O governo Lula, pelo menos no seu primeiro mandato, foi caracterizado por grande prudência econômica, inclusive por que o presidente tinha aprendido que NÃO deveria seguir os conselhos esquizofrênicos dos "economistas" do PT, que só tinham cometido equívocos até então, inclusive provocando duas derrotas eleitorais de primeiro turno nas campanhas presidenciais de 1994 e 1998. Aprendeu, e por isso mesmo preservou as bases da política econômica "malanista" -- que eles chamavam depreciativamente de "neoliberal", mas que tiveram de engolir, pois não dispunham de qualquer alternativa credível para colocar no lugar -- como também preservou muitos técnicos qualificados, que ele considerava tucanos, mas tampouco tinha gente mais qualificada para colocar.
Poderia ter sido pior, muito pior.
Para ter uma ideia de como poderia ter sido uma politica econômica puramente petista, ou seja, altamente irresponsável, basta ver o que está fazendo agora o governador do Rio Grande do Sul, no relato deste jornalista gaúcho.
Políbio Braga, 26/11/2012
Saiba de que caixas pretas o governo gaúcho tira dinheiro que não tem
Sem
disposição, talento e conhecimento para governar o governo, o que
significa, entre outras tarefas da gestão pública todas as ações
destinadas a equilibrar as contas públicas (receitas x despesas) o
ex-governador Olívio Dutra, PT (1999/2002) foi quem começou a meter a
mão no dinheiro do caixa único, conta que reúne sobretudo valores de
empresas estatais - sem a preocupação de devolver nada do que saca.
. É o que está fazendo o mais novo representante da nomenklatura do PT no RS, o governador Tarso Genro.
. Ele terminará o ano com o confisco de pelo menos R$ 1,6 bilhão do caixa único (R$ 1 bilhão já foi sacado).
.
Será do caixa único e especificamente do dinheiro dos depósitos
judiciais que ele tirará o dinheiro que precisa para pagar o 13º, porque
ao contrário até da bodega da esquina, que vai separando 1/12 a cada
mês para acumular recursos para quitar o compromisso, o governo estadual
do PT não dispõe de um só centavo da arrecadação do ano para fazer
isto.
. Aliás, caixa único e depósitos judiciais são duas enormes
caixas pretas, porque ninguém consegue saber exatamente de quem é cada
fração do dinheiro acumulado nas duas contas. O governo sonega os dados e
a Assembléia nunca se interessou em identificar o dono de cada centavo
existente nelas.
. O editor pediu ao economista Darcy Carvalho
dos Santos um levantamento dos números existentes nas contas públicas
disponíveis, identificando os governos que mais meteram a mão no
dinheiro do caixa único. Eis o que ele encontrou, em valores correntes:
- Olívio Dutra, R$ 3,7 bilhão, 42,3% do total - Germano Rigotto, R$ 2,2 bilhões, 25,05% - Yeda Crusius, R$ 1,8 bilhão, 21,2% - Tarso Genro (apenas um ano e 11 meses) - R$ 1 bilhão (11,6%)
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22 dos 37 projetos do Pacotarso III só criam novas despesas22
dos 37 projetos enviados pelo governo gaúcho para votação em regime de
urgência pela Assembléia do RS, tratam exclusivamente de mais despesas.
.
É um festival de novas CCs e FGs, reajustes salariais, contratos
emergenciais e até pensões vitalícias para dois artistas do Estado.
.
Nem o governo e sequer os deputados conseguiram calcular o formidável
impacto financeiro que terão as novas despesas sobre as combalidas
contas públicas locais.
. Não parece ser o que mais emociona o governo.
.
O governo do PT trata as finanças públicas estaduais com enorme
irresponsabilidade fiscal, incha os quadros com cada vez mais
servidores, concede reajustes salariais perdulários, já acumula déficit
de dimensões catastróficas e endivida-se cada vez mais (o editor
calcula que o atual governo vai tomar algo como R$ 4,3 bilhões de novos
empréstimos).
- O Pacotarso III também cria dois novos fundos
estatais, pede autorização para novos dois empréstimos, propõe cargos de
livre nomeação no Banrisul e transfere recursos de dois fundos já
existentes para que o governo use como quiser, como, por exemplo, ajudar
a pagar o 13º salário. CLIQUE AQUI para
examinar a lista dos projetos e um pequeno resumo do conteúdo de cada
um. O editor pediu o material à assessoria técnica da bancada do PSDB.
Calotes no governo estadual gaúcho ampliam-se. Explicações sobre a inadimplência crônica são rizíveis
Ampliam-se
as revelações sobre calotes do governo estadual sobre fornecedores e
partes contratantes de convênios, conforme vem denunciando esta página
há dois meses.
. O caso mais recente é o da secretaria da
Cultura. Foram cortados serviços de internet e de telefone da Casa de
cultura, Margs, IEL e CDE.
. As explicações da secretaria de
Cultura para os calotes são rizíveis e demonstram o desprezo do governo
do PT em relação à correta gestão financeira das contas públicas:
-
como os gastos de custeio são maiores do que a verba disponível, a
pasta é obrigada a manter uma negociação permanente com os fornecedores.
. Ou seja: a ordem é pedalar.
.
Um bom gestor ajusta receitas e despesas, em vez de manter serviços
impagáveis, contando com a tolerância de credores dispostos a ouvir
histórias da carochinha.
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