Política externa e corrupção made in Brazil: duas tentativas de deformação da história por Lula e pelo PT
Paulo Roberto de Almeida
São dois os paises estrangeiros envolvidos nessa história da corrupção do PT em torno da refinaria superfaturada em bilhões: a Venezuela de Chávez, que forçou uma decisão pela Abreu e Lima em PE (quando a Petrobras tinha várias outras opções), e que depois nunca colocou um centavo no projeto (que estava concebido para o petroleo pesado da Venezuela); os EUA, que teriam conspirado contra a Petrobras, via Departamento da Justiça, em direção de procuradores e juízes da Operação Lava Jato, só para prejudicar a Petrobras.
Esta ultima é a visão de Lula e a de suas afirmações desprovidas de quaisquer provas sobre o gigantesco caso de corrupção da Petrobras iniciada em seu governo e continuada sob Dilma.
Talvez os EUA respondam a Lula. Talvez não o façam. Não importa. O fato é que a Petrobras aceitou pagar milhões de dólares a investidores americanos, tal como condenada na Justiça dos EUA por fatos aferidos de corrupção.
Pessoas bem informadas sabem que o presidente mantém uma visão distorcida dos EUA, ao mesmo tempo em que pretende manter sua versão mentirosa sobre a corrupção desmesurada do PT na história do Brasil.
Isso explica muito da sua leniência com a ditadura chavista na Venezuela: são negócios estatais, não a ideologia, que estão por trás da corrupção.
Quanto aos EUA, é uma tentativa de desviar o foco da imensa corrupção petista contra o povo brasileiro, ao mesmo tempo em que contempla a postura “antiestadunidense” da militância do PT e de parte da população brasileira.
Cabe esclarecer a natureza da deformação.
Paulo Roberto de Almeida
São Paulo, 19/01/2024