Uma mensagem no Dia dos Pais de 2022:
Neste Dia dos Pais, um ano decisivo para o Brasil, uma saudação de empatia a todos os pais, avôs e bisavôs, e também aos que o serão em breve, e aos que aspiram ser.
Avesso a partidos, futebol ou religião, fui membro de duas coalizões mais ou menos estáveis, ou corporações significativas, em minha vida, antes e depois de ser pai: a do Ginásio Estadual Vocacional Oswaldo Aranha, em SP, entre 1962 e 1965, e a do Itamaraty, por concurso direto, de 1977 a 2021.
Ambas representaram tournants decisivos em minha vida intelectual, familiar e pessoal, e disso deixei e deixarei registro.
O que esperar, em qualquer condição, em 2023, para o Brasil e para cada um de nós?
Obviamente o melhor, mas registro minha postura de ceticismo sadio ao que vem pela frente, um tipo de atitude que justamente aprendi nos tempos do Ginásio Vocacional e que apliquei durante toda a carreira diplomática, com gratificações e algumas tribulações.
Sim, espero um 2023 melhor para o Brasil e para cada um de nós, mas registro meu ceticismo sadio com respeito aos dois aspectos que considero os mais relevantes para o Brasil e para mim: o estado educacional da nação, que continua medíocre (se não piorou), e sua política externa e a diplomacia, cuja condição futura e orientação me inspiram cuidados e preocupação.
O Brasil ainda não alcançou os níveis de prosperidade, de bem-estar individual e de pleno funcionamento do Estado de Direito, e de respeito ao Direito Internacional, que todos nós gostaríamos de registrar, para nós e para toda a nação.
Continuarei engajado, neste bicentenário de nossa condição nacional como Estado independente, em tornar o Brasil uma nação mais digna e orgulhosa de si própria, como esperaram que fizéssemos nossos pais, avós, bisavós, todos os nossos antecessores.
Paulo Roberto de Almeida
PS: Eu mudaria a última frase da ilustração: “Sua mãe foi decisiva nesse processo”!
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