Um pouco atrasado, mas finalmente verificado, vou publicar a lista efetiva das resenhas publicadas na revista da ADB:
1266. “Prata da Casa, fevereiro de 2017 a
maio de 2017”, Revista da ADB,
Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n. 95, fevereiro de 2017 a maio
de 2017, p. 36-37; ISSN: 0104-8503; link: https://adb.org.br/wp-content/uploads/2017/08/Revista-da-ADB-alta.pdf).
Mini-resenhas sobre os seguintes livros: (1) Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória
intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN:
978-85-473-0485-0); (2) José Vicente Pimentel (ed.), Brazilian Diplomatic Thought:
policymakers and agents of Foreign Policy (1750-1964) (Brasília:
Funag, 2016, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-547-6); (3) Ives Gandra da Silva Martins; Paulo Rabello de
Castro (Orgs.). Lanterna na proa: Roberto Campos Ano 100 (São
Luís: Resistência Cultural, 2017, 340 p.; ISBN:
978-85-66418-13-2); (4) Sérgio Eduardo
Moreira Lima (org.): Visões da obra de
Hélio Jaguaribe (Brasília: Funag, 2015, 135 p.; ISBN: 978-85-7631-539-1).
Relação de Originais n. 3107.
Aqui seguem os textos:
Paulo Roberto de Almeida
[Miniresenhas; Revista da ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n.
95, fevereiro de 2017 a maio de 2017, p. 36-37; ISSN: 0104-8503)]
(1) Paulo Roberto de Almeida (org.):
O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos
(Curitiba:
Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0)
Roberto Campos foi,
possivelmente, um dos maiores intelectuais brasileiros da segunda metade do
século XX, com a peculiaridade de que, além de ser diplomata, se tratava também
de um dos grandes economistas, homens públicos e estadistas, que dedicou sua
vida a tentar salvar o Brasil de si mesmo, sem no entanto conseguir êxito na
empreitada. Organizado por um diplomata que leu, ou releu, toda a sua obra,
desde a tese defendida na George Washington University em 1947, até seus
últimos escritos, passando pelas suas indispensáveis memórias, o livro também
contou com a colaboração de outro diplomata, Carlos Henrique Cardim, que
discorreu sobre a participação de Roberto Campos nos encontros internacionais
da UnB, que ele também organizou. Paulo Roberto de Almeida traçou sua magnífica
trajetória intelectual.
(2) José Vicente Pimentel (ed.):
Brazilian
Diplomatic Thought: policymakers and agents of Foreign Policy (1750-1964)
(Brasília: Funag, 2016, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-547-6);
Diversos diplomatas colaboraram na empreitada: Synesio Sampaio Goes Filho
(Alexandre de Gusmão), João Alfredo dos Anjos (José Bonifácio), Luis Cláudio
Villafañe G. Santos (Duarte da Ponte Ribeiro), Luis Felipe de Seixas Corrêa
(Honório Hermeto Carneiro Leão), Rubens Ricupero (A política externa da Velha
República e o capítulo sobre o Barão do Rio Branco), Carlos Henrique Cardim
(Rui Barbosa), Kassius Diniz da Silva Pontes (Euclides da Cunha), Paulo Roberto
de Almeida (introdução metodológica e um capítulo sobre Oswaldo Aranha), Eugênio
Vargas Garcia (Cyro de Freitas Valle), Guilherme Frazão Conduru (José Carlos
Macedo Soares), Samuel Pinheiro Guimarães (Afonso Arinos de Mello Franco,
Gelson Fonseca (San Tiago Dantas) e Ronaldo Mota Sardenberg (João Augusto de
Araújo Castro).
(3) Ives Gandra da Silva Martins; Paulo Rabello de Castro (orgs.):
Lanterna na proa:
Roberto Campos Ano 100
(São Luís: Resistência Cultural, 2017, 342
p.; ISBN: 978-85-66418-13-2)
Sessenta e dois colaboradores nesta outra homenagem a Roberto Campos, entre
eles quatro diplomatas: Eduardo dos Santos (sobre a sua chefia, de 1974 a 1982,
da embaixada em Londres), Paulo Roberto de Almeida (Bretton Woods, BNDE e
receita para desenvolver um país), Rubens Barbosa (Um homem adiante de seu
tempo) e Sérgio Eduardo Moreira Lima (“Bob Fields”: o estigma, o diplomata e os
valores nacionais). Cada um deles desenvolve diferentes aspectos da vida, da
obra e das atividades econômicas ou diplomáticas de Roberto Campos, sempre
enfatizando seus ideais de liberdade, de economia de mercado, de reformas
estruturais para arrancar o Brasil de uma situação de pobreza evitável para
colocá-lo numa condição de prosperidade possível.
(4) Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.)
Visões da obra de Hélio Jaguaribe
(Brasília:
Funag, 2015, 135 p.; ISBN: 978-85-7631-539-1)
Em homenagem feita pelos 90 anos do grande pensador do nacionalismo
brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães analisou sua contribuição para a
diplomacia, enfatizando a “notável atualidade nas ideias que [HJ] defendeu para
a política externa”. Para “demonstrar” tal atualidade, destacou trechos do
livro O Nacionalismo na Atualidade
Brasileira, de 1958, indicando as similaridades com as políticas e posturas
defendidas de 2003 a 2016 pela diplomacia brasileira, da qual ele foi um dos
principais ideólogos. As mesmas oposições à época destacadas por HJ, entre o
capital estrangeiro e o nacional, a autonomia ou a submissão ao império, a
união da América Latina para “neutralizar o poder de retaliação dos Estados
Unidos” (p. 89), seriam plenamente atuais (pelo menos para esse ideólogo). Como
se queria demonstrar...