A Casa de Rio Branco recebe Celso Lafer
Paulo Roberto de Almeida
[Objetivo: saudação em cerimônia; finalidade: digressões sobre sua obra]
No dia 19 de dezembro de 2018, num evento da série “Diálogos Internacionais” do IPRI, que provavelmente se constituiu em seu último evento do ano, do governo, e talvez do regime, o Instituto Rio Branco recebeu o ex-chanceler Celso Lafer, para o lançamento de seu livro em dois volumes:
Celso Lafer, Relações internacionais, política externa e diplomacia brasileira: pensamento e ação (Brasília: Funag, 2018, 2 vols., 1437 p.; lo. vol., ISBN: 978-85-7631-787-6; 762 p.; 2o. vol., ISBN: 978-85-7631-788-3, 675 p.), 2o. vol., p. 1335-1347.
Presentes à cerimônia, o Secretário Geral das Relações Exteriores, embaixador Marcos Bezerra Abott Galvão, o diretor do Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD-RJ), embaixador Gelson Fonseca Jr, o diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), a diretora do Instituto Rio Branco, Gisela Padovan, a vice-presidente do STJ, Dra. Maria Thereza de Assis Moura, o Procurador Geral, designado, da Fazenda Nacional, Prof. José Levi Mello Júnior, e o próprio homenageado, ex-chanceler Celso Lafer. O ministro de Estado tinha um compromisso no momento da abertura, mas passou mais tarde para cumprimentar. Para ocasião, alguns textos tinham sido preparados para leitura na cerimônia, mas não foram usados, para deixar mais tempo para o debate com o autor, ex-chanceler e um dos "founding fathers" das relações internacionais no Brasil.
Estão aqui reunidos, portanto, duas alocuções diferentes, mas que podem ser vistas como complementares, unidas pelo mesmo objetivo substantivo: apresentar a obra e homenagear seu autor. São transcritas para conhecimento dos interessados.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19 de dezembro de 2018
Esta é a terceira vez, nos últimos vinte meses, em que o ex-chanceler, por duas vezes, e ex-representante brasileiro na missão em Genebra, Celso Lafer, vem a este auditório para uma atividade organizada pelo IPRI.
A primeira vez, no âmbito deste governo – e foi realmente a primeira depois de mais de treze anos afastado de qualquer convívio com a Casa que foi a sua em dois governos anteriores a 2003 –, foi em março do ano passado, quando o IPRI organizou, em cooperação com a Casa Stefan Zweig de Petrópolis, uma homenagem ao grande escritor austríaco da primeira metade do século XX, por ocasião dos 75 anos de sua morte em Petrópolis, no Carnaval de 1942.
Naquela oportunidade, se estava lançando o livro, A Unidade Espiritual do Mundo, da Casa Stefan Zweig, uma edição primorosa, em cinco línguas, com textos de Alberto Dines e de Celso Lafer, sob os cuidados editoriais de Israel Beloch, e que trazia a conferência que, sob esse título, Zweig fez no Rio de Janeiro, na primeira vez em que aqui esteve, em 1936, a caminho de um congresso do Pen Club Internacional, em Buenos Aires. O grande debate realizado na capital argentina, como revelado no filme de Maria Schrader, “Stefan Zweig: Adeus Europa”, estava centrado na atitude que deveriam adotar os escritores e intelectuais em face da ascensão ameaçadora dos regimes autoritários, totalitários e antissemitas, quando Stefan Zweig já se tinha antecipado à incorporação da sua Áustria natal ao império nazista de Hitler, e buscado refúgio em países democráticos, primeiro na Inglaterra, depois nos Estados Unidos, para finalmente aportar no Brasil do Estado Novo.
Essa conferência, “A unidade espiritual do mundo”, escrita em alemão, mas pronunciada em francês, na passagem de Zweig pelo Rio de Janeiro, foi objeto de uma belíssima introdução por Celso Lafer, por ele resumida neste mesmo auditório em 21 de março de 2017, na companhia da diretora da Casa Stefan Zweig, de Petrópolis, e tradutora de várias obras de Stefan Zweig, Kristina Michahelles, e do editor da obra multilínguas, Israel Beloch, que apresentou pela primeira vez a reprodução fac-similar desse libelo de Zweig contra as guerras e os conflitos entre povos, culturas e religiões. Pouco antes dessa magnífica edição da pungente mensagem pela paz de Stefan Zweig, a Editora Versal – a mesma que publicou a obra clássica do embaixador Rubens Ricupero sobre A Diplomacia na Construção do Brasil, 1750, 2016 – havia publicado um pequeno volume contendo as crônicas de Zweig quando de sua primeira visita ao Brasil, em 1936, quando foi recebido pelo então chanceler José Carlos de Macedo Soares, assim como um outro livro, contendo a troca de correspondência, durante vários anos, entre Zweig e sua primeira mulher, Friderike, uma intelectual como ele. Alguns anos antes, Alberto Dines havia tomada a iniciativa de reunir um grupo de intelectuais, no quadro do Forum Nacional do ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, para discutir o único livro que Stefan Zweig havia escrito sobre o Brasil, uma espécie de homenagem ao país que o acolheu, e que ele considerava um “país de futuro”. Aparentemente, continuamos a ser um país de futuro, senão do futuro...
A segunda vez que tivemos o prazer de recepcionar o embaixador e professor emérito Celso Lafer neste mesmo auditório foi em abril deste ano, para a sua palestra no âmbito da série “Percursos Diplomáticos”, disponível em vídeo, como todas as demais palestras dessa série, no site do IPRI. Foi a partir daí, justamente, que começou a germinar a ideia de se reunir os mais importantes escritos “laferianos”, ao longo de mais de meio século de atividades contínuas e constantes em torno dos grandes temas da política internacional e da política externa do Brasil, textos até aqui dispersos nos mais diferentes veículos, para publicá-los numa coletânea a cargo da Funag.
Esta é a publicação que estamos lançando hoje, depois de vários meses de um intenso trabalho de lapidação por parte do IPRI, mas que reúne apenas uma pequena parte da gigantesca produção intelectual já acumulada por Celso Lafer ao longo das últimas décadas, quando ele se desempenhou, não apenas como o mais importante especialista brasileiro nos temas que figuram no título desta obra, “Relações internacionais, política externa e diplomacia brasileira”, mas também como chanceler, duas vezes, a primeira em 1992, depois em 2001 e 2002, e também como representante do Brasil em Genebra na fase intermediária.
Todos nós, diplomatas de carreira, servidores ocasionais da política externa do Brasil, ou simples estudiosos nesse amplo universo da interface externa do Brasil, somos devedores de Celso Lafer, que pode ser considerado uma espécie de “founding father” da disciplina de relações internacionais no Brasil. Todos nós, os nascidos nos últimos cinquenta anos, e mesmo os nascidos antes, tivemos a oportunidade, talvez até a obrigatoriedade, de ler, ou de reler, de estudar e refletir sobre alguns dos seus muitos escritos nas três áreas que compõem o título comum destes dois volumes. Celso Lafer é coetâneo e indissociável do processo de construção, de formação e de expansão da disciplina Relações Internacionais no Brasil. Mais do que isso: ele é indispensável e incontornável na floração e na consolidação da teoria e sobretudo da prática das relações internacionais do Brasil.
O subtítulo da obra não é menos significativo dessa dupla associação de Celso Lafer ao edifício em permanente construção: pensamento e ação. É isso que cada ensaio acadêmico, cada palestra ou entrevista concedida, cada artigo de jornal aqui reproduzido oferece agora aos leitores numa coletânea parcial de um universo bem maior: uma janela de oportunidade para se adentrar na informação, na reflexão e nas lições que podem ser oferecidas por alguém que, mais do que apenas escrever sobre as três áreas contempladas na coletânea, foi parte integrante do processo decisório de política externa, guiou na prática a diplomacia brasileira em momentos relevantes de nossa história recente e teve a chance de oferecer a sua vis directiva para a ação concreta que um país como o Brasil necessita adotar e tomar no plano externo. Temos também pequenos retratos e homenagens a atores e autores nas mesmas áreas-chave em que trabalhou o professor Celso Lafer, entre eles o embaixador Gelson Fonseca, aqui presente, amigo e colaborador em alguns dos seus escritos.
Por todas estas razões, somos gratos ao professor Celso Lafer por ter dado à nossa editora de livros diplomáticos, a Fundação Alexandre de Gusmão, a chance de publicar uma pequena parte de sua imensa obra já consagrada na história teórica e prática das relações internacionais. Depois de muito tempo dispersos em uma multiplicidade de plataformas editoriais, seus escritos, agora reunidos graças ao empenho do IPRI, são colocados à disposição da grande comunidade de estudiosos e praticantes da ação internacional do Brasil. Que este livro, como a anterior coletânea de textos do chanceler Oswaldo Aranha, publicada no ano passado em esforço similar conduzido pelo IPRI, sirva como referência de estudo, de informação histórica e d guia para a ação de nossos diplomatas e pesquisadores nesse universo.
Caro embaixador, professor e amigo Celso Lafer: as portas do Itamaraty e do Instituto Rio Branco estão e continuarão abertos a novas incursões suas na Casa de Rio Branco, assim como os serviços editoriais da Funag e do IPRI continuarão receptivos à publicação de seus outros escritos em todos esses temas nos que exibimos, para usar a famosa expressão de Goethe, reproduzida por Max Weber, “afinidades eletivas”. Aliás, podemos dizer que essas afinidades são mais do que simplesmente eletivas; elas são impositivas, até mesmo obrigatórias, uma vez que a vida intelectual, as atividades acadêmicas e profissionais, assim como o exercício ocasional de Celso Lafer, como servidor do Estado brasileiro em diversos momentos de sua rica trajetória, estão indelevelmente ligados à própria história do Itamaraty nas últimas décadas. Não dispensaremos essa interação, em qualquer formato que seja, no futuro previsível.
José Mindlin, o grande bibliófilo brasileiro que legou sua imensa biblioteca para deleite de paulistanos, paulistas e demais visitantes da Brasiliana Guita e José Mindlin da USP, e a quem Celso Lafer conhecia muito bem, tinha um famoso ex-libris tomado de empréstimo a um outro amigo dos livros, Montaigne. Esse ex-libris reproduzia uma frase que o célebre ensaísta tinha usado no livro II dos Ensaios, e que o sábio recluso havia feito inscrever em sua torre-refúgio: “Je ne fais rien sans gayeté”.
De Celso Lafer se poderia dizer: “Il ne fait rien sans finesse”. De fato, o que mais caracteriza nosso homenageado de hoje é sua extrema delicadeza, sua educação exemplar, mesmo em direção de seus detratores, como constatei mais de uma vez lendo ou relendo alguns de seus artigos que me foram dados alinhar nesta coletânea exemplar, que eu já chamei de Halb Gesamtwerke. Não que ele tenha, pessoalmente, inimigos, pois uma pessoa tão finamente educada quanto Celso Lafer seria incapaz de ter adversários pessoais. E mesmo que os tivesse, ele os trataria tão educadamente quanto sempre nos tratou a todos nós, diplomatas e não diplomatas, ao longo de uma carreira exemplar de servidor público, de ministro de Estado das Relações Exteriores, duas vezes, de embaixador em Genebra, de ministro da Indústria e do Desenvolvimento.
Nos treze anos e meio em que durou essa coisa que eu designei de lulopetismo diplomático, esses adversários foram extremamente rudes com sua gestão e a própria pessoa de Celso Lafer, não poupando-o das invectivas mais ridículas, apenas para se jactarem de um soberanismo tão falso quanto sua suposta altivez. Pois Celso Lafer sempre examinou com extrema elegância as posições equivocadas que esses detratores defendiam na política externa, avaliando em termos firmes, mas sóbrios e educados, uma diplomacia que tinha muito mais de transpiração do que de inspiração, muito mais de pirotecnia ideológica que de fundamentação nos interesses concretos do Brasil. A cada ofensiva maldosa, Celso Lafer respondia com um artigo elegante, mostrando a inconsistência das posições defendidas pelos lulopetistas, sem jamais descambar para uma palavra grosseira, ou alguma resposta mais contundente, como eu mesmo fiz, aliás.
Celso Lafer ne fait rien sans finesse, e é isso que transparece em cada uma das 1.400 páginas desta obra de referência que eu tive o imenso prazer de ajudar a compor ao longo de muitas noites de leitura agradável, até a maratona final da composição do índice onomástico, através do qual eu pude avaliar a intensidade de trocas intelectuais que este grande intelectual manteve com alguns de seus grandes amigos em espírito, e vários deles em carne e osso. Se eu passei várias noites na companhia de Celso Lafer, relendo, revisando ortograficamente e ajustando as remissões bibliográficas de uma centena e uma dúzia de ensaios e artigos redigidos no decorrer de quase meio século de intenso trabalho intelectual, pude perceber, na montagem do índice onomástico, que ele também passou noite e noites na companhia de atores e autores dos mais respeitáveis.
Em primeiro lugar, aparece a inefável Hannah Arendt, que vem contemplada com nada menos de que uma centena de citações e remissões, em seis linhas completas do índice que consta ao final do livro. Depois vem o circunspecto Raymond Aron, que tem direito a seis dezenas de citações, nas cinco linhas que ganhou no mesmo índice. Norberto Bobbio já é um caso notório de afinidade eletiva, que eu não hesitaria em classificar de obsessiva: são mais de noventa remissões, em oito linhas cheias. Não vamos esquecer os presidentes Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, a quem Celso Lafer serviu nas duas oportunidades em que ocupou a cadeira de Rio Branco, contemplados cada um com mais de uma dúzia e meia de remissões; vou deixar um outro presidente de lado. Tem também seu amigo e coautor Gelson Fonseca, com seu lote de citações apropriadas. Hobbes, maldosamente, deixa Hegel para trás, mas Kant supera a ambos, tranquilamente, mesmo incluindo Maquiavel nesse clube. Helio Jaguaribe ganha de Rui Barbosa, e Henry Kissinger perde de Juscelino Kubitschek, mas eles jogam em ligas diferentes. O incontornável Marx perde para o socialista Antonio Candido. Entre outros amigos, Miguel Reale ganha “por una cabeza” de Octavio Paz, mas cabe não esquecer os muitas vezes citados San Tiago Dantas, Rubens Ricupero e José Guilherme Merquior. Juca Paranhos, o barão, corre longe na dianteira do visconde, seu pai. Por fim, não podia faltar o grande Camões, citado em vários versos e estrofes, e desde a Introdução, quando Celso Lafer explica como foi feita esta obra:
O livro é, assim, no seu conjunto, o resultado da interação entre pensamento e ação, o fruto, como diria Camões em Os Lusíadas, de “honesto estudo/com longa experiência misturado”.
A preparação editorial, a uniformização ortográfica, a complementação da informação bibliográfica com notas remissivas e outros requisitos próprios à finalização dos originais para impressão, tomaram algumas semanas de trabalho, e quero aqui registrar a importante ajuda do historiador Rogério de Souza Farias, assim como de diversos outros assistentes e estagiários do IPRI, cujos nomes comparecem na página de expediente. Devo dizer que tive especial prazer em passar essas proveitosas semanas, vários noites seguidas, na companhia de ensaios e artigos que estava relendo, ou lendo pela primeira vez, o que me permitiu refletir novamente sobre minha própria formação intelectual em temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, o que também foi o caso de muitos, senão todos os colegas de carreira, e de milhares de estudantes, em todo o Brasil que se beneficiaram, quando não fizeram copy and paste, destas dezenas de escritos de Celso Lafer.
Dizem que Winston Churchill escreveu, ou ditou, seis milhões de palavras, ao longo de uma vida aventurosa como repórter militar, como parlamentar durante 55 anos ininterruptos, como ministro duas vezes, antes como Lorde do Almirantado, seguido de uma infeliz passagem pelo Tesouro, depois como chefe de um gabinete de coalizão e líder militar supremo na hora mais sombria da Grã-Bretanha, finalmente como grande estadista aposentado: seis milhões de palavras. Eu ainda não comecei a contar o volume de palavras já redigidas por Celso Lafer, ou decifradas por suas secretárias a partir de sua escrita de médico, mas se juntarmos tudo, em volumes alinhados um a um, o conjunto certamente ultrapassaria os 137 tomos das Obras Completas de Rui Barbosa, ou outros tantos dos Comentários à Constituição Brasileira de Pontes de Miranda. No que se refere apenas aos dois volumes que estamos publicando, eu contei 335.400 palavras, e ainda não estamos falando de uma verdadeira Gesamtwerke da produção laferiana acumulada ao longo de uma rica vida intelectual.
Aposto como, contando tudo, chegaríamos a um Oceano Pacífico de palavras cuidadosamente redigidas no decorrer do último meio século, em face do qual estes dois volumes não representam senão um modesto Lago Tiberíades, para não ficarmos muito longe do Mar Morto, se essa aproximação pode ser feita sem problemas geopolíticos. Em todo caso, no campo das relações internacionais, da política externa do Brasil e da sua diplomacia ninguém chegou perto da quantidade e da qualidade da prolífica produção intelectual de Celso Lafer. Estes dois volumes constituem, portanto, uma pequena amostra, um aperitivo, de uma obra bem mais vasta, que ainda precisa ser compilada pelos muitos admiradores dos escritos laferianos, que agora se encontram à disposição de todos os estudantes, dos pesquisadores e dos profissionais diplomáticos, que somos nós, e dos milhares de candidatos à carreira pelo Brasil afora. Todos podem descarregar os volumes na Biblioteca Digital da Funag, ou adquirir a obra impressa, pela modesta e incômoda soma de R$ 31,00 o exemplar, mas só em dinheiro.
Montaigne ne faisait rien sans gayeté, como nos lembrou José Mindlin, por meio de seu ex-libris. Eu me permito aqui citar esta passagem do livro II, capítulo X, dos Essais, que trata justamente dos livros e das dificuldades em lê-los:
Les difficultés, si j’en rencontre en lisant, je n’en ronge pas mes ongles : je les laisse là, après leur avoir fait une charge ou deux. Si je me plantais, je m’y perdrais, et le temps, car j’ai un esprit primesautier. Ce que je ne vois de la première charge, je le vois moins en m’y obstinant. Je ne fais rien sans gayeté.
Eu também tento fazer do IPRI a minha boutique de divertissement intellectuel, ou seja, sempre encontrar um motivo de divertimento intelectual no trabalho que faço, com todo o prazer permitido pela nossa burocracia lusitana, mas sem precisar ronger mes ongles. Quanto a Celso Lafer, eu posso afirmar novamente que ele ne fait rien sans finesse ou sans éducation.
Parbleu, je me plais d’être son ami !
Merci à tous!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8 e 14 de dezembro de 2018
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