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quinta-feira, 16 de maio de 2019

A partilha da Palestina sob dominio britânico - livro no Kindle

La Partición del Mandato Británico en Palestina: La Historia y el Legado del Plan de Partición de las Naciones Unidas y la Creación del Estado de Israel (Spanish Edition) Kindle Edition

"Desde el final del estado judío de la antigüedad hasta el comienzo del mando británico, el área hoy designada con el nombre de Palestina no era un país, y no tenía fronteras, sólo límites administrativos." - Profesor Bernard Lewis, Revista Commentary, enero de 1975

El conflicto entre israelíes y palestinos técnicamente tiene 69 años y continúa hasta la fecha, pero sus raíces se extienden por más de 2,000 años de historia. Con tanto tiempo e historia tras de sí, el proceso de paz en Medio Oriente se ha saturado de conceptos especializados, políticamente delicados, como derecho de retorno, fronteras contiguas, fronteras seguras, zonas desmilitarizadas y requisitos de seguridad, con diversos protagonistas como el Cuarteto, la Autoridad Palestina, Fatah, Hamas, la Liga Árabe, e Israel. Con el tiempo, se ha vuelto extremadamente difícil, incluso para políticos expertos sofisticados e interesados, entender todo esto.

Casi un siglo antes de que se fundara el estado de Israel en 1948, Palestina estaba bajo el control del Imperio Turco Otomano, formado principalmente por árabes. En la década de 1850, los judíos comenzaron a establecerse en pequeñas poblaciones a lo largo de las tierras que una vez formaron Judea y Samaria, mismas que los judíos consideraban como su antigua patria bíblica. Sus esfuerzos por adquirir tierras u propiedades estaban motivados por la intención de algunos judíos de ayudar a restablecer aquella tierra como la patria judía. Esos judíos se conocieron como sionistas, llamados así por (el monte) Sión, que a menudo se considera como una referencia a todo Israel, aunque en realidad se refiere a una parte de Jerusalén. Los sionistas intentaron establecer un Fondo Nacional Judío que ayudaría a los judíos a comprar tierras en Palestina para formar asentamientos judíos.

En 1947, los británicos delegaron el tema de la partición del Mandato británico a las Naciones Unidas, y la Asamblea General de las Naciones Unidas creó un Comité Especial para Palestina (UNSCOP, por sus siglas en inglés). La UNSCOP ideó lo que hoy se conoce como el Plan de Partición de la ONU de 1947. El Plan de Partición creó dividió dos estados poco probables, pero su intención era crear un estado de Israel en el que la población judía formara una mayoría de 55%, en tanto que Palestina tenía más de 90% de habitantes árabes palestinos. Mientras tanto, la ciudad de Jerusalén sería administrada internacionalmente, debido a las delicadas cuestiones religiosas que involucraban tant a musulmanes, como cristianos y judíos. Además de alojar varios lugares sagrados para los cristianos, la mezquita Al-Aqsa de Jerusalén es el tercer sitio más sagrado del Islam, y se halla situada justo al lado del Muro Occidental, el lugar más sagrado para los judíos.

El plan propuesto fue aceptado por la Agencia Judía, que representaba a los líderes de la comunidad judía en Palestina. Sin embargo, fue rechazado por los líderes palestinos dentro del Mandato, así como la recién formada Liga Árabe, una confederación de estados árabes del Medio Oriente liderada por Egipto, Líbano, Irak, Arabia Saudita, Siria y Yemen. Aunque el estado dividido de Israel hubiera tenido mayoría judía, el 67% de la población en el resto del Mandato británico después de la partición de Jordania era palestina, por lo que se consideró que el plan era injusto y daba ventaja a los judíos. 

El 14 de mayo de 1948, el mandato británico expiró de manera oficial. Ese mismo día, el Consejo Nacional Judío emitió la Declaración de Establecimiento del Estado de Israel. Diez minutos más tarde, el presidente Truman reconoció oficialmente al Estado de Israel, y la Unión Soviética rápidamente también reconoció a Israel. Sin embargo, los palestinos y la Liga Árabe no reconocieron el nuevo país, y al día siguiente, los ejércitos de Egipto, Siria, Líbano e Irak invadieron el antiguo Mandato británico para sofocar a Israel, y Arabia Saudita ayudó a los ejércitos árabes.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A partilha de 1947, entre Israel (nascido em 1948) e a Palestina (bloqueada pelos arabes) - Osias Wurman

Opinião

O sonho da Partilha

Estado judeu perdeu mais de 23 mil cidadãos

por Osias Wurman
A Palestinian Media Watch noticiou que a TV oficial da Autoridade Palestina transmitiu, em 1º de novembro, uma entrevista com o historiador Abd Al-Ghani Salameh, que abordou os cem anos da Declaração Balfour e explicou que, em 1917, não havia povo palestino.
Na entrevista, o jornalista perguntou: “Muitos quiseram dominar a Palestina ao longo da história. Como estas aspirações de governá-la afetam a existência palestina, as opções dos palestinos e as suas possibilidades de desenvolvimento?”
Salameh respondeu: “Antes da Declaração Balfour, quando o governo otomano terminou (1517-1917), as fronteiras políticas da Palestina, como as conhecemos hoje, não existiam, e não havia nada chamado de povo palestino, com uma identidade política, como conhecemos hoje. As linhas de divisão administrativa da Palestina se estendiam de leste a oeste e incluíam a Jordânia e o sul do Líbano. Como todos os povos da região, (os palestinos) foram libertados do domínio turco e imediatamente passaram para o domínio colonial (britânico e francês), sem formar uma identidade política”.
É este principio fundamental, da não existência de uma identidade palestina secular, no sentido de tempo, que impede uma aglutinação coesa e harmônica do dito povo palestino, sempre fracionado por disputas internas entre facções e personalidades inimigas.
O símbolo mais importante de uma identidade palestina foi Yasser Arafat, que se notabilizou por não perder uma oportunidade de perder a oportunidade, para declarar um Estado palestino independente.
Na semana passada, completaram-se 70 anos da Assembleia das Nações Unidas, de 1947, que decidiu por maioria de dois terços, pela Partilha da Palestina.
O eminente brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a assembleia que previu a criação de dois estados, um árabe e o outro judeu, que deveriam viver lado a lado. Era o desejo de todas as nações que apoiaram a Resolução 181 de 29 de novembro.
Em seu livro “Brasil, segredo de Estado”, Sergio Corrêa da Costa relata, com riqueza de detalhes de quem participou da sessão da Partilha com Oswaldo Aranha, como os embaixadores árabes saíram do recinto antes do encerramento da assembleia.
Os diplomatas árabes tinham convocado uma entrevista no luxuoso salão do Hotel Waldorf Astoria, onde manifestaram seu total repúdio à resolução 181.
Os árabes não esconderam seus propósitos, ao declarar que “a resolução aprovada seria o fim das Nações Unidas e que as fronteiras de Israel seriam traçadas a sangue”. Erraram na primeira afirmação, mas tornaram uma triste realidade o segundo libelo.
Em quase 70 anos de independência, o Estado judeu perdeu mais de 23 mil cidadãos, vitimas de guerras e atentados terroristas, o que não impediu seu povo de ganhar 12 prêmios Nobel.
E o sonho de Oswaldo Aranha, a criação de dois estados na região, continua dependente de um líder palestino que reconheça o aspecto judaico de Israel e manifeste sinceramente a vontade de conviver em paz com o seu vizinho Estado judeu.

Osias Wurman é cônsul honorário de Israel

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Declaracao Balfour sobre um lar judeu na Palestina: cem anos atras - Ishaan Tharoor (WP)

The Balfour Declaration still divides the Middle East 100 years later

Ishaan Tharoor

The Washington Post, November 2, 2017


In a year brimming with profoundly symbolic centennials, Thursday marks perhaps the most politically fraught one. Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu will appear in London alongside his British counterpart, Theresa May, to commemorate the 100th anniversary of the Balfour Declaration, a 67-word missive from Britain’s then-foreign secretary expressing his government's support for a Jewish homeland in Palestine.

The Nov. 2, 1917, public letter was written by Lord Arthur Balfour to Baron Walter Rothschild, the head of the British wing of the influential European Jewish banking family. Balfour articulated the British desire for the establishment of “a national home for the Jewish people” and promised that his government would “facilitate the achievement of this object.” It would take three further decades — and a great deal more politicking and bloodshed — before Israel declared independence in 1948.
But the Balfour Declaration is held up as a seminal event, the first formal utterance of the modern Israeli state’s right to exist (though some historians quibble that a “national home” is not the same thing as a state). For that reason, it is also bitterly regarded by many Palestinians as the first instrument of their dispossession. In 1917, Jews made up less than 10 percent of Palestine’s population — a century later, they are now the majority, while millions of Palestinians live in exile or in refugee camps. Protests are planned in the Palestinian territoriesto mark the centennial.
A photo taken in 1925 and obtained from the Israeli Government Press Office on Oct. 24, shows a copy of the Balfour Declaration. (Agence France-Presse/Getty Images)
A photo taken in 1925 and obtained from the Israeli Government Press Office on Oct. 24, shows a copy of the Balfour Declaration. (Agence France-Presse/Getty Images)
For many Israelis, the centennial is something to celebrate — especially on British soil. It was partially thanks to the efforts of a coterie of Britain-based Zionists, particularly Russian-born chemist Chaim Weizmann, that Balfour and his government were persuaded to eventually seek a colonial mandate for Palestine as Western powers carved up the crumbling Ottoman Empire. “I am proud of Britain’s part in creating Israel,” wrote British Foreign Secretary Boris Johnson in a column for the Sunday Telegraph.
But the occasion is a bit more awkward for the British prime minister, who is expected to spar with Netanyahu over the Israeli leader’s hawkish line on the Iran nuclear deal. Meanwhile, May’s chief opponent, Labour leader Jeremy Corbyn, is known for his pro-Palestinian sympathies and has opted against attending the Thursday dinner commemorating the Balfour Declaration. His hesitance is not unique: A recent survey found that only 17 percent of Britons hold favorable views of Israel.
Across Europe, there’s a great deal of support for the recognition of an independent Palestinian state amid anger at the policies of Netanyahu’s right-wing government, which is expanding Israeli settlements in the West Bank while maintaining a stifling military occupation over the Palestinian territories. Critics point to a line in Balfour’s letter that “nothing shall be done which may prejudice the civil and religious rights of existing non-Jewish communities in Palestine” — a stipulation that doesn’t seem to have been followed amid the conflicts and upheavals that came after.
“The Balfour declaration is not something to be celebrated — certainly not while one of the peoples affected continues to suffer such injustice,” wrote Palestinian Authority president Mahmoud Abbas in a column published this week in the Guardian. “The creation of a homeland for one people resulted in the dispossession and continuing persecution of another — now a deep imbalance between occupier and occupied. The balance must be redressed, and Britain bears a great deal of responsibility in leading the way. Celebrations must wait for the day when everyone in this land has freedom, dignity and equality.”
Palestinian protesters burn a banner of Balfour, British and Israeli flags during a protest in the city of Bethlehem on Nov. 1. (Abed Al Hashlamoun/European Pressphoto Agency-EFE)
Palestinian protesters burn a banner of Balfour, British and Israeli flags during a protest in the city of Bethlehem on Nov. 1. (Abed Al Hashlamoun/European Pressphoto Agency-EFE)
Israeli officials liken the Palestinian refusal to accept the declaration as evidence of their broader rejection of Israel. “The vehement Palestinian Arab opposition to the Balfour Declaration was and has remained rooted in the anti-historical view that Jews were aliens, with no connection to the land and no right of any kind to live there as a people,” wrote top Israeli diplomat Yuval Rotem. “This spawned an Arab exclusivism and sense of supremacy, which continues to drive the Arab-Israel conflict to this day.”
Of course, the motives driving Balfour, an influential Conservative statesman who briefly served as prime minister, had as much to do with geopolitics as any abiding sympathy for the Zionist plight. On an earlier visit to the region, he described Palestine as a “dolorous country on the whole” and Jerusalem as a “miserable ghetto, derelict and without dignity.”
Just days before issuing the declaration, Balfour said at a cabinet meeting that appealing to Jewish nationalism would serve as “extremely useful propaganda both in Russia and in America” — two countries with significant Jewish populations and whose contributions were necessary to winning World War I. After the declaration was announced, British leaflets were dropped over Jewish communities in German and Austrian territory pointing to the good deeds done for the “people of Israel.”
The Balfour Declaration was just one piece in a series of British diplomatic efforts that helped shape the map of the modern Middle East. In 1916, Britain had already agreed in secret with France and Russia to a division of the Ottoman possessions that saw Palestine designated under joint “international control.” A year later, with the Bolshevik Revolution upending some of these plans, Britain sought to consolidate a buffer between a French-dominated Levant and their colonial concerns in Egypt — and so a mandate for Palestine looked more and more appealing. Zionists, buoyed by the British support, lobbied for Palestine to be placed under British rule, which it eventually was.
As for Lord Roderick Balfour, the great-great-nephew of the declaration’s architect, he sees flaws still unaddressed in his ancestor’s famous act.
“I have major reservations,” he recently told reporters. “There is this sentence in the declaration, ‘Nothing shall be done which may prejudice the civil and religious rights of existing non-Jewish communities in Palestine.’ That’s pretty clear. Well, that’s not being adhered to. That has somehow got to be rectified.”