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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Existem argumentos racionais para debater com um debil mental? - Ricardo Bergamini

É possível, sim, discutir com um esquerdista, um direitista, até um ignorante. Mas é difícil debater com um débil mental.

É o que deixa entender Ricardo Bergamini, abaixo.

 

Inflação é termômetro, não febre. A febre é o governo de aloprados do Bolsonaro (Ricardo Bergamini).

Prezados Senhores

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado, 20, que a decisão de afastar Roberto Castello Branco do comando da Petrobras se deu porque a magnitude dos reajustes dos preços dos combustíveis este ano foi uma “covardia”. Para ele, a estratégia de aumentar os valores foi para “atacar” o seu governo.

 

Com base no quadro demonstrativo abaixo, a conspiração é ampla, geral e irrestrita contra o débil mental Bolsonaro.

 

 

IPCA

Dezembro de 2020

 


 

Se a sociedade brasileira não impedir esse desequilibrado: “os vivos invejarão os mortos no Brasil”.  

 

Alguém tem que avisar a esse imbecil que inflação é termômetro, não febre. A febre é o seu governo de aloprados 

 

- O IPCA nos últimos doze meses, até dezembro de 2020, foi de 4,52% ao ano (inflação da primeira classe, a turma dos 40 salários mínimos).

 

- O IGPM nos últimos doze meses, até dezembro de 2020, foi de 23,14% ao ano (inflação real do mercado, aumento dos aluguéis).

 

- O IPP nos últimos doze meses, até dezembro de 2020, foi de 19,40 % ao ano (inflação dos produtores).

 

- Taxa de juros SELIC em dezembro de 2020 foi de 2,00% ao ano. 

 

- Taxa de juros de longo prazo (rolagem da dívida do governo) em dezembro de 2020 foi de 8,37 % ao ano.

 

- Taxa de juros para devedores de segunda classe em dezembro de 2020 foi de 25,5% ao ano.

 

- Taxa de juros para devedores de primeira classe em dezembro de 2020 foi de 7,9% ao ano.

 

 

Bolsonaro fala em ‘covardia’ com reajuste e ‘compromisso zero’ de Castello Branco

 

Estadão, 20/02/21

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado, 20, que a decisão de afastar Roberto Castello Branco do comando da Petrobras se deu porque a magnitude dos reajustes dos preços dos combustíveis este ano foi uma “covardia”. Para ele, a estratégia de aumentar os valores foi para “atacar” o seu governo.

 

Durante conversa com apoiadores neste sábado, o presidente também prometeu agir no mercado de energia elétrica. “Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”, afirmou.

 

O nome do general terá de ser aprovado pelo conselho da companhia, que há 36 anos não era presidida por um militar. “Parecia exorcismo quando eu falei que não ia prorrogar por mais dois anos o mandado do cara (Castello Branco). Compromisso zero com o Brasil, zero. Nunca ajudaram em nada…”, descreveu o presidente.

 

Mais cedo, numa live dentro de um carro, Bolsonaro também criticou o fato de Castello Branco estar trabalhando em home office desde março. Agora, sua insatisfação foi com a elevação dos preços nas bombas, que seria injustificada. “Não é aumentando o preço de acordo com o petróleo lá fora e o dólar aqui dentro, é mais do que isso: a preocupação é ganhar dinheiro em cima do povo. Não justifica 32% de reajuste do diesel no corrente ano. Ninguém esperava essa covardia desse reajuste agora”, afirmou.

A Petrobras é uma companhia mista e tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores no Brasil e também no exterior, por meio de ADRs. A decisão da sexta à noite de tirar Castello Branco da estatal fez os preços da companhia despencarem no mercado financeiro aqui e nos Estados Unidos pelo temor de uma interferência do Planalto sobre a empresa. “Ninguém quer interferir ou está interferindo na Petrobras, mas eles estão abusando. Assim como eu dizia que queriam me derrubar na pandemia pela economia, fechando tudo, agora resolveram atacar na energia”, justificou.

 

Ricardo Bergamini

www.ricardobergamini.com.br


domingo, 21 de fevereiro de 2021

O Brasil de volta ao passado - Ricardo Bergamini, Paulo Uebel, Josias de Souza

 Reconheço os esforços dos bolsonaristas em tentar provar que o governo não é “um museu de grandes novidades” (Ricardo Bergamini).

 

O Brasil de volta ao passado

 

O que voltou em 2019/2020/2021 para o debate? 

 

O PIB de 2020 voltando para o PIB do ano de 2007, o PAC, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, CPMF, desoneração da folha de pagamento, a inflação, o AI5, a intervenção militar, o voto impresso, mudança da política de preços da Petrobras, a volta dos ministérios, o mensalão e o petrolão, com as ressurreições de Rodrigo Pacheco, Eduardo Cunha, Arthur Lira, Ricardo Barros, Gilberto Kassab, Ciro Nogueira, Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto. Pesquisem as “capivaras” (fichas criminais) desses ilustres senhores.

 

 

Ex-membro da equipe econômica iguala Bolsonaro a Dilma e Guedes a Mantega


Josias de Souza

 

Colunista do UOL, 21/02/2021

 

A intervenção militar que Jair Bolsonaro promoveu na Petrobras destravou a língua de ex-auxiliares de Paulo Guedes que haviam desembarcado do Ministério da Economia silenciando os seus rancores. Ex-secretário de Desburocratização, o economista Paulo Uebel igualou Bolsonaro a Dilma Rousseff. E equiparou Guedes ao antecessor petista Guido Mantega.

 

"Nunca o governo Bolsonaro foi tão parecido com o governo Dilma como hoje", escreveu Uebel numa rede social. "Nesse momento, Guido Mantega faria absolutamente o mesmo que Paulo Guedes está fazendo. Essa similaridade deve arrepiar qualquer cidadão de bem! Não podemos desistir do Brasil."

 

Uebel desistiu do governo há seis meses. Era responsável pela reforma administrativa, que permaneceu na gaveta de Bolsonaro por um ano antes de ser enviada ao Congresso. Bateu em retirada junto com o empresário Salim Mattar, o ex-secretário de Desestatização que se frustrou por não conseguir vender estatais.

 

A exemplo de Uebel, Salim também expôs numa rede social sua indignação com a troca de comando na Petrobras. Sai Roberto Castello Branco —homem de Guedes—, entra o general Joaquim Silva e Luna —que segue o modelo Pazuello de administração: "Um manda, o outro obedece".


"Mais um dia acordo inconformado e indignado com o rumo do Brasil", escreveu Salim. "Esta nova interferência na Petrobras só confirma que é preciso privatizar TODAS as estatais e, assim, reduzir o tamanho do estado."

 

Na ponta do lápis, Guedes perdeu algo como 15 auxiliares. Em agosto do ano passado, quando Uebel e Salim chamaram o caminhão de mudança, o ministro foi compelido a reconhecer que sua pasta convivia com uma "debandada".

 

Tomados pelas palavras, outros integrantes da equipe econômica podem deixar o governo. A única diferença entre os economistas que desertaram e os que permanecem na trincheira de Guedes é que os desertores não precisam fingir que confiam na conversão de Bolsonaro ao liberalismo.

 

Sem travas na língua, Paulo Uebel identifica um quê de populismo eleitoral na aversão de Bolsonaro à política de preços da Petrobras. "As empresas estatais não devem ser usadas para gerar votos. Isso viola os princípios da administração pública e contraria as boas práticas de governança. Lamentável esse episódio!"

 

Para Uebel, Castello Branco caiu em desgraça junto a Bolsonaro "por estar fazendo o trabalho certo: blindar uma empresa estatal contra o uso político, contra o populismo."

 

A evocação de Dilma e Mantega dá uma ideia do nível da frustração dos economistas que Guedes recrutou para sua equipe. Produziu-se sob Dilma uma ruína econômica em que a inépcia misturou-se à ausência de governo.

 

Nessa época, a pasta da Economia chamava-se Ministério da Fazenda. Mantega apenas enfeitava a poltrona. Dilma foi a ministra. Quando Bolsonaro declarou que havia encontrado um Posto Ipiranga para abastecer sua ignorância econômica, imaginou-se que o presidente daria mão forte ao seu ministro.

 

Ao comparar seu ex-chefe a Mantega, Paulo Uebel diz em voz alta o que os sobreviventes da equipe econômica sussurram entre quatro paredes: Paulo Guedes leva longe demais sua crença na fábula do superministro.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

 

sábado, 16 de janeiro de 2021

Paulo Guedes deixou o ministério da economia para ser o tesoureiro da campanha de Bolsonaro - Ricardo Bergamini

 Paulo Guedes deixou o ministério da economia para ser o tesoureiro da campanha de Bolsonaro (Ricardo Bergamini).

Prezados Senhores

Nos próximos 100 anos (o mesmo período do sigilo da carteira de vacinação do Bolsonaro) os brasileiros não vão querer ouvir falar em liberalismo, após desmoralização provocada pelo líder sindical Bolsonaro.

Campos Neto tenta reverter demissão do presidente do Banco do Brasil

 

Estadão Conteúdo

 

15/01/21

 

Sob silêncio absoluto do Ministério da Economia, a posição do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, segue indefinida no comando da instituição, após o presidente Jair Bolsonaro entrar em rota de colisão com o plano de reestruturação que prevê fechamento de agências e corte de funcionários.

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entrou em campo para reverter a decisão de Bolsonaro de demitir Brandão, segundo apurou o Estadão. Campos Neto, que tem alta estima com o presidente, o alertou de que uma demissão seria avaliada como interferência política em uma empresa pública que tem ações na Bolsa.

 

Os funcionários do banco receberam sinalização de que Brandão ficará no comando, mas políticos trabalham para que a demissão se concretize e o plano seja revisto. Para substituí-lo um dos nomes cotados é o do atual vice-presidente corporativo Mauro Ribeiro Neto, que tem apoio da família Bolsonaro.

 

Apesar da interferência de Campos Neto e do ministro da Economia, Paulo Guedes, a situação não está definida completamente por causa dos rumos daqui para frente do plano de reestruturação. Uma das saídas em discussão para o impasse é o adiamento do plano anunciado por Brandão, que continuou trabalhando ontem. O BB teve de enviar fato relevante ao mercado informando que não recebeu comunicação formal do controlador do banco sobre a demissão.

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O presidente ficou indignado com a decisão de Brandão de anunciar o fechamento de agências e fazer PDV neste momento em que o Planalto tenta angariar apoio para seus candidatos nos comandos da Câmara e do Senado. O fechamento de agências, principalmente no interior, é um problema político sério para Bolsonaro, que não quer esse ônus.

O presidente insiste que quer ser informado com antecedência, motivo de insatisfação com o Ministério da Economia, ainda mais de medidas que têm forte impacto sobre a opinião pública. O argumento é que o banco não pode só pensar no negócio. Campos Neto é um dos padrinhos de Brandão para o cargo. A saída de Brandão seria mais um grande derrota para a política de Guedes.

 

Sem coordenação

Mais uma vez a estratégia de comunicação “para dentro e fora do governo” foi considerada desastrosa nesse episódio e sem uma estratégia coordenada. Outro episódio que fragiliza a posição do Ministério da Economia. No dia do anúncio, o ministério foi alertado por políticos do desgaste do fechamento das agências, principalmente pelo momento político.

 

O último imbróglio foi com a demissão por Bolsonaro do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, depois que ele antecipou medidas em estudo de congelamento de aposentadorias e pensões.

 

A demissão foi revertida, mas a posição do secretário nunca mais foi a mesma e até hoje é fragilizada. Guedes evitou a demissão para não aumentar o desgaste do seu ministério e sua equipe. O mesmo ocorre agora com o presidente do BB. O afastamento de interferências políticas foi uma demanda do ministro anunciada ainda na transição de governo.

 

Mesmo com essa articulação para o presidente do BB permanecer no cargo, o problema não está resolvido. O Estadão apurou que Brandão não pretende abrir mão de fazer a reestruturação do banco, sem a qual não tem como apresentar resultados e reposicionar o BB para a nova realidade do mercado, uma orientação, inclusive, do ministro Guedes. Mas pode aceitar mudanças no planejamento.

 

O próprio presidente Bolsonaro volta e meia faz comparações entre BB e Caixa, sempre a favor do banco comandado por Pedro Guimarães, um dos seus mais fiéis aliados. Situação que aumentou a tradicional rivalidade entre os dois bancos públicos. O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que houve falha na comunicação do banco com o governo.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Ricardo Bergamini

www.ricardobergamini.com.br

sábado, 9 de janeiro de 2021

Despesas discricionárias (livres) são as menores em 14 anos, indica Tesouro - Ricardo Bergamini, Alexandro Martello

 Na defesa de interesses corporativos todas as ideologias existentes no Brasil são aliadas históricas (Ricardo Bergamini) 

 

 

Prezados Senhores

 

No quadro demonstrativo acima, em 2002 as despesas obrigatórias foram de 76,8% do orçamento, em 2016 de 79,2%. Aumento de 3,12%, no período dos governos do PT.

 

O mais grave crime de responsabilidade fiscal cometido por Temer, para se livrar das algemas, foi o de ter concedido aumentos salariais aos servidores públicos federais programados até 2019, o seu efeito cascata se propagou para os estados e municípios, inviabilizando qualquer programa de ajuste fiscal no Brasil, já que o gasto com pessoal é a fonte primária da tragédia fiscal brasileira, conforme abaixo:

Em 2016 os gastos com pessoal consolidado (união, estados e municípios) foi de 47,16% da carga tributária. Em 2018 foi de 50,97% da carga tributária, ou seja: acréscimo de 8,08%. Com esse crime cometido pelo presidente Temer, os gastos obrigatórios chegaram a 94,2% em 2020.

Tendo em vista o maldito direito adquirido dos trabalhadores de primeira classe (servidores públicos), essa tragédia não depende de reformas, ou seja, os governos federal, estaduais e municipais estão quebrados e o responsável pela tragédia transita livre e solto pelo Brasil. 

Em junho de 2016 a dívida líquida da União (Interna e Externa Líquida) era de R$ 4.278,1 bilhões (68,26% do PIB). Em dezembro de 2018 era de R$ 5.671,4 bilhões (80,97% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 18,62%, comparativamente a junho de 2016.

 

Com base no acima colocado, nem o PT, nem o governo Bolsonaro, têm culpa pela tragédia orçamentária do Brasil.

 

Espaço para gasto não obrigatório do governo em 2021 é o menor em 14 anos, indica Tesouro

 

Pela primeira vez, valor ficará abaixo dos R$ 100 bilhões. Maior parcela das despesas do governo (95%) é de caráter obrigatório.

 

Por Alexandro Martello

G1 — Brasília, 09/01/2021

 

Os recursos disponíveis para os chamados gastos "discricionários" (não obrigatórios) do governo em 2021 serão os menores (em valores corrigidos pela inflação) desde 2008, quando se iniciou a série histórica da Secretaria do Tesouro Nacional.

 

Estimado em R$ 96,2 bilhões, pela primeira vez o valor ficará abaixo dos R$ 100 bilhões, segundo os dados do Tesouro — nesse total, estão incluídas as emendas impositivas dos parlamentares.

 

Se retiradas as emendas dos parlamentares, de R$ 16,3 bilhões em 2021, o valor estimado para os gastos livres do governo fica menor ainda neste ano, em cerca de R$ 80 bilhões, representando cerca de 5% das despesas primárias totais.

 

A previsão considera os valores divulgados pelo governo em meados de dezembro do ano passado para gastos livres, por meio de mudanças na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, e, também, a alteração anunciada posteriormente no valor do salário mínimo neste ano, de R$ 1.088 para R$ 1.100.

 

Os gastos livres, chamados de "discricionários", são aqueles sobre os quais o governo tem poder de decisão. Envolvem uma pequena parte do orçamento dos ministérios, investimentos federais e gastos de custeio, como contas de água e luz.

 

O restante das despesas (aproximadamente 95% do total) é obrigatório — abrangendo custos previdenciários, gastos com salários de servidores e com benefícios sociais, entre outros.

 

Teto de gastos

 

A redução do espaço para despesas discricionárias está relacionada com a manutenção do chamado teto de gastos, mecanismo aprovado em 2016 que autoriza a correção da maior parte dos gastos pela inflação do ano anterior.

 

Como as despesas obrigatórias, principalmente os previdenciárias, estão crescendo acima da inflação, os gastos livres do governo estão cada vez mais comprimidos com o passar dos anos.

 

Segundo análise da Instituição Fiscal Independente (IFI), o aumento dos gastos obrigatórios, no cenário de manutenção do teto de gastos, ameaça comprometer parte dos serviços públicos em 2021.

 

Por isso, o órgão, ligado ao Senado Federal, avalia que há "risco elevado" de descumprimento do teto de gastos neste ano.

 

O próprio Ministério da Economia admitiu, no mês passado, que o teto de gastos tende a "precarizar gradualmente a oferta de bens e serviços públicos e a pressionar, ou, até mesmo, eliminar investimentos importantes".

 

Entre as ações que poderiam ser afetadas em 2021 estão investimentos em infraestrutura; ações de defesa agropecuária; bolsas do CNPq; concessão de bolsas de estudo (Capes); Pronatec; emissão de passaportes; programa Farmácia Popular; fiscalização ambiental (Ibama); bolsas para atletas; aquisição e distribuição de alimentos para agricultura familiar; despesas administrativas do governo (água, energia elétrica e serviços terceirizados).

 

Propostas

 

Para evitar esse cenário de precarização dos serviços públicos, o governo defende reformas nos gastos obrigatórios, reduzindo-os, como forma de abrir espaço para as despesas livres (discricionárias). A área econômica defende que o teto de gastos seja mantido.

 

Entre as propostas para conter o crescimento das despesas obrigatórias, o governo propôs, por meio da chamada PEC da Emergência Fiscal, "gatilhos" para o cumprimento do teto de gastos (como ausência de reajustes para servidores públicos).

 

O Ministério da Economia também propôs reduzir a jornada e o salário de servidores, além de apoiar uma proposta para congelar os benefícios de aposentados por até dois anos. Essa última alternativa, porém, já foi afastada pelo presidente Jair Bolsonaro.

 

Em outubro, a Coalizão Direitos Valem Mais, um grupo formado por mais de 200 associações e consórcios de gestores públicos, fóruns e conselhos, se posicionou pelo aumento de recursos no orçamento de 2021 para as áreas saúde, educação e assistência social, que julga necessário para o "enfrentamento do dramático contexto da pandemia e de suas consequências nas condições de vida da população".

 

A coalizão pediu o fim do teto de gastos, com a criação de uma nova regra fiscal e realização de uma reforma tributária — com a tributação emergencial dos setores mais ricos —, e avaliou que a "realidade exige condições orçamentárias adequadas para proteger a população do crescimento vertiginoso do desemprego, da fome e da miséria".

 

 

Ricardo Bergamini

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Privatizações no Brasil: anunciadas, mas NUNCA realizadas - Ricardo Bergamini

 Somente o capitalismo de estado brasileiro consegue transformar déficit fiscal em lucro (Ricardo Bergamini).

 

Prezados Senhores

 

A matéria abaixo prova, de forma cabal e irrefutável, de “que os discursos do governo não correspondem aos fatos”.

 

A burguesia de estado brasileira segue impoluta nos seus planos de crescimento. 

 

Como pode uma nação ser tão enganada pelos seus governantes, de todas as cores e matizes, e ser feliz?

 


(Fonte: Jornal do Comércio, 1988)

 


(Fonte: Tribuna da Imprensa, 1995)

 


(Fonte: O Estado de S. Paulo, 2001)

 

 

Eletrobras: Plano de negócios 2021-2025 prevê investimentos de R$ 41,103 bi

 

Estadão Conteúdo

 

23/12/20

 

A Eletrobras divulgou nesta quarta-feira, 23, o seu Plano Diretor de Negócios e Gestão 2021-2025, com a previsão de investimentos totais de R$ 41,103 bilhões neste período. Segundo o PDGN, o maior volume de aportes acontecerá em 2022, com R$ 10,115 bilhões.

 

Em relação aos segmentos onde os recursos devem ser investidos, destaque para Angra 3, que vai receber R$ 15,3 bilhões entre 2021 e 2025. Os aportes se concentram principalmente entre 2022 e 2024, com valores entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões por ano.

 

Em 2021, os investimentos totais previstos pela estatal somam R$ 8,245 bilhões, dos quais R$ 2,813 bilhões vão para Angra 3. A área de transmissão vai receber R$ 1,82 bilhão, enquanto a geração vai ter R$ 1,498 bilhão. As Sociedades de Propósito Específico (SPEs) vão receber R$ 1,431 bilhão, e o segmento Infraestrutura e Ambiental terá orçamento de R$ 684 milhões.

 

Em 2023, os investimentos totais previstos são de R$ 9,211 bilhões. Em 2024, de R$ 7,974 bilhões, e em 2025, R$ 5,557 bilhões.

 

Uma das diretrizes estratégicas estabelecidas pela Eletrobras para o período é “continuar o processo de racionalização das participações em SPEs”. A companhia pretende chegar em dezembro de 2021 com 49 participações neste tipo de sociedade.

 

Além disso, consta nas metas de desempenho empresarial avaliar e implementar alternativas de capitalização, prioritariamente pelo Projeto de Desestatização que tramita no Congresso.

 

Ricardo Bergamini

www.ricardobergamini.com.br

domingo, 13 de dezembro de 2020

O poder econômico das igrejas evangélicas e o dinheiro dos pastores bilionários e milionários - Ricardo Bergamini, Guilherme Mendes, Larissa Calixto

 Multiplicação dos pães e peixes (Mateus 14:13-2)

 

Prezados Senhores

 

Abaixo a forma com que Jesus transforma os pastores em bilionários.

 

Esta é uma Lista dos pastores evangélicos mais ricos do Brasil segundo a revista norte-americana Forbes. Na primeira posição, está o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em dois bilhões de reais, segundo a revista. 

 

 

 

 

 

Muito além do R$ 1 bilhão: os tributos que as igrejas não precisam pagar no Brasil

 

Letícia Mori

 

Da BBC News Brasil em São Paulo

 

9 setembro 2020

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54082892

 

Deputados destinam dinheiro público a escolas ligadas a igrejas. Veja como cada um votou

 

Por Guilherme Mendes  e Larissa Calixto Em 11 dez, 2020 – Congresso em foco

 

Em uma sessão movimentada na Câmara dos Deputados, finalizada na madrugada desta sexta-feira (11), os deputados votaram a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que agora segue para o Senado Federal.

 

Durante a votação de destaques, foi aprovada uma emenda que permite repasses do Fundeb para escolas mantidas por igrejas e entidades filantrópicas, por 311 votos favoráveis, 131 contrários e uma abstenção.

 

>Câmara aprova uso de verba do Fundeb por escolas de igreja e do Sistema S

 

A medida, de interesse do governo, sinaliza para a sua base religiosa no Congresso e foi inclusa no texto-base do Fundeb através dos destaques apresentados pela deputada Soraya Santos (PL-RJ), da base governista do parlamento. A oposição, incluindo o relator do texto, Felipe Rigoni (PSB-ES), se posicionou contra a inclusão destes destaques.

 

Matéría completa clque abaxo:

 

https://congressoemfoco.uol.com.br/legislativo/como-deputados-votaram-fundeb/