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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Dilmes, tal como veio ao mundo, e tal como vai acabar com o Portugueis do Brasiu...

Eu já tinha ouvido falar de uma tese de doutorado, ou do mestrado (OK, vale um TCC) sobre a quase lógica do inventor do poste, ou seja, o raciocínio (se existe) arrevesado, contraditório, quase sempre mentiroso, do autor de todas as bobagens que agora estão acabando com o Brasil.
Pois bem, agora graças ao jornalista Celso Arnaldo, que eu sempre acompanhei pelo blog do jornalista Augusto Nunes, temos agora, para o maior ridículo da pátria amada, a língua que vai arrastar a última flor do Lácio para o lixo, se é que já não arrastou, junto com a maior recessão da história econômica do Brasil.
Dilmês, a língua que está estuprando a língua oficial, em fase de consolidação para a eternidade sob a forma de um compêndio dos melhores momentos.
Uma única dúvida: será que a autora não vai exigir direitos de autor? Afinal de contas o copyright das expressões é dela, e talvez queira lucrar um pouco em cima.
Outra dúvida: a estupradora do idioma não vai querer processar o jornalista por difamação? Mas aí ela teria que processar a si própria.
Como ficamos então?
Dúvidas atrozes...
Paulo Roberto de Almeida


Idioma da mulher sapiens
Jornalista lança livro para ajudar a compreender o 'Dilmês'
Sátira reúne o que Dilma falou em entrevistas e discursos
Diário do Poder, 04 de dezembro de 2015 às 16:27 - Atualizado às 16:47

A falta de nexo nos discursos virou obra-prima para memes na internet

O jornalista Arnaldo Araújo, que já conquistou dois Prêmios Esso pela extinta Revista Manchete, lança neste sábado (9) na Livraria Cultura, em São Paulo o livro: Dilmês: O idioma da Mulher Sapiens da Editora Record.
A obra destrincha e interpreta, com altas doses de humor, as falas da presidente Dilma Rousseff, uma forcinha do autor para os brasileiros que tentam entender a lógica das oratórias presidências.
Arnaldo Araújo acompanha os discursos da presidente desde a época que ela comandou o Ministério de Minas e Energia e posteriormente a Casa Civil, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o autor naquele período já era notório que havia algo de errado na forma da mineira  se expressar.
A falta sem nexo nos discursos virou obra-prima para memes na internet, quem não se lembra da ‘saudação à mandioca’, ‘mulher sapiens’, ‘meta zero a ser dobrada’ ou o caso do ‘cachorro que vem atrás da criança’.
A sátira reúne o que Dilma falou publicamente, seja em entrevistas ou em discursos, “com sentenças que, levadas ao pé da letra sem rigorosa revisão, seriam barradas da ata de reunião de condomínio de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida. Dilma foi impondo o dilmês ao mundo civilizado”, declara o autor.
Serviço:
Data: 09/12/2015
Local: Livraria Cultura-Conjunto Nacional -Av. Paulista, 2.073-São Paulo
Horário: A partir das 19h

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Inculta e feia: a lingua sofre sob os companheiros, e recua, como alias a economia, a politica, a moral...

O assunto é antigo mas sempre cabe refrescar a lembrança sobre o festival de besteiras que assola o país, o Febeapá III, ou IV, talvez até V (se computarmos todos os "causos" de linguagem).
O que dizer de tudo isso?
Estupidez, subserviência, patetice, enfim, várias outras coisas.
Por vezes a gente sente vergonha do país.
Em outras vezes a gente cansa...
Paulo Roberto de Almeida

Diplomas terão de flexionar gênero segundo sexo do diplomado

Projeto de lei consumiu cinco anos no Senado e foi sancionado por Dilma Rousseff

por

RIO - No governo da primeira mulher presidente, chamada de “presidenta” nos textos do Planalto, mulheres que se formarem em Engenharia ou Biologia, por exemplo, podem agora exigir: o diploma tem de vir não só com a palavra “engenheira” ou “bióloga”, mas também com “bacharela”. Projeto de lei que consumiu cinco anos de tramitação no Senado, mais outros dois na Câmara, e que acaba de ser sancionado por Dilma Rousseff, determina que instituições de ensino públicas e privadas passem a emitir diplomas e certificados com “flexão de gênero correspondente ao sexo” do diplomado, “ao designar a profissão e o grau”. Para acadêmicos e linguistas, porém, a mudança é inócua, além de confundir o título - de bacharel, mestre ou doutor, por exemplo - com o tratamento à pessoa.

De número 12.605, a lei, de 3 de abril, veio de um projeto de lei de 2005 da então senadora petista Serys Slhessarenko. O texto também determina que quem já se formou pode requerer outro diploma “com a devida correção”.

- É uma perda de tempo e esforço - diz a escritora Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). - Não estou falando como presidente da ABL, mas como autora. O país tem outras prioridades. Se o objetivo era igualdade de gênero, que se construam creches, para que as mulheres possam trabalhar e ter independência econômica. Que sejam então proibidos nomes como Juraci e Alcione, que a gente nunca sabe se é homem ou mulher.

Além de ter efeito discutível, a mudança é um erro, avalia o acadêmico Evanildo Bechara, do setor de Lexicografia e Lexicologia da ABL:

- A lei confunde título com tratamento. Os certificados e diplomas concedem o título de doutor. Na hora em que você vai tratar o diplomado, é que muda o tratamento para doutor ou doutora conforme o sexo. Dizer que um diploma concede título de mestra é erro de redação. A culpa nem é da presidente, a ideia veio do Congresso; mas faltou orientação a ela. Além disso, nos regimes democráticos os governos não interferem na língua. Quem fez isso foi Mussolini.

- Gênero não tem a ver com sexo - afirma o professor de Língua Portuguesa Sérgio Nogueira. - Não é machismo; a forma masculina, na norma da língua, é neutra. “Todos os presentes no local” não se refere só a homens. Machismo não está na palavra, está na mente da pessoa.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ensino de Portugues para brasileiros nos EUA - Movimento Educacionista


Canal internacional da Globo anuncia curadora do programa “Aprendendo Português” nos Estados Unidos

Nesta sexta-feira, dia 03, o canal internacional da Globo anunciou a curadora do programa “Aprendendo Português” nos Estados Unidos, Arlete Falkowski.  A nomeação foi feita por Alejandra Moreno, gerente de marketing do canal, durante a oitava edição do Focus Brasil-EUA, fórum cultural brasileiro que todos os anos acontece em Fort Lauderdale, na Flórida.

Criado em 2012, o programa “Aprendendo Português” é uma iniciativa da Globo que tem como propósito apoiar instituições de ensino da língua portuguesa que buscam preservar e promover ações de educação e integração cultural da comunidade brasileira que vive fora do país.

Vice-Presidente da Fundação do Movimento Educacionista dos EUA, Arlete é mestre em Educação e Desenvolvimento Humano, professora de Português como língua estrangeira e autora do livro “Turminha Animada de Lucy e Tuca - Princípios de Alfabetização”. Sua participação no “Aprendendo Português” foi celebrada pela Globo.  “Estamos muito felizes com esta parceria.  A experiência de Arlete, seu conhecimento sobre a língua portuguesa de herança e a sua proximidade com organizações educacionais que atuam nos Estados Unidos, serão de extrema importância para a continuidade do programa, o seu processo seletivo e o acompanhamento das atividades de instituições que forem apoiadas”, comentou Alejandra.

As primeiras instituições que receberam apoio da emissora no último ano foram a ABRACE - Associação Brasileira de Cultura e Educação, que atua no estado da Virginia, e a Contadores de Estórias/ IBEC, sediada na Califórnia. Além dos Estados Unidos, o “Aprendendo Português” está presente no Japão, sob a curadoria de Arthur Muranaga, da IPCTV, e Inglaterra, com curadoria de Carlos Mellinger, diretor da Casa do Brasil em Londres.

O Focus Brasil-EUA é um evento dedicado à discussões sobre os mais variados temas e aspectos da presença internacional do Brasil e da comunidade brasileira no exterior.

Foto: Alejandra Moreno, gerente de marketing da Globo, Arlete Falkowski, curadora e Emília.
Crédito: TV Globo/ Reid Harrison

Para mais informações, entre em contato com Fernanda Vio: fernanda.vio@tvglobo.com.br

 São Paulo, 03 de maio de 2013
Mais informações Globo.com/canalinternacional

domingo, 14 de abril de 2013

Confesso que continuo nao entendendo...

Será, será, será possível que um dia eu venha a entender certas frases, cujas circunvoluções, circunlóquios, interlúdios e outras cobrinhas mais continuam dando voltas em minha cabeça, tentando entender o significado dessas poucas palavras, em apenas três linhas, e não conseguido entender?
Será que um dia eu conseguirei?
Não tenho certeza. Mas vou continuar tentando...
Paulo Roberto de Almeida

“Tem muita gente que fica dizendo por aí que nós temos de reduzir, reduzir o emprego, porque isso é perigoso: ´ah, tem de desempregar´. Tem muita gente falando isso. Muita também não é, é pouca, mas faz barulho.”

Tem mais esta também:

É muito importante num país como o Brasil que nós ataquemos com educação todas as faixas etárias”. 

Será que conseguiremos sobreviver?

sábado, 10 de abril de 2010

2066) Todos cometemos erros, inclusive este que aqui escreve...

Um pouco de modéstia e autocrítica não fazem mal a ninguém (inclusive a mim mesmo)

Como lembrou-me o visitante, ou leitor habitual deste blog, José Marcos, no comentário ao post anterior a este, todos nós cometemos errus (ele escreveu deliberadamente assim, como falamos), posto que (e ele também me corrigiu o emprego desta expressão, que eu venho utilizando de forma inadequada como uma relação causativa) a língua portuguesa, por suas nuances gramaticais e peculiaridades estilísticas, é por demais complexa, eivada de regras e condicionalidades acumuladas ao longo do tempo, ou impostas por "çábios" da Academia (como já escreveu alguém, talvez o Millor Fernandes, no que foi copiado por muitos, inclusive um jornalista famoso, que pretende dar lições de mora a gregos e goianos).

Concordo com o José Marcos, e também devo penitenciar-me pelos muitos erros que cometo em meus textos, motivados seja pela pressa em escrever -- e nesse caso se trata de simples erros de digitação, de ortografia mais comumemente --, seja por deficiências de estilo (não sou partidário da tese segundo a qual "o estilo faz o homem"), seja ainda por impropriedades substantivas que fui adquirindo ao longo da vida, de minha notória insuficiência no estudo da língua e pela persistência nessas deformações gramaticais e estilísticas (aquela coisa de hábitos arraigados).

Sou grato ao José Marcos por trazer-me de volta à Terra, demonstrando ele, cabalmente, como somos todos falhos em nossa redação escrita e em nossa expressão oral, o que deveria levar-nos a ter mais modéstia pessoal e exercer um pouco contenção na exposição e condenação dos erros alheios.
Sim, é verdade, sempre se poderá apontar nossos próprios erros de redação, para nos trazer de volta à realidade e parar com essa mania censória e passavelmente autoritária de pretender corrigir erros alheios, mesmo daqueles que manifestamente estavam apenas interessados em se fazer ouvir num espaço aberto como este.
Estou consciente disso, penitencio-me pelo meu "faux pas" e agradeço uma vez mais ao José Marcos por ter-me lembrado desta realidade tão simples.

Falando agora em meus próprios erros de redação -- e eles são tantos que seria fácil a um leitor mais crítico apontar-me uma penca deles -- devo dizer o seguinte. De fato, eu tenho inúmeras falhas em meus textos, algumas graves, outras menos graves. As mais graves são certamente as impropriedades redacionais, ou linguísticas, algo equiparado a crimes se estivéssemos aplicando o Código Penal, ou seja, contravenções manifestas contra a língua portuguesa. Sim, sou criminoso, contumaz e reincidente, podendo apenas alegar em minha defesa que jamais estudei gramática, nunca me dediquei a decorar as regras da boa escrita e da redação correta, simplesmente porque não tenho paciência, tempo, disposição para ler manuais (nunca os leio, mesmo dos aparelhos eletrônicos mais complexos, sempre pedindo ajuda a alguma criança para fazê-lo por mim).
Eu simplesmente aprendi a ler, e comecei a ler desbragadamente, sem jamais parar, ou melhor, apenas parando para escrever, que também é um ato de ler...
Sem ter tido disposição ou o cuidado de me remeter à Senhora Gramática, eu só posso cometer atentados contra ela em todas as vezes em que escrevo.
Deve ter sido a "má influência" de Monteiro Lobato e sua "Emília no País da Gramática", onde o grande escritor paulista desafia aquela velha ranzinza e lhe aplica uma cura forçada de inovações nem sempre permitidas pelas boas regras de redação.

Enfim, eu comecei a escrever, errado, como todos fazemos, e nunca mais parei, daí minha tendência em incorrer em determinados erros repetitivos que são como deformações lamarckianas, adquiridas e repassadas ao longo de toda uma vida. Desculpo-me com meus leitores por isto. Pretendo mais ter o que dizer, do que preocupar-me com a forma de fazê-lo, o que também é um erro.
Sim, uma vez que introjetamos um erro, fica difícil desvencilhar-se dele nas fases seguintes, sobretudo quando não se dispõe de alguma alma piedosa para nos alertar e corrigir esses erros. Eles ficam grudados no subconsciente e daí à eternização é um pequeno passo muito facilmente transposto.

Depois tem a questão do estilo, minha horrível prolixidade, frases muito longas, apostos intermináveis, contrademonstrações no meio do parágrafo, enfim, uma maçaroca de ideias, conceitos e informações que sobrecarregam as minhas frases, tornando-as pesadas, difíceis de compreender, quase ilisíveis para alguém que pretende incorporar rapidamente alguma nova ideia ou informação. Desculpo-me por isso também e sempre achei que esses meus maus hábitos tivessem algo a ver com a chamada "Escola Paulista de Sociologia", quando ela talvez tenha apenas a ver com as peculiaridades do estilo florestânico, ou seja, da maneira de escrever de Florestan Fernandes, um dos meus mestres no aprendizado das Ciências Sociais.

Bem, fica aqui a adevertência sempre bem vinda do José Marcos, e um alerta ao leitor: policie-se, em seu próprio estilo e maneira de redação, para não incorrer nos mesmos erros que eu.
Pior, aliás, do que simples erros gramaticais, são a soberba e a arrogância na defesa de seus próprios argumentos. Devemos sempre estar abertos à revisão e à ponderação dos demais.
Muito grato José Marcos, por trazer-me de volta à Terra.

Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 11.04.2010)