O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

O tumulo do Anonimo Enraivecido (ele sabe que escrevi para ele...)

Desculpem a brincadeira indevida com o "túmulo do soldado desconhecido", mais conhecido nos anais da história, e presente um pouco em todas as guerras, para homenagear um soldado de valor, que morreu sem que seu corpo tenha sido identificado devidamente. Uma homenagem a verdadeiro soldado desconhecido, de qualquer forma.
Mas, isso não tem nada a ver com nosso "Anônimo Enraivecido", que não tem nenhum valor, e nem mereceria este post, que só vai postado para deixá-lo com mais raiva ainda.
Eu sei que ele vai ler, e vai ficar um pouco mais enraivecido.


Mas quem é o "Anônimo Enraivecido"? (doravante AE)
Simples, é alguém que não gosta de mim, o que está inteiramente em seu direito. Eu tenho dezenas, talvez centenas de inimigos.
O que me deixa terrivelmente preocupado. 
Imaginem vocês se algum deles me desafiar para um duelo!!??!!
Oh vida, oh azar, oh céus, eu sabia que não ia dar certo! O que vou fazer agora, aqui perdido nesta vastidão do ciberespaço, sem sequer um Chapolim para me defender?


Eu faço posts provocadores, só para despertar o animus bellicandi de certo tipo de idiota desconhecido (como o AE, por exemplo), que pensa que sabe tudo com os seus dois neurônios concentrados em subliteratura do Zeitgeist.


Mas, estou sendo condescendente: não é que o AE não gosta de mim. 
Ele, na verdade, tem ódio de mim. Se ele pudesse, me colocaria frente a um pelotão de fuzilamento, ou me mandaria para algum Gulag perdido no fundo da Amazônia, como talvez fizessem na terra dos seus diletos companheiros de opinião e de ideologia com dissidentes como eu...


Acho também que o AE é masoquista, pois ele lê tudo o que eu escrevo, inclusive os posts mais errados, mais estropiados, feitos na pressa, na correria das leituras, que estão sempre atrasadas.
Diferente do AE, que dispõe de todo o tempo do mundo para vigiar o que escrevo (o que agradeço, sinceramente).
Acho que ele vai ler mesmo este post, destinado a lhe dar 5 minutos de fama (mas acho que dá para ler em menos tempo...).
Ele lê tudo o que escrevo, com raiva preventiva, imaginem vocês, os seus dois neurônios atilados, saltando para fora da caixa ôca daquilo que passa por cérebro, só para descobrir um errinho qualquer de digitação, de concordância, de construção em meus textos. 
E ele fica extasiado com alguma genial descoberta. Pronto, pegou mais mais uma estupidez da minha parte. Orgiástico, não é mesmo AE?


E aí ele escreve, esperando ser publicado (claro!, do contrário por que ele escreveria??), pois seu único prazer é de ser um PRA-bashing man, um detrator exclusivo que eu tenho, para vigiar todos os meus erros (o que agradeço sinceramente, pois se não fosse ele, os posts sairiam com muitos erros a mais do que já saem). 
Eu cometo erros em todas as línguas em que escrevo, claro, mas já reparei que ele só corrige mesmo o meu portugueis estropiado, não os textos em outras línguas (se ele quiser revisar meus textos em francês e em inglês, eu até agradeço e posto aqui; aliás, preciso verter um para o espanhol, mas não pode ser em portunhol como é o de todos esses amigos de Cuba).


O AE não deve ter muito o que fazer, e não deve ter uma existência própria na vida. Seu único objetivo é destratar este blogueiro provocador e anarquista. Deve ser freudiano.
Ele pensa que isso me dá raiva.
Mas eu aprendo com isso. Thanks AE...


Ele até me dá inspiração para fazer mais um dos meus minitratados.
Ele vai ler, estou seguro, pois terá sido feito especialmente para ele.
E vai me ajudar a descobrir erros involuntários nesse minitratado e em todos os demais textos (e vários outros que derivam da minha própria estupidez, claro). Não desista agora, por favor AE!


O AE é um gênio! Ele trabalha de graça para mim...
Paulo Roberto de Almeida

segunda-feira, 12 de março de 2012

Agencia Brasil tenta esconder seu Portugues deficiente

Jornalistas oficiais (ou seja, pagos com o nosso dinheiro) cometem erros, isso é normal.
Quem não os comete?
Todos nós, inclusive este modesto blogueiro -- que costuma escrever rápido, mas os dedos nem sempre acompanham a rapidez ainda maior do pensamento, e também disponho de pouco tempo disponível para ler tudo e refletir sobre o que vale a pena -- todos nós, repito, cometemos erros.
Quando o erro é grande, e compromete a informação, vale a pena corrigir. Pequenos erros de digitação não justificam o esforço e não vale a pena corrigir.
Mas, por vezes, alguns erros causam surpresa, pois é difícil, admitamos, trocar um "s" por um "ç" apenas por erro de digitação. É preciso um pouco mais de alguma coisa para cair nesse tipo de erro.
A matéria abaixo CERTAMENTE não valia a pena transcrever, pois é tão anódina, tão sem importância, que poderia passar impune, como tantos erros formais e substantivos cometidos nos mais diversos setores de atividade, por governos, por opositores do governo, por simples cidadãos. Eu a postei apenas num momento de distração, como puro "divertissement", como diriam os franceses.
Mas a Agência Brasil não tem apenas um exército de jornalistas pagos com o nosso dinheiro para escrever mal as matérias que "caem", literalmente, em sua mesa de trabalho.
Eles também um exército de vigilantes, pagos com o nosso dinheiro, dedicados a saber o que o público que paga o salário deles pensa de sua atividade.
Bem, pelo menos no que me concerne, penso mal.
Preferia não ter de pagar a jornalistas oficiais, pois a imprensa é algo especificamente social, pertinente à liberdade que tem a sociedade de se informar.
Imprensa oficial costuma existir em Estados fascistas, que também gostam de controlar a sociedade para saber o que a sociedade pensa do Estado.
Bem, pelo menos no que me concerne, penso mal.
Sobretudo quando alguém pretende cercear minha liberdade de pensar e de falar mal do governo e de jornalistas que são pagos com o meu dinheiro, e ainda se ocupam de coisas inúteis, como esta que vai aqui  abaixo reproduzida.
Por que eles não vão catar coquinho, com o dinheiro deles, e não com o meu?
Eu também penso que a própria Agência Brasil é um ERRO MONUMENTAL que não deveria ter sido cometido. Já que foi, que ela seja eliminada o mais cedo possível. É um desejo e tenho esse direito.
Pois bem, estou me pronunciando aqui PELA EXTINÇÃO DA AGÊNCIA BRASIL.
Ou será que eu deveria escrever EXTINSSÃO?
Também pode ser.
É o que desejo para a Agência Brasil.
Será que o seu Editor-chefe vai me escrever reclamando do meu pedido de dupla EXTINÇÃO-EXTINSSÃO?
Pode escrever reclamando. Publicarei novamente.
Um blog democrático e aberto como este aceita debates. Mesmo alguns totalmente inúteis...
Até de jornalistas pagos com o meu dinheiro, que aliás não deveriam existir...
Paulo Roberto de Almeida

1) Primeiro o vigilante do ar detecta algum problema com este blog, sob o título de "Crítica? Zombaria?"

----- Mensagem encaminhada -----
De: "Jefferson Bispo Ferreira" <jefferson.ferreira@ebc.com.br>
Para: "Gilberto Goncalves Costa" <gilberto.costa@ebc.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 12 de Março de 2012 14:38:31
Assunto: Crítica? Zombaria?

 Uma amiga, e também ex-aluno sua, mandou-me isso hoje. Acho que deveria dar uma olhada.


-- 
Jefferson Ferreira
61) 9685-2522
3799-5339/5355
Agência Brasil - EBC

======

2) Aí, eles deram uma olhada. E o tal Editor-chefe da Agência pretende uma " imediata retratação" da minha parte.

On 12/03/2012, at 22:00, Ivanir Bortot wrote:
Prezado Sr. Paulo Almeida

Estou lhe enviando o link  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-09/agu-e-itamaraty-avaliam-acao-para-suspender-bloqueio-de-contas-da-diplomacia-brasileira publicada no último dia 09 de março de 2012, cuja o título é "AGU e Itamaraty avaliam ação para suspender bloqueio de contas da diplomacia brasileira na Itália". A matéria é a mesma que esta publicada neste momento na Agência Brasil.

Assim, considero um equivoco atribuir  à  Agência Brasil o título: "AGU avalia suspenção de bloqueio de contas da diplomacia brasileira." Não publicamos nenhuma matéria com este título. Caso o senhor tenha lido ou visto o referido título em alguma outro veículo de comunicação, que tenha usado nosso conteúdo, a responsabilidade pelo erro é deste veículo.

Solicito uma imediata retratação, de sua parte, em relação às palavras desabonadoras publicadas em seu blog sobre os profissionais da Agência Brasil.

Atenciosamente. 
Ivanir José Bortot
Editor-chefe da Agência Brasil. 

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3) Minha resposta ao cidadão pago com o meu dinheiro para cercear minha liberdade de expressão:

Prezado Senhor Ivanir,
Não fui eu quem inventou o título. Tanto vocês, ou o repórter, e seus chefes cometeram a impropriedade de circular um título errado, que foi capturado pelo Google Reader, que faz isso automaticamente, por computador. Ou seja, ninguém inventou o título a não ser a fonte.
Portanto, quem deve se retratar é a Agência Brasil, por publicar títulos (e possivelmente matérias também) com Português deficiente.
O fato de que vocês tenham corrigido o título da matéria não contradiz o fato de que vocês erraram.
Seria tão mais simples reconhecer o erro e prometer que não vão reincidir...
Sugiro cursos de Português para os seus jornalistas...
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@me.com
www.pralmeida.org
diplomatizzando.blogspot.com

sábado, 10 de abril de 2010

2066) Todos cometemos erros, inclusive este que aqui escreve...

Um pouco de modéstia e autocrítica não fazem mal a ninguém (inclusive a mim mesmo)

Como lembrou-me o visitante, ou leitor habitual deste blog, José Marcos, no comentário ao post anterior a este, todos nós cometemos errus (ele escreveu deliberadamente assim, como falamos), posto que (e ele também me corrigiu o emprego desta expressão, que eu venho utilizando de forma inadequada como uma relação causativa) a língua portuguesa, por suas nuances gramaticais e peculiaridades estilísticas, é por demais complexa, eivada de regras e condicionalidades acumuladas ao longo do tempo, ou impostas por "çábios" da Academia (como já escreveu alguém, talvez o Millor Fernandes, no que foi copiado por muitos, inclusive um jornalista famoso, que pretende dar lições de mora a gregos e goianos).

Concordo com o José Marcos, e também devo penitenciar-me pelos muitos erros que cometo em meus textos, motivados seja pela pressa em escrever -- e nesse caso se trata de simples erros de digitação, de ortografia mais comumemente --, seja por deficiências de estilo (não sou partidário da tese segundo a qual "o estilo faz o homem"), seja ainda por impropriedades substantivas que fui adquirindo ao longo da vida, de minha notória insuficiência no estudo da língua e pela persistência nessas deformações gramaticais e estilísticas (aquela coisa de hábitos arraigados).

Sou grato ao José Marcos por trazer-me de volta à Terra, demonstrando ele, cabalmente, como somos todos falhos em nossa redação escrita e em nossa expressão oral, o que deveria levar-nos a ter mais modéstia pessoal e exercer um pouco contenção na exposição e condenação dos erros alheios.
Sim, é verdade, sempre se poderá apontar nossos próprios erros de redação, para nos trazer de volta à realidade e parar com essa mania censória e passavelmente autoritária de pretender corrigir erros alheios, mesmo daqueles que manifestamente estavam apenas interessados em se fazer ouvir num espaço aberto como este.
Estou consciente disso, penitencio-me pelo meu "faux pas" e agradeço uma vez mais ao José Marcos por ter-me lembrado desta realidade tão simples.

Falando agora em meus próprios erros de redação -- e eles são tantos que seria fácil a um leitor mais crítico apontar-me uma penca deles -- devo dizer o seguinte. De fato, eu tenho inúmeras falhas em meus textos, algumas graves, outras menos graves. As mais graves são certamente as impropriedades redacionais, ou linguísticas, algo equiparado a crimes se estivéssemos aplicando o Código Penal, ou seja, contravenções manifestas contra a língua portuguesa. Sim, sou criminoso, contumaz e reincidente, podendo apenas alegar em minha defesa que jamais estudei gramática, nunca me dediquei a decorar as regras da boa escrita e da redação correta, simplesmente porque não tenho paciência, tempo, disposição para ler manuais (nunca os leio, mesmo dos aparelhos eletrônicos mais complexos, sempre pedindo ajuda a alguma criança para fazê-lo por mim).
Eu simplesmente aprendi a ler, e comecei a ler desbragadamente, sem jamais parar, ou melhor, apenas parando para escrever, que também é um ato de ler...
Sem ter tido disposição ou o cuidado de me remeter à Senhora Gramática, eu só posso cometer atentados contra ela em todas as vezes em que escrevo.
Deve ter sido a "má influência" de Monteiro Lobato e sua "Emília no País da Gramática", onde o grande escritor paulista desafia aquela velha ranzinza e lhe aplica uma cura forçada de inovações nem sempre permitidas pelas boas regras de redação.

Enfim, eu comecei a escrever, errado, como todos fazemos, e nunca mais parei, daí minha tendência em incorrer em determinados erros repetitivos que são como deformações lamarckianas, adquiridas e repassadas ao longo de toda uma vida. Desculpo-me com meus leitores por isto. Pretendo mais ter o que dizer, do que preocupar-me com a forma de fazê-lo, o que também é um erro.
Sim, uma vez que introjetamos um erro, fica difícil desvencilhar-se dele nas fases seguintes, sobretudo quando não se dispõe de alguma alma piedosa para nos alertar e corrigir esses erros. Eles ficam grudados no subconsciente e daí à eternização é um pequeno passo muito facilmente transposto.

Depois tem a questão do estilo, minha horrível prolixidade, frases muito longas, apostos intermináveis, contrademonstrações no meio do parágrafo, enfim, uma maçaroca de ideias, conceitos e informações que sobrecarregam as minhas frases, tornando-as pesadas, difíceis de compreender, quase ilisíveis para alguém que pretende incorporar rapidamente alguma nova ideia ou informação. Desculpo-me por isso também e sempre achei que esses meus maus hábitos tivessem algo a ver com a chamada "Escola Paulista de Sociologia", quando ela talvez tenha apenas a ver com as peculiaridades do estilo florestânico, ou seja, da maneira de escrever de Florestan Fernandes, um dos meus mestres no aprendizado das Ciências Sociais.

Bem, fica aqui a adevertência sempre bem vinda do José Marcos, e um alerta ao leitor: policie-se, em seu próprio estilo e maneira de redação, para não incorrer nos mesmos erros que eu.
Pior, aliás, do que simples erros gramaticais, são a soberba e a arrogância na defesa de seus próprios argumentos. Devemos sempre estar abertos à revisão e à ponderação dos demais.
Muito grato José Marcos, por trazer-me de volta à Terra.

Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 11.04.2010)