e perspectivas dos estudos brasileiros nos Estados Unidos, 1945-2000 - Paulo Roberto de Almeida
3. Pesquisa: fontes e materiais de arquivos, instituições relevantes, abordagens - Robert M. Levine
4. Ensinando o Brasil: uma revisão dos programas sobre o Brasil nos Estados Unidos - Theodore R. Young

Segunda Parte
Pesquisa disciplinar e produção seletiva publicada, 1945-2000
5. Língua portuguesa e estudos brasileiros - Carmen Chaves Tesser
6. Literatura e cultura - K. David Jackson
7. Artes e Música - Jose Neistein
8. História - Judy Bieber
9. Antropologia - Janet Chernela
10. Economia - Werner Baer
11. Ciências Sociais - Marshall C. Eakin
12. Relações internacionais - Scott D. Tollefson
13. Geografia - Cyrus B. Dawsey III
14. Brasiliana nos Estados Unidos: referências e fontes documentais - Ann Hartness

Terceira Parte
Informação sobre a produção acadêmica brasilianista, 1945-2001
15. Uma cronologia das relações Brasil-EUA e da produção acadêmica, 1945-2001 - Paulo Roberto de Almeida
16. A contribuição britânica ao brasilianismo acadêmico - Leslie Bethell
17. Desenvolvimento comparado do estudo do Brasil nos Estados Unidos e na França - Edward A. Riedinger
18. Bibliografia seletiva - Paulo Roberto de Almeida

Apêndices:
Informação sobre outros colaboradores

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os Brasilianistas, versão 2010

Os comentários abaixo, sobre as características atuais dos pesquisadores e estudiosos do Brasil no exterior, foram elaborados para responder a questões de um jornalista.
Paulo Roberto de Almeida

Há uma crença, em diferentes meios, de que os brasilianistas andavam “desaparecidos” e que, não mais que de repente, com o governo Lula, eles voltaram à berlinda, ou novos brasilianistas vieram substituir os antigos, que já estavam aposentados há muito.
Nada mais equivocado. Os brasilianistas continuam onde sempre estavam: fazendo pesquisas sobre o Brasil em universidades americanas (com menor incidência em outras universidades, de países europeus, por exemplo), dando cursos de pós-graduação e orientando trabalhos de mestrado ou de doutoramento em temáticas brasileiras, viajando regularmente ao Brasil e mantendo programas de cooperação com departamentos, faculdades ou institutos de estudo e de pesquisa no Brasil.
A impressão equivocada de que eles tinham “saído de cena” se prende, na verdade, à própria situação política brasileira desde a redemocratização. Os brasilianistas foram relevantes, em certa medida, durante o regime militar e certa “repressão” – na verdade mais constrangimentos do que obstáculos absolutos – a estudos sobre os militares, por exemplo, ou sobre os movimentos de esquerda e outros temas considerados sensíveis durante aquele período. Os brasilianistas não tinham problemas, aparentemente, em manter contato com a imprensa e dar entrevistas sobre questões econômicas e políticas, às quais era dado o devido destaque nos meios de comunicação do Brasil, mais, aparentemente, do que pesquisas ou entrevistas de seus colegas brasileiros. Embora essa seja apenas uma impressão subjetiva, sem maior fundamentação na realidade, ela tinha alguma razão de ser, inclusive pelo acesso de alguns brasilianistas a personalidades do regime, aparentemente fora do alcance dos pesquisadores brasileiros (o que também não corresponde inteiramente à verdade).
Não existe uma “nova onda” de brasilianistas, embora a própria evolução do Brasil – social, política, econômica e internacional –, de um lado, e as novas tendências metodológicas e temáticas na academia americana, de outro lado, tenham levado os estudos brasileiros nas universidades americanas a novos focos de interesse.
É preciso considerar que os brasilianistas “clássicos”, se assim podemos chamá-los – correspondendo à geração conhecida como “filhos de Fidel”, ou seja, os que receberam ajuda governamental para aumentar o conhecimento americano sobre os países da região que poderiam conhecer evolução similar à de Cuba – trataram de realizar pesquisas de largo espectro, produzindo obras de síntese sobre o desenvolvimento econômico e político do Brasil que se tornaram incontornáveis na bibliografia especializada. Pode-se também dizer que eles participaram do processo de estabelecimento e consolidação dos programas de pós-graduacao no Brasl, naquela época (início dos anos 1960) ainda inexistentes ou iniciantes. Uma vez realizada a “substituição de importações” na área de pós-graduação, o Brasil se tornou menos dependente dessas vozes e opiniões. Na redemocratização, sua importância pareceu diminuir, mas eles continuaram onde sempre estiveram, fazendo seu trabalho metódico e bem fundamentado de pesquisa e elaboração de trabalhos sobre o Brasil.
Deve-se esclarecer que os brasilianistas “só existem” no Brasil, pois nos EUA eles são professores de suas especialidades respectivas, dando aulas de graduação de história, ciências políticas, antropologia, etc. Na pós-graduação, eles podem focar mais diretamente no Brasil, e alguns se tornam quase exclusivos nessa área, mas nunca totalmente.
Nas últimas décadas, as universidades americanas foram “assoladas” por novos campos e novos métodos de pesquisa, como micro-história, gênero, história cultural, etc, o que explica, também, que os novos brasilianistas tenham se dedicado a novas temáticas que seus orientadores da geração anterior. O termo brasilianista só deveria ser aplicado, de fato, se as novas gerações fizessem do Brasil seu foco principal de estudo, o que nem sempre é o caso. Não existe uma demanda específica por brasilianistas nas universidades americanas, sendo mais comum os estudos latino-americanistas (e quase todas as faculdades de humanidades mantêm programas interdisciplinares, geralmente historiadores, sociólogos e antropólogos, de estudos latino-americanos).
Surgem, assim, trabalhos específicos sobre a mulher, sobre os homossexuais, sobre aspectos de nossa história cultural e, crescentemente, sobre estudos de meio ambiente. Também se conservam as velhas especialidades, com trabalhos sobre movimentos sociais, história e sistema político, desenvolvimento econômico e outros na mesma linha tradicional. Samba e futebol podem ser, e são estudados, mas mais pelo enfoque cultural, ou antropológico, que não tem nenhuma conotação “exótica”, e sim com apoio em metodologias consagradas nesses campos de estudo.
Pode-se dizer que o campo de estudos brasileiros se caracteriza hoje por uma intensa troca de experiências e intercâmbio de estudos especializados entre brasileiros e “estrangeiros”, tanto que os encontros de especialistas de estudos brasileiros – seja na Latin American Studies Association, LASA, ou a própria BRASA – reúnem igual número de “estrangeiros” (ou americanos), e brasileiros.
Pode-se dizer que o interesse pelo Brasil cresceu muito nos últimos anos no plano jornalístico, e talvez isso tenha reflexos no meio acadêmico, mas seria preciso uma averiguação mais cuidadosa. Certamente a presença de Lula à frente do Brasil, sua forte projeção no exterior – bem mais no plano jornalístico, volta-se a sublinhar – pode ter sido responsável por esse aparente “renascimento” dos estudos brasileiros, inclusive em países não tradicionais no campo (como a China, por exemplo). Mas os programas acadêmicos seguem ritmo próprio, que não é direta ou imediatamente impactado pela realidade jornalística. Pode-se, provavelmente, detectar maior afluxo de estudiosos da língua portuguesa do Brasil nos programas de letras, mas a abertura ou consolidação de novos campos de estudo, com recrutamento adicional de novos pesquisadores e professores focados exclusivamente nos estudos brasileiros se faz em ritmo mais lento, correspondendo aos interesses dos próprios pesquisadores dentro do campo mais consagrado de estudos latino-americanos.
De novo mesmo na área brasilianista é a criação do Instituto de Estudos Brasileiros Jorge Paulo Lemann (Lemann Institute for Brazilian Studies), na Universidade do Illinois em Urbana-Champaign, dirigido pelo professor Joseph Love, um historiador consagrado da primeira geração. Mas, se trata de uma iniciativa do conhecido investidor brasileiro para estimular o intercâmbio acadêmico nos dois sentidos, e talvez até para formar quadros de qualidade nos problemas do Brasil dos dois países, sem a mesma conotação dos antigos programas “brasilianistas” da era da Guerra Fria. Acredito que esse Instituto, que deverá acolher o Secretariado da Brazilian Studies Association em 2011, e realizar o próximo congresso da Brasa naquela cidade em 2012, constituirá um importante fator de estímulo aos estudos brasileiros nos EUA, podendo acolher também pesquisadores de diversos outros países. Trata-se de excelente iniciativa capaz de moldar a próxima geração de estudiosos brasileiros nos EUA, quando a primeira – dos quais um dos principais representantes é o Professor Werner Baer, que é justamente, “Lemann Professor of Economics” da University of Illinois at Urbana-Champaign – já está praticamente se aposentando quando não chegando ao seu termo lógico.

Paulo Roberto de Almeida (Shanghai, 25 de agosto de 2010)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Brasilianistas: Congresso da Brasa em Brasilia, 22 a 24 de julho de 2010

Brazilian Studies Association
Congresso em Brasília - Brasa X - 22 a 24 de julho de 2010

A) BRASA (www.brasa.org)
A Brazilian Studies Association (BRASA) constitui um grupo internacional e interdisciplinar de estudiosos que apóiam e promovem estudos brasileiros em todos os campos, em especial nas humanidades e nas ciências sociais. A BRASA se dedica à pesquisa de temas brasileiros em todo o mundo, particularmente nos Estados Unidos. A BRASA tem aproximadamente 600 membros nos Estados Unidos, no Brasil, na Europa, no Canadá e em outros países latino-americanos.

A direção atual é assegurada pela professora Peggy Sharpe, da Universidade Estadual da Flórida, como presidente, pelo vice-presidente Randal Johnson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles e pelo diretor executivo da BRASA, professor Marshall C. Eakin, da Universidade do Tennessee. Dez outros acadêmicos brasileiros e americanos, inclusive um diplomata brasileiro, integram o seu Comitê Executivo.

A BRASA organiza uma conferência internacional de estudos brasileiros a cada dois anos. A mais recente, BRASA IX, ocorreu na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, Louisiana, de 27 a 29 de março de 2008. Ademais dos painéis institucionais e das mesas acadêmicas, a BRASA homenageia uma personalidade da área atribuindo uma distinção, Lifetime Contribution Award. Na BRASA IX, o homenageado foi o professor Gregory Rabassa, e na BRASA VIII o professor Thomas Skidmore.

B) Congresso BRASA X - 22 a 24 de Julho de 2010, Brasília, DF
O congresso da BRASA X terá lugar de 22 a 24 de Julho de 2010, em Brasília no Centro de Convenções Brasil 21.
São esperados entre 300 e 400 associados estrangeiros e entre 500 e 600 brasileiros.
A conferência terá 10 sessões com 15 painéis por sessão, durante dois dias e meio, num total de 150 painéis.

O Professor Werner Baer, conhecido economista da Universidade do Illinois em Urbana, será homenageado com o Lifetime Contribution Award na BRASA X.