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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A frase da semana: Hayek e a tarefa dos economistas

A tarefa mais curiosa da economia é demonstrar aos homens quão pouco eles sabem sobre aquilo que imaginam poder planejar.  

Friedrich von Hayek

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Debates economicos: Keynes vs Hayek, ainda hoje... and going...


Merval Pereira

O GLOBO, 15/2/201
A partir de uma espécie de manifesto de economistas que atuam no movimento “Occupy London”, publicado pelo “Financial Times” em finais de janeiro, ficou-se sabendo que o economista austríaco Friedrich Hayek (Viena, 8 de maio de 1899 — Freiburg im Breisgau, 23 de março de 1992) é um dos inspiradores daquele movimento e, por conseqüência, dos demais espalhados pelo mundo e dos “indignados”, sua versão madrilenha. 
Na verdade, a referência a Hayek no texto, baseada na sua tese sobre a potencialização de inteligências através da cooperação como característica da economia real, é resumida às primeiras linhas, e depois o manifesto bate nas suas teclas preferidas: contra a austeridade e a favor da regulação do sistema financeiro.
Desde que a crise econômica tornou-se explícita, em finais de 2008, com a quebra do Lehman Brothers, a disputa entre os defensores de ações do Estado para superá-la e os que se batem pela redução da ação do Estado fez reviver uma disputa mais antiga, entre o austríaco liberal Hayek e o inglês intervencionista John Maynard Keynes (Cambridge, 5 de junho de 1883 — Tilton, East Sussex, 21 de abril de 1946).
A tal ponto que diversas simulações de um debate entre os dois foram promovidas em várias partes do mundo, inclusive aqui no Brasil.
Na internet há até mesmo uma deliciosa sátira do que teria sido um duelo de rap entre os dois economistas (“Fear the boom and bust”).
A BBC, juntamente com a London School of Economics (LSE), promoveu um debateno meio do ano passado entre defensores dos dois. O economista George Selgin e o filósofo Jamie Whyte falaram por Hayek; o biógrafo de Keynes Robert Skidelsky e o economista Duncan Weldon, por Keynes.
No Brasil, houve um debate em novembro passado promovido pelo Ibmec, no auditório da Academia Brasileira de Letras (parte 1parte 2parte 3), mediado pelo jornalista Guilherme Fiuza. A estudante Virginia Barbosa teve a ideia de replicar o debate da BBC e convenceu o instituto a patrocinar a versão brasileira.
Os convidados foram os economistas Rodrigo Constantino e Roberto Castello Branco, diretor da Vale, como “representantes” de Hayek; e Luis Fernando de Paula, da Associação Keynesiana Brasileira, e Jennifer Hermann, da UFRJ, como “representantes” do Keynes.
O interessante é que esse debate histórico começou por iniciativa de Hayek, que ainda um jovem e desconhecido economista escreveu provocativamente para John Maynard Keynes, então professor no King’s College em Cambridge, na Inglaterra, perguntando-lhe se tinha um exemplar de um livro escrito 50 anos antes por um economista liberal, Francis Ysidro Edgeworth, intitulado “Mathematical Psychics” (“Psique da Matemática”, em tradução livre).
Keynes respondeu com um curto e grosso cartão dizendo que seu estoque de “Mathematical Psychics” havia se esgotado. Hayek guardou esse bilhete a vida inteira e hoje ele está nos seus arquivos, no Instituto Hoover, da Universidade Stanford, na Califórnia.
Nos Estados Unidos hoje, há quem compare os republicanos com as teorias de Hayek, enquanto a política do presidente Barack Obama seria claramente keynesiana.
O megainvestidor George Soros, que defende que a orientação alemã de austeridade para a crise europeia está equivocada e levará ao desastre a zona do euro, seria um keynesiano puro.
O livro de Nicholas Wapshott “Keynes Hayek: The Clash That Defined Modern Economics”, da editora W. W. Norton, lançado no final do ano passado nos Estados Unidos, mostra que as simplificações não servem para marcar as diferenças entre os dois economistas, pois também tinham pontos em comum.
Keynes, por exemplo, diz Wapshott, compartilhava com Hayek a descrença no socialismo. Para Hayek, socialismo e fascismo eram “demônios gêmeos”. Por seu turno, Hayek admitia que, em caso de desemprego crônico, o planejamento podia ter um papel sem levar ao totalitarismo.
Em 1944, Hayek lançou “O caminho da servidão” (“The Road to Serfdom”), que se tornou um clássico do liberalismo econômico. Ele dava sempre o exemplo do que aconteceu à Alemanha com o nazismo para criticar qualquer tentativa de controle estatal, mas Keynes rebatia, lembrando que o fascismo não foi fomentado pelo governo poderoso, e sim pelo desemprego em massa e pela falência do capitalismo.
O economista Armando Castelar, da FGV do Rio, acha que é um pouco difícil relacionar o “Occupy” com Hayek, pois o movimento seria “uma demanda de caráter distributivo, baseada em fundamentos éticos, não em argumentos econômicos”.
Também acha que o debate Republicanos x Democratas não pode ser construído nessas linhas. Hayek e Keynes debateram sobre o ciclo econômico, enquanto as desavenças entre os dois partidos é de caráter mais estrutural: os republicanos querem reduzir gastos e impostos; os democratas, aumentar os dois. Em ambos os casos, em caráter permanente, não como forma de lidar com a crise.
Já o argumento de Soros ele considera puramente keynesiano: há, de fato, diz ele, a percepção de que a ênfase na disciplina fiscal a curto prazo na Europa, que os alemães defendem como condição para ajudar países insolventes ou pelo menos ilíquidos, vai aumentar a recessão, sendo potencialmente um risco pelo lado político.
Afora isso, diz Castelar, o Hayek é reconhecido pelo papel na defesa do liberalismo econômico, algo a que Keynes não se opunha. O economista Rodrigo Constantino, fundador do Instituto Millenium e adepto fervoroso de Hayek, diz que Soros sem dúvida defende o lado keynesiano. “Ele quer mais estímulos, mais liquidez artificial, para evitar uma recessão com risco de espiral deflacionária. É um ponto de vista legítimo, ainda que eu discorde”.
Mas Constantino pergunta: quando os keynesianos defendem a austeridade então? “Na época da bonança, silêncio; na época das crises, mais estímulo para evitar recessões”. Sobre a crise atual, ele diz que a postura de Hayek (e dos “austríacos”) seria a de que inundar os mercados com mais liquidez não resolve nada, apenas potencializa os problemas no futuro.
Para os “austríacos”, os ciclos se devem às distorções na taxa de juros pelos bancos centrais, gerando os “malinvestments”. Quando os juros são mantidos abaixo do patamar “normal” (ou de equilíbrio), os investidores acreditam haver mais poupança disponível do que há na verdade, e partem para projetos que outrora seriam rejeitados. Isso produziria as bolhas.
A recessão seria o ajuste necessário para limpar o organismo desses excessos, ajustar a estrutura de capital da economia.
“Quando os governos e bancos centrais não permitem tais ajustes, eles prolongam os problemas, gerando bolhas ainda maiores depois. Foi assim para evitar o crash de tecnologia, parindo a bolha imobiliária. E desta vez podem gerar novas bolhas, talvez o ouro, ou mercados emergentes, incluindo o Brasil”.
Ele admite que poucos defendem a postura de Hayek nesta crise, pois entendem que a magnitude da bolha chegou a patamares tão assustadores que “deixar o mercado se ajustar por conta própria” poderia ser catastrófico, como em 1929.
“Mas a saída keynesiana apenas joga mais lenha na fogueira, como um bêbado tentando se manter eufórico com mais bebida, para evitar a ressaca”. 
Para ele, Angela Merkel, de fato, seria a que mais se aproxima da receita “austríaca”, no sentido de insistir que não basta inundar os mercados com mais dinheiro, e que é preciso fazer ajustes estruturais.
“O problema que vejo para esta saída, que considero correta, é a sua viabilidade política. Estamos vendo na Grécia o que os pacotes de austeridade causam. É um confronto muito duro com a realidade. A inflação visa a ganhar tempo”.
Rodrigo Constantino admite que “claramente Keynes tem se saído vitorioso no debate, uma vez mais”.
Mas, como alguém simpático aos alertas de Hayek, ele adverte que corremos o risco de termos problemas ainda maiores à frente. “No afã de evitar o sofrimento hoje, vamos construir um monstrengo ainda pior amanhã”.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Friedrich Hayek sobre o capitalismo e o socialismo...


Capitalismo y socialismo: Entrevista a Friedrich August von Hayek

Carlos Rangel

Cato Institute, 12 de enero de 2012
Carlos Rangel (1929-1988) fue un destacado periodista e intelectual venezolano y autor de Del buen salvaje al buen revolucionario (1976) y El tercermundismo (1986). Friedrich August von Hayek (1899-1992) fue tal vez el más grande defensor de una sociedad libre en el siglo XX. Siendo economista, erudito del derecho y filósofo, Hayek escribió Camino a la servidumbre (1943), Los fundamentos de la libertad (1959) y Derecho, legislación y libertad (1978). Esta entrevista tuvo lugar en Caracas, Venezuela, el día 17 de mayo de 1981. Fue originalmente publicada en el diario El Universal de Caracas en junio de ese mismo año y ha sido reproducida con la autorización del mismo diario. Aquí puede descargar esta entrevista en formato PDF.

Carlos Rangel: Gran parte de su labor intelectual ha consistido en una comparación crítica entre el capitalismo y el socialismo, entre el sistema basado en la propiedad privada y la economía de mercado, y el sistema basado en la estatización de los medios de producción y la planificación central. Como es bien sabido, usted ha sostenido que el primero de estos sistemas es abrumadoramente superior al segundo. ¿En qué basa usted esa posición?
Friedrich August von Hayek: Yo iría más lejos que la afirmación de una superioridad del capitalismo sobre el socialismo. Si el sistema socialista llegare a generalizarse, se descubriera que ya no sería posible dar ni una mínima subsistencia a la actual población del mundo y mucho menos a una población aun más numerosa. La productividad que distingue al sistema capitalista se debe a su capacidad de adaptación a una infinidad de variables impredecibles, y a su empleo, por vías automáticas, de un enorme volumen de información extremadamente dispersa entre millones y millones de personas (toda la sociedad), información que por lo mismo jamás estará a la disposición de planificadores. En el sistema de economía libre, esa información puede decirse que ingresa de forma continua a una especie de supercomputadora: el mercado, que allí es procesada de una manera no sólo abrumadoramente superior, como usted expresó, sino de una manera realmente incomparable con la torpeza primaria de cualquier sistema de planificación.
CR: Últimamente se ha puesto de moda entre los socialistas admitir que la abolición de la propiedad privada y de la economía de mercado en aquellos países que han adoptado el socialismo, no ha producido los resultados esperados por la teoría. Pero persisten en sostener que algún día, en alguna parte, habrá un socialismo exitoso. Exitoso políticamente, puesto que no sólo no totalitario sino generador de mayores libertades que el capitalismo; y exitoso económicamente. ¿Qué dice usted de esa hipótesis?
FAvH: Yo no tengo reprobación moral contra el socialismo. Me he limitado a señalar que los socialistas están equivocados en su manejo de la realidad. Si se tratara de contrastar juicios de valor, un punto de vista divergente al de uno sería por principio respetable. Pero no se puede ser igualmente indulgente con una equivocación tan obvia y tan costosa. Esa masa de información a la que me referí antes, y de la cual el sistema de economía de mercado y de democracia política hace uso en forma automática, ni siquiera existe toda en un momento determinado, sino que está constantemente siendo enriquecida por la diligencia de millones de seres humanos motivados por el estímulo de un premio a su inteligencia y a su esfuerzo. Hace sesenta años Mises demostró definitivamente que en ausencia de una economía de mercado funcional, no puede haber cálculo económico. Por allí se dice a su vez que Oskar Lange refutó a Mises, pero mal puede haberlo hecho ya que nunca ni siquiera lo comprendió. Mises demostró que el cálculo económico es imposible sin la economía de mercado. ¡Lange sustituye “contabilidad” por “cálculo”, y enseguida derriba una puerta abierta demostrando a su vez que la contabilidad, el llevar cuentas, es posible en el socialismo!
CR: Un punto de vista muy extendido consiste en creer que es posible mantener las ventajas de la economía de mercado y a la vez efectuar un grado considerable de planificación que corrija los defectos del capitalismo.
FAvH: Esa es una ilusión sin base ni sentido. El mercado emite señales muy sutiles que los seres humanos detectan bien o mal, según el caso, en un proceso que nadie podrá jamás comprender enteramente. La idea de que un gobierno pueda “corregir” el funcionamiento de un mecanismo que nadie domina, es disparatada. Por otra parte, cuando se admite una vez la bondad del intervencionismo gubernamental en la economía, se crea una situación inestable, donde la tendencia a una intervención cada vez mayor y más destructiva será finalmente incontenible. Claro que no se debe interpretar esto en el sentido que no se deba reglamentar el uso de la propiedad. Por ejemplo, es deseable y necesario legislar para que las industrias no impongan a la sociedad el costo que significa la contaminación ambiental.
CR: En su juventud usted creyó en el socialismo. ¿Cuándo y por qué cambió usted tan radicalmente?
FAvH: La idea de que si usamos nuestra inteligencia nosotros podremos organizar la sociedad mucho mejor, y hasta perfectamente, es muy atractiva para los jóvenes. Pero tan pronto como inicié mis estudios de economía, comencé a dudar de semejante utopía. Justamente entonces, hace exactamente casi sesenta años, Ludwig von Mises publicó en Viena el artículo donde hizo su famosa demostración de que el cálculo económico es imposible en ausencia del complejísimo sistema de guías y señales que sólo puede funcionar en una economía de mercado. Ese artículo me convenció completamente de la insensatez implícita en la ilusión de que una planificación central pueda mejorar en lo más mínimo la sociedad humana. Debo decir que a pesar del poder de convicción de ese artículo de Mises, luego me di cuenta de que sus argumentos eran ellos mismos demasiado racionalistas. Desde entonces he dedicado mucho esfuerzo a plantear la misma tesis de una manera un tanto diferente. Mises nos dice: Los hombres deben tener la inteligencia para racionalmente escoger la economía de mercado y rechazar el socialismo. Pero desde luego no fue ningún raciocinio humano lo que creó la economía de mercado, sino un proceso evolutivo. Y puesto que el hombre no hizo el mercado, no lo puede desentrañar jamás completamente o ni siquiera aproximadamente. Reitero que es un mecanismo al cual todos contribuimos, pero que nadie domina. Mises combinó su creencia en la libertad con el utilitarismo, y sostuvo que se puede y se debe, mediante la inteligencia, demostrar que el sistema de mercado es preferible al socialismo, tanto política como económicamente. Por mi parte creo que lo que está a nuestro alcance es reconocer empíricamente cuál sistema ha sido en la práctica beneficioso para la sociedad humana, y cuál ha sido en la práctica perverso y destructivo.
CR: ¿Por qué usted, un economista, escribió un libro político como El camino hacia la servidumbre (The Road to Serfdom, 1943) una de cuyas consecuencias no podía dejar de ser una controversia perjudicial a sus trabajos sobre economía?
FAvH: Yo había emigrado a Inglaterra varios años antes; y aún antes de que sobreviniera la segunda guerra, me consternaba que mis amigos ingleses “progresistas” estuvieran todos convencidos de que el nazismo era una reacción antisocialista. Yo sabía, por mi experiencia directa del desarrollo del nazismo, que Hitler era él mismo socialista. El asunto me angustió tanto que comencé a dirigir memoranda internos a mis colegas en la London School of Economics para tratar de convencerlos de su equivocación. Esto produjo entre nosotros conversaciones y discusiones de las cuales finalmente surgió el libro. Fue un esfuerzo por persuadir a mis amigos ingleses de que estaban interpretando la política europea en una forma trágicamente desorientada. El libro cumplió su cometido. Suscitó una gran controversia y hasta los socialistas ingleses llegaron a admitir que había riesgos de autoritarismo y de totalitarismo en un sistema de planificación central. Paradójicamente donde el libro fue recibido con mayor hostilidad fue en el supuesto bastión del capitalismo: los Estados Unidos. Allí había en ese entonces una especie de inocencia en relación a las consecuencias del socialismo, y una gran influencia socialista en las políticas del “Nuevo Trato” roosveltiano. A todos los intelectuales estadounidenses, casi sin excepción, el libro apareció como una agresión a sus ideales y a su entusiasmo.
CR: En Los fundamentos de la libertad, que es de 1959, usted afirma lo siguiente de manera terminante: “En Occidente, el socialismo está muerto”. ¿No incurrió usted en un evidente exceso de optimismo?
FAvH: Yo quise decir que está muerto en tanto que poder intelectual; vale decir, el socialismo según su formulación clásica: la nacionalización de los medios de producción, distribución e intercambio. El ánimo socialista, ya mucho antes de 1959 había, en Occidente, buscado otras vías de acción a través del llamado “Estado Bienestar” (Welfare State) cuya esencia es lograr las metas del socialismo, no mediante nacionalizaciones, sino por impuestos a la renta y al capital que transfieran al Estado una porción cada vez mayor del PTB (Producto Total Bruto), con todas las consecuencias que eso acarrea.
CR: Sin embargo, François Miterrand acaba de ser electo presidente de Francia habiendo ofrecido un programa socialista bastante clásico, en cuanto que basado en extensas nacionalizaciones…
FAvH: Pues va a meterse en líos terribles.
CR: Pero eso no refuta el hecho de que su oferta electoral fue socialista, y fue aceptada por un país tan centralmente occidental como Francia, bastante después de que usted extendiera la partida de defunción del socialismo en Occidente.
FAvH: Usted tiene toda la razón. Me arrincona usted y me obliga a responderle que nunca he podido comprender el comportamiento político de los franceses…
CR: Permítame ser abogado del diablo. Se puede argumentar con mucha fuerza que no sólo no está muerto el socialismo en Occidente, sino que tal como lo sostuvo Marx, es el capitalismo el sistema que se ha estado muriendo y que se va a morir sin remedio. Es un hecho que muy poca gente, aún en los países de economía de mercado admirable y floreciente, parecen darse cuenta de que el bienestar y la libertad que disfrutan tiene algo que ver con el sistema capitalista, y a la vez tienden a atribuir todo cuanto identifican como reprobable en sus sociedades, precisamente al capitalismo.
FAvH: Eso es cierto, y es una situación peligrosa. Pero no es tan cierto hoy como lo fue ayer. Hace cuarenta años la situación era infinitamente peor. Todos aquellos a quienes he llamado “diseminadores de ideas de segunda mano”: maestros, periodistas, etc., habían sido desde mucho antes conquistados por el socialismo y estaban todos dedicados a inculcar la ideología socialista a los jóvenes y en general a toda la sociedad, como un catecismo. Parecía ineluctable que en otros veinte años el socialismo abrumaría sin remedio al liberalismo. Pero vea usted que eso no sucedió. Al contrario, quienes por haber vivido largo tiempo podemos comparar, constatamos que mientras los dirigentes políticos siguen empeñados por inercia en proponer alguna forma de socialismo, de asfixia o de abolición de la economía de mercado, los intelectuales de las nuevas generaciones están cuestionando cada vez más vigorosamente el proyecto socialista en todas sus formas. Si esta evolución persiste, como es dable esperar, llegaremos al punto en que los diseminadores de ideas de segunda mano a su vez se conviertan en vehículos del cuestionamiento del socialismo. Es un hecho recurrente en la historia que se produzca un descalco entre la práctica política y la tendencia próxima futura de la opinión pública, en la medida en que ésta está destinada a seguir por el camino que están desbrozando los intelectuales, que será enseguida tomado por los subintelectuales (los diseminadores de ideas de segunda mano) y finalmente por la mayoría de la sociedad. Es así como puede ocurrir lo que hemos visto en Francia: que haya todavía una mayoría electoral para una ideología —el socialismo— que lleva la muerte histórica inscrita en la frente.
CR: Según el marxismo la autodestrucción de la sociedad capitalista ocurrirá inexorablemente por una de dos vías, o por sus efectos combinados y complementados: (1) La asfixia de las nuevas, inmensas fuerzas productivas suscitadas por el capitalismo, por la tendencia a la concentración del capital y a la disminución de los beneficios. (2) La rebelión de los trabajadores, desesperados por su inevitable pauperización hasta el mínimo nivel de subsistencia. Ni una cosa ni la otra han sucedido. En cambio se suele pasar por alto una tercera crítica de Marx a la sociedad liberal, terriblemente ajustada a lo que sí ha venido sucediendo: “La burguesía (leemos en el Manifiesto comunista) no puede existir sin revolucionar constantemente los instrumentos de producción y con ello las relaciones sociales. En contraste, la primera condición de existencia de las anteriores clases dominantes fue la conservación de los viejos modos de producción. Lo que distingue la época burguesa de todas las anteriores, es esa constante revolución de la producción, esa perturbación de todas las condiciones sociales, esa inseguridad y agitación eternas. Todas las relaciones fijas, congeladas, son barridas junto con su secuela de opiniones y prejuicios antiguos y venerables. Todas las opiniones que se forman nuevas, a su vez se hacen anticuadas antes de que puedan consolidarse. Todo cuanto es sólido se disuelve en el aire. Todo lo sagrado es profanado. Y así el hombre se encuentra por fin obligado a enfrentar, con sus sentidos deslastrados, sus verdaderas condiciones de vida, y sus verdaderas relaciones con sus semejantes”. ¿No corresponde en efecto esa descripción a lo que sucede en la sociedad capitalista? ¿Y no es eso suficiente para explicar el desapego de tanta gente a las ventajas de esa sociedad sobre su alternativa socialista?
FAvH: En cierto sentido sí. Lo que usted llama ventajas del sistema capitalista, han sido posibles, allí donde la economía de mercado ha dado sus pruebas, mediante la domesticación de ciertas tendencias o instintos de los seres humanos, adquiridos durante millones de años de evolución biológica y adecuados a un estadio cuando nuestros antepasados no tenían personalidad individual. Fue mediante la adquisición cultural de nuevas reglas de conducta que el hombre pudo hacer la transición desde la microsociedad primitiva a la microsociedad civilizada. En aquella los hombres producían para sí mismos y para su entorno inmediato. En esta producimos no sabemos para quién, y cambiamos nuestro trabajo por bienes y servicios producidos igualmente por desconocidos. De ese modo la productividad de cada cual y por ende la del conjunto de la sociedad ha podido llegar a los niveles asombrosos que están a la vista. Ahora bien, la civilización para funcionar y para evolucionar hasta el estadio de una economía de mercado digna de ese nombre requiere, como antes dije, remoldear al hombre primitivo que fuimos, mediante sistemas legales y sobre todo a través del desarrollo de cánones éticos culturalmente inculcados, sin los cuales las leyes serían por lo demás inoperantes. Es importante señalar que hasta la revolución industrial esto no produjo esa incomprensión, hoy tan generalizada, sobre las ventajas de la economía de mercado; un gran paradoja, en vista que ha sido desde entonces cuando este sistema ha dado sus mejores frutos en forma de bienes y servicios, pero también de libertad política, allí donde ha prevalecido. La explicación es que hasta el siglo XVIII las unidades de producción eran pequeñas. Desde la infancia todo el mundo se familiarizaba con la manera de funcionar de la economía, palpaba eso que llamamos el mercado. Fue a partir de entonces que se desarrollaron las grandes unidades de producción, en las cuales (y en esto Marx vio justo) los hombres se desvinculan de una comprensión directa de los mecanismos y por lo tanto de la ética de la economía de mercado. Esto tal vez no hubiera sido decisivo sino hubiera coincidido con ciertos desarrollos de las ideas que no fueron por cierto causados por la revolución industrial, sino que en su origen la anteceden. Me refiero al racionalismo de Descartes: el postulado de que no debe creerse en nada que no pueda ser demostrado mediante un razonamiento lógico. Esto, que en un principio se refería al conocimiento científico, fue enseguida trasladado a los terrenos de la ética y de la política. Los filósofos comenzaron a predicar que la humanidad no tenía por qué continuar ateniéndose a normas éticas cuyo fundamento racional no pudiese ser demostrado. Hoy, después de dos siglos, estamos dando la pelea —la he dado yo toda mi vida— por demostrar que hay fortísimas razones para pensar que la propiedad privada, la competencia, el comercio (en una palabra, la economía de mercado) son los fundamentos de la civilización y desde luego de la evolución de la sociedad humana hacia la tolerancia, la libertad y el fin de la pobreza. Pero cuando la ética de la economía de mercado fue de pronto cuestionada en el siglo XVIII por Rousseau y luego, con la fuerza que sabemos, por Marx, parecía no haber defensa posible ni manera de objetar la proposición de que era posible crear una “nueva moral” y un “hombre nuevo”, conformes ambos, por lo demás, a la “verdadera” naturaleza humana, supuestamente corrompida por la civilización y más que nunca contradicha por el capitalismo industrial y financiero. Debo decir que para quien persista en estar persuadido por la ilusión rousseaunania-marxista de que está en nuestro poder regresar a nuestra “verdadera” naturaleza con tal de abolir la economía de mercado, la argumentación socialista resultará irresistible. Por fortuna ocurre que va ganando terreno la convicción contraria, por la constatación de que prácticamente todo cuanto estimamos en política y en economía deriva directamente de la economía de mercado, con su capacidad de sortear los problemas y de hallar soluciones (en una forma que no puede ser sustituida por ningún otro sistema) mediante la adaptación de un inmenso número de decisiones individuales a estímulos que no son ni pueden ser objeto de conocimiento y mucho menos de catalogación y coordinación por planificadores. Nos encontramos, pues, en la posición siguiente (y espero que esto responda a su pregunta): (1) La civilización capitalista, con todas sus ventajas, pudo desarrollarse porque existía para ella el piso de un sistema ético y de un conjunto orgánico de creencias que nadie había construido racionalmente y que nadie cuestionaba. (2) El asalto racionalista contra ese fundamento de costumbres, creencias y comportamientos, en coincidencia con la desvinculación de la mayoría de los seres humanos de aquella vivencia de la economía de mercado que era común en la sociedad preindustrial, debilitó casi fatalmente a la civilización capitalista, creando una situación en la cual sólo sus defectos eran percibidos, y no sus beneficios. (3) Puesto que el socialismo ya no es una utopía, sino que ha sido ensayado y están a la vista sus resultados, es ahora posible y necesario intentar rehabilitar la civilización capitalista. No es seguro que este intento sea exitoso. Tal vez no lo será. De lo que si estoy seguro es de que en caso contrario (es decir, si el socialismo continúa extendiéndose) la actual inmensa y creciente población del mundo no podrá mantenerse, puesto que sólo la productividad y la creatividad de la economía de mercado han hecho posible esto que llaman la “explosión demográfica”. Si el socialismo termina por prevalecer, nueve décimos de la población del mundo perecerán de hambre, literalmente.
CR: Algunos de los más eminentes y profundos pensadores liberales, como Popper y Schumpeter, han expresado el temor de que la sociedad liberal, no obstante ser incomparablemente superior al socialismo, sea precaria y tal vez no sólo no esté destinada a extenderse al mundo entero —como se pensó hace un siglo— sino que termine por autodestruirse, aún allí donde ha florecido. Karl Popper señala que el proyecto socialista responde a la nostalgia que todos llevamos dentro, por la sociedad tribal, donde no existía el individuo. Schumpeter sostuvo que la civilización capitalista, por lo mismo que es consustancial con el racionalismo, el libre examen, la crítica constante de todas las cosas, permite, pero además propicia, estimula y hasta premia el asalto ideológico contra sus fundamentos, con el resultado de que finalmente hasta los empresarios dejan de creer en la economía de mercado.
FAvH: En efecto, Joseph Schumpeter fue el primer gran pensador liberal en llegar a la conclusión desoladora de que el desapego por la civilización capitalista, que ella misma crea, terminará por conducir a su extinción y que, en el mejor de los casos, un socialismo de burócratas administradores está inscrito en la evolución de las ideas. Pero no olvidemos que Schumpeter escribió estas cosas (en Capitalismo, socialismo y democracia) hace más de cuarenta años. Ya he dicho que en el clima intelectual de aquel momento, el socialismo parecía irresistible y con ellos la segura destrucción de las bases mínimas de la existencia de la mayoría de la población del mundo. Esto último no lo percibió Schumpeter. Era un liberal, como usted ha dicho, y además un gran economista, pero compartía la ilusión de muchos en nuestra profesión de que la ciencia económica matemática hace posible una planificación tolerablemente eficiente. De modo que, a pesar de estar él mismo persuadido de que la economía de mercado es preferible, suponía soportable la pérdida de eficiencia y de productividad inevitable al ser la economía de mercado donde quiera sustituida por la planificación. Es decir, que no se dio cuenta Schumpeter hasta qué punto la supervivencia de la economía de mercado, por lo menos allí donde existe, es una cuestión de vida o muerte para el mundo entero.
CR: Eso puede ser cierto, y de serlo debería inducir a cada hombre pensante a resistir el avance del socialismo. Pero lo que vemos (y de nuevo me refiero a Schumpeter) es que los intelectuales de Occidente, con excepciones, han dejado de creer que la libertad sea el valor supremo y además la condición óptima de la sociedad. Ni siquiera el ejemplo de lo que invariablemente le sucede a los intelectuales en los países socialistas, los desanima de seguir propugnando el socialismo para sus propios países y para para el mundo.
FAvH: Para el momento cuando Schumpeter hizo su análisis y descripción del comportamiento de los intelectuales en la civilización capitalista, yo estaba tan desesperado y era tan pesimista como él. Pero ya no es cierto que sean pocas las excepciones. Cuando yo era muy joven, sólo algunos ancianos (entre los intelectuales) creían en las virtudes y en las ventajas de la economía libre. En mi madurez, éramos un pequeño grupo, se nos consideraba excéntricos, casi dementes y se nos silenciaba.
Pero hoy, cuarenta años más tarde, nuestras ideas son conocidas, son escuchadas, están siendo debatidas y consideradas cada vez más persuasivas. En los países periféricos los intelectuales que han comprendido la infinita capacidad destructiva del socialismo todavía son pocos y están aislados. Pero en los países que originaron la ideología socialista —Gran Bretaña, Francia, Alemania— hay un vigoroso movimiento intelectual a favor de la economía de mercado como sustento indispensable de los valores supremos del ser humano. Los protagonistas de este renacimiento del pensamiento liberal son hombres jóvenes, y a su vez tienen discípulos receptivos y atentos en sus cátedras universitarias. Debo admitir, sin embargo, que esto ha sucedido cuando el terreno perdido había sido tanto, que el resultado final permanece en duda. Por inercia, los dirigentes políticos en casi todos los casos siguen pensando en términos de la conveniencia, o en todo caso de la inevitabilidad de alguna forma de socialismo y, aún liberales, suponen políticamente no factible desembarazar a sus sociedades de todos los lastres, impedimentos, distorsiones y aberraciones que se han ido acumulando, incorporados a la legislación, pero también a las costumbres de la administración pública, por la influencia de la ideología socialista. Es decir, que el movimiento político persiste en ir en la dirección equivocada; pero ya no el movimiento intelectual. Esto lo digo con conocimiento de causa. Durante años, tras la publicación de El camino de la servidumbre, me sucedía que al dar una conferencia en alguna parte, frente a públicos académicos hostiles, con un fuerte componente de economistas persuadidos de la omnipotencia de nuestra profesión y en la consiguiente superioridad de la planificación sobre la economía de mercado, luego se me acercaba alguien y me decía: quiero que sepa que yo por lo menos estoy de acuerdo con usted. Eso me dio la idea de fundar la Sociedad Mont Pelerin, para que estos hombres aislados y a la defensiva tuvieran un nexo, conocieran que no estaban solos y pudieran periódicamente encontrarse, discutir, intercambiar ideas, diseñar planes de acción. Pues bien, treinta años más tarde parecía que la Sociedad Mont Pelerin ya no era necesaria, tal era la fuerza, el número, la influencia intelectual en las universidades y en los medios de comunicación de los llamados neoliberales. Pero decidimos mantenerla en actividad porque nos dimos cuenta de que la situación en que habíamos estado años antes en Europa, en los Estados Unidos y en el Japón, es la situación en la cual se encuentran hoy quienes defienden la economía de mercado en los países en desarrollo y más bien con mucha desventaja para ellos, puesto que se enfrentan al argumento de que el capitalismo ha impedido o frenado el desarrollo económico, político y social de sus países, cuando lo cierto es que nunca ha sido verdaderamente ensayado.
CR: Una de las maneras más eficaces que han empleado los ideólogos socialistas para desacreditar el pensamiento liberal, es calificarlo de “conservador”. De tal manera que, casi todo el mundo está convencido, de buena fe, de que usted es un conservador, un defensor a ultranza del orden existente, un enemigo de toda innovación y de todo progreso.
FAvH: Estoy tan consciente de eso que dediqué todo el último capítulo de mi libro Los fundamentos de la libertad precisamente a refutar esa falacia. En ese capítulo cito a uno de los más grandes pensadores liberales, Lord Acton, quien escribió: “Reducido fue siempre el número de los auténticos amantes de la libertad. Por eso, para triunfar, frecuentemente debieron aliarse con gente que perseguían objetivos bien distintos a los que ellos propugnaban. Tales asociaciones, siempre peligrosas, a veces han resultado fatales para la causa de la libertad, pues brindaron a sus enemigos argumentos abrumadores”. Así es: los verdaderos conservadores merecen el descrédito en que se encuentran, puesto que su característica esencial es que aman la autoridad y temen y resisten el cambio. Los liberales amamos la libertad y sabemos que implica cambios constantes, a la vez que confiamos en que los cambios que ocurran mediante el ejercicio de la libertad serán los que más convengan o los que menos daño hagan a la sociedad.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Kyenes vs Hayek, ou Kayek vs Keynes: debate na London School of Economics

Alto nível, imperdível.
Na provocação inicial o animador pergunta quem apóia Keynes ou quem apóia Hayek. Por incrível que pareça, Hayek venceu, pelo menos no entusiasmo dos estudantes presentes, o que eu acho inacreditável, mas talvez atribuível ao estado lamentável da economia atualmente prevalecente no Reino Unido e um pouco em todos os países desenvolvidos, o que pode ser visto como consequência de políticas keynesianas.
Paulo Roberto de Almeida
http://www.bbc.co.uk/programmes/b012wxyg
http://www.bbc.co.uk/news/business-14366054

Keynes Vs. Hayek
Listen Now: http://www.bbc.co.uk/iplayer/console/b012wxyg

SYNOPSIS
What caused the financial mess we're in? And how do we get out of it? Two of the great economic thinkers of the 20th century had sharply contrasting views: John Maynard Keynes believed that government spending could create employment and longer term growth. His contemporary and rival Friedrich Hayek believed that investments have to be based on real savings rather than increased public spending or artificially low interest rates. Keynes's biographer, Professor Lord Skidelsky, will take on modern day followers of Hayek in a debate at the London School of Economics. Paul Mason, economics editor of Newsnight, is in the chair.

Speakers:
Lord Robert Skidelsky, Emeritus Professor of Political Economy at the University of Warwick and author of a three-volume biography of the economist John Maynard Keynes.

George Selgin, Professor of Economics at The Terry College of Business, University of Georgia. Prof Selgin is one of the founders of the Modern Free Banking School, which draws its inspiration from the writings of Hayek.

Duncan Weldon, a former Bank of England economist, works as an economics adviser to an international trade union federation. He has a long standing interest in and admiration for Keynes but also a respect for Hayek. He blogs at Duncan's Economic Blog.

Jamie Whyte, Head of Research and Publications at Oliver Wyman, a strategy consulting firm specialising in the financial services industry. In February 2011 he presented an edition of Radio 4's Analysis series in which he looked at the revival of interest in the economic theories of Hayek.

The debate was recorded before an audience on 26th July at the LSE.

The event has the hashtag #lsehvk.

RELATED LINKS
"Fear the Boom and Bust": A Hayek vs. Keynes Rap Anthem (www.youtube.com)
Radio 4 Analysis: Radical Economics: Yo Hayek!
Radio 4 Analysis: Radical Economics: escaping credit serfdom
Radio 4 The Story of Economics: Gods, cogs and monsters
See more photos of the LSE event (www.facebook.com)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Keynes-Hayek: um velho debate sempre atual

Keynes versus Hayek: El gran debate continúa
por Gerald P. O'Driscoll Jr.
The Wall Street Journal, 7 de julio de 2010

Gerald P. O'Driscoll es ex-vicepresidente del Banco de la Reserva Federal en Dallas y académico asociado del Cato Institute.

El debate acerca de qué clase de políticas sacarán a la economía estadounidense de su Gran Recesión repite aquel que se dio durante la Gran Depresión. Gracias a los esfuerzos de Richard Ebeling, profesor de economía en la Universidad de Northwood, tenemos evidencia contundente y concisa. Él ha desempolvado cartas enviadas al Times de Londres desde dos perspectivas que reflejan el debate contemporáneo.

El 17 de octubre de 1932, el Times publicó una larga carta de John Maynard Keynes y cinco otros economistas académicos. Keynes y sus coautores esgrimieron el argumento a favor del gasto —de cualquier tipo, privado o público, ya sea en consumo o inversión.

“La economía privada” era el obstáculo que impedía un retorno a la prosperidad. Si una persona decide ahorrar, no hay garantía de que los fondos “encontraran su camino hacia la inversión en nuevo capital de construcción por parte de emprendimientos públicos o privados”. Ellos citaban a la “falta de confianza” como la razón por la cual los ahorros no se convierten en inversiones. Consecuentemente, “el interés público en las condiciones actuales no conduce hacia una economía privada; gastar menos dinero del que quisiéramos no es patriótico”. Ellos concluían respaldando el gasto público para compensar la miope austeridad privada.

El punto de vista esbozado en esta carta llegó a ser conocido como la economía keynesiana. Las depresiones son causadas por un déficit en el gasto, que puede compensarse mediante gasto público. La economía keynesiana (la cual precede a Keynes) es fácilmente reconocible en los discursos del presidente Obama y su equipo económico.
Dos días después, el 19 de octubre de 1932, cuatro profesores de la Universidad de Londres respondieron a la carta de Keynes y uno de los firmantes era Friedrich A. Hayek quien casi 50 años después ganaría el Premio Nóbel de Economía.

Hayek y sus coautores señalaron tres puntos de divergencia. Primero, identificaron correctamente el argumento de Keynes acerca de la futilidad del ahorro como un argumento sobre lo que tradicionalmente ha sido conocido como los peligros del ahorro, es decir, las consecuencias potencialmente perjudiciales de un aumento en la demanda del dinero a lo largo y ancho de la economía que no es correspondido por un aumento en la oferta de dinero. “Se está de acuerdo con que el acumular dinero, ya sea en efectivo o en cuentas inactivas, tiene efectos deflacionarios. Nadie piensa que la deflación en sí es deseable”.

Segundo, los profesores de Londres cuestionaron la premisa de que no importaba en qué se gastaba, ya fuese en consumo o en inversión. Ellos vieron un “renacimiento de la inversión como peculiarmente deseable”, tal y como lo ven los partidarios actuales de la economía del lado de la oferta. Ellos hicieron una distinción entre acumular dinero y los ahorros que fluyen hacia valores, y reafirmaron la importancia de los mercados de valores en transformar los ahorros en inversión.

Su tercer y más importante punto de desacuerdo con Keynes radicaba en los beneficios del gasto público financiado mediante déficit. Ellos expresaron dudas. “La existencia de una deuda pública a gran escala impone fricciones y obstáculos al reajuste mucho mayores que las fricciones y obstáculos impuestos por la existencia de la deuda privada”. Este no era el momento para “nuevas piscinas municipales” (el ejemplo dado por Keynes). En nuestro contexto actual, sería nada de estímulo.

Finalmente, e igual de importante, sugirieron una estrategia. Los gobiernos a nivel mundial, liderados por EE.UU. con el destructivo paquete de aranceles Smoot-Hawley de 1930, se habían volcado hacia el proteccionismo y las restricciones a los flujos de capitales. Hayek argumentó que era hora de “abolir aquellas restricciones sobre el comercio y el libre movimiento del capital”.

En resumen, ellos argumentaban que la cura para la Gran Depresión era un revigorizado sistema global de comercio. La economía mundial no ha se ha volcado hacia el proteccionismo esta vez, pero esfuerzos por expandir el comercio mundial se han debilitado. Como Allan Meltzer, profesor de economía en la Universidad de Carnegie Mellon, recientemente le recordó a los lectores página de opinión del Wall Street Journal (“Why Obamanomics Has Failed”, 30 de Junio de 2010), solamente la expansión del comercio nos puede permitir pagar la deuda pública que pesa sobre la economía.

El redescubrimiento del profesor Ebeling de estas cartas ha desatado un torrente de comentarios en los blogs. Como dijera Mario Rizzo, economista de la Universidad de Nueva York, “El gran debate todavía es Keynes versus Hayek. Todo lo demás es una nota al pie de página”. Los economistas han cubierto al debate con cada vez más complejidad matemática, pero los asuntos de fondo siguen siendo los mismos.

¿Estaba Keynes en lo correcto cuando decía que los ahorros se convierten en dinero inactivo y deprimen la actividad económica? O, ¿acaso la perspectiva de Hayek, primero articulada por Adam Smith en La riqueza de las naciones en 1776, era la correcta? (Smith: “Lo que es ahorrado anualmente es tan regularmente consumido como lo que es gastado anualmente, y casi al mismo tiempo también”.)

¿Todo gasto es igualmente productivo o deberían las políticas estatales buscar estimular el gasto privado? Si esto último es cierto, entonces Obama ha estado siguiendo los pasos de Franklin Delano Roosevelt e impidiendo la recuperación. Lo hace al demonizar los negocios y crear un régimen de incertidumbre con nuevas regulaciones y programas costosos. En esto no sigue ni a Hayek ni a Keynes, ya que generar incertidumbre era considerado como algo destructivo por ambos.

Finalmente, ¿acaso crear más deuda pública en una economía debilitada será el camino a la recuperación? O, ¿es la “economía” (austeridad en el debate de hoy) y el ahorro el camino a la prosperidad ahora, como usualmente se ha creído?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Adam Smith, Keynes, Hayek e os outros..

Do blog:

Super-Economy
Kurdish-Swedish perspectives on the American Economy


Hayek defeats Marx once again
Wednesday, March 17, 2010
Tino Sanandaji *

Justin Wolfers, a clever up and coming economist, thinks that Friedrich von Hayek was not an important enough economist to be included in the company of Adam Smith, Karl Marx, John Maynard Keynes and Milton Friedman.

He basis this on a search on JSTOR, that shows Hayek to have the same influence as Larry Summers.

But Wolfers methodology is faulty. First of all, it seems to be very sensitive to wording. Second, it does not tell us the influence of the most important idea.

I instead use Google Scholar to look at the number of citations for the 20 most cited works of each economist. Since I can see exactly who wrote what, this does not have the problem associated with Wolfer's method.

The result confirms what (at least my) common sense tells me, Hayek is very influential.

First, number of citations of most cited work (regardless of spelling):

1. Adam Smith (15616).
2. John Maynard Keynes (11445)
3. Friedrich von Hayek (5397)
4. Milton Friedman (3528)
5. Karl Marx (3210)
6. Larry Summers (2082)

Which confirms another point, Hayek's theory on dispersed knowledge is more important than any *single* article Milton Friedman wrote, even though Friedman was a broad guy who made contributions in several parts of economics. Marx does not do as well here, because his followers made their strongest impression conducting revolutions (and more recently analyzing language as a tool of oppression) rather than doing mainstream economics.

Second, number of citations of 20 most cited work:

1. Milton Friedman (35867)
2. Adam Smith (22997)
3. Friedrich von Hayek (22668)
4. John Maynard Keynes (21679)
5. Karl Marx (19695)
6. Larry Summers (13039)

(for those curious, and as a measure of how much a "normal" top economist gets, Wolfers himself has 3170 citations).

By Wolfer's own criteria, a quantitative measure of scholarly influence, Hayek beats or ties with Keynes and with Milton Friedman, and beats Marx in both measures. He is far above Larry Summers (an unfair comparison, since prolific Summers is contemporary, which boosts you in this type of count.).

What Wolfers also fails to take into account is the diversity of the idea. Hayek is extremely original, and his insights about decentralized knowledge and spontaneous order are quite different from mainstream neoclassical arguments for the market.

This is a *plus* for putting him in the textbooks. You don't want a dozen more neoclassical intellectuals who make the exact same argument Adam Smith and Milton Friedman made. Hayek had a unique mind and offered unique insights.

* Tino Sanandaji is a 29 year old PhD student in Public Policy at the University of Chicago, and the Chief Economist of the free-market think tank Captus.