A pedidos, como se diz nas reprises de TV, retomo um assunto que eu preferia esquecer. Mas as pessoas insistem em assistir a um vídeo que eu não colocaria entre os meus preferidos.
Globalização
e globalismo: um debate involuntário com Olavo de Carvalho
Paulo Roberto de Almeida
[Objetivo: resumo da ópera; finalidade: síntese das postagens]
Muitas pessoas, amigos e
curiosos, continuam me perguntando sobre o meu “debate” com o Olavo de
Carvalho, o que na verdade nunca ocorreu, pelo menos não voluntariamente (daí
eu ter colocado o termo entre aspas). Explico mais uma vez e espero não ter
mais de voltar a esse entrevero sumamente desagradável e totalmente sem
importância, pelo menos para mim e para a filosofia universal. O que ocorreu,
do meu ponto de vista foi um convite para uma entrevista, que por falha (ou outra razão) dos organizadores foi
transformada em “diálogo”, o que não reconheço como tal, e até recuso essa
designação. Explico o que houve e remeto às minhas postagens – das quais exclui
as reverberações escatológicas do sofista da Virgínia e dos olavetes, por serem
totalmente irrelevantes, e contrárias à moral pública – já colocadas neste
espaço.
Depois de eu ter
concedido, em outubro de 2016, uma entrevista aos promotores da série “Brasil
Paralelo” (sobre a qual eu ignorava totalmente a existência e objetivos), sobre
a diplomacia e a economia política do lulopetismo – que relaciono em primeiro
lugar na lista abaixo –, fui novamente contatado pelos mesmos organizadores
para dar nova entrevista sobre os
temas do “globalismo e globalização”. Tudo bem, nunca me recusei a debater com
jornalistas e formadores de opinião sobre quaisquer assuntos nos quais eu me
considere minimamente competente, o que é o caso para a “globalização”, e não
para essa fantasmagoria do “globalismo”, que é uma grande bobagem demencial dos
adeptos de teorias conspiratórias (pelo lado da direita, pois a esquerda fica
com o imperialismo e outras bobagens). Solicitei previamente um roteiro das
perguntas e me preparei para a entrevista.
Quando ela finalmente chegou, em dezembro de 2017, qual não foi a minha
surpresa ao deparar-me, do outro lado da tela, com o personagem em questão, sem
que eu tivesse a mínima ideia desse “diálogo”. Sem problemas: dei o meu recado,
sem me intimidar com a defesa feita por OC do anti-globalismo, e dei por
encerrado aquele desagradável “debate”, ao longo do qual fui atacado pelo
sofista da Virgínia, sem que no entanto eu pretendesse atacá-lo ou às suas
ideias. Apenas discordei de suas posições, nada mais do que isso, com base em
meus argumentos preparados. Do seu lado, OC empenhou-se em me desmentir o tempo
todo. Julguem como quiserem.
Mas, o interessante – e
desagradável – ocorreu depois: o sofista da Virgínia e seus seguidores olavetes
começaram a me atacar em tom grosseiro, escatológico, acusando-me de tudo
aquilo que o personagem em questão reserva aos seus “inimigos ideológicos”, ou
a quaisquer pessoas que dele discordem. Devo ter entrado na lista negra do OC,
o que para mim é um excelente sinal de localização política, no GPS demencial
desses “debates” medíocres que infestam as redes sociais. Acabei reunindo uma
parte desses ataques numa postagem que coloquei neste blog em janeiro de 2018.
O que segue abaixo,
portanto, é um roteiro de leituras, para os que se interessam por um
“entrevero” que não deveria existir, pois eu simplesmente não teria aceito
entrara em “diálogo” com personagem tão vistoso, digamos assim. Como
corresponde a meu natural reservoso, prefiro ficar no meu canto, lendo,
refletindo e escrevendo, e só participando de debates quando se trata de
seminários de qualidade, não de “debates debiloides”. Enfim, fica a lição, para
uma próxima vez, se houver. Acho que não...
Quem tiver paciência, pode
seguir os links das postagens que relaciono a seguir, o primeiro a minha
entrevista de 2016, o segundo o texto que preparei para a minha “entrevista”
que se transformou involuntariamente em “diálogo”, como refletido na terceira
postagem, de dezembro de 2017, e que contém o famoso vídeo que muitos querem
ver. Finalmente, uma quarta, de janeiro de 2018, a postagem na qual eu tento
encerrar esse “debate involuntário”, sumamente desagradável. Não me pegam outra
vez.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de fevereiro de 2019
Lista de postagens pertinentes:
2) 3202. “Globalismo e globalização: os bastidores do
mundo”, Brasília, 7 dezembro 2017, 8 p. Notas
preparadas para entrevista via hangout, para um programa da série Brasil
Paralelo, sobre o processo de globalização e o conceito de globalismo. Texto
disponível no Blog Diplomatizzando
(link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/globalizacao-e-globalismo-como.html). Apenas na gravação soube que seria em companhia de, e em
contraposição a, Olavo de Carvalho.
3) Globalismo:
Bastidores do Mundo: Debate entre Olavo de Carvalho e Paulo R. de Almeida. Programa transmitido em 11/12/2017
(link no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=CkgQhnApLow).
4) 3215. “Um “debate”
involuntário com Olavo de Carvalho: materiais disponíveis”, Brasília, 20
dezembro 2017, 3 p. (+3 OC). Questões sobre o globalismo e a globalização, como
consequência do debate na gravação do Brasil Paralelo. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/um-debate-involuntario-com-olavo-de.html).
Debate continuou, como resumido em dossiê compilado em 15/01/2018, sob n. 3228.
5) 3228. “Dossiê Globalismo: Brasil Paralelo e seu seguimento”, Brasília, 16 janeiro,
23 p. Compilação de todos os materiais relativos a esse assunto controverso, já
objeto dos trabalhos n. 3202 e 3217, de
2017, e novamente 3224, de 2018. Postado parcialmente no blog Diplomatizzando
(https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2018/01/dossie-globalismo-brasil-paralelo-e-seu.html) e disponibilizado na plataforma Academia.edu (http://www.academia.edu/35667769/Dossi%C3%AA_Globalismo_Brasil_Paralelo_e_seu_seguimento).
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