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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Rumo a um mundo sinocentrico? - Palestra de Oliver Stuenkel (NAO PERCAM)

A palestra anunciada abaixo vai ser transmitida ONLINE pelo canal YouTube da Funag. Anunciaremos o link oportunamente.
Por enquanto, sintam-se convidados para um debate importante sobre se o mundo será ou não chinês, e se ele já é "pós-ocidental".
Veja aqui: http://www.funag.gov.br/index.php/pt-br/component/content/article?id=1331
Paulo Roberto de Almeida

O presidente da Funag, embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, e o Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), Paulo Roberto de Almeida, convidam para a palestra-debate com o professor de Relações Internacionais da FGV-SP Oliver Stuenkel, no auditório Paulo Nogueira Batista, no próximo dia 13/12, às 16:00hs
Stuenkel, colaborador regular de diversas publicações na área de relações internacionais e autor de vários livros – entre eles The Brics and the Future of Global Order (2015) e do recentemente publicado Post-Western World (2016) – falará sobre “Rumo ao mundo sinocêntrico? - As transformações globais e suas implicações para o Brasil”.


Nota curricular: 
Oliver Stuenkel é Professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, onde coordena a Escola de Ciências Sociais e o MBA em Relações Internacionais. Tem graduação pela Universidade de Valência, na Espanha, Mestrado em Políticas Públicas pela Kennedy School of Government de Harvard University, e Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha. É autor de três livros, entre eles Post-Western World: How Emerging Power Are Remaking Global Order (2016, Polity) e colunista da revista Americas Quarterly.  

A more complete CV: 

Oliver Della Costa Stuenkel is an Assistant Professor of International Relations at the Getulio Vargas Foundation (FGV) in São Paulo, where he coordinates the São Paulo branch of the School of History and Social Science and the executive program in International Relations. He is also a non-resident Fellow at the Global Public Policy Institute (GPPi) in Berlin and a member of the Carnegie Rising Democracies Network. His research focuses on rising powers; specifically on Brazil’s, India’s and China's foreign policy and on their impact on global governance. He is the author of IBSA: The rise of the Global South? (Routledge Global Institutions, 2014), BRICS and the Future of Global Order (Lexington, 2015) and Post-Western World (Polity, 2016) (Amazon Author Page).
Seu artigo mais recente:

http://www.postwesternworld.com/2016/12/05/benefits-americas-quarterly/

   

XI

How Trump Benefits China in Latin America (Americas Quarterly)

BY OLIVER STUENKEL | DECEMBER 5, 2016 Growing Chinese engagement in the region will test Latin America's ability to adapt.
http://americasquarterly.org/content/how-trump-benefits-china-latin-america
The timing was perfect, and the symbolism could not have been stronger. A mere week after Donald Trump’s upset victory stunned the world, Xi Jinping traveled to Lima for the Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) summit and projected China as a bastion of stability, predictability and openness. With the U.S. increasingly skeptical of globalization, Xi promised that China would stand up for free trade. Faced with an emerging global leadership vacuum, Beijing was quick to recognize a window of opportunity. Compared with the abrasive U.S. president-elect, the Chinese president, with his avuncular charm, seemed to have a soothing effect on …

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Debate no IDP, 4: resposta a pergunta formulada (18/05/2016) - Paulo Roberto de Almeida

Dou continuidade, e termino aqui, minhas respostas a perguntas formuladas por ocasião do debate efetuado no IDP na noite de ontem, sobre o tema das manifestações de rua.


Instituto Brasileiro de Direito Público
Escola de Direito de Brasília

Perguntas: Palestra Manifestações políticas a partir de 2013 e a crise brasileira recente

[Respostas de Paulo Roberto de Almeida a perguntas feitas por ocasião do evento título, no qual efetuei pequena palestra, já divulgada em meu blog Diplomatizzando, disponível no link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/movimentos-politicos-e-crise-politica.html].



5) Paulo, como você visualiza as manifestações dos líderes dos países latinos que não reconhecem o interino. Estas negativas podem ser entendidas como uma forma dos integrantes do Mercosul estarem se protegendo contra uma provável ameaça da entrada das empresas internacionais que poderiam colocar em cheque as economias locais?

PRA: Em primeiro lugar, cabe considerar que não foram “líderes de países latinos” que deixaram de reconhecer, ou formularam críticas, ao governo interino do vice-presidente Michel Temer. Foram apenas alguns países, todos eles pertencentes ao que pode ser chamado de “arco do Foro de São Paulo” – uma organização que reúne os chamados partidos progressistas da América Latina, mas que é de fato controlada pelos comunistas cubanos – e que atuaram, diga-se a verdade, a pedido e sob instruções do partido hegemônico do governo anterior, o do PT, derrocado pelo atual processo de impeachment ainda em curso no Senado Federal.
Foi o PT quem orquestrou essa onda de “manifestações” feitas por apenas alguns governos – os da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, assim como da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Comércio dos Povos (ALBA/TCP), -- bem pelo secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, posteriormente pelo governo de El Salvador, e que mereceu notas de resposta do governo brasileiro através de sua chancelaria, o Itamaraty (ver as notas no site do Itamaraty). São, portanto, manifestações muito restritas que não representam a totalidade, sequer a maioria, dos “líderes latinos”.
Essas “manifestações” não têm, por outro lado, nada a ver com o Mercosul, ou com uma suposta “defesa” contra ameaças de empresas estrangeiras aos mercados locais. Os países do Mercosul – com a exceção da Venezuela chavista, bolivariana, em estado pré-falimentar – são todos capitalistas, ainda que bastante estatizantes, e todos eles com grande abertura econômica para investimentos estrangeiros. Dezenas, centenas de investidores externos já se encontram operando nos mercados internos, no mercado regional e nos fluxos de comércio internacional dentro e a partir desses países, e eles são, em grande medida, preeminentes no comércio exterior do Mercosul, uma vez que já possuem um perfil marcadamente voltado para as trocas internacionais de bens e serviços. Não vejo, portanto, nenhuma ameaça vindo por esse lado, e se existisse, o que é totalmente ilusório, fantasioso, ou fantasmagórico, não teria nada a ver com essas manifestações de alguns poucos líderes políticos orquestrados e incitados, de forma totalmente antipatriótica cabe registrar, pelo próprio PT, contra o governo legítimo do vice-presidente Michel Temer.

  FIM

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 19/05/2016

Debate no IDP (18/05/2016: Resposta a pergunta formulada, 3 - Paulo Roberto de Almeida

Dou continuidade a minhas respostas a perguntas formuladas no debate de ontem à noite na palestra-debate no IDP, já objeto de duas postagens anteriores.


Instituto Brasileiro de Direito Público
Escola de Direito de Brasília

Perguntas: Palestra Manifestações políticas a partir de 2013 e a crise brasileira recente

[Respostas de Paulo Roberto de Almeida a perguntas feitas por ocasião do evento título, no qual efetuei pequena palestra, já divulgada em meu blog Diplomatizzando, disponível no link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/movimentos-politicos-e-crise-politica.html].


4) Até que ponto podemos considerar que movimentos como MST, MTST, MAB [?] se tornaram grupos violentos e armados similares aos grupos armados pelo governo da Venezuela e podem representar um perigo real? O fluxo de recursos públicos cessou com a suspensão do governo do PT?

PRA: O século XX, que começou sob o signo da chamada belle époque, ou segunda onda de globalização (terço final do século XIX e início do XX, até 1913), foi um dos mais violentos jamais vistos em qualquer época. Recomendo a este propósito a leitura do livro do historiador britânico (escocês) Niall Ferguson, The War of the World (não sei se já traduzido para o português), que retrata muito bem toda a extensão da tragédia que foram os dois grandes conflitos globais, primeira e segunda guerras mundiais, e as diversas outras guerras devastadoras de caráter mais localizado (invasão da Mandchúria, em 1931, e depois da China, em 1937, pelos militaristas japoneses, a invasão da Etiópia pelos italianos, nos anos 1930, a guerra civil espanhola entre 1936 e 1939, e outros conflitos menores, inclusive na própria América Latina, como a guerra do Chaco, entre Paraguai e Bolívia).
Mas, o que o século XX também produziu foram ideologias coletivistas, de caráter profundamente antiliberal, ou autoritário, e mesmo totalitário, representados pelo bolchevismo (ou socialismo soviético) e pelo fascismo, primeiro italiano, sob Mussolini (de 1922 a 1943), depois alemão, ou nazista, sob Hitler (1933-1945), ou ainda pelo militarismo japonês da mesma época, e em certa medida também por outros experimentos de nacionalismo autoritário (Estado Novo em Portugal, e depois no Brasil, em 1937, respondendo a supostas ameaças de dominação comunista ou de inspiração direitista, integralista).
Esses movimentos se alimentaram de milícias armadas, de movimentos políticos extremamente violentos, baseados na organização de grupos de autodefesa, ou de ataque aos inimigos políticos, de classe (como no socialismo soviético) ou de raça (como no nazismo hitlerista). Eu vejo esses movimentos referidos no Brasil (MST, MTST) como potenciais grupos armados em forma de milícia, que são herdeiros da mesma tradição putchista, golpista, contestadores violentos da ordem legal-democrática, que já vimos em todos esses experimentos de “engenharia social” que redundaram nos mais dramáticos episódios de violência a que assistimos no decorrer do século XX. Não tenho nenhuma dúvida, por exemplo, de que o MST não é uma organização voltada para a reforma agrária, que é a sua suposta legitimidade política, e sim um movimento de tipo bolchevique, ou neobolchevique, voltado para a tomada de poder, segundo um modelo eventualmente leninista, mas talvez maoísta (guerra camponesa), o que, nas condições do Brasil atual (ou mesmo de algumas décadas atrás, quando o MST foi constituído) é totalmente contrário a valores e princípios da ordem democrática que tentamos criar e consolidar no país. O MTST pode ser uma tentativa de reprodução do mesmo modelo do MST em condições urbanas, e de fato eles reproduzem as mesmas táticas: ocupações ilegais, obstrução de vias de comunicação, invasão de prédios públicos e propriedades privadas, destruição do patrimônio público ou privado, total desrespeito à lei e à ordem e todo tido de contravenções antidemocráticas que é possível esperar de agrupamentos desse tipo.
Mas o Brasil não alcançou, e nem deverá alcançar – uma vez que as FFAA não deverão permitir – o estágio já alcançado pela Venezuela, onde é o próprio governo autoritário – aliás teleguiado pelos comunistas cubanos – que arma milícias armadas, os chamados “coletivos”, que são grupos violentos, subsidiados, mantidos, armados pelo próprio governo para intimidar, ou até matar, adversários políticos e até civis inocentes. Isso é uma reprodução exata do que fizeram os fascistas italianos e os nazistas alemães desde os anos 1920, fenômenos reproduzidos em outras escalas em outros países, como entre os falangistas espanhóis, ou milícias populares em outros países (sempre com intenções golpistas, putchistas, ou revolucionárias).
Não temos uma informação clara sobre o fluxo de verbas que o governo do PT destinava, sempre destinou, a esses movimentos ditos sociais, mas que são correias de transmissão desse partido que eu classifico como neobolchevique (pelo menos para uma parte de seus dirigentes, os “guerrilheiros reciclados”), e que ainda pode continuar sob formas diversas (cestas básicas para supostos “agricultores familiares”, por exemplo, na verdade, “laranjas” do MST ou de movimentos similares). Se presume que o novo governo, sob a presidência temporária do vice-presidente Michel Temer, interrompa esses fluxos absolutamente escandalosos, e em grande medida ilegais, recebidos por essas organizações de fachada, correias de transmissão de um partido com vocação profundamente autoritária, ao estilo leninista. Eles ainda podem receber recursos do exterior, de forma legal (ONGs de países desenvolvidos, por exemplo, que pensam estar apoiando projetos legítimos de “reforma agrária”), ou até mesmo ilegal (já se falou, por exemplo, de dinheiro cubano, chavista-venezuelano, ou mesmo das FARC, a narco-guerrilha colombiana). Em todo caso, a democracia brasileira tem o direito de se defender contra grupos armados ou violentos que atentam contra a paz social, os direitos legítimos de proprietários de imóveis, ou até contra o próprio Estado.


Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 19/05/2016

(a continuar...)

Debate no IDP (18/05/2016): Respostas a perguntas formuladas, 2 - Paulo Roberto de Almeida

Dou continuidade à tentativa de responder adequadamente às perguntas formudas por ocasião do debate ocorrido ontem, 18/05/2016, no IDP, como abaixo indicado.


Instituto Brasileiro de Direito Público
Escola de Direito de Brasília

Perguntas: Palestra Manifestações políticas a partir de 2013 e a crise brasileira recente

[Respostas de Paulo Roberto de Almeida a perguntas feitas por ocasião do evento título, no qual efetuei pequena palestra, já divulgada em meu blog Diplomatizzando, disponível no link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/movimentos-politicos-e-crise-politica.html].



3) É possível, de fato, a existência em um Brasil pluralista, tal qual se configura, uma dinâmica de Direita, que não observa de fato a necessidade de todos os brasileiros? É necessária a polarização, ou é necessária a observância de que todos, de fato, são em algum grau minoria? Como se pode, se possível, derramar menos sangue?

PRA: Em primeiro lugar, permito-me observar que não vejo, no atual momento político brasileiro, ameaças de “derramamento de sangue”. A Venezuela, sim, corre esse risco, mas no Brasil, a despeito da polarização atual – provocada, inteiramente, diga-se de passagem, pelos opositores ao processo legal e constitucional de impeachment – não parece haver o perigo de enfrentamentos armados ou manifestações muito violentas.
Em segundo lugar, creio que o Brasil já constitui uma democracia pluralista, ainda que uma democracia de baixa qualidade (pelos enormes problemas de governança, de segurança pública, de deformações nos sistemas eleitoral, pela corrupção disseminada em amplas esferas do setor público, etc.). Não vejo, por outro lado, nenhuma dinâmica de “direita”, ainda que possam existir personagens e atores políticos que se identificam dessa forma, mas são raros, raríssimos, praticamente inexistentes.
O cenário político nacional é amplamente dominando por partidos que pertencem, ou dizem pertencer, a correntes progressistas, reformistas, socialdemocratas, quando não claramente de esquerda, alguns abertamente socialistas, outros absurdamente “comunistas”, como o anacrônico PCdoB e outra seitas de extrema-esquerda. Mesmo o chamado partido de direita, antigamente PFL (Partido da Frente Liberal), modernamente DEM (ou Democratas) se pretende um partido “social liberal”, ou seja, de inspiração liberal, mas consciente de que essa corrente precisa de alguma forma se justificar “socialmente” em face do eleitorado, o que redunda, para praticamente TODOS os partidos um apelo a soluções estatais para a resolução dos imensos problemas sociais brasileiros. O único, até aqui, partido que proclama abertamente as virtudes do liberalismo econômico clássico, e que pretende soluções de mercado para a maior parte desses problemas é o partido NOVO, ainda que o PSL também pretenda aderir ao credo liberal.
Não vejo, portanto, nenhuma “dinâmica de Direita”, e não vejo polarização sendo criada artificialmente pela maior parte dos partidos políticos. De fato, há essa divisão, mas ela é feita, sempre foi feita, continua sendo feita, pelo partido que foi, durante muito tempo, socialmente e eleitoralmente hegemônico no país, o Partido dos Trabalhadores, PT, que sempre apoiou sua publicidade nessa divisão artificial, mentirosa e fraudulenta, entre o “povo” e as “elites”, entre “nós” (eles) e “eles” (todos nós, não membros e não militantes do PT). No momento atual, em que esse partido hegemônico (até pouco tempo) se vê alijado do poder – por ter cometido crimes eleitorais, crimes comuns, e dirigido um vasto esquema de corrupção como nunca antes se viu no país, possivelmente no hemisfério, talvez no mundo –, ele dá início, ou intensifica uma campanha mais uma vez viciosa, temerária, negativa e mais uma vez fraudulenta, de divisão do país, e de aposta na fratura política para eventualmente recolher apoio eleitoral mais adiante. Seu Diretório Nacional pretende continuar denunciando como “golpe”, ou como “governo ilegítimo” o mandato transitório, ou temporário, do vice Michel Temer, enquanto dura o processo de impeachment, no Senado, e disse que vai fazer uma oposição completa, total, a todas as medidas do governo, ou seja, a todo o esforço de reconstrução econômica e política, depois que eles conduziram o que eu chamo de Grande Destruição no país (ver meu artigo: The Great Destruction in Brazil: How to Downgrade an Entire Country in Less Than Four Years”, Mundorama (n. 102, 1/02/2016, ISSN: 2175-2052; link: http://www.mundorama.net/2016/02/01/the-great-destruction-in-brazil-how-to-downgrade-an-entire-country-in-less-than-four-years-by-paulo-roberto-de-almeida/).
Em resumo, o Brasil já é pluralista, e a maior parte da população quer um país pluralista, com todas as correntes de opinião e movimentos político-partidários com total liberdade de expressão, mas alguns, sempre da esquerda (já que não existe direita no Brasil, ou pelo menos não como expressão real, com implantação social), querem e conduzem uma campanha de divisão, de polarização.


Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 19/05/2016