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domingo, 10 de março de 2024

Mensagem de Volodymyr Zelensky, depois dos últimos bombardeios russos contra a Ucrânia

10/03/2024 

Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський
Russian murderers and torture chambers are unable to march further into Europe because they are being held back by Ukrainians holding arms under the blue and yellow flag. There used to be many white walls of houses and churches in Ukraine, but they have now been burned and damaged by Russian shells. This speaks volumes about who needs to stop for the war to end. Everyone who defends life and people is carrying out the most honourable mission possible in the face of such an inhumane invasion. And we must fully protect life in our home. I am grateful to everyone who supports our defense and defenders. When Russian evil launched this war on February 24th, 2022, all Ukrainians rose up to defend their country. Christians, Muslims, Jews — everyone. And I am grateful to each chaplain who is with the army, in our defense forces, on the frontlines, protecting life and humanity. Those who support others through prayer, conversation, and actions. This is what the Church is: one with the people. Not two and a half thousand kilometers away—somewhere, looking for a virtual meditation between those who want to live and those who want to destroy you. I am grateful to everyone in and with Ukraine who is making every effort to protect life. I thank everyone who helps, who is truly close in deeds and prayers.

sábado, 9 de março de 2024

Dia Internacional da Mulher - a mensagem de Dante Lima

 Atrasado (pois foi ontem), mas só tomei conhecimento hoje: 

Dante Lima, diplomata

HOJE É O DIA DELAS. AMANHÃ TAMBÉM. OU SEJA, SEMPRE. Hoje, diz o calendário, se comemora o Dia Internacional da Mulher. Em tempos complicados em que vivemos, é preciso nunca esquecer delas e de render-lhes as devidas homenagens. E, como diplomata que fui, ora inativo, queria reiterar hoje uma mensagem às nossas colegas de ofício. As mulheres diplomatas. Elas que muitas vezes dividem suas funções profissionais com o papel de mães e esposas. E, decerto, às nossas mulheres, companheiras também, que elas dividem conosco a missão de servir ao Brasil, como parceiras leais nessa empreitada de vida diplomática, onde nem sempre e nem tudo são flores. Costuma-se dizer, com muita sabedoria, que por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. A expressão não faz o devido jus ao papel da mulher do diplomata. A frase deveria dizer que ao lado (e não por trás) de um grande diplomata há sempre uma grande mulher de diplomata. É certo que há quem invoca o chamado roteiro “Elizabeth Arden” para, com certa maledicência, referir-se a destinos e endereços glamourosos dos diplomatas a serviço no exterior, como Paris, Londres ou Nova York. Muitos desses detratores, decerto involuntários e ignorantes das facetas da nossa profissão, esquecem ou desconhecem que existe um outro roteiro denominado “Indiana Jones”, os chamados postos de sacrifício, que incluem paragens inóspitas e insalubres, onde a nobreza e o sentido de missão de nossa Carreira nos obrigam a servir. Eu mesmo fui servir em posto do gênero com um filho de dois anos e meio. Lá como alhures, nossas mulheres e companheiras, essas guerreiras formosas sempre souberam como poucas semear e construir um jardim de preciosas espécies de cores e aromas e as regassem todo dia com dedicação e cumplicidade em situações não raro árduas e espinhosas. Pois que flores tem seus espinhos. Conciliando, ademais, esses cuidados com outros não menos árduos, com aqueles de esposas, parceiros, companheiros pais e mães extremadas, soberanas dos nossos lares. Não existem para o diplomata postos difíceis ou de sacrifício se ele tem um ma família e estruturada e uma companheira e cúmplice de sua missão. Por isso, hoje, ao celebrarmos o Dia Internacional da Mulher exaltamos o papel da mulher do Diplomata, que nos acompanha mundo afora como bastiões inexpugnáveis de nossas carreiras, fiadoras de nossos êxitos profissionais e conforto e alívio de nossos fracassos eventuais. Digo e repito que é desnecessário destacar que tudo que se diz sobre o diplomata e a mulher diplomata se aplica naturalmente e com toda justiça à mulher diplomata, essas profissionais que cada vez mais, para o bem do Itamaraty e felicidade geral do Brasil, ocupam posições de relevo na nossa profissão. A elas nossa merecida homenagem.

domingo, 14 de agosto de 2022

Uma mensagem de Dia dos Pais, 2022 - Paulo Roberto de Almeida

 Uma mensagem no Dia dos Pais de 2022:


Neste Dia dos Pais, um ano decisivo para o Brasil, uma saudação de empatia a todos os pais, avôs e bisavôs, e também aos que o serão em breve, e aos que aspiram ser.  


Avesso a partidos, futebol ou religião, fui membro de duas coalizões  mais ou menos estáveis, ou corporações significativas, em minha vida, antes e depois de ser pai: a do Ginásio Estadual Vocacional Oswaldo Aranha, em SP, entre 1962 e 1965, e a do Itamaraty, por concurso direto, de 1977 a 2021.

Ambas representaram tournants decisivos em minha vida intelectual, familiar e pessoal, e disso deixei e deixarei registro. 

O que esperar, em qualquer condição, em 2023, para o Brasil e para cada um de nós?

Obviamente o melhor, mas registro minha postura de ceticismo sadio ao que vem pela frente, um tipo de atitude que justamente aprendi nos tempos do Ginásio Vocacional e que apliquei durante toda a carreira diplomática, com gratificações e algumas tribulações.


Sim, espero um 2023 melhor para o Brasil e para cada um de nós, mas registro meu ceticismo sadio com respeito aos dois aspectos que considero os mais relevantes para o Brasil e para mim: o estado educacional da nação, que continua medíocre (se não piorou), e sua política externa e a diplomacia, cuja condição futura e orientação me inspiram cuidados e preocupação.

O Brasil ainda não alcançou os níveis de prosperidade, de bem-estar individual e de pleno funcionamento do Estado de Direito, e de respeito ao Direito Internacional, que todos nós gostaríamos de registrar, para nós e para toda a nação.

Continuarei engajado, neste bicentenário de nossa condição nacional como Estado independente, em tornar o Brasil uma nação mais digna e orgulhosa de si própria, como esperaram que fizéssemos nossos pais, avós, bisavós, todos os nossos antecessores.

Paulo Roberto de Almeida

PS: Eu mudaria a última frase da ilustração: “Sua mãe foi decisiva nesse processo”!