O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

sábado, 29 de dezembro de 2012

Mensalao, mensalao, mensalao: o crime que nao quer calar...

Procurei esta noite, no site do blog Opinião e Notícia, a resenha do livro de Marco Antônio Villa sobre o crime hediondo (para as contas públicas e a moralidade republicana) cometido pela alta cúpula do PT e asseclas associados (como os operadores dos esquemas publicitário e financeiro).
O link simplesmente não funciona:

Error 404 - Page Not Found, 

o que pode ter sido um ataque em regras dos hackers mercenários que trabalham para a famiglia dos companheiros remunerados pelo nosso dinheiro, já que eles vivem de mensalão governamental.

Não seja por isso: acessei a página especial sobre o Mensalão do citado blog, neste link:
http://opiniaoenoticia.com.br/mensalao/
Divirtam-se, aliados, coniventes e opositores do maior crime político da história do Brasil.
Paulo Roberto de Almeida 

especial mensalão

especial mensalão

Mensalão vira jogo para smartphones


especial mensalão

Condenado no mensalão quer cursar faculdade na prisão


especial mensalão

Procurador-geral pede prisão imediata de réus do mensalão


especial mensalão

Presidente da Câmara diz que decisão do STF é ‘ingerência’


especial mensalão

PT tentou estancar mensalão


especial mensalão

Aumenta pressão para investigação de Lula


especial mensalão

Dilma tenta desqualificar Valério


especial mensalão

Decisão sobre perda de mandato cabe aos deputados, diz Marco Maia


especial mensalão

Dinheiro do mensalão pagou despesas de Lula, diz Valério


especial mensalão

Julgamento do mensalão vai terminar antes do recesso?


especial mensalão

Deputados condenados devem ter mandatos cassados


especial mensalão

Supremo rejeita redução de penas de condenados


especial mensalão

Roberto Gurgel quer prisão imediata de condenados no mensalão


especial mensalão

FHC ‘explica’ corrupção no governo Lula


especial mensalão

Jefferson escapa de regime fechado


especial mensalão

Supremo deve concluir nesta quarta fase de dosimetria


especial mensalão

Mais seis réus têm penas definidas; faltam três


especial mensalão

STF começa a definir penas de ex-parlamentares


especial mensalão

Um megaevento para a posse de Joaquim Barbosa


especial mensalão

Mais seis réus têm penas definidas


especial mensalão

STF retoma julgamento do mensalão com definição de penas


especial mensalão

Dilma diz que acata e não discute sentenças do STF


especial mensalão

Toffoli não quer mensaleiros presos


especial mensalão

Advogados devem entrar com mais de 40 recursos para reduzir penas


especial mensalão

Dirceu tentará reverter condenação por quadrilha


especial mensalão

Condenado, Genoino não tem dinheiro para pagar multa


especial mensalão

José Dirceu deve ficar preso pelo menos 1 ano e 9 meses


especial mensalão

Tempos sombrios, tempos petistas


especial mensalão

José Dirceu é condenado a 10 anos e 10 meses de prisão


especial mensalão

Oposição pede a Gurgel que investigue Lula pelo mensalão


especial mensalão

STF retoma julgamento do mensalão nesta quarta


especial mensalão

Operador do mensalão não poderá se beneficiar de novo acordo de delação premiada


especial mensalão

Gurgel diz que Valério não precisa de proteção


especial mensalão

STF avalia redução das penas de Valério e Jefferson


especial mensalão

Valério cita Lula em novo depoimento e pede inclusão no programa de proteção a testemunhas


especial mensalão

PT não vai punir mensaleiros


especial mensalão

A consagração do mensalão?


especial mensalão

Os reflexos e consequências do julgamento do mensalão


especial mensalão

Lewandowski é hostilizado durante eleições


especial mensalão

Procurador pede passaportes de réus do mensalão


especial mensalão

Supremo suspende julgamento do mensalão


especial mensalão

A condenação do PT


especial mensalão

O que fazer com leis aprovadas com a compra de votos?


especial mensalão

Dosimetria de Joaquim Barbosa vaza na internet


especial mensalão

Quantos anos de prisão Dirceu pode pegar?


especial mensalão

Maioria do STF condena núcleo político do PT por formação de quadrilha


especial mensalão

As brigas e os bate-bocas do mensalão


especial mensalão

Mensalão ‘carminha’ para o fim


especial mensalão

Roubar ficou mais perigoso


especial mensalão

STF absolve Duda Mendonça


especial mensalão

Joaquim Barbosa é o mais novo fenômeno da internet


especial mensalão

Saiba como o STF deve solucionar empates e definir penas de prisão


especial mensalão

Leitora comenta postura do ministro Lewandowski em julgamento


especial mensalão

STF absolve três réus por lavagem de dinheiro


especial mensalão

Mensalão: será que é câncer?


especial mensalão

Após condenação, José Dirceu emite nota em que se diz injustiçado


especial mensalão

STF condena núcleo político do mensalão


especial mensalão

Teori Zavascki e o desempate do mensalão


especial mensalão

Lewandowski prejudica imagem do STF?


especial mensalão

O trágico Lewandowski ajuda a condenar os réus do mensalão


especial mensalão

Como explicar o voto de Lewandowski que absolve José Dirceu?


especial mensalão

Mensalão: a hora é agora!


especial mensalão

STF confirma compra de votos no mensalão


especial mensalão

STF condena Roberto Jefferson por lavagem de dinheiro


especial mensalão

Depois do julgamento, não vem a bonança!


especial mensalão

Desliguem as câmeras no STF já


especial mensalão

Marcos Valério passará ao menos 13 anos na prisão


especial mensalão

STF condena oito por lavagem de dinheiro


especial mensalão

STF condena ex-presidente e ex-vice do Banco Rural por gestão fraudulenta


especial mensalão

Os réus do mensalão e seus defensores ‘pro bono’


especial mensalão

Leitor comenta argumentos da defesa no caso mensalão


especial mensalão

O preço da honestidade


especial mensalão

STF confirma a condenação de João Paulo Cunha


especial mensalão

Condenação mínima pode levar crimes do mensalão à prescrição


especial mensalão

Lula nega mais uma vez o mensalão


especial mensalão

A festa do mensalão, literalmente


especial mensalão

Ricardo Lewandowski condenará políticos?


especial mensalão

Advogados pedem esclarecimentos sobre julgamento fatiado


especial mensalão

Advogados do mensalão falam até em Bin Laden e em personagem de novela


especial mensalão

Pena alternativa é impunidade de mensaleiro?


especial mensalão

STF nega inclusão de Lula no mensalão


especial mensalão

Imagens do tédio no julgamento do mensalão


especial mensalão

Lula foi o mandante do mensalão, diz advogado de Jefferson


especial mensalão

Pressa, sonecas e praça vazia: que julgamento é esse?


especial mensalão

Culpa pelo mensalão? Comigo não tá!


especial mensalão

Quem irá pagar os honorários dos advogados de defesa do caso mensalão?


especial mensalão

Jefferson diz que salvou o Brasil de Dirceu


especial mensalão

Começa julgamento dos aloprados com pedigree


especial mensalão

O mensalão na imprensa internacional


especial mensalão

Culpados ou inocentes?


especial mensalão

Réus do mensalão devem pelo menos R$ 64 milhões à Receita


especial mensalão

A imprensa crítica no banco dos réus


especial mensalão

Mensalão: o que espera o Brasil?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Ha-Joon Chang: um debate sobre suas teses - Ricardo Piccoli vs PRAlmeida

Recebi, hoje (28/12/2012), a correspondência abaixo, cujo autor parece não ter lido sequer a atribuição inicial da transcrição da resenha que fiz em meu blog de resenhas de livros, e que pertence a um outro autor que não este modesto escriba que assina esta nota introdutória.
Como o Ricardo Piccoli se engana de interlocutor, não me cabe responder em nome de outrem.
Sugiro apenas que ele:
1) Compre um óculos de grau, pois deve ter algum problema de miopia;
2) Leia com atenção o que pretende criticar, o que ele não parece ter feito, sequer no título e no autor em destacado, que transcrevo aqui para seu esclarecimento e iluminação:
O Mito do Protecionismo Esclarecido
Rodrigo Constantino
 3) Tente formular ideias com um pouco mais de clareza, coerência e ordem no pensamento, pois não consigo entender qual é o seu ponto, exatamente, ao defender Ha-Joon Chang (que poucos acadêmicos ingleses ou americanos levam a sério), sem articular corretamente seus muitos conceitos e teorias.
4) Cresça mais um pouco, para ser menos afoito em distribuir lições confusas de história econômica; manifestamente ele não conhece a história do desenvolvimento alemão ou americano, ou da própria Coreia, mas pretende criticar Adam Smith.
5) Não misture alhos com bugalhos...
Paulo Roberto de Almeida

Mensagem recebida: 

On Dec 28, 2012, at 08:59 PM, Ricardo Piccoli <piccoli@xxxxxxx.xxx> wrote:
Li no blog do seguinte endereço: http://praresenhas.blogspot.com.br/2009/02/218-desconstruindo-ha-joon-chang-um.html, de 28 Fevereiro de 2009, sua crítica titulada “Desconstruindo Ha-Joon Chang, um samaritano simplesmente equivocado”, escrito por sua pessoa. Já faz quase 4 anos que foi escrito. Não sei se mudaste de ideia, mas, como ainda está lá, criticá-lo-ei.
A despeito do teu extenso currículo, o qual demonstra que és uma pessoa inteligente, tua análise do Chang é pobre e eivada de maus juízos de valores. Desculpe-me, serei direto e franco, sem misericórdia. Nesse quesito, farei uso de uma lógica quase Calvinista e Malthusiana. Por outro lado, já seguindo uma lógica dialética, considero que até uma pessoa inteligente pode se deixar cegar por ideologias defendidas com arraigada paixão. Parece ser esse o teu caso.
No início, utilizas uma pobreza de juízo de valores ao “acusar” (e antes que reclames que é “fato”m a tua colocação tem “cheiro” de acusação) Bresser Pereira de ser o ministro do congelamento da era Sarney. Ora, Senhor Paulo Roberto, tu mesmo sabes que o Bresser Pereira é muito mais do que isso. Seja inteligente na tua crítica. Não diminua o argumento contrário, para engrandecer o teu. E, sempre, lembre-se do seguinte ditado, dito por Vitor Hugo: “palavras amargas indicam causa fraca”. Essa é minha contribuição inicial à tua análise. Aproveite as próximas.
Primeiro
Vou começar por List (Friedrich List) e não por Chang. Tu enxergas List apenas como mercantilista e reduz a importância dele a esse fato (bastante discutível, por sinal). Em poucas palavras, List nunca foi um teórico da economia como Smith, Marthus, Ricardo, Marx, Mill e outros tantos. Talvez esteja mais próximo de Schumpeter no estilo “mais focado”. List nunca quis fazer teoria econômica. O que ele estudava era o seguinte: POR QUE ALGUMAS NAÇÕES SE DESENVOLVEM E OUTRAS NÃO? Respondido isso (ou encontrada uma ideia sobre isso), dedicou-se à próxima questão: O QUE A ALEMANHA TEM QUE FAZER PARA RECUPERAR SEU ATRASO?
Ou seja, List nunca quis fazer nenhuma teoria e buscar algumas verdades universais (de maneiras a contribuir com a ciência) sobre a Economia. Ele buscou a realidade da Alemanha e a ela se dedicou. Assim, defendeu o protecionismo (que os Ingleses fizeram muito, que a Europa faz muito e que os EUA, disfarçadamente, também faz); defendeu o mercantilismo ou a exploração das colônias ou outros países menos avançados (ou seja, tudo que os países centrais fazem) e uma política voltada ao crescimento da indústria em detrimento dos atrasos de um país agrário e sem classe média (os milicos alemães criaram uma classe média “a porrete” e induziram a Aelmanha à modernidade)
E, adivinha o que aconteceu: A ALEMANHA SE TORNOU A POTÊNCIA EUROPÉIA QUE FOI DESTRUÍDA DUAS VEZES E CONTINUA NADANDO DE BRAÇADA NA ECONOMIA MUNDIAL.
Entende, agora, porque o Chang “segue” o List? Com esse entendimento, tens ideia, ainda, de continuar fazendo essa crítica mesquinha e infantil ao List e ao Chang? Entenda um pouco mais de história econômica e do pensamento econômico e extrairás melhores resultados das tuas leituras. Essa é a segunda contribuição. Enjoy it.
Segundo
Chang (ou List) nunca diz que “a privatização, a redução da burocracia, um Banco Central menos politizado, a meta de inflação, a abertura comercial e o equilíbrio orçamentário do governo seriam medidas prejudiciais aos países pobres”.
Primeiramente, há que se avaliar cada um desses itens. Avalie cada variável individualmente, à moda Ricardiana (ou cartesiana, de Renè Descartes). Vá ao individual e, depois, volte ao todo (à moda Marxista).
Privatizações podem ser interessantes, desde que se tenha um horizonte bem claro da economia, tanto ao nível de maturidade de investimento como em prioridade e foco desenvolvimento. Possível isso em países com pouca cultura e em baixo estágio de desenvolvimento (econômico, cultural, social, intitucional)?
Redução da burocracia, Banco Central menos politizado e uma certa dose de controle na meta de inflação é de interesse de todos. Mas, dialeticamente falando, depende do contexto de cada economia. Como sair-se com uma receita (de bolo?) preparada para cada sociedade, independente do seu estágio de desenvolvimento? Oooops... não vais dizer que o que é bom pros EUA é bom pro Brasil, não é?
Abertura comercial deve vir na esteira de uma análise da maturidade da economia doméstica. Equilíbrio orçamentário tem que ser precedido por uma avaliação das condições de investimento e da demanda, à moda Keynesiana, da economia doméstica.
Por favor, leia mais sobre isso. E, principalmente, não empobreça tua análise ao jogar variáveis e dados sem se dar ao trabalho de avaliar.
Terceiro
Veja essa passagem de tua análise, corroborando minha pecha de que tua análise é pobre e infantil:
O desenvolvimentismo de Chang é muito similar ao nacionalismo de List,economista que representava o oposto daquilo que Adam Smith defendia. Contra a “mão invisível” do mercado, seria necessária a “mão benevolente” do governo. O protecionismo de Chang é o mercantilismo com um véu novo. Retirando o eufemismo, resta o velho dirigismo estatal, a crença de que o Estado deve assumir a locomotiva do desenvolvimento econômico.
Friedrich List já dizia que somente onde o interesse dos indivíduos estivesse subordinado ao da nação, haveria desenvolvimento decente. A nação era vista como um ente concreto, com desejos e interesses, que justificavam inclusive o sacrifício dos indivíduos. Quem saberia dizer quais os verdadeiros interesses da nação? Com certeza, os “sábios”, entre eles List. A glória futura da nação valeria mais que tudo. Nesse aspecto ao menos, Hitler não foi
muito criativo.
Em primeiro lugar, acrescentar Hitler à tua análise (mesmo que queiras aproveitar o mote dos “interesses da nação”) é infantil e tendencioso. Muito pobre para uma pessoa inteligente (que é diplomata, por sinal) como tu. Certo?
Na continuação, a defesa neoliberal e a mão-invisível do Adam Smith só existem nos contos da carochinha (ou no Instituto Von Mises) e na tua cabeça. Acorde, pois tua dose de Rohypnol foi forte. Observe que os interesses da nação sempre foram fortes nos países mais liberais (que tu mesmo conheces), como EUA e UK. Onde está o mérito de tua análise?

Bom, o resto da tua análise está pior ainda, com passagens acusativas ao marxismo e outros pontos de vista pobres. Porém, não farei a crítica hoje. Se responderes a esse e-mail, voltarei a ensinar a esse “Doutor em Ciências Sociais” e “Mestre em Planejamento Econômico” a fazer uma melhor análise da História Econômica e uma melhor avaliação do Pensamento Econômico. Assim, clareando um pouco mais sua ideologia neoliberal, distorcida e tendenciosa. Não creio.....

Hasta
Ricardo Piccoli

Carga tributaria brasileira em comparacao internacional

Carga Tributaria Brasil e Comparada 2010
Brasil x Países OCDE Selecionados
Por Ricardo Bergamini

As comparações dos valores de carga tributária nacional com as de outros países devem ser feitas com cuidado, pois algumas espécies tributárias existentes em um país podem não existir em outros. Um exemplo é a previdência, que em alguns países é privada, não fazendo parte da carga tributária. No caso do Brasil, há que se considerar, além da complexidade de um sistema federativo com três esferas de Governo - cada um com sua competência tributária, a magnitude dos serviços que o Estado pretende prover à população. A carga atual está determinada pelo orçamento e, do ponto de vista legislativo, não tem havido medidas no sentido de aumenta-la, pelo contrário, sucessivas medidas de desoneração têm sido aprovadas. O quadro demonstrativo abaixo apresenta, a título ilustrativo, uma comparação da carga tributária nacional com a de alguns países da OCDE.
 
Países  % do PIB
México 18,1
Chile 20,9
Estados Unidos 24,8
Coréia do Sul 25,1
Turquia 26,0
Irlanda 28,0
Suíça 29,8
Grécia 30,9
Canadá 31,0
Portugal 31,3
Nova Zelândia 31,3
Espanha 31,7
Israel 32,4
Brasil 33,5
Estônia 34,0
República Checa 34,9
Reino Unido 35,0
Islândia 36,3
Alemanha 36,3
Luxemburgo 36,7
Hungria 37,6
Eslovênia 37,7
Áustria 42,0
Finlândia 42,1
Noruega 42,8
França 42,9
Itália 43,0
Bélgica 43,8
Suécia 45,8
Dinamarca 48,2
 – Fonte MF   Base: Ano de 2010      

Carga Tributária Brasileira – Fonte MF Base: De 1989 até 2011
28 Dec 2012

Carga Tributária Brasileira - % PIB
Ano Federal  Estadual Municipal Total
1989 16,05   6,71         0,95         23,71
1992 17,00   6,96        1,00          24,96
1994 19,90   6,98        1,02          27,90
2002 22,08   8,90        1,37          32,35
2010 23,15   8,53        1,85          33,53
2011 24,73   8,63        1,95          35,31
 Por Ricardo Bergamini

1 – Em 1990 o Presidente Collor assumiu o governo com uma carga tributária de 23,71% do PIB, entregando o governo em 1992 com uma carga tributária de 24,96% do PIB. Aumento de 5,27% em relação ao ano de 1989.

2 – Em 1992 o Presidente Itamar Franco assumiu o governo com uma carga tributária de 24,96% do PIB, entregando o governo em 1994 com uma carga tributária de 27,90% do PIB. Aumento de 11,78% em relação ao ano de 1992.

3- Em 1995 o Presidente FHC assumiu o governo com uma carga tributária de 27.90% do PIB, entregando governo em 2002 com uma carga tributária de 32,35% do PIB. Aumento de 15,95% em relação ao ano de 1994.

4 – Em 2003 o Presidente Lula assumiu o governo com uma carga tributária de 32,35% do PIB, entregando o governo em 2010 com uma carga tributária de 33,53% do PIB. Aumento de 3,65% em relação ao ano de 2002.

5 – Em 2011 a Presidente Dilma assumiu o governo com uma carga tributária de 33,53% do PIB aumentando para 35,31% do PIB no seu primeiro ano de governo. Aumento de 5,31% em relação ao ano de 2010.

6 – De 1990 até 2011 a carga tributária brasileira teve um aumento real em relação ao PIB de 48,92%.
6.1 – Aumento da carga tributária federal no período – 54,08%.
6.2 – Aumento da carga tributária estadual no período – 28,61%.
6.3- Aumento da carga tributária municipal no período – 105,25%.

Brasil ja vai 'a guerra... comercial: pela direcao da OMC

Candidatura brasileira à Direção-Geral da OMC

Por instrução da Senhora Presidenta da República, o Governo brasileiro apresentará a candidatura do Embaixador Roberto Azevêdo ao cargo de Diretor-Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para o período 2013-2017. O processo de eleição, conduzido pelo Conselho Geral da OMC, ocorrerá a partir do dia 31 de março e deverá concluir-se até 31 de maio de 2013.
28/12/2012 - Por instrução da Senhora Presidenta da República, o Governo brasileiro apresentará a candidatura do Embaixador Roberto Azevêdo ao cargo de Diretor-Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para o período 2013-2017. O processo de eleição, conduzido pelo Conselho Geral da OMC, ocorrerá a partir do dia 31 de março e deverá concluir-se até 31 de maio de 2013.
Membro fundador da OMC, o Brasil tem desempenhado papel importante no sistema multilateral de comércio. No âmbito da Rodada Doha do Desenvolvimento, o Brasil tem defendido o crescente engajamento dos membros para o cumprimento dos objetivos da Organização, com vistas à melhoria dos padrões de vida, à garantia do pleno emprego e da renda, à expansão da produção e do comércio de bens e serviços, bem como ao uso dos recursos disponíveis em conformidade com o desenvolvimento sustentável.
O Embaixador Roberto Azevêdo reúne importantes qualificações para o exercício da função de Diretor-Geral da OMC, com amplo conhecimento da Organização, seus mecanismos e potencialidades, estando diretamente envolvido com temas econômicos há mais de vinte anos:
(a) de 1995 a 1997, atuou como Subchefe para Assuntos Econômicos no Gabinete do Ministro de Estado das Relações Exteriores;
(b) entre 1997 e 2001, serviu na Delegação do Brasil junto à ONU e Outros Organismos Internacionais em Genebra, acompanhando contenciosos na OMC na qualidade de membro de painéis e chefe de delegação;
(b) em 2001, participou da criação da Coordenação-Geral de Contenciosos do Itamaraty, unidade que dirigiu por mais de quatro anos, atuando como chefe de delegação em contenciosos como os casos de Subsídios ao Algodão (iniciado pelo Brasil contra os Estados Unidos), Subsídios à Exportação de Açúcar (iniciado pelo Brasil contra as Comunidades Europeias) e Medidas que Afetam a Importação de Pneus Reformados (litígio iniciado pelas Comunidades Europeias);
(c) de 2005 a 2006, chefiou o Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, atuando como chefe da delegação brasileira na Rodada de Negociações Multilaterais da Organização Mundial do Comércio (Rodada Doha);
(e) entre 2006 e 2008, foi Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores;
(e) desde setembro de 2008, é o Representante Permanente do Brasil junto à OMC e outras Organizações Econômicas em Genebra, atuando como negociador-chave para as negociações multilaterais de comércio.
A candidatura brasileira representa a importância atribuída pelo País ao fortalecimento da OMC e procura contribuir para o progresso institucional da Organização e para o desenvolvimento econômico e social mundial.

Retrato do Brasil atual (nao chore, por favor...)

Sim, não tem porque você gastar suas lágrimas de desespero com tanta gente desprezível, no limite da criminalidade (e alguns já cairam nela). Como é final de ano, seria melhor não entristecer o ambiente pensando em coisas ruins, como as que são relatadas (infelizmente, por puro realismo) neste blog (que só pode ser sado-masoquista). Tente pensar em coisas boas, no que você vai empreender em 2013e, por exemplo, mas fora da vida política, porque esta não tem qualquer chance de melhorar no futuro previsível.
Pense em poesia, em crianças sorrindo, nos seus novos projetos, enfim, em qualquer coisa menos nos personagens pouco (ou nada) recomendáveis que são listados abaixo.
Como disse, espaireça neste fnal de ano, coisas leves, descompromissadas.
Mas tenha certeza de uma coisa: não existe a menor chance, a mais mínima hipótese de melhorar. Tudo indica que vai continuar piorando, por um bom tempo ainda...
Paulo Roberto de Almeida

Apesar de tudo, Feliz Ano Novo
Coluna Carlos Brickmann, 29/12/2012

José Genoíno, condenado pelo STF no processo do Mensalão, assume a cadeira de deputado federal como suplente de Carlinhos de Almeida, que se elegeu prefeito de São José dos Campos. A pena de Genoíno é de 6 anos e 11 meses de prisão, em regime semiaberto. Sessões à noite, nem pensar.
A família vai bem, obrigado. O deputado federal José Nobre Guimarães, irmão de Genoíno, é líder da bancada petista. Lembra do cavalheiro preso com cem mil dólares na cueca? Era assessor do Nobre parlamentar.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, engordou o cofrinho aposentando-se como ex-senadora. Saiu no Diário Oficial do dia 27.

O Governo paulista, forçado pela Lei de Acesso à Informação, revelou que paga pensão vitalícia a 266 políticos ou parentes de políticos. São R$ 33 milhões, para, entre outros, dois ex-ministros, dois ex-governadores, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, a viúva de um ex-governador e um ex-candidato à Presidência da República. Nomes? Ex-ministros, Almir Pazzianoto e Wagner Rossi; ex-governadores, José Maria Marin - sim, o presidente da CBF - e Alberto Goldman; conselheiro do TCE, Robson Marinho (que acumula a pensão com o salário do tribunal); viúva de ex-governador (Mário Covas), Lila Covas; ex-candidato à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio.

Tudo isso está na lei. E esqueça Chico Buarque: amanhã não vai ser outro dia.

Detalhes...
Uma das pensionistas do Governo paulista é Roseli Fátima Gonzalez, viúva do deputado estadual Nunes Ferreira. Ferreira exerceu o mandato de 1954 a 1962. A Carteira de Previdência dos parlamentares foi criada em apenas em 1976, 14 anos depois. Mas tudo, não se preocupe, está dentro da lei.
Pague, pois.

...tão pequenos
As pensões variam de R$ 10 mil a R$ 19 mil para ex-deputados e de R$ 7.500 a R$ 19 mil para dependentes.
Mas não se preocupe, isso sobe agora em janeiro.

Quem procura acha
Renan Calheiros já teve de renunciar à Presidência do Senado para não ser abatido por um escândalo. Agora é favorito por ter o apoio de Sarney, dos partidos governistas (com raras exceções, como Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, PMDB, Pedro Taques, PDT, Randolfe Rodrigues, PSOL), mais o do PSDB. E por que os tucanos apoiam Renan? Simples: é o retorno do trabalho de Renan para livrar o governador goiano Marconi Perillo, do PSDB, da CPI do Cachoeira.

Luz não, choque sim
Pode ficar tranquilo, diz a presidente Dilma Rousseff: não há uma crise no setor de energia do Brasil, apesar dos múltiplos apagões que têm ocorrido. "Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento de energia".
A presidente tem razão: racionamento é coisa organizada, em que se distribui da melhor maneira possível um produto insuficiente e se comunica à população como as coisas vão funcionar. Aqui não há racionamento: a luz cai, e volta um dia desses.

Gargalhe no escuro
A presidente disse também que devemos gargalhar quando alguém atribuir a raios os problemas no sistema elétrico. "É falha humana", assegurou. Mais uma vez, tem razão: quem será a pessoa que falhou ao nomear um político maranhense sarneyzista, cujo conhecimento de energia se limita a acender e apagar a luz da sala, para comandar o abastecimento e distribuição de eletricidade no Brasil?

Imexível
A presidente Dilma garantiu também que seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, só deixa o cargo se quiser. Por ela, fica. E mais uma vez tem razão. Na mitologia grega, Cassandra, princesa troiana, negou-se a dormir com o deus Apolo, e foi condenada a ter o dom da profecia precisa, sem que ninguém nela acreditasse (e, por rejeitar suas previsões, Troia foi vencida pelos gregos). O nome de Cassandra é lembrado até hoje.
E Guido Mantega é superior: ninguém acredita nele, mas como suas profecias nunca estão certas, isso não faz mal a ninguém.

Quem sabe
Triste com as informações desta coluna? Mas este, convencionou-se, é um dia de festa, de alegria, de esperanças no novo ano. Então, colaboremos: o senador José Sarney, do PMDB do Amapá, está dizendo que, ao final de seu mandato (daqui a exatamente dois anos), deixará de se candidatar. Na política, claro, continua, que osso bom não se larga: deve participar da campanha de sua filha Roseana à reeleição para o Governo maranhense, e continuará comandando seu grupo, que inclui o atual ministro das Minas e Energia, Édison Lobão.
Sarney assumiu seu primeiro mandato (deputado federal) em 1955 - há 58 anos. Há 50 anos manda no Maranhão. Esteve em quatro partidos - PSD, UDN, Arena, PMDB - sempre no Governo.
E o Maranhão? Está onde sempre esteve.

(Un)Doing Business: como atrapalhar as empresas e dificultar negocios; adivinhe quem e' o campeao...

Enfim, essa também é covardia: perguntar onde é mais difícil fazer negócios, ganhar dinheiro, viver em paz com sua humilde pequena empresa. Claro que é neste nosso paisinho difícil, neste nosso planetinha que cada vez fica mais integrado e mais market-friendly.

Os 10 países onde MENOS HORAS se dedicou, num ano, ao esforço de se manter em ordem com o órgão arrecadador de tributos.  Ou seja, não se trata de pagar menos impostos, mas do tempo dispendido com a burocracia do setor, em 2011.

1. Maldivas: 0 horas
2. Emirados Árabes Unidos: 12 horas
3. Bahrein: 36 horas
4. Qatar: 36 horas
5. Bahamas: 58 horas
6. Luxemburgo: 59 horas
7. Omã: 62 horas
8. Suíça: 63 horas
9. Irlanda: 76 horas
10.Seicheles: 76 horas

Os 10 países onde MAIS HORAS se trabalhou em um ano para declarar impostos em 2011:

1. Brasil: 2.600 horas ( é mais que o dobro do 2º colocado! )
2. Bolívia: 1.080 horas
3. Vietnã: 941 horas
4. Nigéria: 938 horas
5. Venezuela: 864 horas
6. Bielorrússia: 798 horas
7. Chade: 732 horas
8. Mauritânia: 696 horas
9. Senegal: 666 horas
10.Ucrânia: 657 horas

Fonte: Banco Mundial (Doing Business 2011)

Paraguay: an horrific history - The Economist

Paraguay's awful history
Dec 19th 2012, 23:55 by The Economist online

THE War of the Triple Alliance, fought between Paraguay and a coalition of Argentina, Brazil and Uruguay from 1865-70, was arguably the worst military defeat ever inflicted on a modern nation-state. In the wake of the impeachment of Paraguay's president in June, this week's special Christmas double issue of The Economist explores how the legacy of the war continues to shape and blight the country.

The never-ending war
How a terrible but little-known conflict continues to shape and blight a nation
Dec 22nd 2012 | ASUNCIÓN | from the print edition

He died with his homeland
THE fall of the “father of all Paraguayans” was even more abrupt than his rise. In 2008 Fernando Lugo, a Catholic bishop and liberation theologian who called himself a champion of the poor, won his country’s presidential election and broke the Colorado Party’s chokehold on power. Shortly after his inauguration, however, four women said that he had fathered their children while under a vow of celibacy; Mr Lugo recognised two of them. The Liberal party, whose support had propelled him to the presidency, repudiated him. In June 2012 Congress summarily removed him from office, after he was accused of mishandling a clash between police and landless peasants.

In the eyes of the leftist leaders of Argentina, Brazil and Uruguay, Paraguay’s partners in the Mercosur trade block, the lightning-fast impeachment was a coup. They suspended the country from Mercosur and encouraged the Organisation of American States (OAS) to do the same. On June 26th Hugo Saguier, Paraguay’s ambassador to the OAS, took the floor and lashed out. “If you want to form a new Triple Alliance,” he said, “go ahead.”

Many in the room were puzzled. But Brazil’s representative angrily replied that the comment was “unnecessary and gratuitous”. Mr Saguier had invoked one of the deepest scars in Latin America’s history: the War of the Triple Alliance, a conflict between Paraguay and a coalition of Argentina, Brazil and Uruguay that began in 1865 (just as the American civil war was drawing to a close), and ended in 1870. “I wanted [the speech] to hurt,” Mr Saguier says.

The war, known in Paraguay as the “War of ’70” or the “Great War”, was among the worst military defeats ever inflicted on a modern nation state. According to Thomas Whigham of the University of Georgia, as much as 60% of the population and 90% of Paraguayan men died from combat or, more often, from disease and starvation. Other researchers put the figure considerably lower—but still atrociously high. Federico Franco, Mr Lugo’s successor, recently called the war a “holocaust”. Yet it is little known outside the region. Even in Paraguay its moral ambiguities have caused generations of leaders to shroud it in myth.

But the diplomatic backlash against the impeachment has revived debate about this national trauma. After 142 years Paraguay is grappling with the mixture of hubris and heroism that plunged it into self-immolation, a tragedy that still defines the country.

Modern Paraguay—flat, landlocked and steamy—is a geopolitical pipsqueak. Its foreign influence is limited to two giant dams on its borders, soyabean exports that feed Chinese livestock and the free-for-all bazaar of Ciudad del Este, a border town where vendors of cut-rate electronics and clothes operate in public, and arms dealers and Hizbullah fund-raisers do so in private.

In the mid-1800s, however, Paraguay was a middling regional power. It began a breakneck industrialisation during the presidency of Carlos Antonio López, who imported European experts to build a shipyard, a foundry and one of South America’s first railways. He also beefed up the army to deter Paraguay’s twitchy neighbours: Argentina considered the country a rebel province until 1852, while Pedro II, the Brazilian emperor, claimed lands that Spain and Portugal had disputed.

He died with his homeland
In 1862 López died, and was succeeded by his son Francisco Solano. The younger López demanded absolute deference—he banned people from turning their backs to him, or sitting while he stood—and was eager to make a name for himself as a statesman. In 1864 he saw his chance. To protect its commercial interests, Brazil threatened to intervene in a civil war in Uruguay, a small buffer state between it and Argentina. López feared this would upset the regional balance of power, and announced that Paraguay could not tolerate the presence of Brazilian troops on Uruguayan soil.

Pedro shrugged him off and invaded Uruguay. Soon afterwards López declared war on Brazil and attacked its interior province of Mato Grosso. He later dispatched a force to Uruguay as well. When Argentina refused to let him march troops through its territory, López sent them anyway. Once the Brazilian-backed side won the war in Uruguay, the three governments signed a secret pact. They agreed to annex half of Paraguay’s territory, collect reparations and forbid it from keeping an army—and to fight until López was ousted.

The odds were stacked against Paraguay. The allies’ combined population was 25 times bigger. Paraguay relied on Napoleonic-era kit—muskets, 17th-century cannon and wooden boats—and, being landlocked, could not import modern armaments. Many of its horses were crippled by a spinal ailment. The allies ultimately mustered long-range rifles, artillery and ironclad warships.


Victory or death. It was death

The Paraguayan invaders were soon beaten back from Uruguay and Brazil, and López proposed peace. But Pedro’s honour would not let him quit until his rival was toppled (the Brazilian troops did most of the fighting). Honour similarly prevented López from abdicating, though perhaps no alternative, self-respecting Paraguayan leader could have surrendered on the secret pact’s terms. What began as a capricious escapade became a total war, and a struggle for national survival.

For three years the outgunned, undermanned Paraguayans battled their enemies to a stalemate in the country’s southern marshes. Water mines and obstacles at the fort of Humaitá blocked the Brazilians’ advance by river. But in 1868 heavy rains raised the water level, and their boats quickly reached Asunción, the capital. Paraguay’s army surrendered the next year.

López, however, would not give up. He moved his capital from one town to another, taking the entire state archives in tow. He imagined a vast conspiracy against him, and jailed and tortured thousands of his most loyal backers, including his own mother and sister. His brother was among the 700-800 people he had executed—often by lance to save ammunition.

Because López had drafted every man in Paraguay, there was no labour to work the fields, and starvation set in. Many who subsisted on bitter wild oranges succumbed to cholera, malaria and dysentery. As able-bodied men died, López recruited a new army of wounded and child soldiers. He armed them with sticks painted to look like guns, disguising the youngsters with fake beards. The army’s original red uniforms had dwindled to rags; rain seeped through ponchos made of shredded carpets. Eventually they fought naked. (Today, Paraguay celebrates Children’s Day on the anniversary of a battle in which 2,000 children perished.)

López continued to retreat. In 1870 the Brazilian army cornered him at last at Cerro Corá, in the remote north-east. His ring bore a slogan, “victory or death”, which he honoured by refusing to surrender. “I die with my homeland,” he proclaimed before being shot—though his partisans insist he said “for my homeland”. Elisa Lynch, his Irish consort, buried him next to their son.


My day will come

According to a rough-and-ready post-war census, just 29,000 males over the age of 15 were left in Paraguay. One observer called the survivors “living skeletons…shockingly mutilated with bullet and sabre wounds”. Jaguars roamed freely and feasted on human flesh. Women wandered the streets naked.

The war wiped out Paraguay’s elite. After an eight-year occupation the country was run by Argentine carpetbaggers and exiles who had backed the allies. They branded López a butcher and a tyrant, and excised him from history. He had foreseen what would become of his reputation. “I will be buried beneath the weight of mountains of ignominy,” he said on the day before his death. “But my day will come, and I will rise from the abyss of slander to…take my rightful place in history.”

Time would prove him right. By the 1920s tensions were rising with Bolivia over the Chaco region, wrongly thought to be rich in oil. Eager to whip up nationalist sentiment, the government recast López as a symbol of the country’s bellicose spirit.

From 1932-35 the two countries went to war. This time Paraguay won. The indigenous Bolivian soldiers did not want to fight for their white commanders, and could not understand Paraguayan radio signals in the Guaraní language. Their wool uniforms left them dehydrated in the arid Chaco.

With Paraguay’s pride restored, López’s remains were moved to a domed shrine in central Asunción. Today, el mariscal (“the marshal”) is the country’s improbable icon. A portrait of him atop a stallion hangs in the president’s office in the López Palace, which he built. His sword sits in a display case.

Yet despite this clumsy hagiography, Paraguay has done little to tell the real story of the war. Asunción has no history museum; the main battlefields have been neglected. Humaitá is now a fishing village, accessible only by a dirt road that is often blocked by cattle. The river moves a few feet east every year, taking the border with Argentina with it. It now threatens to flood the ruins of a church destroyed by the invaders. “What they didn’t take in the war, they’re getting from the river,” says Vicenta Mirando, a local schoolteacher.

The war’s worst atrocity occurred in Piribebuy, 80km (50 miles) east of Asunción by road. There Brazilian troops cut the throats of everyone they could find, and locked the doors to a crowded hospital before setting it alight. A gruesome concrete relief, illustrating the horror, has been built on the site; the town has funded a one-room museum, which includes a single tuft of braided hair removed from the mass grave below its 18th-century church. In the church itself, however, there is no sign of the history buried below the red-tiled floor. Speakers blare Christian rock between services.

It isn’t even past

Paraguay’s suspension from Mercosur set off a surge of nationalism. Asunción is plastered with posters trumpeting the country’s sovereignty. “We won’t accept foreign tutelage,” says President Franco. “This is a poor but dignified country. It’s poor as a consequence of an unjust war.” He demands that Brazil return Paraguay’s “Christian Cannon,” cast from melted church bells.

The episode has also increased sympathy for López in some quarters. “I’ve had my re-evaluation of el mariscal,” says Esteban Burt, a lawyer. “The Triple Alliance went out of its way to say [the impeachment] was a disgrace, that Paraguayans should be punished. We haven’t heard that sort of language since 1870.” Mr Burt thinks that Brazil’s wartime archives, the last of which were declassified this year, will reveal that the allies had conspired to destroy Paraguay years before the war began.

But Mr Lugo’s career highlights other aspects of the war’s legacy. His election was widely celebrated because it ended 61 years of unbroken rule by the Colorado Party, 35 of them under Alfredo Stroessner. It was under Stroessner that the cult of López reached its apex. “The emphasis on glory, self-sacrifice, authoritarian models and internal enemies felt very congenial to the stronistas,” says Mr Whigham, the historian. Stroessner’s state “legitimised itself by drawing a straight line between Big Al and the Marshall.”


Wartime depopulation also influenced Stroessner’s policies. Post-war governments distributed brochures offering immigrants a free trip to Paraguay and land. A series of Utopian colonies sprung up, including a “New Australia” and an Aryan-supremacist “Nueva Germania”, co-founded by Friedrich Nietzsche’s sister, where a German flag still flies. In 1931 descendants of that group set up the first Nazi party outside Germany. (At the start of the second world war, Paraguay’s government openly sympathised with Hitler. The national police director named his son Adolfo Hirohito; police cadets wore swastikas on their uniforms.)

Another German who came to Paraguay after the war was Stroessner’s father, a Bavarian. Stroessner himself had no direct ties to the Paraguayan Nazis, but he shared many of their instincts: in 1974 he was accused by the UN of committing genocide against the native Aché people. He also harboured numerous Nazi war criminals, including Josef Mengele.

This autocratic tradition may have influenced Mr Lugo’s dismissive attitude to other politicians—a crucial factor in his downfall. The Liberals abandoned him in part because they felt their support had not been adequately rewarded in policies and jobs. Instead Mr Lugo had packed his cabinet with leftist allies. “You get in with one group and govern with another,” he reportedly said.

“Piribebuy has funded a one- room museum, which includes a single tuft of braided hair removed from the mass grave below its 18th-century church”
But alienating the Liberals cost him his presidency, because the Paraguayan left was far too weak to protect him. That too has roots in the war. “Our economy never overcame the deficiencies the war imposed on us,” says Jorge Rubiani, an architect and author, “so there was never an industrial structure to generate class consciousness.” Brazilian troops destroyed the foundry at Ybycuí, Paraguay’s main industrial asset, so it could never be reused.

The pretext for the impeachment also stems from the conflict. Before 1865 most Paraguayan land was state-owned. To pay reparations, post-war governments sold off huge plots to Argentine landowners. The broad subdivisions of Paraguay in 1880s maps refer to individual possessions, not provinces. Those concentrated holdings still bedevil the country: they include the ranch where police fired on peasant squatters in June.

Even Mr Lugo’s first misstep, his paternity scandal, can arguably be traced to the war. Sexual relations in Paraguay have always been open: in 1545 a Spanish priest called the country “Muhammad’s paradise” after witnessing his compatriots sleeping with numerous native women, behaviour he associated with Muslims. In the mid-1800s most Paraguayan households were led by señoras, often depicted chomping cigars, carrying food on their heads and sporting white cotton dresses. They paired off with a rotating cast of itinerant men.

But even that tradition did not prepare society for the post-war free-for-all. “Men without modesty”, wrote one newspaper, “may be found even in the corridors of the Church and the cemetery, atrociously scandalising even during the day to satiate their brutal passions.” No one knows whether the intercourse in “plazas, streets and meeting places” was rape, prostitution or a result of the privileges men enjoyed because of the distorted sex ratio. Mr Lugo might not have realised quite how far sexual mores had changed. “Lugo was the cultural extension of the idea that we have to populate the country,” says Benjamín Fernández Bogado of 5 Días, a newspaper. “Having children in huge quantities wasn’t a problem. Even priests could have children.”

Sexual violence during the war itself poisoned attitudes to race. In its own way, Paraguay is a melting pot: the countryside is full of blond-haired, blue-eyed peasants who speak fluent Guaraní and halting Spanish. Yet López’s propagandists tried to drum up prejudice against the Brazilian army, which was mostly black, since Pedro promised to free slaves who fought. They called the emperor the “chief of the monkey tribe”. The resentment lingers. “The kambá raped our women,” says Miguel Ángel of the Piribebuy museum, using the Guaraní word for blacks. Legend has it that the resulting black babies were killed.

The would-have-been country

Perhaps the final tragedy of the war is that it is so little known abroad. Mr Fernández Bogado thinks this is no coincidence. “The world isn’t a comfortable place for us,” he says of his country’s insularity. “It’s a scene of danger, conspiracy and death.” For Paraguayans, he explains, success is a prelude to danger: when the national football team scores, “It makes us nervous and we panic.”

Guaraní—still spoken by 80% of the population—renders time differently from Western tongues. The future is uncertain: the word for “tomorrow” means “if the sun rises”. The past is divided between what happened, and what was supposed to but did not. If you quit a seminary, you are a “would-have-been priest”; a broken engagement yields a “would-have-been spouse”. This grammar is “like a backpack you can never take off,” says Alejandra Peña, a former national museum director.

Paraguayans still die in falls and accidents while digging for treasure supposedly buried by their forefathers during the war. Perhaps they can only truly understand the conflict in their mother tongue. They know full well the woes of the country they live in, but never forget the one that might have been.