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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Alexandre de Gusmão por Synesio Sampaio Goes - disponível na Amazon.com.br

Alexandre de Gusmão  (1695-1753): O estadista que desenhou o mapa do Brasil (Portuguese Edition)

DESCRIPTION

Neste primoroso ensaio biográfico, Synesio Sampaio Goes Filho apresenta ao leitor, de forma acessível e atraente, a trajetória de Alexandre de Gusmão e da mais importante negociação territorial da história do Brasil.

No século XVIII, a situação territorial do Brasil era complicada: minas de ouro foram descobertas no oeste; a Colônia do Sacramento havia sido fundada no rio da Prata, bem em frente a Buenos Aires; dezenas de missões de religiosos portugueses foram estabelecidas na Amazônia. Tudo, entretanto, além do limite traçado em Tordesilhas. A colônia ficara rica, mas não tinha fronteiras.
As penetrações e ocupações dos bandeirantes em terras espanholas poderiam não dar em nada se não houvesse do lado de Portugal, no momento oportuno, como secretário particular de D. João V (na prática, quase um primeiro-ministro), uma vigorosa personalidade política, além de notável escritor. 
Com profundo conhecimento da geografia e da história de sua terra natal, Alexandre de Gusmão foi o principal elaborador e negociador do Tratado de Madri, de 1750, que deu ao Brasil dois terços de seu território. Foi igualmente o autor intelectual do Mapa das Cortes, sobre o qual ocorreram as tratativas finais e onde, pela primeira vez, o país se apresenta com a forma quase triangular, ampla, maciça, que nos é hoje familiar. 
O grande feito de Alexandre de Gusmão é ter conseguido legalizar o alargamento imenso do território do Brasil. Houve a preparação intelectual, tomaram-se as medidas práticas, a negociação se revelou difícil. Em todas as fases, é inegável o protagonismo do secretário do rei. Um acordo dessa dimensão é sem paralelo na história universal. Poucos fizeram tanto pela grandeza do Brasil.

PRODUCT DETAILS

  • ASIN: B08SYRM5KF
  • Publisher: Editora Record; 1st edition (January 18, 2021)
  • Publication date: January 18, 2021
  • Language: Portuguese
  • File size: 1945 KB
  • Text-to-Speech: Enabled
  • Screen Reader: Supported
  • Enhanced typesetting: Enabled
  • Word Wise: Not Enabled
  • Print length: 256 pages

TOP REVIEWS FROM OTHER COUNTRIES

5.0 out of 5 starsVerified Purchase
Livro fundamental para compreender a evolução territorial do Brasil
Reviewed in Brazil on April 20, 2021
O livro é um delicioso ensaio sobre Alexandre de Gusmão e seu impacto na consolidação das fronteiras brasileiras. Ao analisar narrativas por vezes controversas, o autor é muito ponderado ao apontar aquelas que apresentam mais solidez factual e coerência narrativa. Em suma, um livro indispensável para quem se interessa pela evolução do país que ora conhecemos como Brasil, jogando luz sobre o papel primordial de um brasileiro de Santos que conseguiu proeminência na Corte portuguesa; conforme lembrado pelo autor, há três bustos na Sala de Tratados, no Itamaraty. Um deles, representando a Era colonial, é o de Gusmão.
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4.0 out of 5 starsVerified Purchase
Para entender como conquistamos o mapa do Brasil atual.
Reviewed in Brazil on November 2, 2021
Livro impressionante que revela a importância de um diplomata da corte portuguesa, que nasceu em São Vicente no Brasil. Alexandre de Gusmão, trabalhou intensamente como conselheiro do rei D João V, e foi o responsável pela negociação no Tratado de Madrid, onde se definiu o mapa atual do Brasil. A habilidade dele esta em trocar as grandes possessões de terras que os portugueses tinham colonizado no oeste brasileiro, como por exemplo Goiais e Cuiba, trocada pela província de Colonia de Sacramento que interessava aos Espanhois, principalmente por se tratar de um entreposto importante da entrada o Ria da Prata, e com isto eles conseguiam coibir o contrabando de prata que vinha dos países andinos. O mapa definitivo do Brasil, foi feito por este diplomata nesta reunião em Madrid em 1750.
5.0 out of 5 starsVerified Purchase
A conquista do grande território Brasileiro
Reviewed in Brazil on April 11, 2021
Primeiro meus parabéns a Synesio por não ceder e manter o prefácio de Rubens Ricupero, e a demais o livro mostra como o Brasil tomou seus contornos mais próximos do que é hoje mostrando também como era o Brasil e Portugal na época de Gusmão.
4 people found this helpful
5.0 out of 5 starsVerified Purchase
Genial
Reviewed in Brazil on April 26, 2021
Excelente. A figura de Alexandre de Gusmão é fundamental para compreendermos nosso território. O livro trás ainda, na argumentação, as figuras do bandeirante Raposo Tavares e do historiador Jaime Cortesão.
5.0 out of 5 starsVerified Purchase
A verdade sobre a expansão territorial do Brasil
Reviewed in Brazil on April 30, 2021
Muito interessante o relato da vida de Alexandre de Gusmão, desde a origem santista, a experiência diplomática na Inglaterra e França até sua consagração como secretário do rei D. João V. Dá uma ideia da importância de Portugal no século XVIII e a qualidade dos quadros do governo português.


sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Percursos Diplomaticos com Emb. Seixas Corrêa, 16/08: ops, postergado uma vez mais...

Já é a terceira vez que este Percursos Diplomáticos, uma série de depoimentos com embaixadores aposentados que eu havia criado com o ex-diretor do Instituto Rio Branco, é postergado uma vez mais, por "razões de força maior": 


A primeira vez foi no início de 2018, quando o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, Secretário Geral do Itamaraty em duas oportunidades – a primeira vez sob o governo Collor, a segunda vez no governo FHC, ambas sob o comando de Celso Lafer –, teve de se submeter a uma intervenção cirúrgica, e combinamos de fazer na primeira oportunidade disponível. Como todas as demais datas – uma vez por mês nas sextas-feiras, quando os estudantes do Rio Branco tinham uma folga em sua pesada corveia estudantil – estavam ocupadas no ano passado, combinamos na primeira oportunidade em 2019. Eu, ainda diretor do IPRI, combinei com ele logo nos primeiros dias de janeiro, mas como ele viajaria para os EUA em fevereiro, acertamos de fazer logo depois do Carnaval, no começo de março. 

Mas, como todos os que me acompanham aqui sabem perfeitamente, o chanceler acidental – que coincide ser genro do emb. Seixas Corrêa – tomou-se de súbita fúria em plena segunda-feira de Carnaval, dia 4 de março, poucas horas depois que eu havia postado em meu blog Diplomatizzando uma palestra do embaixador Rubens Ricupero, complementada por um artigo do ex-chanceler e ex-presidente FHC, seguidos de uma violenta crítica que o chanceler improvisado fez aos dois num artigo de seu blog, o famoso Metapolítica 17: contra o globalismo, convidando a um debate sobre a política externa olavo-bolsonarista, e mandou-me demitir imediatamente da diretoria do IPRI.

Quem quiser ler essa minha postagem, pode consultar este link: 

blog Diplomatizzando (10/03/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/ricupero-fhc-e-ernesto-araujo-em-debate.html).

O próprio Seixas Corrêa, frustrado em sua tentativa de demover EA de sua tão furibunda atitude, desistiu de vir a Brasília para essa palestra no dia 8 de março. 

Agora, marcada a terceira tentativa, o embaixador desiste novamente de viajar do Rio a Brasília, provavelmente devido às destrambelhadas declarações do presidente sobre as primárias argentinas, mas esta é apenas uma suposição de minha parte. Formulo a hipótese pelo fato de o emb. Seixas Corrêa ter sido embaixador em Buenos Aires, ter se esforçado duramente para melhorar essas relações estratégicas durante sua gestão, e pode ter ficado temeroso ao ser eventualmente indagado sobre como vê, atualmente, essas relações no quadro de declarações absolutamente inaceitáveis do presidente (e do próprio ministro da Economia), na absoluta indiferença do chanceler acidental.
Lamento a terceira desistência, mas vou ficar esperando para vê-lo numa próxima oportunidade, tanto porque gostaria de mostrar-me a ele em carne e osso, se ouso dizer, pois ele teve a seguinte frase sobre mim, pouco depois de minha exoneração do IPRI, conforme registrei em nova postagem deste meu blog: 

Seixas Corrêa: o Paulo Roberto não existe! - (helàs!)

blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/04/seixas-correa-o-paulo-roberto-nao.html).

Não se trata da primeira surpresa vinda do Itamaraty ou da Funag, que passa por mudanças normais, quando ocorre uma mudança de governo, e outras mudanças menos normais, no padrão de transparência que se espera de uma agência pública.

Já me deparei com algumas censuras, contra mim mesmo, mas a mais notória foi o veto a prefácio do embaixador Rubens Ricupero à biografia de Alexandre de Gusmão (encomendada pela Funag) feita pelo embaixador Synesio Sampaio Goes, tanto mais incompreensível que o texto se atinha ao século XVIII – Tratado de Madri, de 1750 – e só vinha ao século XX para ficar nos anos 194-50, quando o historiador português Jayme Cortesão resgatou a figura excepcional de Alexandre de Gusmão, o "avô" da diplomacia brasileira. A biografia vai ser publicada pela Editora Record no começo de 2020.
Vários outros "desaparecimentos", até aqui inexplicáveis, estão ocorrendo nos sites da Funag e do IPRI, depois de minha defenestração. Por exemplo, tentei acessar algumas vezes este outro vídeo de um outro Percursos Diplomáticos, que eu havia feito com outro ex-Secretário Geral do Itamaraty (sob a gestão Celso Amorim, no período lulopetista), mas não consegui: 



Todas as vezes que tentei, havia este aviso, talvez pelo fato de eu ter me pronunciado nos dez minutos iniciais sobre o significado do evento:

Este vídeo não está disponível.

Quem quiser saber o que eu disse na ocasião pode ler nesta postagem: 

3319. “Percursos Diplomáticos: uma reflexão necessária”, Brasília, 12-24 agosto 2018, 5 p. Introdução ao depoimento do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, no quadro da série de depoimentos de diplomatas aposentados, que se acrescentam ao anteriores (http://www.funag.gov.br/ipri/index.php/percursos-diplomaticos). Revisto e lido em 24 de agosto de 2018, no auditório do Instituto Rio Branco. Divulgado no blog Diplomatizzando (24/08/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/08/percursos-diplomaticos-samuel-pinheiro_24.html).

Existem vários outros episódios, que estou coletando para um dia revelar. No momento, fico com os meus dois livros já publicados depois de minha exoneração – Contra a Corrente: ensaios contrarianistas... e Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty –, já pensando no que vai entrar no próximo, que já tem até um título tentativo: Ideologia da diplomacia brasileira (aguardem).

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 16 de agosto de 2019