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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Academia.edu: página de Paulo Roberto de Almeida: países mais presentes, trabalhos mais acessados

E o vencedor é... o pessoal dos serviços de inteligência! 

Enfim, pode ser qualquer outra coisa, mas o fato é que desconhecidos são campeões de acesso a meus trabalhos em todos os tempos, passando inclusive à frente dos visitantes do Brasil, que, no entanto, mantêm uma boa média conjuntural. 

Quanto aos trabalhos mais acessados (na segunda tabela, abaixo), eles são estes aqui: 

1297) Contra a antiglobalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento antiglobalizador (2004) 

22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Edição de Autor, 2014)


Acessos à página de Paulo Roberto de Almeida

página em Academia.edu, em 3/12/2020, em 30 dias

Country

30-Day Views

All-Time Views

Unknown

45

94,371

Brazil

2,350

93,618

United States

201

10,648

Portugal

90

2,306

Mozambique

15

1,623

France

34

1,407

Spain

9

1,214

Angola

39

980

United Kingdom

11

822

Argentina

20

793

Germany

11

539

Canada

13

474

Belgium

6

445

Italy

12

388

Russian Federation

5

366

Mexico

17

362

Uruguay

6

270

Colombia

2

270

Switzerland

7

255

Netherlands

7

247

Peru

2

236

Estatísticas de acesso, em 3/12/2020

 

 

Trabalhos mais vistos e mais acessados na página de 

Paulo Roberto de Almeida em Academia.edu, em 3/12/2020

Title

All-Time Views

All-Time Downloads

1297) Contra a antiglobalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento antiglobalizador (2004)

6,148

1,255

22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Edição de Autor, 2014)

5,209

653

1462) O Brasil e a nanotecnologia: rumo à quarta revolução industrial (2005)

4,311

688

A politica externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araujo

3,509

243

A Constituicao Contra o Brasil: Ensaios de Roberto Campos

3,327

765

054) As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização (2006)

3,065

251

107) A diplomacia brasileira perante o potencial e as pretensões belgas (2014)

2,253

49

19) Integração Regional: uma introdução (2013)

1,846

576

16) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (2010)

1,786

214

039) Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX (2004)

1,585

255

056) Planejamento no Brasil: memória histórica (2006)

1,508

292

14) O Estudo das Relações Internacionais do Brasil (2006)

1,502

357

Marxismo e Socialismo (2019)

1,402

556

24) Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (2014)

1,334

259

091) Teoria das Relações Internacionais – Apresentação (2012)

1,245

77

A Destruicao da Inteligencia no Itamaraty (Edição do Autor, 2019)

1,188

313

1378) O desenvolvimento na era da globalização (2005)

1,140

11

005) Os Anos 80: da nova Guerra Fria ao fim da bipolaridade (1997)

1,120

72

 

 


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Um “entrevero” entre dois “chanceleres” - Paulo Roberto de Almeida

 Não vou entrar no “debate” entre o patético chanceler acidental de um país surrealista situado a centro-leste da América do Sul e o representante de uma ditadura caricata (mas efetiva em suas cubanices), pois nem ouvi por inteiro os dois “pronunciamientos”, nem isso interessa para o que pretendo destacar: a parte em que o chanceler venezuelano, depois de recomendar um calmante ao sub-chanceler brasileiro, manda um “recado” aos diplomatas profissionais brasileiros:

Sei que vocês estão em resistência, que têm vergonha das posições de seu chanceler. Mas fiquem tranquilos. Isso é temporário e, no final, nenhum governo, nenhum chanceler pode derrotar a excelência do que representa o Itamaraty. No final, esses anos serão apenas uma má lembrança e nada mais.

De fato, estes “anos de chumbo”, tristes e lamentáveis, da diplomacia brasileira vão passar e reconstruiremos a honra, o prestígio e a qualidade que ela sempre teve pelos seus profissionais qualificados, mas isto depois que os novos bárbaros forem escorraçados democraticamente pela vontade do povo brasileiro.

Até lá, cabe aos diplomatas conscientes e responsáveis — excluindo aqueles poucos que estão aproveitando essa janela de “loucura diplomática” dos sabujos e capachos que grudaram nos tiranetes do poder para arrancarem vantagens temporárias para si mesmos — preparar o caminho da reconstrução de uma nova diplomacia brasileira, com as boas motivações dos mais jovens e ousados profissionais e daqueles mais seniores e mais experientes, que não se deixaram contaminar pelas insanidades dos que estão destruindo as bases fundamentais sobre as quais sempre se ergueu uma das boas diplomacias de um país emergente, desigual, mas aberto às inovações e aos talentos dos inteligentes.

A vergonha passará, mas eu não deixarei de oferecer o meu registro e as minhas reflexões sobre estes tempos pouco convencionais de um mergulho temporário no histrionismo ridículo de quem pretende representar a diplomacia brasileira.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 2/12/2020

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O Brasil e a agenda econômica internacional: 2015-2018 - Paulo Roberto de Almeida

 Revisando alguns trabalhos anteriores que possam ainda apresentar alguma validade nos tempos atuais. Não sei se progredimos em algo, ou se tudo permaneceu mais ou menos parado...

A versão mais recente, de meados de 2018, está aqui: 

3279. “O Brasil e a agenda econômica internacional: uma revisão 3 anos depois (abril de 2015)”, Brasília, 1 junho 2018, 30 p. Disponibilizado em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/36757538/O_Brasil_e_a_agenda_economica_internacional_uma_revisao_3_anos_depois_abril_de_2015) e divulgado no blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/o-brasil-e-agenda-economica.html).

Vou tentar atualizar esses trabalhos para a fase atual.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 30 de novembro de 2020


2807. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 1: como se apresenta o cenário econômico internacional da atualidade?”, Hartford, 6 abril 2015, 4 p. Análise da situação econômica atual do mundo, em preparação para a discussão da posição e dos desafios para o Brasil. Mundorama (15/04/2015). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/12159703/2807_O_Brasil_e_a_agenda_economica_internacional_1_como_se_apresenta_o_cenario_economico_internacional_da_atualidade). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/04/o-brasil-e-agenda-economica.html). Relação de Publicados n. 1172.


2808. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 2: como o Brasil se insere no cenário mundial, agora e no futuro próximo?”, Hartford, 10 abril 2015, 6 p.; revisto em 15/04/2015. Continuidade da série, tratando das questões internas ao Brasil. Mundorama (22/04/2015). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/04/o-brasil-e-agenda-economica_22.html). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/12159816/2808_Como_o_Brasil_se_insere_no_cenario_mundial_agora_e_no_futuro_proximo). Relação de Publicados n. 1175.


2814. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 3: como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil?”, Hartford, 18 abril 2015, 7 p. Continuidade da série, no seguimento dos trabalhos 2807 e 2808, tratando de uma possível agenda de reformas internas e de novas posturas externas para fazer o Brasil se inserir na globalização. Mundorama (29/04/2015). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/04/o-brasil-e-agenda-economica_29.html). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/12159844/2814_Como_e_qual_seria_uma_ou_a_agenda_ideal_para_o_Brasil_2015_). Relação de Publicados n. 1176.


2815. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 4: o que o Brasil deveria fazer para maximizar a “sua” agenda?”, Hartford, 19 abril 2015, 11 p. Continuidade, e fim, da série de artigos sobre a agenda de reformas internas. Mundorama (06/05/2015). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/05/o-brasil-e-agenda-economica.html). Relação de Publicados n. 1177.


3279. “O Brasil e a agenda econômica internacional: uma revisão 3 anos depois (abril de 2015)”, Brasília, 1 junho 2018, 30 p. Junção de quatro artigos escritos em abril de 2015 (sob os números 2807, 2808, 2814 e 2815), publicados em Mundorama tratando dos temas seguintes: 1. Como se apresenta o cenário econômico internacional da atualidade? (15/04/2015); 2: como o Brasil se insere no cenário mundial, agora e no futuro próximo? (22/04/2015); 3: como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil? (29/04/2015) e 4: o que o Brasil deveria fazer para maximizar a “sua” agenda? (06/05/2015), unificados em um bloco sequencial, disponibilizado em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/36757538/O_Brasil_e_a_agenda_economica_internacional_uma_revisao_3_anos_depois_abril_de_2015) e divulgado no blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/o-brasil-e-agenda-economica.html). 


Pode ser complementado por este trabalho intermediário: 


3096. “O que esperar de 2017: economia e política internacional”, Brasília, 20 março 2017, 14 p. Notas para participação em seminário na Assembleia Legislativa do RS, em 23/03/2017. Postado no mesmo dia em Mundorama (21/03/2017) e no Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/o-que-esperar-de-2017-economia-e.html).


Mini-reflexão sobre as tarefas à frente - Paulo Roberto de Almeida

Mini-reflexão sobre as tarefas à frente

Paulo Roberto de Almeida 

Uma constatação, olhando para a frente: precisamos escapar da camisa-de-força mental na qual fomos encerrados em 2013, na qual nos aprofundamos entre 2016 e 2018, e da qual estamos recém nos libertando em 2020. 
 Cabe romper definitivamente os grilhões políticos em 2022. 
 Para tal, é preciso superar a camisa-de-força do bolsopetismo, na qual dois psicopatas querem continuar nos encerrando, cada qual puxando para um lado. 
 Não se pode chegar a 2022 com esse falso dilema da esquerda contra a direita, pois não é isso que a maioria do eleitorado quer. 
E não é o Centrão, que só tem oportunista da velha política, que vai ser o instrumento da superação. A construção de uma coalizão da sensatez, rejeitando as mentiras e o sectarismo do bolsopetismo, é a tarefa mais relevante do próximo ano e meio. Que não sejamos desviados dessa tarefa pelas ambições mesquinhas dos oportunistas conhecidos, alguns candidatos nas últimas quatro ou cinco eleições presidenciais. 
A tarefa mais importante, na verdade, é a educação política do eleitorado, numa conjuntura política ainda dominada pelos efeitos da pandemia e da recessão econômica (que precede a pandemia e tem outros vetores do que ela).
Seremos capazes? 
Sou moderadamente pessimista: o patrimonialismo, sob novas roupagens, a baixa educação geral e sobretudo a corrupção política são os grandes desafios de um Brasil completamente destacado do mundo. Me avisem se eu estiver errado, até 2022. 

 Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 30/11/2020

Mini-reflexão à margem das eleições intermediárias - Paulo Roberto de Almeida

 Mini-reflexão à margem das eleições intermediárias

Paulo Roberto de Almeida 


Agora que o PT foi amplamente derrotado, de Norte a Sul, quantos bolsonaristas não ideológicos — isto é, os que apoiavam o capitão menos por convicção e mais por oposição, rejeição, medo ou ódio da esquerda — não se sentirão mal representados por um capitão tosco, ignorante, negacionista, que envergonha o Brasil no mundo, como aliás no próprio Brasil?

Tenho a impressão que muitos largarão esse lastro nauseabundo, jogando-o ao pequeno mar dos fanáticos, para seguir viagem no oceano da política de forma mais leve e menos angustiada com alguma paúra ideológica.

Quem ganhou, nas recentes eleições, não foi a direita, ou o conservadorismo, contra uma esquerda supostamente única, e sim a sensatez e o foco nos problemas reais das cidades, contra as divagações abstratas e vazias, de direita ou de esquerda.

Acredito que o número de eleitores “bolsonaristas” diminuirá significativamente daqui até 2022, inclusive porque o capitão não corre nenhum risco de melhorar. Ele continuará obtuso e fanático como sempre foi, envergonhando o Brasil e os brasileiros cada vez que pode, inclusive ao inventar inimigos imaginários: o voto eletrônico, o comunismo, as ONGs estrangeiras, etc.

Outro derrotado foi o projeto de poder de alguns caciques evangélicos.

Acreditem: o eleitorado brasileiro, na sua aparente baixa educação política, é menos ingênuo do que se supõe. 

E não é o conservadorismo que prevalece, e sim o bom-senso.

Quanto à esquerda, sim, ela continuará existindo e presente, enquanto o Brasil continuar com pobreza e concentração de renda de um lado, e crenças ingênuas no distributivismo estatal de outro.

O que faz falta, sim, tanto na esquerda quanto na direita, são estadistas. Esse, sim, será um artigo faltante no mercado da política enquanto nossas elites continuarem medíocres, predatórias e incompetentes.


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 30/11/2020


sábado, 28 de novembro de 2020

Planejamento estratégico da diplomacia brasileira: o papel do IPRI - Paulo Roberto de Almeida

 Planejamento estratégico da diplomacia brasileira: o papel do IPRI

  

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com) )

[ObjetivoDiálogo com a sociedade, no Programa Renascençafinalidade: Palestra no quadro do Instituto Diplomacia para Democracia.] 

 

O diplomata Antonio Cottas J. Freitas, responsável pelo “Programa Renascença: construção coletiva de uma política externa pós-Bolsonaro”, do Instituto Diplomacia para Democracia (link: https://www.diplomaciaparademocracia.com.br/programa-renascenca), convidou-me para discorrer sobre a meta 44 de seu programa de renovação da diplomacia brasileira – atualmente em grave estado de deterioração substantiva e de rebaixamento moral, em vista das orientações claramente anacrônicas, e mesmo reacionárias, irracionais do ponto de vista de padrões aceitáveis para uma diplomacia profissional –, com o objetivo de refletir sobre minha experiência como ex-diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), órgão da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), vinculada ao Itamaraty, e para oferecer, a partir daí, algumas ideias em prol da implementação da Meta 44 desse programa. A Meta 44 estabelece o seguinte objetivo: 

Restaurar a abertura intelectual, o espírito crítico e a excelência do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), meios de diálogo do MRE com a academia e a sociedade; recriar conselhos curadores com integrantes externos ao ministério.

 

Esse objetivo, assim todos os demais do Programa Renascença foram incluídos por mim, como anexo, a este meu livro: Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira(Brasília: Diplomatizzando, 2020; livremente disponível neste link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/09/uma-certa-ideia-do-itamaraty_7.html), que trata, justamente, como indica seu duplo subtítulo, de um projeto de reconstrução da política externa e de restauração da diplomacia brasileira, que foram, ambas, terrivelmente diminuídas e desmoralizadas pela infeliz e medíocre diplomacia bolsolavista. Pretendo tratar tanto do IPRI quanto da Funag, mas sobretudo aproveitar esta oportunidade para elaborar algumas ideias em torno de um ambicioso projeto de reconstrução da nossa instituição central, o Itamaraty.

Como já indicado no subtítulo deste texto, tal exercício tende a se apresentar como uma espécie de planejamento estratégico para a diplomacia brasileira, empreendimento que pode, ou deveria, ser atribuído ao IPRI, que é o mais próximo que existe de um think tank do Itamaraty, tendo sido constituído precisamente para oferecer reflexões intelectuais, abrir um espaço de diálogo com a comunidade acadêmica, produzir material relevante do ponto de vista da formulação e implementação da política externa (em complemento ao outro órgão da Funag, o CHDD, que se dedica à história diplomática, a partir do Arquivo Histórico Diplomático do Rio de Janeiro). A partir dessa visão, este texto segue, assim, uma tripartição auto explicativa: uma primeira parte tratando da Funag, uma segunda, do IPRI e, finalmente, uma terceira, oferecendo uma reflexão tentativa com vistas à elaboração de um planejamento estratégico para a diplomacia brasileira, um dos possíveis instrumentos da reconstrução do Itamaraty, na perspectiva de uma diplomacia pós-bolsolavista.


I – A Fundação Alexandre de Gusmão (Funag)

 (...)

II – O Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI)

 (...)

III – Um exercício de planejamento estratégico para a diplomacia brasileira

  (...) 

Tal tipo de documento, a ser empreendido por força-tarefa coordenada pela Funag-IPRI, deveria cobrir os diversos aspectos e componentes de um exercício abrangente desse tipo, como o que aqui se propõe, entre eles, mas não limitadamente, os seguintes:

 

I – A política externa e a diplomacia no desenvolvimento nacional

1. Etapas percorridas até aqui, em 200 anos de história nacional e institucional

2. Os desafios do momento: uma matriz dos recursos e das debilidades nacionais


II – Campos de atuação da diplomacia e da política externa do Brasil

3. Multilateralismo, regionalismo e bilateralismo como instrumentos

4. A política externa multilateral do Brasil: interfaces políticas e econômicas

5. A geografia política imediata e a geoeconomia global das relações exteriores

6. América do Sul como eixo de um espaço econômico flexivelmente integrado

7. O multilateralismo econômico como eixo da inserção global do país

8. O ambientalismo e a sustentabilidade como eixos dos padrões produtivos

9. Direitos humanos e democracia como eixos da proposta ética do país

10. A questão dos blocos e das alianças estratégicas na matriz externa

11. As relações com os parceiros principais nos planos bilateral e regionais

12. Vantagens comparativas relativas e exploração de novas possibilidades

13. Perfeita integração da política externa com as políticas de desenvolvimento


III – O Itamaraty como força motriz da inserção global do Brasil

14. Gestão da Casa, com base nas melhores práticas da governança

15. Responsabilização (accountability), abertura e transparência nas funções

16. Capital humano de alta qualidade como base de uma diplomacia eficaz

17. Planejamento estratégico como prática contínua da diplomacia brasileira

 

Estes são os elementos principais que poderiam ser conduzidos num exercício abrangente de reflexão e de proposição, a ser coordenado pela Funag-IPRI, mas com a participação ampla de interlocutores da sociedade civil, do Brasil e do exterior, que também passariam a integrar seus respectivos conselhos consultivos e eventuais corpos editoriais. Desde já me comprometo a trabalhar numa elaboração mais refinada da presente proposta.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3804, 28/11/2020

Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/44595418/3804_Planejamento_estrategico_da_diplomacia_brasileira_o_papel_do_IPRI_2020_).

Referências

1) Programa Renascença (link)

2) Instituto Diplomacia para Democracia (link)

3) Diplomata Antonio Cottas J. Freitas (e-mail)

3) Livro: Uma certa ideia do Itamaraty (link)

4) Página pessoal do autor: www.pralmeida.org

5) Blog Diplomatizzandodiplomatizzando.blogspot.com