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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Carne fraca, carne podre, carne corrupta: Brasil perde espaço no mercado mundial de carnes

Brasil perde fatia no mercado mundial de carnes

Participação recuou de 23,5% para 17,4% em dez anos; País deixou de ganhar US$ 30 bilhões

Márcia De Chiara, O Estado de S.Paulo 
13 Dezembro 2018 | 04h00

Apesar de recordes sucessivos anunciados nas exportações de carnes, o Brasil perdeu participação no mercado mundial nos últimos dez anos. Em 2007, o País detinha 23,5% das exportações globais com vendas de US$ 11,1 bilhões de carnes bovinas, suínas e aves, liderando o ranking de exportadores. Dez anos depois, essa fatia caiu para 17,4% e o Brasil para a segunda posição, atrás dos Estados Unidos. As vendas somaram US$ 15,3 bilhões no ano passado. Entre 2007 e 2017, as exportações brasileiras avançaram 38% enquanto o comércio global de carnes cresceu 86,4%. 
Isso é o que revela um levantamento feito pelo vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Pedro de Camargo Neto, com informações do International Trade Centre (ITC), agência conjunta da Organização Mundial do Comércio e das Nações Unidas. 
O levantamento mostra que EUA e União Europeia (UE) avançaram, mas quem mais cresceu foram países com volume de exportação menor, como a Índia, e outros que não são identificados no estudo. 
Nas contas de Camargo Neto, se o Brasil tivesse mantido a sua fatia de mercado, poderia ter embolsado US$ 30 bilhões a mais no período de dez anos com receita de exportação. 
“Os dados mostram que o que a gente fez não foi tão bonito assim”, diz o vice-presidente da SRB. Em dez anos, as importações mundiais de carnes deram um salto, somavam US$ 47,3 bilhões em 2007 e atingiram US$ 88,1 bilhões em 2017. O Brasil teve um papel importante, mas o mundo cresceu muito mais, observa.

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