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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Diplomacia bolsonarista afeta interesses comerciais brasileiros - José Luiz Tejon (Sputnik)

A inacreditável política externa olavo-bolsonarista, a medíocre diplomacia terraplanista estão ameaçando os interesses comerciais brasileiros.
Paulo Roberto de Almeida

'É intolerável falar gracinhas e arriscar negócios', diz analista sobre relação do Brasil com Irã

Alinhamento do Brasil aos EUA gera "desconfiança" no Irã e pode afetar vendas brasileiras para país persa, mas "bom senso deve prevalecer" ao invés das "bravatas", disse especialista em agronegócio à Sputnik Brasil.

O posicionamento da diplomacia brasileira de apoio aos Estados Unidos no caso do assassinato do general Qassem Soleimani, morto em um bombardeio ordenado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, gera especulações de possíveis represálias comerciais por parte de Teerã ao Brasil.
Perder uma fatia desse mercado causaria impacto nas exportações brasileiras. O Irã é hoje o 4º maior comprador de alimentos do Brasil, com gastos de US$ 2,2 bilhões no ano passado, principalmente milho, soja, farelo de soja, carne bovina e açúcar.
Para o especialista em agronegócio José Luiz Tejon, professor da Fundação Escola de Comércio Armando Álvares Penteado (Fecap), qualquer situação política e diplomática envolvendo o Irã é "muito sensível", por isso o  governo deveria se "preocupar mais em fazer o país e o PIB crescerem", ao invés de gastar energia com conflitos "ideológicos" e que não interessam ao agronegócio brasileiro.

'Brasil só deveria ter uma preocupação: aumentar PIB'

"O Brasil só deveria ter uma preocupação, que é seríssima e devia nortear completamente a cabeça dos lideres brasileiros, nós temos que aumentar o PIB, hoje na ordem de 1,8 trilhão, ridículo para o tamanho de um país como o Brasil", disse Tejon.
A Argentina, que se mantém neutra na briga entre EUA e Irã, é quem poderia sair beneficiada, abocanhando parte das importações iranianas.
Negociações entre Irã e Argentina vem ocorrendo desde outubro e devem se intensificar com a ida de empresários argentinos, a maioria de setor agropecuário, para Teerã. A missão é coordenada pelo Bripaem, bloco composto por sete países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Segundo Tejon, o comportamento brasileiro gera "desconfiança do cliente [Irã] com relação ao que o fornecedor pode fazer [Brasil]".
"O governo iraniano, quando o governo brasileiro se posiciona a lado de seu maior inimigo, os Estados Unidos, fica preocupadíssimo. Espero que o Brasil não faça isso, mas já houve embargos de comida na história da humanidade. O governo está dominado pelo Trump, daqui a pouco poder ter um embargo americano e o Brasil entra junto, o que seria uma aberração", disse o jornalista e publicitário.

'Argentina está aqui do lado'

"Em contrapartida, a Argentina está aqui do lado, ela que também foi desnecessariamente desafiada por razões ideológicas pelo Brasil, com a economia numa encrenca e precisando ir atrás de negócios", acrescentou.
Com preocupação, o professor lembrou que o Brasil sedia entre 4 e 6 de fevereiro, em Brasília, uma reunião do Grupo de Trabalho sobre Questões Humanitárias e de Refugiados, que tem como uma de suas pautas buscar um maior isolamento comercial do Irã.
"É absolutamente impertinente, desnecessário e intolerável o Brasil ficar falando gracinhas e colocar em risco negócios", criticou Tejon. Para ele, o governo brasileiro tem uma "paixão esquisita" pelos EUA, pois apresenta saldo comercial desfavorável com o país, enquanto a "conta com chineses, asiáticos e islâmicos é positiva".

'Uma coisa é o Trump, outra é o Brasil'

"Uma coisa é o Trump, dono de uma economia de 20 trilhões de dólares, arrotar para o mundo. Outra coisa é o Brasil, que precisa crescer, precisa dobrar o tamanho de seu agronegócio, precisa arrumar cliente e de mercados internacionais", disse Tejon.
Apesar das críticas, ele acredita que o agronegócio brasileiro não é "facilmente substituível" e o "bom senso prevalecerá", e não "bravas estúpidas".
"Se analisarmos todo a vida pré-eleitoral e o ano de 2019, é um fala fala, mas no fundo acaba prevalecendo o bom senso", ponderou.

'Trabalho hercúleo' da ministra Tereza Cristina

Segundo ele, grande parte desse pragmatismo se deve ao "trabalho hercúleo" da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
"Ela tem sido uma tremenda diplomata, apagado uma série de focos incendiários", disse o professor sobre série de viagens internacionais que a ministra tem feito para abrir mercados ao Brasil.
Para ilustrar seu posicionamento, José Luiz Tejon finaliza com uma corruptela de um verso do escritor português Luís de Camões.
“Quem faz a guerra, não faz o comércio”, disse.
O verso original, de Os Lusíadas, é “quem não quer comércio, busca a guerra”.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik

quarta-feira, 12 de junho de 2019

FMI acusa Trump de “minar” o comércio global - Sandro Pozzi (El País)

E alguém tem alguma dúvida disso?

FMI acusa Trump de “minar” o comércio global

Christine Lagarde, em um ato em Washington ontem.
Christine Lagarde, em um ato em Washington ontem.  AFP
O Fundo Monetário Internacional (FMI) acusa o Governo de Donald Trump de estar "minando" o sistema internacional de comércio, elevando as tarifas e adotando outras medidas para restringir as importações. Em vez de levantar barreiras, a diretora do organismo internacional, Christine Lagarde pede que Washington "trabalhe construtivamente" com seus parceiros para resolver as distorções e evitar que a disputa prejudique o crescimento global.
“É de vital importância que as tensões com China se resolvam rápido”, urge o organismo no relatório anual sobre a economia dos Estados Unidos. As medidas tarifárias, insiste, são ineficazes ao conter os déficits e serão prejudiciais tanto para a própria economia norte-americana como a mundial. Neste sentido, Lagarde pede que os EUA não se centrem só em um pacto bilateral e cheguem a um acordo mais amplo que reforce o sistema global de intercâmbios.
Essa reflexão está incluída no relatório anual sobre a economia dos EUA, conhecido no jargão como capítulo IV, que é publicado em meio à escalada da tensão entre o país e o México, seu principal parceiro comercial, de modo que ainda não contempla a estimativa de impacto. Limita-se a notar que a ratificação do acordo comercial norte-americano (o T-MEC, que já foi enviado aos Parlamentos dos EUA, México e Canadá, mas cuja aprovação final não será nada fácil nos dois primeiros países) ajudaria a aliviar a incerteza predominante no mercado.
Lagarde não escondeu sua "frustração", na quarta-feira, e disse que a extensão da batalha tarifária entre os Estados Unidos e a China e o México cria "ansiedade" pelo impacto que essa situação de tensão acumulada pode ter sobre a economia global em um momento de "fragilidade". "Há coisas que precisam ser resolvidas", disse ele, referindo-se à complexa reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), "mas sem prejudicar a economia". "Cuidado com o que é feito com essa máquina de crescimento que é o comércio", disse a diretora-geral do FMI, de olho na reunião de ministros das economia do G20.
O FMI projeta crescimento para os EUA de 2,6% este ano. São três décimos a mais do que o organismo internacional antecipou em abril, porque o início de 2019 foi mais robusto do que o previsto. Mas vai se moderar a partir de 2,9% registrados em 2018 e deve cair para 2% em 2020, este último é um décimo maior do que os indicados dois meses atrás. A partir daí, ele se estabilizará em 1,6% em anos sucessivos, porque os estímulos fiscais passam ter menor força. A inflação norte-americana, segundo o relatório, deve ficar em 2,1%.
Os riscos, em geral, são equilibrados e descartam um cenário de recessão. Mas a previsão está sujeita, em todo caso, à evolução da frente comercial. Uma nova escalada da disputa tarifária pode causar uma mudança abrupta nas condições financeiras devido à perda de confiança de investidores e empresas. Isso "representa um risco material" porque vai segurar o crescimento, acrescenta o FMI.
Além da incerteza comercial, o grande desafio dos EUA é a deterioração das finanças públicas. O FMI descreve a tendência atual como "insustentável". "A expansão fiscal para apoiar a atividade econômica", acrescenta, "tem um custo". O déficit subirá este ano para 4,2% do PIB e permanecerá acima de 4% no médio prazo. A dívida federal subirá para 80% do PIB até 2020.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Carne fraca, carne podre, carne corrupta: Brasil perde espaço no mercado mundial de carnes

Brasil perde fatia no mercado mundial de carnes

Participação recuou de 23,5% para 17,4% em dez anos; País deixou de ganhar US$ 30 bilhões

Márcia De Chiara, O Estado de S.Paulo 
13 Dezembro 2018 | 04h00

Apesar de recordes sucessivos anunciados nas exportações de carnes, o Brasil perdeu participação no mercado mundial nos últimos dez anos. Em 2007, o País detinha 23,5% das exportações globais com vendas de US$ 11,1 bilhões de carnes bovinas, suínas e aves, liderando o ranking de exportadores. Dez anos depois, essa fatia caiu para 17,4% e o Brasil para a segunda posição, atrás dos Estados Unidos. As vendas somaram US$ 15,3 bilhões no ano passado. Entre 2007 e 2017, as exportações brasileiras avançaram 38% enquanto o comércio global de carnes cresceu 86,4%. 
Isso é o que revela um levantamento feito pelo vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Pedro de Camargo Neto, com informações do International Trade Centre (ITC), agência conjunta da Organização Mundial do Comércio e das Nações Unidas. 
O levantamento mostra que EUA e União Europeia (UE) avançaram, mas quem mais cresceu foram países com volume de exportação menor, como a Índia, e outros que não são identificados no estudo. 
Nas contas de Camargo Neto, se o Brasil tivesse mantido a sua fatia de mercado, poderia ter embolsado US$ 30 bilhões a mais no período de dez anos com receita de exportação. 
“Os dados mostram que o que a gente fez não foi tão bonito assim”, diz o vice-presidente da SRB. Em dez anos, as importações mundiais de carnes deram um salto, somavam US$ 47,3 bilhões em 2007 e atingiram US$ 88,1 bilhões em 2017. O Brasil teve um papel importante, mas o mundo cresceu muito mais, observa.

domingo, 16 de setembro de 2018

Acucar: uma novela em varios capitulos - Marcos Jank

Uma estratégia global para o açúcar e o etanol

Jornal “Folha de São Paulo”, Caderno Mercado, 15/09/2018

Marcos Sawaya Jank (*)

A expansão subsidiada da produção de açúcar nos obriga a montar uma estratégia para que países asiáticos convertam cana em etanol.

O Brasil perdeu a posição de maior produtor mundial de açúcar para a Índia, que neste ano vai produzir 35 milhões de toneladas, contra 30 MT do Brasil. Logo atrás do Brasil vem a Tailândia com produção de 15 MT e exportações de 13 MT.

Até 2010 navegamos solitários e imbatíveis no mercado mundial de açúcar, graças aos ganhos de produtividade ocorridos após a desregulamentação do setor nos anos 1990, à existência de forte demanda no mundo e à introdução da frota de veículos flex-fuel no Brasil em 2003. O etanol consome 50 a 60% da cana produzida no país.

Mas nuvens negras foram se acumulando no horizonte deste setor. A primeira foi a política inconsequente de congelamento dos preços dos derivados de petróleo no Brasil, que destruiu a rentabilidade da Petrobras e dos produtores de etanol. Felizmente essa política nefasta foi desmontada no governo Temer.

A segunda, mais sutil, é que a crise gerada pela falta de investimentos no setor a partir de 2010 incentivou concorrentes a expandirem a sua produção. Até 2000, a produtividade de açúcar por hectare da Tailândia e do norte da Índia (em Uttar Pradesh, principal estado produtor) era cerca de metade da alcançada pelo Brasil. Hoje ela quase se iguala à nossa.

Enquanto ficamos esperando uma política pública decente para o etanol, que ainda não se materializou, nossos principais concorrentes nos alcançaram na produtividade da cana e na beterraba açucareira.

Ocorre que esses países concederam pesados subsídios e proteções aos seus produtores, como a fixação de preços garantidos para a cana-de-açúcar, elevadas tarifas de importação, incentivos para conversão de terras para cana e pesados subsídios para insumos, crédito, fretes e exportações.

Isso criou um "círculo vicioso" em que altos preços fixos de cana geram excedentes de açúcar, que são jogados no mercado mundial com o apoio dos Estados, derrubando os preços internacionais e gerando pressão por mais protecionismo.

O drama do setor sucroenergético brasileiro é que o etanol perdeu competitividade para a gasolina entre 2008 e 2017 e agora o açúcar perde mercado com a expansão acelerada da cana e da beterraba no mundo, turbinada pela mão forte de vários governos.

A solução seria criar um "círculo virtuoso" no qual os países direcionassem o seu excedente de cana-de-açúcar para produzir etanol, em vez de açúcar, seguindo a experiência brasileira. China, Índia e Tailândia fixaram metas de misturar 10% de etanol na sua gasolina, mas jamais criaram os instrumentos para cumpri-las. Se o fizessem, poderiam consumir 26 bilhões de litros de etanol por ano até o fim desta década, reduzindo a sua dependência por petróleo e as emissões de gases de efeito estufa, melhorando a qualidade do ar e gerando renda e emprego nos países. Nesse último mês, o governo da Índia sabiamente adotou diversas medidas nessa direção.

Sempre poderemos recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) para questionar subsídios e proteções que não respeitam as regras multilaterais de comércio, mas os processos levam anos para serem concluídos e o resultado é incerto, e nem sempre aplicado.

Temos uma rica experiência para transmitir a esses países em termos de flexibilidade de conversão da cana (em açúcar ou etanol), mandatos obrigatórios de mistura de etanol na gasolina (hoje fixado em 27% no Brasil) e de carros flex que dão ao consumidor a opção de abastecer com gasolina ou etanol.

Nosso programa de etanol é único, robusto e flexível. É hora de internacionalizar essa experiência na Ásia, ajudando os nossos concorrentes a encontrarem uma saída virtuosa para resolver o principal fator que hoje destrói a rentabilidade global do setor açucareiro.

(*) Marcos Sawaya Jank é especialista em questões globais do agronegócio. Escreve aos sábados, a cada duas semanas.

domingo, 2 de setembro de 2018

Uma estratégia para o agronegocio brasileiro 2 - Marcos Jank

Agro Global 2: Acesso aos Mercados

Jornal “Folha de São Paulo”, Caderno Mercado, 01/09/2018

Marcos Sawaya Jank (*)

Trata-se da peça central de um novo ciclo de crescimento do agro.

No segundo artigo da série sobre os desafios da inserção global do agro brasileiro vamos tratar do tema mais crucial para consolidar um novo ciclo de crescimento desse setor: acesso a mercados.

De nada adianta recebermos dezenas de pedidos de clientes potenciais a cada semana ou propostas de parceria no exterior se não conseguimos a "permissão para exportar", ou seja, para ingressar formalmente nos mercados. Sem acesso efetivo, tampouco adianta baixar custos, melhorar a infraestrutura ou diferenciar produtos.

No passado, as principais restrições de acesso a mercados eram altas tarifas de importação, quotas proibitivas e a concorrência com subsídios domésticos. Hoje as barreiras mais perversas são as não-tarifárias: sanitárias, técnicas ou burocráticas.

Temos ganhado mercado frente aos nossos concorrentes nos produtos que enfrentam menores barreiras, como soja, milho, algodão, café e celulose. Já nas carnes, lácteos, açúcar, frutas e alimentos processados o Brasil tem perdido partes de mercado por causa de barreiras e subsídios, que hoje exigem do país maior estratégia e priorização de ações.

Como a nossa produção agropecuária já ultrapassa, de longe, a dimensão do mercado doméstico, é necessário agir em três frentes de acesso a mercados:

1. Negociações comerciais: para manter o acesso que conquistamos no passado temos obrigatoriamente de retomar negociações com países e blocos estratégicos. Não vai ser fácil. Ficamos 15 anos isolados do mundo, sem uma política comercial consistente. Hoje estamos no fim da fila, pois nossos concorrentes e clientes da Europa, América do Norte, Ásia, Oceania e Aliança do Pacífico estão cobertos por mais de uma centena de acordos de livre-comércio ou preferenciais.

Na agenda agro, precisamos concluir o Acordo UE-Mercosul o mais breve possível, mesmo que de forma subótima. Deveríamos investir pesado na Ásia, por meio do ingresso na Parceria Transpacífica (CPTPP) ou de um acordo com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Em paralelo, precisamos avançar na difícil negociação com o Japão e a Coreia do Sul, já anunciada mas ainda pouco factível.

2. Parcerias estratégicas: de longe, a parceria mais importante é com a China, nosso maior cliente e investidor no agro. Temos de diversificar as exportações para esse país muito além da soja, atrair investimentos e agir de forma mais estratégica e coordenada, dentro do governo e em ligação estreita com o setor privado. Uma parceria estratégica com os EUA também seria fundamental, ainda que difícil no contexto da atual administração americana.

3. Abertura para importações: exportamos sete vezes mais do que importamos no agro. Queremos acessar o mundo, falamos o tempo todo das nossas belezas e grandezas, mas na hora de negociar com os parceiros comerciais não oferecemos nada em troca.

Dos cinco maiores exportadores do agro mundial, somos o único que tem importações irrisórias. Continuamos sendo um dos países mais fechados do mundo. Trigo, cacau, café, banana, coco, camarão, lácteos e pescados são exemplos de produtos nos quais o protecionismo localizado impede grandes volumes de exportações potenciais.

Acesso aos mercados é peça central no tabuleiro que leva a um novo ciclo de crescimento do agro brasileiro. O tema torna-se ainda mais relevante em um ambiente de comércio administrado por interesses geopolíticos, retaliações, disputas comerciais e um imenso "toma lá dá cá".

(*) Marcos Sawaya Jank é especialista em questões globais do agronegócio. Escreve aos sábados, a cada duas semanas.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Sistema comercial multilateral e regional: artigos de imprensa

Referências recebidas do Google Alert, em 18/06/2018:

comércio internacional do Brasil
Atualização semanal  19 de junho de 2018
NOTÍCIAS 
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou no dia 12 de junho de 2018 de audiência pública na Câmara dos Deputados ...
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O Mercosul quer lançar uma ofensiva pelo livre comércio no próximo semestre para chegar a acordos comerciais com os grandes blocos mundiais ...
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Para analistas, o Brasil sairá perdendo com a guerra comercial, em ... a taxar em 25% esses produtos americanos, o resultado global será negativo. ... de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), ...
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Busca-se retomar a prioridade de liberalização comercial e de consolidação do Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, disse ...
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Morar nos Estados Unidos era um sonho antigo para Brenda Nadal, que no Brasil estudava Comércio Internacional e trabalhava em uma empresa do ...
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Se dentro dos estádios da Copa do Mundo de 2018 é só festa, fora deles os turistas estão encontrando dificuldades nos altos preços de hotéis, ...
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O secretário americano de Comércio, Wilbur Ross, que negocia com os parceiros comerciais dos Estados Unidos, ainda mantém laços com ...
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O Canadá quer ratificar rapidamente o acordo de livre-comércio ... (11) o ministro de Comércio Internacional, Francois-Philippe Champagne.
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Brasil é eleito para conselho econômico e social da ONU ... formular recomendações sobre desenvolvimento, comércio internacional, industrialização ...
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... o aumento da tensão internacional pode reduzir os preços das commodities, ... O primeiro impacto das barreiras levantadas pelo governo Trump no Brasil se ... Para José Augusto de Castro, da Associação Brasileira de Comércio ...

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Trump e o seu conceito primitivo sobre o sistema comercial multilateral - Cato

Tough Tariff Talk at the 2018 G7 Summit

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Cato Institute, June 14, 2018
The G7 summit, which groups Canada, the US, the UK, France, Italy, Japan and Germany, was held Canada this past week. As expected, much of the talk was on the Trump administration’s subverting the rules of international trade with a wrecking ball of tariff indiscretions.

As has been the case every day for the past 16+ months, the U.S. and global economies remain exposed to the whims of an unorthodox president who precariously steers policy from one extreme to the other, keeping us in a perpetual state of uncertainty.

President Trump’s ideas on trade often seem paradoxical, and at the G-7 summit, he floated both abolition of all tariffs worldwide and banning trade with certain countries entirely over the course of just 24 hours.

Unfortunately, rather than seeing free trade as a means of promoting mutually beneficial exchange between buyers and sellers, President Trump thinks of trade as a zero-sum game that sees nations “winning” if they export more than they import.
The Herbert A. Stiefel Center for Trade Policy Studies is focused on issues and policies that expand the freedom of Americans to participate in global market. Follow the Center on Facebook and Twitter for the latest Cato research and commentary on trade policy...