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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Idiotas antivacinais e outros adeptos de teorias da conspiracao podem causar mortes - Anne Applebaum (WP)

Italians decided to fight a conspiracy theory. Here’s what happened next.

Alongside the flat-earthers, 9/11 truthers and Obama birthers, the anti-vaccine conspiracy theorists have always had a special distinction: They can do immediate and specific damage in a way that the others can’t. Birtherism surely increased Americans’ distrust of politics, though in ways that are hard to pin down. By contrast, when anti-vaxxers persuade parents not to vaccinate children, the result can be sickness and even death.
How, then, to push back against them? Does sympathy with parents who are spooked by vaccines help to bring them around, or is it better to be tough? Over the past few years, both of these tactics have been tried in Italy, a country where, starting in about 2012, vaccination rates plunged. In 2015, Italy had one of the lowest rates of vaccination against measles in Europe. At 85 percent, the rate was lower than India. In 2017, Italy suffered a predictably large outbreak of measles, with more than 5,000 cases and four deaths.
It’s not hard to work out how this happened. Italians have famously low levels of trust in their government, and a tradition of medical hoaxes. On top of that, the issue became politicized: Italy’s Five Star Movement — a “non-party” party, founded by a comedian and formed on the Internet — spent a long time nodding and winking to anti-vaxxers . Unsurprisingly, a movement founded on hatred of “the establishment” was also suspicious of the medical establishment . In both Italy and the United States, the arguments behind the campaign are the same: the fear (derived from a now-discredited scientific paper) that the most common childhood vaccines cause autism; the belief that vaccines are a rip-off perpetrated by Big Pharma; the conviction that the dangers of vaccines have been deliberately concealed.
Facing all of this, one Italian doctor snapped. “At a certain point,” Roberto Burioni told me, “I decided that the misinformation was too much and I had to do something.” Burioni, a distinguished virologist and university professor, declared an online war on the anti-vax movement: “If they can write on social media, then I can do it too.” He posted stories of people maimed and disfigured by the complications of infectious diseases. He deconstructed anti-vax arguments. He also argued individually with anti-vaxxers, ridiculing them as uninformed: “I tried to show how stupid they are. How fake and nonsensical are the things they are saying.”
Burioni gained a huge following, which he followed up with a prize-winning book, “Vaccines Are Not an Opinion.” He became part of a pro-vaccination, and pro-science, counter-movement that led the previous Italian government to require all children to be vaccinated before attending preschool, on pain of exclusion. Although the Five Star Movement is now in government — and a Five Star politician is the health minister — the backlash is so strong that although they have discussed removing this requirement, they haven’t done it yet.
But was Burioni’s method the only way? Roberta Villa, a science journalist and writer, is one of several people who have their doubts. She, too, has a social media following, especially on YouTube, where she presents videos on vaccines and other health issues, sometimes against the backdrop of her kitchen.
She doesn’t attack nervous parents: “I believe that you cannot get anyone’s attention insulting them.” Instead, noting that there is sometimes a grain of truth at the root of conspiracy theories — that, for example, some vaccines have historically had some side effects — she tries to address their fears as legitimate, and then bring them gently around.
She points out that the most recent statistics show that only 0.5 percent of Italian parents are hardened anti-vaxxers, but that another group, parents with vague vaccine anxieties, is much larger. This is the group that she thinks gentle persuasion will bring around, especially by acknowledging, from the start, that “you have absolutely the right to be afraid.”
But what if both are right? That is, what if Burioni’s more brutal, “here are the facts” method and Villa’s gentler tactics simply work on different kinds of people? There are Italians who will be moved by forceful communications from a genuine expert, there are Italians who will be moved by gentle persuasion from someone who seems simpatico, and there are Italians who will be moved by government policy. And that has further implications: It means that any counter-disinformation campaign might require more than one tactic, more than one message and more than one kind of messenger if it is to succeed.
In a world where conspiracy theories — medical, scientific and, of course, political — are proliferating, this is more than just a useful insight. It should be the beginning of a new way of thinking about long-term strategies to deal with disinformation more generally. Italian vaccination rates are up, epidemics are down, and it took different kinds of people using different kinds of language to make that happen.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Globalizacao e globalismo: um debate involuntario com Olavo de Carvalho - Paulo Roberto de Almeida

A pedidos, como se diz nas reprises de TV, retomo um assunto que eu preferia esquecer. Mas as pessoas insistem em assistir a um vídeo que eu não colocaria entre os meus preferidos.


Globalização e globalismo: um debate involuntário com Olavo de Carvalho

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: resumo da ópera; finalidade: síntese das postagens]


Muitas pessoas, amigos e curiosos, continuam me perguntando sobre o meu “debate” com o Olavo de Carvalho, o que na verdade nunca ocorreu, pelo menos não voluntariamente (daí eu ter colocado o termo entre aspas). Explico mais uma vez e espero não ter mais de voltar a esse entrevero sumamente desagradável e totalmente sem importância, pelo menos para mim e para a filosofia universal. O que ocorreu, do meu ponto de vista foi um convite para uma entrevista, que por falha (ou outra razão) dos organizadores foi transformada em “diálogo”, o que não reconheço como tal, e até recuso essa designação. Explico o que houve e remeto às minhas postagens – das quais exclui as reverberações escatológicas do sofista da Virgínia e dos olavetes, por serem totalmente irrelevantes, e contrárias à moral pública – já colocadas neste espaço.
Depois de eu ter concedido, em outubro de 2016, uma entrevista aos promotores da série “Brasil Paralelo” (sobre a qual eu ignorava totalmente a existência e objetivos), sobre a diplomacia e a economia política do lulopetismo – que relaciono em primeiro lugar na lista abaixo –, fui novamente contatado pelos mesmos organizadores para dar nova entrevista sobre os temas do “globalismo e globalização”. Tudo bem, nunca me recusei a debater com jornalistas e formadores de opinião sobre quaisquer assuntos nos quais eu me considere minimamente competente, o que é o caso para a “globalização”, e não para essa fantasmagoria do “globalismo”, que é uma grande bobagem demencial dos adeptos de teorias conspiratórias (pelo lado da direita, pois a esquerda fica com o imperialismo e outras bobagens). Solicitei previamente um roteiro das perguntas e me preparei para a entrevista. Quando ela finalmente chegou, em dezembro de 2017, qual não foi a minha surpresa ao deparar-me, do outro lado da tela, com o personagem em questão, sem que eu tivesse a mínima ideia desse “diálogo”. Sem problemas: dei o meu recado, sem me intimidar com a defesa feita por OC do anti-globalismo, e dei por encerrado aquele desagradável “debate”, ao longo do qual fui atacado pelo sofista da Virgínia, sem que no entanto eu pretendesse atacá-lo ou às suas ideias. Apenas discordei de suas posições, nada mais do que isso, com base em meus argumentos preparados. Do seu lado, OC empenhou-se em me desmentir o tempo todo. Julguem como quiserem.
Mas, o interessante – e desagradável – ocorreu depois: o sofista da Virgínia e seus seguidores olavetes começaram a me atacar em tom grosseiro, escatológico, acusando-me de tudo aquilo que o personagem em questão reserva aos seus “inimigos ideológicos”, ou a quaisquer pessoas que dele discordem. Devo ter entrado na lista negra do OC, o que para mim é um excelente sinal de localização política, no GPS demencial desses “debates” medíocres que infestam as redes sociais. Acabei reunindo uma parte desses ataques numa postagem que coloquei neste blog em janeiro de 2018.
O que segue abaixo, portanto, é um roteiro de leituras, para os que se interessam por um “entrevero” que não deveria existir, pois eu simplesmente não teria aceito entrara em “diálogo” com personagem tão vistoso, digamos assim. Como corresponde a meu natural reservoso, prefiro ficar no meu canto, lendo, refletindo e escrevendo, e só participando de debates quando se trata de seminários de qualidade, não de “debates debiloides”. Enfim, fica a lição, para uma próxima vez, se houver. Acho que não...
Quem tiver paciência, pode seguir os links das postagens que relaciono a seguir, o primeiro a minha entrevista de 2016, o segundo o texto que preparei para a minha “entrevista” que se transformou involuntariamente em “diálogo”, como refletido na terceira postagem, de dezembro de 2017, e que contém o famoso vídeo que muitos querem ver. Finalmente, uma quarta, de janeiro de 2018, a postagem na qual eu tento encerrar esse “debate involuntário”, sumamente desagradável. Não me pegam outra vez.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de fevereiro de 2019

Lista de postagens pertinentes:


2) 3202. “Globalismo e globalização: os bastidores do mundo”, Brasília, 7 dezembro 2017, 8 p. Notas preparadas para entrevista via hangout, para um programa da série Brasil Paralelo, sobre o processo de globalização e o conceito de globalismo. Texto disponível no Blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/globalizacao-e-globalismo-como.html). Apenas na gravação soube que seria em companhia de, e em contraposição a, Olavo de Carvalho.


3) Globalismo: Bastidores do Mundo: Debate entre Olavo de Carvalho e Paulo R. de Almeida. Programa transmitido em 11/12/2017 (link no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=CkgQhnApLow).

4) 3215. “Um “debate” involuntário com Olavo de Carvalho: materiais disponíveis”, Brasília, 20 dezembro 2017, 3 p. (+3 OC). Questões sobre o globalismo e a globalização, como consequência do debate na gravação do Brasil Paralelo. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/um-debate-involuntario-com-olavo-de.html). Debate continuou, como resumido em dossiê compilado em 15/01/2018, sob n. 3228.

5) 3228. “Dossiê Globalismo: Brasil Paralelo e seu seguimento”, Brasília, 16 janeiro, 23 p. Compilação de todos os materiais relativos a esse assunto controverso, já objeto dos trabalhos n. 3202 e 3217, de 2017, e novamente 3224, de 2018. Postado parcialmente no blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2018/01/dossie-globalismo-brasil-paralelo-e-seu.html) e disponibilizado na plataforma Academia.edu (http://www.academia.edu/35667769/Dossi%C3%AA_Globalismo_Brasil_Paralelo_e_seu_seguimento).

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Globalismo e globobagens: um debate que nunca houve - Paulo Roberto de Almeida

Recebi, de um leitor atento, Marconi S. Olguinsem 2/01/2018, a seguinte mensagem, a propósito deste suposto debate:


Com toda a minha humildade e simplicidade, o ferrenho debate entre Olavo de Carvalho e Paulo Roberto de Almeida tende ao vazio, de um lado um tenta provar a existência de uma conspiração global camuflada, escondida e em atividade, de outro lado é negada veementemente está existência, ou mesmo a possibilidade de planos dela. 
Os dois intelectuais, feridos em seus brios, se digladiam, não pelo mérito da questão que é realmente difícil de se debater no momento, digo no momento pois o passar do tempo provará a verdade, mas para provar ao seu público quem é o melhor, procurando satisfazerem seus egos pessoais e usando o tema como cortina de fumaça para a verdadeira questão. 
Minha opinião pessoal é de que ambos tem seus méritos e capacidades como formadores de opinião e deveriam está lutando lado a lado nesta batalha pelo resgate de uma Nação. Infelizmente vemos nestes ícones imperar a mesma mediocridade existente na maioria da nossa população que impede a união do povo de bem para defenderem causas nobres que só podem ser defendidas por pessoas altruístas, livres de ĺinteresses mesquinhos e baixos, pois os do lado de lá tem como cimento de suas parcerias o interesse escuso, o lucro fácil e o imediatismo, com isso levando vantagem na batalha.
É uma pena ver que o posicionamento destes lideres não é diferente, mas que não percamos as esperanças pois na simplicidade de pensar e agir estarão se revelando os verdadeiros líderes a serem seguidos como farol em tempo de tempestade.



Ele complementou, em 3/01/2018, com estas poucas palavras:



Prof. Paulo Roberto de Almeida, seus posicionamentos às minhas críticas tem sido de um verdadeiro diplomata, parabéns pela conduta, sempre que a resposta à uma crítica é dada em bom tom o alvo desta se torna digno e coerente, Forte abraço! Um parêntese, cabe salientar que seu oponente, além de não provar seu ponto de vista com materialidade não aceita crítica ou tão pouco às responde com dignidade ou inteligência, quando as responde.



Minha resposta a ele (PRA):

Agradeço suas boas palavras Marconi S. Olguins, e fico sensibilizado pela sua compreensão do problema, mas não sei se você atentou para o mais importante.

Fui convidado a dar uma entrevista, sobre os temas do globalismo e da globalização, e me preparei em consequência, para uma exposição individual sobre essas problemáticas. 
Na hora me deparei, não com um monólogo, e certamente não um diálogo, mas uma entrevista dupla, com direito a réplica e tréplicas do "contendor". Tudo bem, não tenho medo de debate ou confrontações, mas é certo que o OC foi bastante agressivo comigo pessoalmente, ao passo que eu apenas recusei a idéia que me parece completamente maluca, de uma conspiração mundial em favor de uma coisa que considero totalmente fantasmagórica, inventada pela direita conservadora, chamada globalismo, o que não reconheço existir ou ter existência material. A despeito dos ataques, o OC concordou, ao final, que não existia um governo mundial, mas que não deixava de existir um projeto para fazer um, sem apresentar qualquer prova, apenas citando autores, e apontando para conhecidas teorias conspiratórias sobre reuniões secretas de poderosos bilionários tramando contra países soberanos e cada um de nós, o que acho absolutamente maluquice desvairada.

O que temos agora é um bando de olavetes desvairados que insistem em dizer que eu não provei o meu caso, como se eu precisava provar a NÃO existência de algo que eles insistem em dizer que existe, sem dar qualquer prova concreta disso. Portanto, os malucos continuam a repetir -- sem esquecer de mencionar que sou diplomata, como se isso tivesse qualquer relação com ideias ou posições --que fui "derrotado" ao negar o globalismo. Ou seja, os malucos querem que eu rejeite palavras, ideias, conceitos que qualquer maluco pode repetir à vontade. Como já escrevi: não é cansativo debater com fundamentalistas, é apenas inútil. Os malucos sempre insistirão que estão com a razão. O mundo está cheio de Napoleões de hospício...

A maior parte dos Olavetes são ignorantes fundamentais. Como são incapazes de articular alguma ideia coerente, ficam repetindo o que escreve ou fala o seu guru, sem se cansar. Eu dispenso os fundamentalistas e posso dialogar com o mestre.

O Olavo de Carvalho prestou imensos serviços ao Brasil, ao alertar, desde o início, para o Foro de São Paulo, que não tem importância enquanto tal, mas que representa um imenso perigo para nossos países ao arregimentar, controlar, guiar e orientar partidos de esquerda a serviço da ditadura cubana, que já nem está mais interessada em construir o socialismo, que os próprios reconhecem que foi um fracasso completo, mas querem apenas manter o poder, e os partidos afiliados no poder de seus respectivos países, para se manterem enquanto ditadura personalista, enquanto tirania absoluta, e para se enriquecer também, pois são bandidos da pior espécie. Os companheiros corruptos do Brasil foram os melhores aliados que conseguiram, num país relativamente rico e corrupto como o Brasil, tirando daqui bilhões de dólares, direta e indiretamente. O OC tem esse mérito, além de outro ainda mais importante, o de ter denunciado, se oposto e demonstrado a fraude que é a comunidade gramscista da academia brasileira, em seus diversos livros, desde o Imbecil Coletivo, até o Jardim das Aflições e todos os demais escritos acadêmicos e jornalísticos que produziu. Esse mérito eu não nego ao OC. Mas ele enveredou por uma paranoia maluca, com a extrema direita americana, que só posso lamentar, pois isso revela o lado insano dessa mente brilhante. Lamento que um lutador por certos valores se descaracterize na aliança com conspiradores de direita, o que torna simplesmente risível seus argumentos quanto a esse suposto governo global. Fora isso não pretendo atacá-lo, apenas lamento que ele não corrija seus olavetes mais desvairados, que não possuem, obviamente, sua preparação intelectual. Eis tudo o que eu poderia dizer sobre esse suposto "debate" que não houve.

Paulo Roberto de Almeida
Bento Gonçalves, 3 de janeiro de 2018


Addendum, a propósito desta matéria, publicada no "Boletim da Liberdade", link: 

https://www.boletimdaliberdade.com.br/2018/01/02/colunista-do-il-diz-que-globalismo-e-apenas-teoria-conspiratoria/
(a ilustração da matéria, abaixo, tenderia a comprovar que seu autor também acredita nessa bobagem sem tamanho).


Formulei o seguinte comentário nessa página, e remeti a esta minha postagem ao final:

Como fui apontado como um dos "debatedores" de um debate que nunca ocorreu – pois eu tinha sido convidado para dar uma entrevista, individual portanto, sobre os temas do globalismo e da globalizacão – permito-me formular os seguintes comentários. 
O artigo deste Boletim da Liberdade é singularmente desequilibrado, enviesado, pois vê um debate onde jamais existiu um, apenas declarações unilaterais de uns e outros. Não sei se o autor deste texto – não identificado – consegue se dar conta de que ele reproduz o mesmo tipo de "exposição" desequilibrada, sem qualquer lógica, que consiste em confrontar palavras a palavras, como se estas tivessem o mesmo peso e significado. 
Seu autor não conseguiu extrair o argumento principal do colunista do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, que consiste em relembrar a qualquer neófito (não precisa ser um praticante de lógica aristotélica) que coisas que não existem NÃO precisam de provas de que não existem, e ele citou expressamente unicórnio, sereias e não sei mais o quê. 
Os "defensores" dessa coisa que não existe nos acusam, a mim e ao Mauad,  recusar reconhecer algo que eles mesmos NUNCA conseguiram provar a existência, apenas remetendo a autores, a reuniões de conspiradores, a projetos secretos, sem QUALQUER EVIDÊNCIA concreta, apenas na base dos boatos típicos desse gênero de empreendimento paranoico. Lamento que um articulista liberal-conservador acredite que exista uma conspiração entre comunistas e ricaços para implantar o tal de governo mundial, o que já me parece resvalar na loucura.
Quanto a mim, não reconheço jamais ter feito um "debate", ou "diálogo", com Olavo de Carvalho, pois nunca fui avisado de que essa entrevista dupla existiria. 

Quem quiser considerar que houve um debate, sinta-se à vontade, mas não foi o que ocorreu, eu apenas dei o meu recado e ele ficou me atacando, e os olavetes mencionando minha condição de diplomata, como eu não "tendo conseguido demonstrar o meu caso". 
Ora isso é ridículo: eu não tinha de conseguir provar nada, apenas disso que o globalismo se apoiava sobre uma fantasmagoria, na linha do que disse João Luiz Mauad. Cabe aos seus defensores provar que essa coisa existe, mas para isso não bastam palavras vazias, citações de supostos autores, argumentos sem qualquer fundamentação empírica, alucinações.

Se ouso resumir minhas conclusões sobre esse lamentável caso, que o Boletim da Liberdade consegue alimentar no pior sentido desejável, eis aqui o que tenho a dizer (está acima, justamente).
O que mais eu tenho a dizer, coloquei nesta postagem do meu blog Diplomatizzando, neste link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2018/01/globalismo-e-globobagens-um-debate-que.html
Paulo Roberto de Almeida
Bento Gonçalves,  3 de janeiro de 2018
 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Venezuela: colapso total; teoria da conspiracao em acao (EUA, CIA, Casa Branca, direita, burguesia, etc.)

Bem, não faltam conspiradores e inimigos da economia venezuelana. Todos, absolutamente todos, menos (claro) os governantes, estão atuando de forma coordenada, conspiratória, para fazer a Venezuela entrar em colapso total.
Vejam quantos são os inimigos da revolução bolivariana:

Nicolás Maduro asegura que tales ataques han sido denominados "Colapso total" cuyo momento crítico estallará el próximo mes de octubre. "Tengo los datos, las fechas de esas reuniones en la Casa Blanca, los nombres de quienes asistieron, de los planes que se hicieron. Ellos piensan que en Octubre colapsará Venezuela, así lo han planificado, iban a sabotear la comida de la gente, la electricidad, el combustible, las refinerías". Aseguró tener en sus manos documentos e informes en los que se señala, con nombres y apellidos, los asistentes a dichas reuniones, en las que se pretendían sabotear a Venezuela desde sectores vulnerables como la alimentación.

Vai ser duro resistir, e alguma falta de produtos pode ocorrer, mas não na proporção que esperam os inimigos da revolução bolivariana. Estamos com o povo venezuelano, sempre.
A luta continua, companheiros, para a frente é que se anda. Ops, de vez em quanto a coisa tropeça...
Paulo Roberto de Almeida

SABOTAJE

"Colapso total"

En lo que va de año se ha decretado "emergencia" económica y alimentaria, en el sistema eléctrico, la vialidad e infraestructura, con la militarización de las respectivas áreas. Por Francisco Olivares

El Universal, CARACAS, domingo 22 de septiembre, 2013
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El des abastecimiento se duplicó en 2013 al llegar a 20% convirtiéndose en uno de los problemas más sentidos por el consumidor. VENANCIO ALCÁZARES
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EL UNIVERSAL
domingo 22 de septiembre de 2013  12:00 AM
Emergencia eléctrica, alimentaria, en infraestructura, sanitaria, guerra a la inflación, son algunos de los términos que anuncian grandes campañas y medidas extremas que el Gobierno habría de tomar a fin de contener las diversas crisis que se registran en las áreas claves de la producción y la economía que el Gobierno atribuye a un "sabotaje" provocado por el imperio, la derecha y el fascismo.

Nicolás Maduro asegura que tales ataques han sido denominados "Colapso total" cuyo momento crítico estallará el próximo mes de octubre. "Tengo los datos, las fechas de esas reuniones en la Casa Blanca, los nombres de quienes asistieron, de los planes que se hicieron. Ellos piensan que en Octubre colapsará Venezuela, así lo han planificado, iban a sabotear la comida de la gente, la electricidad, el combustible, las refinerías". Aseguró tener en sus manos documentos e informes en los que se señala, con nombres y apellidos, los asistentes a dichas reuniones, en las que se pretendían sabotear a Venezuela desde sectores vulnerables como la alimentación.

La idea del "sabotaje y las conspiraciones" a los que se suman unos 60 intentos de magnicidio, han acompañando diversos momentos críticos del país. A ellos Maduro ha llamado a enfrentarlos militarizando empresas del Estado, creando llamativos organismos como "Órgano Superior de Defensa Popular de la Economía" o hasta una línea para las denuncias llamada 0800-sabotaje. Pero a pesar del despliegue de fuerzas y el control ejercido en todas las instituciones, las refinerías siguen explotando, los apagones se extienden, los hospitales colapsan y la inflación sigue indetenible. 

Que una bomba económica habría de estallar fue alertado hace 5 meses por un equipo económico asesor de Maduro durante la corta campaña presidencial del 14 de abril. Ese equipo advertía de los peligros que habría de afrontar Maduro dada la crisis que para la fecha ya se registraba en todas las áreas económicas del país.

El documento denominado "Qué hacer" fue difundido en aquella oportunidad por diario ABC de España. Pero a diferencia de lo que acostumbraba Hugo Chávez y ahora Nicolás Maduro, de acusar a los empresarios y al imperio de todos los males que afronta el país, este documento planteaba: "alertamos sobre un bomba atómica económica que ya prácticamente ha estallado debido a las políticas económicas inadecuadas de nuestro equipo económico. Se necesita una reformulación de las mismas para un urgente control de daños, por un lado, y un relanzamiento de la economía por el otro".

Luego de realizar un diagnóstico con 17 puntos críticos de la economía, con indicadores que desnudaban el descalabro y en la que se destacaba el fracaso de las empresas estatizadas, advierten la inminencia de un estallido social: "hasta ahora las clases bajas que apoyan el proceso revolucionario han sido pacientes (... ) Pero se huele en el ambiente al posibilidad de un estallido social como efecto posterior de reverberación de las ondas de choque de la bomba económica que ya explotó". 

En esta entrega de EXPEDIENTE presentamos las cifras y los aspectos más relevantes de los que el Gobierno ha llamado "Colapso total".

La inflación 

"Vamos a torcerle el brazo a la inflación y a mantener el nivel de consumo de la población" ofreció Nicolás Maduro los primeros días de su gestión. Para entonces se reunía con los empresarios, les ofrecía garantías e invitaba a trabajar junto al Gobierno. Los llamó a una "revolución económica productiva en el país, al tiempo que anunciaba planes anti-inflacionarios.

Unos meses después los indicadores muestran a Venezuela como uno de los países con mayor inflación en el mundo junto a un país en guerra como lo es Siria. Venezuela registra una tasa interanual de inflación de 45%, la más alta del continente. La inflación acumulada en agosto es de 32,9% tres veces más alta que el mismo período del año anterior. De ellos la de alimentos alcanza 65,2% siendo los sectores pobres los que más sufren el aumento de precios. Los expertos del Gobierno habían estimado una inflación máxima de 16%. Las regulaciones, los controles de precio y el control de cambio han resultado inútiles frente a la realidad económica. Si bien el Gobierno atribuye esta realidad a la llamada "guerra económica" los expertos señalan la incorrecta política cambiaria, las devaluaciones y los controles de precios que lo que hacen es represar la inflación, incorrectas políticas fiscales, leyes laborales, exceso de controles, con efecto en la baja productividad del país.

Escasez

La escasez figura como uno de los problemas más sentidos por la población. De 10% registrado en agosto de 2012 pasó a 19,2% para agosto de 2013. Las cifras oficiales indican que al menos 16 productos tienen problemas de abastecimientos. Mientras el Gobierno insiste en la "guerra económica" como detonante de la escasez, los empresarios del alimento y productores agrícolas señalan que dependen de que Cadivi apruebe las divisas que les permitan importar la materia prima necesaria para producir y los desembolsos no se hacen a tiempo. No hay repuesto para las maquinarias agrícolas, no hay fertilizantes ni productos químicos necesarios. Otra alcabala para la producción son los certificados de No producción que es una antesala para acudir a Cadivi. Todo ello se agregó al proceso de estatización de 3 millones de hectáreas de tierras que estaban en plena producción y numerosas industrias de alimentos cuyos números hoy están en rojo.

Esta misma situación se presenta en la producción automotriz que gran parte depende de la importación de materia prima. Otro elemento son los controles de precio de los alimentos y las regulaciones laborales. La escasez de productos se observa con mayor profundidad en el interior del país hasta el punto que muchas personan se trasladan a la capital, mejor surtida, en busca de los productos desaparecidos.

Sobre esta materia tampoco varió el lenguaje presidencial. Acostumbrado a singulares expresiones y a las creaciones de emergencia, pidió el cese de la "psicosis comercial" y anunció que sostendría una reunión con su "Estado Mayor Económico". Pero de antemano señaló que se trata de la "guerra económica que mantienen algunos sectores" (... ) los que están desabasteciendo algunos productos ¡después no se quejen! amenazó Maduro. "Ponen cara de tontos creyendo que están tratando con tontos".

El documento de sus asesores sin embargo al alertar en abril de que nos encontrábamos a las puertas de una hiperinflación, escasez de productos básicos y contracción económica, cuestionaba la política cambiaria y la escasez de divisas que afectan igualmente a las "empresas socialistas". 

Las cifras de crecimiento del primer semestre aunque muestra un crecimiento en el primer semestre de 1,6 % muestran un retroceso frente al 5,6% registrado en el primer semestre de 2012. 

Crisis eléctrica 

En la década de los sesenta Venezuela se convirtió en una potencia eléctrica a partir de la construcción de la represa del Guri. Al llegar Chávez al poder anuncia grandes inversiones que no se realizan. En 2003 se produce la primera crisis severa. En 2008 se producen 4 apagones que incluyen a Caracas. En 2009 se repiten los apagones y en 2010 la crisis afecta a Guri y se temió por el colapso de la presa, de allí que se decreta la "emergencia eléctrica". Entre 2006 y 2012, el sector recibió 21,8 millardos de dólares, a través del Fonden, Pdvsa y el Fondo Chino, para llevar adelante los grandes proyectos. Algunos expertos estiman que a lo largo de todo el Gobierno de Chávez el sector percibió fondos sobre los 60 millardos de dólares. La crisis eléctrica que ha continuado en 2013 ha sido atribuida igualmente al sabotaje internacional por Nicolás Maduro quien al mismo tiempo volvió a decretar la emergencia eléctrrica y lanzó la Gran Misión Electricidad. Sin embargo El director de Corpoelec, Jesse Chacón, explicó la necesidad de hacer grandes inversiones en el sector para modernizar el sistema y cumplir con la demanda. Paralelamente se han denunciado sobreprecios, estafa y malas decisiones en las contrataciones a dedo que se hicieron en los últimos años en el sistema.

Salud

Con gran optimismo Nicolás Maduro publicó en su twitter: "Hay que seguir haciendo un sistema de salud que busque la máxima calidad humana y técnica de atención a tod@s". Pero en este tema es la Federación Médica de Venezuela, que agrupa a 80 mil médicos, que exige se decrete la emergencia en salud alegando el cierre técnico de la mayoría de los hospitales del país. Las cifras del sector indican un déficit de médicos de 50%. Tal déficit difícilmente se pueda compensar con la graduación de los llamados "médicos integrales comunitarios" quienes no tienen el nivel necesario para atender situaciones más allá de la atención primaria. De los 300 hospitales que hay en el país con 44 mil camas presupuestadas solo hay 35% operativas. 

A las voces de los gremios se unen empleados y pacientes quienes constantemente se lanzan a las calles a exigir insumos, reactivos, equipos para las terapias, cuidados intensivos etc. Estos reclamos se han hecho extensivos a los ambulatorios y los centros de atención primaria. 

Infraestructura

Nicolás Maduro, decretó el estado de emergencia vial por 90 días para la ejecución de obras de construcción, rehabilitación y mantenimiento en autopistas, vías, carretera y troncales en todo el territorio nacional. Se trata del decreto 238 publicado en la Gaceta Oficial número 40.218 del pasado 31 de julio. 

El presidente del Colegio de Ingenieros de Venezuela, Enzo Betancourt afirmó que los puentes y viaductos afectados representan entre 80% a 90%, mientras que en el caso de la vialidad se mantiene entre un 60% y 70%, todo esto ocasionado por la falta de mantenimiento y previsión de parte de los organismos competentes,

Hace 30 años la infraestructura de país era un modelo para el resto de la región, pero en los últimos 20 años no se ha construido más de 1% de la red vial. Desde que fueron removidos los peajes a comienzos de los años 2000, no se realiza una medición de la frecuencia y composición del tránsito en la red vial.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Venezuela: a grande sabotagem e conspiracao (de chavistas contra chavistas) - NYT

In Venezuela, Surrounded by Dark Plots (Real or Not)

Meridith Kohut for The New York Times
President Nicolás Maduro of Venezuela claims that sabotage caused a widespread blackout.
CARACAS, Venezuela — When a sweeping power failure left more than half the country without electricity last week, President Nicolás Maduro wasted no time issuing a verdict. Despite a strained power grid that has gone lacking in basic upkeep for years, he assured Venezuelans that there could be only one cause: sabotage.
Then on Monday, when officials released a long-awaited report on the explosion at the national oil company’s enormous Amuay refinery, which killed more than 40 people last year, the conclusion surprised no one: sabotage again.
Accusing unseen conspirators of subjecting the nation to a variety of ills is an art form in Venezuela, honed during the 14-year presidency of Hugo Chávez, who died in March.
But ever since Mr. Maduro was elected by a narrow margin in April to replace Mr. Chávez, his mentor, he has cranked the discourse of conspiracy to an ever higher pitch, darkly warning of plots that seem to lurk around nearly every corner, aimed at killing him, destroying the economy or wrecking Mr. Chávez’s socialist-inspired revolution.
Few people are ever arrested and none have been convicted of any of the schemes Mr. Maduro has warned of in recent months.
Still, he makes it clear who he holds responsible: his political opposition and the United States, which he paints as an imperial enemy bent on subjugating Venezuela.
And for many Venezuelans, the allegations seem credible, especially because the United States once gave tacit approval for a coup that briefly removed Mr. Chávez from office.
On Monday, Mr. Maduro held a news conference where he riffed at length on his favorite themes, linking the alleged sabotage at the refinery to assassination plots, the electrical blackout, conspiring capitalists and supposed intrigues originating in the White House.
Mr. Maduro complained about the skepticism of his critics, who say he uses the frequent warnings of conspiracy as a scare tactic to generate support.
“Can it be that they want to see the cadaver with four bullets in it?” he said, knocking on a wooden table to ward off bad luck. “That’s the proof they want to see.”
Mr. Maduro said the refinery explosion in August 2012, which was caused by a gas leak, was carried out to disrupt the country before an election last October in which Mr. Chávez was re-elected, suggesting that it was done at the prompting of the American Embassy. The country’s enemies are also plotting to bring down the economy, he said.
Venezuela is struggling with inflation that is running at more than 45 percent a year, with chronic shortages of staple foods and basic consumer goods in the stores. Many economists say that government price controls and a lack of dollars to pay for imports are causing those problems.
But Mr. Maduro insisted that they were the result of a “war against the economy,” saying that he had the names of businessmen who were conspiring to further reduce the supply of some products, aiming to cause “a calamitous situation” this fall.
He also claimed to have information of a meeting in the White House in late July in which officials from the State Department, the National Security Agency, the C.I.A. and the Pentagon came up with a plan called “Total Collapse” intended to destabilize Venezuela.
“There could be people who think that this is fantasy,” Mr. Maduro said. Invoking Salvador Allende, the leftist Chilean president who was overthrown in 1973 after concerted American attempts to undermine him, he said, “It is raw reality.”
Mr. Maduro’s fiery words create the impression that he is surrounded on all sides by enemies who want to take away the social programs and other benefits provided by his government to the poor.
“Of course it was sabotage,” Jesús Lira, a vegetable seller, said of the refinery explosion and blackout. “And the government should come down hard on the opposition for it.”
But critics point out that while the government is heavy on accusations there are rarely arrests. No one has been arrested in the refinery explosion or last week’s blackout.
All that has led to a kind of conspiracy overload in which many people shrug their shoulders at the most strident assertions of impending doom or dastardly evildoing.
“You’ve got to wonder, how many saboteurs there are in the country,” Alberto Barrera Tyszka, a journalist and novelist, wrote in a newspaper column on Sunday.
“They are everywhere, they appear in every circumstance, at any time.” He added, “Conspirators are the frothy solution to every problem.”