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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Um Tuite do presidente em Português correto? Não pode ser dele (PRA) - Divertimento...

Caros leitores: vejam o Tuite abaixo, supostamente do presidente. Mas não pode ser dele: tem até crase no lugar certo.

Na verdade, deve ser de auxiliares que sabem escrever, mas como foram vários, a mensagem é uma confusão dos diabos, aí sim, típica do presidente.

Paulo Roberto de Almeida


Auxiliares avaliam que Bolsonaro externou preocupação com 'efeito dominó' se Trump perder

Gerson Camarotti

G1, 03/11/2020 16h51  

https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2020/11/03/auxiliares-avaliam-que-bolsonaro-externou-preocupacao-com-efeito-domino-se-trump-perder.ghtml

Auxiliares e até mesmo aliados próximos do presidente Jair Bolsonaro ficaram surpresos com a mensagem publicada por ele em uma rede social na manhã desta quarta-feira (3).

Na mensagem, ele citou suspeitas de ingerência externa nas eleições dos Estados Unidos.

Mas o que mais chamou atenção desses interlocutores de Bolsonaro foi ele ter relacionado a situação norte-americana com a do Brasil, ao afirmar que essa interferência pode ocorrer também por aqui.

Para esses interlocutores, ao postar essa mensagem numa rede social, Bolsonaro explicitou o temor com uma eventual derrota do presidente Donald Trump, mas principalmente, o impacto que isso terá na sua própria tentativa de reeleição.

O presidente Jair Bolsonaro se inspirou na eleição de Trump, em 2016, para construir sua campanha em 2018.

“Portanto, uma derrota por lá desse projeto, terá reflexo por aqui. O temor é de um efeito dominó”, reconheceu ao Blog esse auxiliar, que defende, em caso de vitória de Joe Biden, a adoção de uma política externa mais pragmática e menos ideológica.

No texto da manhã desta quarta, Bolsonaro escreveu que é “inegável que as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial, por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais. Até por isso, no campo das informações, há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências, no resultado final das urnas”.

Segundo ele, "no Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022".

https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2020/11/03/auxiliares-avaliam-que-bolsonaro-externou-preocupacao-com-efeito-domino-se-trump-perder.ghtml

sábado, 13 de julho de 2013

A esperteza quando e' muita... (pois e'...) - Apenas constatando...

...o óbvio. Mas, os amadores, os aprendizes de feiticeiro, ou os expertos muito "ispertos" não aprendem. Como oportunistas rasteiros que são, sempre querem tirar vantagem das situações dúbias.
Como a confusão mental prevalece, tanto nas hostes dirigentes quanto nas massas ululantes, esses malandros políticos querem aproveitar os tempos turbulentos para impulsionar suas agendas nefastas.
Nem sempre conseguem enganar a todos o tempo, como os médicos estão comprovando agora, por exemplo...
Toda a fantasia em torno do programa de trazer médicos estrangeiros se destina, na verdade, a ajudar, por um lado,  os companheiros cubanos, e a salvar, por outro lado, os seus próprios companheiros que foram estudar "medicina" em Cuba, aquela ilha miserável que exporta escravos modernos, ilotas da medicina, servos compulsórios do sistema de exportação de mão-de-obra barata a serviço dos ditadores cubanos.
Paulo Roberto de Almeida

O fim do plebiscito

Editorial O Estado de S.Paulo, 11 de julho de 2013
Com o maciço apoio dos "aliados" do governo, as lideranças partidárias na Câmara dos Deputados jogaram uma pá de cal na demagógica pretensão de Dilma e do PT de realizar no ano que vem um plebiscito sobre a reforma política. É mais uma amostra de que o inferno astral da pupila de Lula perdura. Mas é também mais uma evidência de que, em matéria de esperteza, os políticos - cujos partidos, na opinião de 81% dos brasileiros, são "corruptos ou muito corruptos", segundo pesquisa da Transparência Internacional - estão ganhando de lavada a queda de braço que o voluntarismo autoritário da chefe do governo e a soberba do PT tiveram a ideia infeliz de lhes impor.
Com a decisão de descartar o plebiscito para 2014, os partidos políticos pretendem devolver para o Palácio do Planalto o mico que a teimosia desastrada de Dilma lhes havia jogado no colo. Depois de ter sido obrigada a recuar rapidamente da ideia inconstitucional de propor uma Constituinte específica para tratar da reforma política, a presidente se agarrou à proposta do plebiscito, para o qual propôs cinco questões específicas que seriam submetidas ao eleitorado. Era a maneira como Dilma e o PT imaginavam que atenderiam ao difuso clamor por mudanças. Afinal, a presidente garante que está "ouvindo" o povo nas ruas.
Ora, se estão realmente convencidos de que a reforma política é imprescindível, por que só agora Dilma e o PT "ouviram" a necessidade de realizá-la? Tiveram 10 anos para isso e não moveram sequer uma palha. Estavam surdos? Ou acham que o País só avança na base do tranco?
A verdade é que até agora não tinham a menor intenção de mudar uma situação que julgavam favorável. Com índices de aprovação popular na estratosfera e os políticos muito satisfeitos com a liberalidade da cúpula do governo com o trato da coisa pública, a reforma política podia ficar para as calendas.
O que muda agora?
Um "grupo de trabalho" de deputados vai se encarregar de, em 90 dias, preparar um projeto de reforma política que, se e quando aprovado pelo Congresso, poderá ser submetido a um referendo. Ou seja, será oferecida aos brasileiros a generosa oportunidade de se manifestar sobre o assunto. A extensão e profundidade da reforma que daí resultar, se resultar, dependerá muito do que acontecer no País nos próximos três meses. Os parlamentares já demonstraram que sabem agir com rapidez e eficiência quando a pressão popular morde seus calcanhares. Mas, quando entendem que ninguém está prestando atenção, fazem apenas o que lhes interessa.
Por outro lado, Dilma, Lula e o PT encontram-se numa verdadeira sinuca. Tanto que Lula isolou-se. Mas é claro que não pretendem permanecer de braços cruzados. Declarações feitas nas últimas horas por membros importantes do governo e do partido fornecem alguns indícios do que poderá ser a estratégia petista para o curto prazo.
O líder do partido na Câmara, deputado José Guimarães (CE), foi enfático: "O plebiscito é uma questão de honra para o PT". Já o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, foi, como de hábito, mais ardiloso: "Não consigo imaginar um combate adequado à corrupção sem uma reforma política. O povo quer uma mudança política de profundidade. A presidenta acertou em cheio quando lançou essa proposta porque ela corresponde exatamente ao anseio mais profundo das ruas, que é o anseio por uma renovação na política. E renovação na política sem reforma política nós não vamos fazer". Quem diria!
Mas tanto Guimarães quanto Carvalho sabem que o plebiscito é carta fora do baralho. Por que, então, a insistência? Porque querem lavar as mãos e ainda sair bem na foto. Não será surpresa, portanto, se em breve Lula e Dilma aparecerem na televisão para proclamar nova palavra de ordem, desta vez sobre o tema "o povo exige plebiscito". E Rui Falcão tentar colocar seu bloco, literalmente, na rua para denunciar, com indignação e fúria, que "os políticos é que são contra". Será que cola?

sábado, 29 de junho de 2013

Brasil: da confusao mental à deterioracao cerebral acelerada (acho que nao tem mais volta)...

Não quero dizer que é terminal, pois essa gente pode ainda descer mais fundo na demência individual e nos delírios coletivos. Mas o que contemplo, o que leio, o que registro, nesta tela tão pequena de meu laptop me faz temer, seriamente, pela deterioração acelerada da saúde mental (não dos brasileiros, mas de certos brasileiros) de altas esferas de nossa tão conspurcada República.
Isso me faz lembrar os tempos de Lima Barreto (que acho que começou a beber e ficou louco de tanta loucura contemplada), autor de memoráveis palavras sinceras (ainda que trágico-cômicas) sobre nossa República tão infeliz. Acho que vamos pelo mesmo caminho, na literatura e na vida real.
Espero não ter o mesmo destino de Lima Barreto, não sem antes escrever algumas páginas tão memoráveis quanto as que ele redigiu naqueles tempos confusos...
E agora? Seria trágico-cômico, ou cômico-trágico?
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 28/06/2013

Depois de se encontrar com os Rimbauds das catracas, a presidente Dilma Rousseff abriu as portas do palácio para outros “movimentos da juventude”, a maioria chapa-branca mesmo, ligada ao PT, ao PCdoB ou ao MST. Todos saíram de lá defendendo, claro!, o plebiscito para a reforma política. À esquerda da presidente, estava sentado Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência. Faz sentido. Afinal, é ele quem “interlocuta” com os ditos movimentos sociais. À direita, adivinhem… Aloizio Mercadante. Tudo deve andar tão bem na educação que ele pode agora se dedicar às suas funções de primeiro-ministro. Não é uma posição formalizada. Parece ser, assim, uma coisa mais de afinidades eletivas com a chefe. Entre os representantes do “povo” que agora têm voz no Planalto, estava uma jovem que representa a Marcha das Vadias. Brasília é sempre um lugar em que a vadiagem assume um sentido muito particular, não é mesmo? No dia 8 de julho, o governo lança um canal na Internet chamado “Observatório Participativo”.
Leio no Globo Online:
“Os grupos de juventude apresentaram a Dilma uma variada pauta de reivindicações, que passa pela taxação de grandes fortunas, descriminalização do aborto, repressão à violência policial e mais investimentos em políticas para os jovens. O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), se comprometeu a enviar para a presidente um relatório sobre os excessos cometidos pela polícia durante as manifestações país afora.”
Eu nunca vou entender a obsessão dessa gente por matar fetos. Por que os ditos socialistas fazem tanta questão dessa pauta? Nem dá para dizer que seja um resquício de selvageria porque os animais irracionais matam ou para se defender ou para comer. Infelizmente, é um traço humano — de certos humanos — reivindicar o direito de matar quem não tem como se defender. É claro que se trata de uma escolha moral.
Quanto ao mais, olho a lista das entidades, publicada no Globo Online:
Conselho Nacional de Juventude (Conjure), UBES, Movimento Sem-Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Marcha Mundial das Mulheres, Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Levante Popular da Juventude, Rede Fale, Hip Hop, Forum de Juventude de BH, União da Juventude Socialista (UJS), Juventude do PT (JPT), UPL, JSB, JSPDT, JPMDB, UNE, PJ, CTB, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Marcha das Vadias, Fora do Eixo e Agência Solano Trindade.
Boa parte, aí, recebe, direta ou indiretamente, dinheiro público. No próximo post, falarei de um grupo em particular: o “Levante Popular da Juventude”.
Gays
A presidente recebeu também representantes do movimento gay e se disse contra qualquer discriminação — ainda bem! Leio no Globo Online o que segue em vermelho. Volto em seguida:
(…)
Representantes de movimentos gays recebidos pela presidente disseram que saem satisfeitos com o encontro. Segundo eles, a presidente disse que é dever do Estado impedir violência e discriminação contra à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Os participantes disseram, no entanto, que quando eles criticaram o polêmico projeto que propõe a “cura gay”, que tramita no Congresso, Dilma não se pronunciou sobre o assunto.
“Saímos daqui felizes. A presidente disse que o Estado tem o dever de impedir a violência e a discriminação de qualquer natureza”, disse Toni Reis, da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
O grupo levou à presidente uma pauta que pede, entre outras coisas, a criminalização da homofobia. Presente ao encontro, a ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse que Dilma cobrou iniciativas para aumentar as estatísticas existentes sobre a violência praticada contra esses grupos.
(…)
Voltei
É impressionante que a imprensa continue a reportar a existência de um projeto de “cura gay”. Isso não existe. A verdade é bem outra, como já deixei claro aqui. Algumas pessoas se irritam quando confrontadas com os fatos? Fazer o quê? Acredito que sua causa pode conviver com os fatos. O projeto contra a homofobia é o PLC 122, que continua autoritário mesmo na versão versão de Marta Suplicy. “Ah, não adianta você criticar porque o primeiro vai ser recusado, e o segundo aprovado”, escreveu anteontem um rapaz, que me dirigiu algumas ofensas. Ainda que seja assim, por que eu deveria dizer que existe um projeto que não existe e que é democrática uma proposta autoritária? Eu  não escrevo para ganhar ou perder. Nem ganho nem perco nada. Escrevo o que acho que devo escrever. Não vou endossar uma inverdade só para não chatear as pessoas… Convenham, não é? Os militantes da causa não precisam do meu apoio. Já contam com a esmagadora maioria da imprensa a seu favor.
Quanto às estatísticas, já passou da hora de fazer um trabalho rigoroso, e isso quer dizer que não pode ficar nas mãos de militantes e prosélitos. As circunstâncias das mortes — a esmagadora maioria de gays masculinos — precisam ser esclarecidas. Até porque, quando um michê mata um cliente, a caracterização de “crime de homofobia” fica um tanto prejudicada — a menos que se considere que o profissional era heterossexual. Era? Mas esse é apenas um aspecto da agenda do dia.
Encerrando
Conforme venho afirmando desde a segunda, dia 17, quando teve início, digamos assim, a nacionalização dos protestos, os vetores políticos todos passaram a apontar para, como é mesmo?, o “progressismo”!
No Brasil, meus caros, a última coisa que a gente vai ver é gente se mobilizando para pedir que o estado intervenha menos nas nossas vidas. O que se quer é justamente o contrário: mais babá!!! Isso dá certo? Resulta em boa coisa? É claro que não!

Mas meus amigos liberais estão encantadíssimos com o momento! Queria muito que eles estivessem certos, e eu, errado.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Crise de desorientacao - Editorial Estadao

Crise de desorientação

Editorial O Estado de S.Paulo, 28/06/2013

No encontro previsto para hoje com os líderes da oposição, a presidente Dilma Rousseff repetirá que a reforma política por plebiscito é fundamental para governo e Congresso provarem que ouviram e entenderam a voz da rua. E ela própria, se pelo menos uma vez deixar de lado o costume de fazer de suas audiências meros monólogos, relegando os seus convidados ao passivo papel de plateia, ouvirá críticas pesadas a essa sacada infeliz com que tentou passar a borracha sobre a mais desastrada de suas ideias desde que chegou ao Planalto - a convocação, mediante consulta popular, de uma Constituinte exclusiva para mudar as regras do sistema eleitoral e da atividade política.
Mesmo que seja escasso o tempo que ela lhes conceder na reunião, os deputados e senadores oposicionistas darão o troco em seguida, na entrevista coletiva de praxe em tais ocasiões, ainda em palácio. Será um replay das acres expressões de descontentamento transmitidas à imprensa pela maioria dos dirigentes sindicais chamados pela presidente na quinta-feira. Foi o primeiro grupo a desfrutar do duvidoso privilégio de ser instado a aderir ao plebiscito da reforma - na véspera, quando foi a vez da cúpula da OAB, a Constituinte exclusiva ainda não tinha recebido a extrema-unção. A reação dos sindicalistas foi além do esperado, mesmo levando em conta que, sobDilma, eles perderam a condição de interlocutores especiais a que foram alçados pelo antigo metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva e parcela substancial do espaço que detinham no aparelho do governo.
Contribuiu para isso o "estilo Dilma". Depois de falar sem interrupções durante 35 minutos - quando exortou os ouvintes a suspender a greve geral marcada para 11 de julho contra a inflação alta e o crescimento baixo -, deu os trâmites por findos, sem mais aquela, assim que os inscritos para falar opinaram sobre a situação nacional. Diante dos jornalistas, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, a acusou de ter feito uma reunião para discorrer sobre os seus "planos mirabolantes". Acrescentou que "saímos daqui como sempre saímos, sem encaminhamento das nossas reivindicações". Até aí, nada de mais: ele joga para a sua arquibancada. Mas o fato é que o defensor deDilma, o presidente da CUT, Vagner Freitas, foi menos do que convincente ao retrucar que o encontro se destinara a tratar das demandas da rua e não da agenda sindicalista.
A verdade, quem diria, foi enunciada pelo mais radical dos presentes, o presidente do PSTU e coordenador do CSP-Conlutas, José Maria de Almeida. O plebiscito de Dilma, apontou, é para desviar a atenção da crise de seu governo". Tanto é manobra diversionista que o tema da reforma política foi mencionado por apenas 1% dos participantes dos protestos, em pesquisa do Datafolha na Avenida Paulista. (Contra a corrupção foram 50%; contra o aumento das passagens, 32%; e por transporte melhor, 19%.) E tanto o governo está em crise que, para citar uns poucos exemplos, o PT não para de falar mal de sua condutora pelas costas; o PMDB está "por aqui" com o tratamento que ela lhe dispensa e que culminou com o anúncio da Constituinte exclusiva sem consulta prévia ao vice (e constitucionalista) Michel Temer; e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficou nu - e só - diante de seus inimigos numa audiência, anteontem, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.
Estavam presentes apenas 6 dos seu 36 membros titulares, o que deu margem ao sarcasmo do deputado Rodrigo Maia, tão logo Mantega se acomodou. "Ou o ministro está muito fraco ou os deputados já foram embora", fustigou. Depois de sua exposição previsivelmente otimista sobre "a nova matriz econômica", Mantega foi praticamente esfoliado pela oposição, que não se guardou de pedir a sua cabeça. "O ministro sofre de um surto psicótico", investiu ainda Maia. "A crise de confiança (no governo) se chama Guido Mantega e equipe econômica." O seu companheiro de partido, Mendonça Filho, desdenhou da exposição do ministro chamando-a de "ficção científica". Juntou-se a eles, entre outros, o tucano Duarte Nogueira, para diagnosticar que o governo "está feito uma barata tonta". É uma descrição apropriada.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Brasil padece, sobretudo, de confusao mental... (parece que vai continuar...)

Recebi uma suposta petição, ingênua, desastrada, confusa, impossível, tudo isso ao mesmo tempo, cujo resumo é o seguinte:


Para solucionar a corrupção generalizada presente em todos os partidos é necessário a extinção de todos eles. Eles serão substituidos por Administradores Públicos, aprovados em Concursos Públicos, seguido de Eleição e com o devido direito de VETO caso a população decida que nenhum dos aprovados tem a intenção ou capacidade de administrar de forma correta o Brasil.

Respondi o que segue:

Voce por acaso pretende primeiro implantar uma ditadura, para cassar todos os políticos e determinar que o país só eleja funcionários públicos para serem legisladores?

Seria essa a ideia?

Mas a petição ainda tem aspectos saborosos do que se poderia chamar de confusão mental total, e transtorno bipolar da política brasileira. Mas isso não é característico apenas dos ingênuos. Elementos políticos das mais altas esferas também entretém esse tipo de confusão mental, apenas que, por instinto de sobrevivência, não vão propor a sua própria extinção. Mas, no resto, vão aprovar tudo aquilo que lhes der votos, inclusive as maiores aberrações políticas e econômicas, como já está ocorrendo, aliás.
Eis aí um retrato do que é o Brasil atualmente:

 "Temos partidos 'de mentirinha'. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso. Tampouco esses partidos e seus lideres têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder" - Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Diante dessa realidade, não há outra opção: todos os partidos devem ser extintos. O sistema político-partidário é uma farsa, uma ilusão de democracia, quando na verdade na prática é uma Plutocracia - um sistema onde o poder da riqueza, a influência do dinheiro, a vontade dos ricos, predomina.

Não adianta tirar um presidente e substituí-lo por outro. Mas mudar um sistema e substituí-lo por outro, por um infinitamente mais democrático do que o atual (que nem merece ser chamado de democrático), adianta e muito!

A idéia de adotar Concursos Públicos é relativamente muito simples, mas também incrivelmente eficaz: ela dá ao povo o que é do povo, ou seja, os cargos públicos, tanto do Legislativo (senadores, deputados) quanto do Executivo (prefeitos, governadores, presidente), que serão totalmente preenchidos por um sistema milhões de vezes mais democrático que o atual, pois permitirá que qualquer cidadão faça um concurso público e, caso seja aprovado entre os melhores, estará habilitado para disputar uma eleição, a qual terá entre as opções de voto a opção de VETO para um ou para todos os candidatos!

Colaborem com essa idéia, compartilhem e ajudem a mudar o Brasil! Participe da revolução que você quer ver no mundo.
Assine a petição...

Comigo não, violão.
Utopia eu gosto, mas só nos livros. Loucura, só a do Gogol!
Paulo Roberto de Almeida