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domingo, 16 de junho de 2013

Enquanto o Imperio espiona o mundo inteiro, um outro imperio espiona algumas pessoas do mundo...

Cada um na medida da sua justa proporção, ou de sua agenda política...

Espionagem no porto
Disfarçados de portuários, quatro agentes da Abin - o serviço secreto do governo - foram presos sob suspeita de bisbilhotar a vida do governador Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República
Hugo Marques e Rodrigo Rangel
Revista Veja, 15/06/2013

Abin em ação para coletar informações que pudessem ser utilizadas contra a campanha presidencial do governador de Pernambuco

É colossal o esforço do governo para impedir que decolem as candidaturas presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da ex-senadora Marina Silva (sem partido). Nos últimos meses, a presidente Dilma Rousseff reacomodou no ministério caciques partidários que ela havia demitido após denúncias de corrupção, loteou cargos de peso entre legendas desgarradas da base aliada e pressionou governadores do próprio PSB a minar os planos de Campos. Sob a orientação do ex-presidente Lula, Dilma trabalha para Montar a maior coligação eleitoral da historia e, assim, impedir que eventuais rivais tenham com quem se aliar. A maior parte dessa estratégia é posta em pratica a luz do dia, como a volta dos “faxinados” PR e PDT a Esplanada, mas ha também uma face clandestina na ofensiva governista, com direito a espionagem perpetrada por agentes do estado. Um dos alvos dessa ação foi justamente Eduardo Campos, considerado pelo PT um estorvo à reeleição de Dilma pela capacidade de dividir com ela os votos dos eleitores do Nordeste, região que foi fundamental para assegurar a vitória da presidente em 2010.
0 Porto de Suape, no Recife, carro- chefe do processo de industrialização de Pernambuco, serviu de arena para o até agora mais arrojado movimento envolvendo essa disputa pré-eleitoral. No dia 11 de abril, a Policia Militar deteve quatro espiões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que fingiam trabalhar no local, mas há semanas se dedicavam a colher informações que pudessem ser usadas contra Campos. A Secretaria de Segurança Pública estadual já monitorava os agentes travestidos de portuários fazia algum tempo. Disfarçados, eles estavam no estacionamento do porto quando foram abordados por seguranças. Apresentaram documentos de identidade e se disseram operários. Acionada logo depois, a PM entrou em cena. Diante dos policiais, os espiões admitiram que eram agentes da Abin, que estavam cumprindo uma missão sigilosa e pediram que não fossem feitos registros oficiais da detenção. 0 incidente foi documentado em um relatório de uma página, numa folha de papel sem timbre, arquivada no Gabinete Militar do governador. Contrariado com a espionagem, Eduardo Campos ligou para o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Jose Elito Siqueira, a quem o serviço secreto do governo está subordinado.
Em uma reunião com aliados do PPS, o governador contou que o general garantiu que não houve espionagem de cunho político, ou de viés eleitoral, mas apenas um trabalho rotineiro. “Nos fazemos apenas monitoramento de cenários para a presidenta”. ponderou o chefe do GSI. Apesar da gravidade do incidente, o caso foi dado como encerrado pelos dois lados. Poucas pessoas souberam da história. A elas, Campos explicou que não queria tornar público o episódio para não “atritar” ainda mais a relação com o Palácio do Planalto nem causar um rompimento entre as partes. Mas houve desdobramentos. “Tive de prender quatro agentes da Abin que estavam me monitorando”. Revelou Eduardo Campos. E ainda desabafou: “Isso é coisa de quem não gosta de democracia, de um governo policialesco”. Pediu aos aliados que o assunto fosse mantido em segredo. “Não tenho nada a dizer sobre isso”, desculpou-se na semana passada o deputado Roberto Freire, presidente da legenda, que estava presente a reunião.

Os agentes detidos no Porto de Suape trabalham na superintendência da Abin em Pernambuco. São eles: Mario Ricardo Dias de Santana, Nilton de Oliveira Cunha Junior, Renato Carvalho Raposo de Melo e Edmilson Monteiro da Silva. No dia da detenção, usavam um Palio (JCG-1781) e um Peugeot (KHI-1941). A placa do Pálio é fria, não existe. Já a do Peugeot é registrada em nome da própria Abin. Na semana passada, o agente sênior Mario Santana se aposentou. Nilton Junior e Renato de Melo davam expediente normalmente na superintendência. Já Edmilson Silva, na quinta-feira, estava escalado para o plantão noturno. Nada mais natural. Edmilson Silva tem uma dupla jornada de trabalho. Além de espião, é vereador, eleito pelo PV, no município de Jaboatão dos Guararapes. Vive, portanto, urna situação curiosa. Durante o dia, como vereador, é um defensor das liberdades. Às escuras, como araponga, une-se aos colegas de repartição para violá-las. “Fui ao Porto de Suape algumas vezes apenas para visitar amigos”, disse a VEJA o agente-vereador.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Pausa para... um diario intimo...

Não, não é meu, pois não mantenho diário íntimo. O meu é todo visível e de trabalho. Quem quiser saber da minha vida (alô ABIN, alô CIA, alô chineses, russos, sul-africanos...) que vá aos posts deste blog, às listas de trabalho do meu site, ou que penetre meu computador, como estou certo de que todos esses serviços já fizeram, como vasculharam minhas contas e descobriram todos os saldos vermelhos e a lista dos pagamentos do próximo mês...
O diário foi publicado na Piauí, e sendo esta uma revista do maior respeito nacional, só pode ser coisa séria.
Com isso dou por encerrado os posts deste sábado de nevasca e vou cuidar de coisa mais séria. Escrever um trabalho encomendado, como tenho vários no pipeline.
Divirtam-se, desopilem-se, mas atenção, moderadamente.
Vou atacar de hot-dog e de cerveja...
Paulo Roberto de Almeida
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Augusto Nunes, 08/02/2013
às 18:24 \ Feira Livre

Diário da Dilma: Canguru que é despejado dá valor à própria bolsa

PUBLICADO NA EDIÇÃO DE FEVEREIRO DA REVISTA PIAUÍ

1º DE JANEIRO ─ Dia da Confraternização Universal. Confraternizei com o Eduardo Campos em torno de um sambinha com biricutico e salaminho. Fiz questão de cantar Camarão que Dorme a Onda Leva olhando bem na íris daqueles olhos verdes. Neto do Arraes, neto do Tancredo, uns meninos chatos e eu tenho que fingir interesse. De neto, gosto só do meu, que além de uma gracinha não quer me suceder.
2 DE JANEIRO ─ Faltou luz aqui na base militar. Eu, mamãe, titia, Paula e o Eduardo Campos passamos a tarde jogando adedanha. Quando sortearam”animal com a letra L”, pensei besteira. Mas disse “Lobo”. Depois dessa, parei de beber a caipirinha. Já estava mais faceira que mosca em tampa de xarope.
3 DE JANEIRO ─ Estou como o diabo gosta! Só de short, regata e sandália de dedo. O Sarney que não me venha com essa história de liturgia do cargo! A Helena sabe que se eu pegar um fotógrafo aqui vai ser caso de morte. Desde que cheguei aqui não passo mais laquê. São bem uns 10 quilos a menos. Titia veio me dizer que deu um auê danado na posse do Genoino. Fiquei uma arara, dei um murro na mesa e gritei: “Não interrompa minhas férias!” Deus me dê paciência e um pano para embrulhá-la.
4 DE JANEIRO ─ Ganhei um Kindle brasileiro daquele pernóstico do Mercadante. E já veio com dez livros. Tudo chatice: Keynes, Paulo Coelho, Churchill, Maquiavel, Eduardo Giannetti, valha-me Deus. Fui lá e pá! Comprei os dois últimos volumes de Cinquenta Tons de Cinza. Vou começar a ler ainda hoje depois de assistir um pouco dos Tudors. Me falaram maravilhas da série e estou atrasada. Dormi antes de começar a ler. Que espetáculo esses Tudors! Se Brasília fosse animada daquele jeito!
5 DE JANEIRO ─ Mandei o Marco Aurélio assuntar a doença do Chávez. Ele adora essa coisa meio Mercedes Sosa, meio Glória Magadan.
Gastei demais nessas férias. Só em salaminho, tremoços e antiácido foi embora uma fortuna. Sem falar que engordei. Férias é sempre esse inferno: a gente sai da rotina, enche a cara de cerveja, come aquele monte de acarajé e arremata com cocada. As roupas estão todas pegando no quadril…
6 DE JANEIRO ─ E não é que acabou a luz justo na hora H do Henrique VIII com a Ana Bolena? Será que foi a mando do Lobão, sempre tão decoroso nessas questões de moral e bons costumes?
7 DE JANEIRO ─ De volta ao batente, infelizmente. Mamãe teve que me sacudir da cama para que eu pudesse acordar. “Quem primeiro se queixa foi quem atirou a ameixa”, ralhou. Pedi para o Sérgio Cabral fazer as pazes com os índios do Maracanã. Sei não. Brigar com índio dá azar. Não é à toa que está há tanto tempo sem chover.
8 DE JANEIRO ─ Hum, a luz falhou umas duas vezes hoje. Mandei comprar uns três pacotes de vela. Gabrielzinho detesta escuro.
9 DE JANEIRO ─ Choveu! Choveu! Fiquei tão encantada que ergui os braços e saí correndo de baby-doll pelos jardins do Alvorada cantandoThe Hills Are Alive. Para acabar de vez com as insinuações da imprensa burguesa, pedi ao Lobão que desse uma coletiva para negar o risco de apagão. Tiro e queda. O magnetismo desse homem sempre deixa os jornalistas mesmerizados.
10 DE JANEIRO ─ Gabrielzinho está começando a fazer conta nos dedinhos. Ontem ele chegou para mim e disse: “Vovó, os números do governo não fecham”. Está ficando chato.
11 DE JANEIRO ─ Gente, que tudo! Estou afogueada! Esse Christian Grey é uma coisa! Uma coisa!!!!!!
12 DE JANEIRO ─ Quando o pessoal do Congresso volta de férias? Tá uma beleza isso aqui, vazio, silencioso. Gabrielzinho tem andado de velotrol por esses corredores imensos.
14 DE JANEIRO ─ Comecei a me desanimar com os Tudors. Tem mais dancinha na corte do que em novela da Gloria Perez. É bom desapegar dessas coisas. Durante Avenida Brasil não consegui governar e deu no tal Pibinho.
15 DE JANEIRO ─ Falei grosso com o Eduardo Paes e com o menino Haddad: nada de aumentar a passagem de ônibus. Não estou podendo. Canguru que é despejado dá valor à própria bolsa. De tarde, fui ao Senado brincar de esconde-esconde com o Gabrielzinho. Tentei entrar debaixo da mesa diretora, mas bati com o topete e lasquei um pouco a madeira.
17 DE JANEIRO ─ O Eike veio aqui em Brasília. Estava louca para conferir aquele aplique ridículo dele. Ia até dar um toque, mas meu dia estava tão corrido que nem deu tempo. Como a ministrada estava meio sem fazer nada, pus todo mundo pra falar com ele. O Eike sempre rende alguma coisa. Quem ficou uma arara por não ter sido avisada foi a Ideli. Ela acha o Eike parecido com o Romney e já deu a entender que não se importaria em mudar o nome para Idelix.
18 DE JANEIRO ─ Botei o bloco na rua! O Lula já devia saber que quem foi ao vento perdeu o assento. Sou candidatíssima de mim mesma. Para não deixar dúvidas, viajei para o Piauí e me vesti de cangaceira. Foi difícil o chapéu por causa do laquê, mas o recado está dado. Pena que na hora em que saquei a peixeira acabou a luz.
19 DE JANEIRO ─ Meu São Mateus dos Mercados Perpétuos! Não é que vou ter de tomar uma atitude contra aquela revista inglesa ou americana que vive me cornetando? Não nego que o Guido esteja mais por fora do que surdo em bingo, mas pegar no pé do governo só por causa dessa bobagem das contas? Quem não dá uma ajeitadinha? É que nem no cheque especial. Ninguém precisa saber que você está no vermelho. Na primeira folguinha você vai lá e cobre.
20 DE JANEIRO ─ Não aguento essa Marcha dos Prefeitos. É tanta gente para botar em hotel, providenciar transporte, comida. Malandro era o FHC, que ignorava solenemente patente abaixo de governador.
21 DE JANEIRO ─ Liguei para o Kamura e fui firme: “Se franja é a nova tendência e você deixou a Michelle sair na frente, considere sua carreira em Brasília encerrada. Na melhor das hipóteses, você ganhará a vida cortando o cabelo da Ideli”. O homem começou a chorar e jurou que a franja não pega. Durante o discurso, Michelle usou aquele vestido azulão com saia trapézio evasê. É para acomodar o pacová, que, convenhamos, no caso dela é quase um aleijão. Não precisava daquele cinto de motoqueiro. No meio da fala, a Malia deu um bocejadão espantoso. O Gabrielzinho nunca faria isso.
22 DE JANEIRO ─ Só hoje pude acompanhar a cobertura dos bailes. De vestido vermelho eu entendo. O da Michelle ficou o ó. Aquele veludo molhado parecia uma cortina de cabaré. Agora, como dançam bem, ela e o Obama. Que o Demétrio Magnoli não me ouça, mas acho que tem a ver com a raça. Vai pôr um búlgaro para valsar…
23 DE JANEIRO ─ Ao contrário do que me garantiu a Abin, na terceira temporada de The Killing a Sarah Lund não aposentou aqueles suéteres de matar. Não espanta que a fama internacional da moda dinamarquesa seja tão grande quanto a dos nossos serviços de inteligência.
24 de JANEIRO ─ Derrubei no grito as tarifas de energia. O Lula não quer voltar? Que lide com as consequências. Aproveitei para reduzir na maciota a alíquota de importação daquele aparelho nir que delineia a mandíbula. Tentei comprar um no shopping e quase caí para trás. Ideli pediu para eu incluir no pacote a redução de IPI dos shakes dietéticos.
26 DE JANEIRO ─ Renan e Henrique Alves. Não vão sobrar nem as cúpulas do Niemeyer.
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Addendum, pouco íntimo:

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

NEM SEGURANÇAS AGUENTAM O HUMOR DE DILMA
Conhecida por seus acessos de fúria, a presidente Dilma não deixa apenas os ministros à beira de um ataque de nervos. Segundo fontes palacianas, o Gabinete de Segurança Institucional tem dificuldades de encontrar oficiais do Exército que aceitem chefiar o serviço de segurança presidencial. Entre os mais estressados estaria o coronel Artur José Solon Neto, que por breve período cobriu as férias do titular.

QUERIA
O coronel Neto, hoje secretário adjunto do Gabinete de Segurança Institucional, queria sair do cargo burocrático e ir mais a campo.

HUMILHAÇÃO PÚBLICA
Habituada ao perfil discreto do general Amaro, seu chefe de segurança, Dilma não poupou puxões de orelha públicos em quem o substituiu.

CHUTANDO O BALDE
Em junho de 2011, a capitã de fragata E.H., oficial brilhante, cansou dos esculachos presidenciais e foi embora. Quase deixou a Marinha.

INCLUA-ME FORA DESSA
O Palácio do Planalto também demorou a encontrar quem aceitasse substituir a capitã E.H. como ajudante de ordens.