Agora, percorrendo, como sempre faço, as redes de intercâmbio acadêmico, deparei-me com um título que combina com um antigo trabalho que eu já fiz sobre os regimes econômicos do Brasil, em perspectiva histórica, mas desta vez sobre o conjunto da América Latina. O trabalho tinha este título pomposo:
Regímenes de crecimiento económico en América Latina 1950-2012
(Regímenes de crecimiento económico en América Latina 1950-2012)
Trata-se de um capítulo de um livro editado no Equador chamado: Estudios de economía heterodoxa para América Latina
Marcelo Varela (ed.). Quito: Editorial IAEN, 2017.
Mas, por que eu digo que alguns países latino-americanos vão demorar para se desenvolver?
Bem, basicamente pelo tipo de pensamento, aparentemente difundido em muitas faculdades
de economia da região. Leiam esta introdução:
Quando não se tem uma noção precisa do que seja o capitalismo e se acredita nesse tipo de bobagem, então os "economistas" que saem com esse tipo de formação estão condenados a repetir as mesmas magias econômicas do passado, e que justamente condenaram a América Latina, e o Brasil, ao atraso e ao subdesenvolvimento.
O que eu posso recomendar a esses estudantes de economia?
Permito-me fazer referência a três obras da economista Deirdre McCloskey que muito me ajudaram a revisar profundamente minha própria concepção sobre a natureza da grande revolução capitalista na trajetória histórica de algumas sociedades (primeiro ocidentais, agora se espalhando pela Ásia, e na AL, talvez só no Chile, por enquanto):
1) Bourgeois Equality: how ideas, not capital or institutions, enriched the world (2016)
2) Bourgeois Dignity: Why Economics Can't Explain the Modern World (2010)
3) The Bourgeois Virtues: ethics for an age of commerce (2006).
Seu mais recente livro, ainda está sob impressão, devendo ser publicado no início de 2019: How to be a Humane Libertarian: Essays for a New Liberalism (New Haven: Yale University Press, 2019).
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 2 de dezembro de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário