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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Encerrando o ano prematuramente: balanço e perspectivas - Paulo Roberto de Almeida


Encerrando o ano prematuramente: 
balanço e perspectivas

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: fazer balanço de 2019; finalidade: prestar contas a mim mesmo] 

Normalmente, eu aguardo até o último dia do ano para encerrar minha lista de trabalhos originais (a de publicados permanece aberta porque alguns trabalhos acabam se atrasando naturalmente). Este ano, por motivo de viagem e leituras não concluídas, vou fechar mais cedo, por este mesmo, aproveitando para fazer um balanço quantitativo, ou seja, volumétrico, e também qualitativo, da produção acumulada ao longo do ano. Vale dizer, antes de mais nada, que a listagem de trabalhos “originais” que elaboro sistematicamente, sequencialmente, não significa o total de textos produzidos no período, apenas aqueles trabalhos com começo, meio e fim, que recebem uma avaliação de “concluídos”, e que portanto são numerados e registrados. Muitos outros trabalhos permanecem não concluídos, ou não são considerados partes da produção própria, ou seja, aquela que merece a classificação de “original”. Estão nessa categoria vários textos de caráter ordinário, feitos no âmbito do trabalho, ou das aulas, que podem merecer alguma reelaboração posterior, segundo os velhos princípios de Lavoisier.
Diferente é a lista dos Publicados, necessariamente menor, pois compreende apenas aqueles textos que aparecem em formato impresso ou digital, mas que recebem o apoio de algum veículo ou suporte possuindo ISBN (livros) ou ISSN (revistas). Não entram, portanto, nessa categoria todos aqueles trabalhos originais que eu mesmo divulgo em meu blog, ou que são distribuídos em caráter particular, que podem, ou não, possuir o título de originais (acabados), mas que algumas vezes não são, sendo apenas rascunhos preparatórios a futuros trabalhos (que podem acabar nem se materializando).
Tenho uma lista enorme de pastas, sob diferentes títulos, que podem ser cobertos pela alcunha geral de “working files”, que poderão, ou não, se transformar, algum dia, em trabalhos originais e serem mesmo objeto de publicação formal. Mas, isso fica entregue ao acaso, e o que vale, concretamente, é ocupar-se dos trabalhos finalizados e dos publicados. Vou tentar fazer isso agora, para encerrar o ano com tudo organizado.
Vejamos, comecei o ano, segundo a lista de trabalhos, pelo número 3.223 e estou terminando este ano por este mesmo trabalho, de número 3.386, ou seja, 163 trabalhos, o que significa 13,5 trabalhos por mês, ou um trabalho a cada 2,2 dias, mais ou menos no mesmo ritmo dos anos anteriores. Fiz o que eu tinha de fazer, e muitos outros trabalhos que nem planejava fazer, mas deixei seis ou sete no pipeline, entre eles duas obrigações assumidas e ainda não cumpridas sequer pela metade. Foram algo equivalente a 1.200 páginas escritas (existem trabalhos em Power Point), ou 105 páginas por mês, ou mais de 3 páginas por dia.
Se passo agora para a lista de publicados (o que não diz que todos os trabalhos foram produzidos em 2018), registro o primeiro trabalho publicado sob número 1.273 e o mais recente sob número 1.298, ou seja, 25 trabalhos publicados, ou mais de 2 por mês, entre livros e artigos.
No plano substantivo, o que posso destacar é a publicação de um livro com os artigos de Roberto Campos sobre o processo constitucional, e a colaboração na edição dos escritos de Celso Lafer, ademais de duas aulas na ESG-Brasília e a elaboração de um artigo sobre Hipólito da Costa como primeiro estadista do Brasil, publicado no número inaugural da revista 200, sobre o bicentenário, editada por Carlos Henrique Cardim. Vou publicar ambas lista de trabalhos em meu blog ou nas plataformas acadêmicas que mais utilizo, além de meu próprio site obviamente.
Ainda assim, deixei vários outros trabalhos pendentes, como vou relacionar aqui agora, para reforçar minha inadimplência:
Artigos para preparar:
1)    “Historiografia da política externa brasileira: da redemocratização à redefinição política (1985-2018)”; para seminário de Historiografia da PExtBr (22/11/2018)
2) “Diplomacia e pensamento econômico no Brasil: a era militar”, texto de exame global do pensamento econômico da diplomacia brasileira durante o regime militar, para o Projeto PDB-1964-1985.
3) “A ordem internacional e o progresso da nação: as relações econômicas internacionais do Brasil na era republicana (1889-1944)”; volume 2 da trilogia.
4) “Perspectivas para a política externa nos próximos anos”; percepções sobre a direção da política externa brasileira a partir de 2019.
5) “Pensamento econômico e social brasileiro e política externa, 1930-1970”.
6) “Relações Econômicas internacionais em perspectiva histórica”, livro para a Prismas.
7) “História do direito internacional no Brasil: entre universalismo, localismo e identidades”. Organizador: George Galindo.
8) “Os 14 pontos de Woodrow Wilson, cem anos depois”; ensaio examinando cada uma das propostas apresentadas em janeiro de 1918 pelo presidente americano Woodrow Wilson, como suas contribuições ao processo de paz que deveria se iniciar após o término da Grande Guerra, e que de fato foram examinadas e praticamente descartadas nas negociações de Paris, após o armistício de novembro daquele ano.

A existência de muitos trabalhos não concluídos, e outros por concluir desde muito tempo, se deve à dispersão em atividades de menor importância relativa, como a participação em redes de comunicação social, o que está sendo contornado pelo abandono do que não é essencial ou prioritário. Em 2019, pretendo concentrar-me em alguns trabalhos essenciais, como a terceira edição da obra O Itamaraty na Cultura Brasileira, um possível livro em homenagem a José Guilherme Merquior, e a retomada de meu segundo volume sobre a história da diplomacia econômica no Brasil, agora no período 1889-1944, talvez já elaborado a 2/3 do conteúdo.
Provavelmente, teremos mudanças importantes no decorrer de 2019, tanto no Itamaraty quanto no Brasil, de forma geral, sendo que não consigo imaginar, neste momento, seus impactos sobre meu trabalho e sobre minha produção intelectual. A partir de meados de janeiro, possivelmente, teremos uma ideia mais clara sobre os desenvolvimentos futuros. Até lá, só me resta desejar um bom final de ano a todos os meus leitores, e um excelente novo ano.
Oportunamente, notificarei sobre a postagem das duas listas de trabalhos, os originais e os publicados. Até lá...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 26 de dezembro de 2018



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