Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Minha homenagem a Oswaldo Aranha - Paulo Roberto de Almeida
Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro - obra da Funag, em 2 volumes, disponivel online
Pedro Corrêa do Lago, autor do livro Oswaldo Aranha: uma Fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017), quem primeiro lançou a ideia de que seu livro pudesse ser lançado no Itamaraty, agora feito;
Luiz Aranha Corrêa do Lago, quem nos forneceu dezenas de arquivos com textos (discursos, palestras, entrevistas, pronunciamentos diversos) de Oswaldo Aranha, a partir dos quais foram revistos, scannerizados, complementados com informações editoriais, para chegar às dezenas de registros constantes dos dois volumes; foi ele quem nos passou toda a matéria prima de base que constituiu a documentação histórica, em grande parte inédita, permitindo a construção desta obra que constitui, provavelmente, uma contribuição importante para nossa historiografia da mal chamada "era Vargas”, pois creio que não havia nenhuma obra consolidada reunindo os mais importantes textos de OA, com ênfase nas suas atividades internacionais;
Rubens Ricupero, embaixador, ex-ministro da Fazenda, ex-secretário-geral da Unctad, autor do magnífico livro de história diplomática e de história do Brasil, A diplomacia na construção do Brasil, 1750-2016 (Rio de Janeiro: Versal Editores, 2017) quem prontamente atendeu meu convite para fazer uma apresentação do personagem e de sua importância na história, não só de nossa diplomacia, mas na própria história do Brasil;
Rubens Antonio Barbosa, ex-embaixador em Washington, casado com uma das netas de OA, a embaixatriz Maria Ignez Corrêa da Costa Barbosa, que apoiou esta nossa iniciativa de se ter, finalmente, uma coletânea dos escritos e falas mais importantes do grande estadista brasileiro;
Rogério de Souza Farias, historiador, gestor público, autor de dois livros importantes -- A Palavra do Brasil no Sistema Multilateral de Comércio e Edmundo P. Barbosa da Silva e a Construção da Diplomacia Econômica no Brasil, ambos disponíveis na Biblioteca Digital da Funag -- atualmente trabalhando no IPRI, e que se tornou o nosso “historiador oficial” (ou oficioso), que foi quem “lapidou” o material bruto enviado pelo Luiz Aranha, deixando-o em perfeito estado para ser incorporado nesta coletânea, e quem revisou, pacientemente, cada página dos volumes compostos nas fases preliminares, podendo ser apontado, legitimamente, como verdadeiro, editor, organizador e autor principal desta obra de referência;
Stanley Hilton, brasilianista, historiador, autor da biografia Oswaldo Aranha: uma biografia (Rio de Janeiro: Objetiva, 1994), e de muitos outros livros de história diplomática e política do Brasil, autor, nesta obra, de um ensaio introdutório sobre a "estratégia" de OA;
Carlos Leopoldo Oliveira, diplomata, quem colaborou com um ensaio sobre as relações entre Oswaldo Aranha e Franklin Roosevelt, um texto extremamente interessante, que revela que OA foi o embaixador que mais esteve com o presidente americano (dez vezes) entre 1934 e 1937 (e depois ainda, como chanceler), ultrapassando qualquer outro embaixador, mesmo o de grandes potências;
Fabio Koifman, historiador, autor de magnífica obra sobre o embaixador Luiz de Souza Dantas, Quixote nas Trevas: o embaixador Souza Dantas e os refugiados do nazismo (Rio de Janeiro: Record, 2002), quem também colaborou com um ensaio sobre OA e os judeus, desmantelando definitivamente alegações equivocadas sobre um suposto antissemitismo do grande chanceler;
Os trabalhos destes três colaboradores voluntários (isto é, a meu convite), sob a forma de ensaios introdutórios e explicativos, recolocam OA na “linha do tempo” da política brasileira e internacional do Brasil, complementando com maestria em diversos pontos — sua estratégia, suas relações com Roosevelt e sua postura em relação ao problema judeu — a coletânea de textos de OA, assim como a própria Fotobiografia do Pedro Corrêa do Lago;
Rafael de Souza Pavão, Marcia Ferreira e todos os demais funcionários e colaboradores do IPRI, cujo trabalho diligente permitiu a composição desta obra “de peso” (et pour cause, mais de 900 páginas e mais de 2 quilos) em tempo recorde.
Os dois livros, o do Pedro Correa do Lago e os dois volumes da obra editada pela Funag, estão sendo lançados nesta sexta-feira, 20 de outubro de 2017, em dois eventos: uma cerimônia no Palácio Itamaraty, sala Portinari (o pintor autor do retrato de OA em 1942, que ilustra a nossa capa, por especial obséquio de Oswaldo Sergio Corrêa da Costa), com a presença dos familiares do OA,
e, mais tarde, em formato mais informal, na Casa Thomas Jefferson da Asa Sul.
Sobre a obra:
Eu pessoalmente considero ser esta obra, em seus dois volumes, uma espécie de “Companion”, ainda que limitado e parcial, à fabulosa Fotobiografia do Pedro Corrêa do Lago, com a colaboração do seu irmão Luiz Aranha, pois ela traz por inteiro textos do próprio OA que estão parcialmente referidos e lateralmente citados na bem mais completa, maravilhosamente ilustrada obra do Pedro, certamente inédita no seu gênero no mercado editorial brasileiro, uma vez que não tenho memória de alguma outra produção tão completa em sua iconografia e textos de um dos mais importantes personagens da política brasileira do século XX, acima de tudo o grande estadista e internacionalista que soube preservar os interesses nacionais em momentos cruciais, e mesmo decisivos, de nossa história.
Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro
Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias
(organizadores)
Brasília: Funag, 2017, 2 volumes:
1o. volume; 568 p.; ISBN: 978-85-7631-696-1; link:
http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=913
2o. volume; 356 p.; ISBN: 978-85-7631-697-8; link:
http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=914
SUMÁRIO
Prefácio. Oswaldo Aranha: diplomata e estadista
Sérgio E. Moreira Lima
Cronologia
Oswaldo Aranha: the evolution of his strategic vision
Stanley Hilton
PARTE I: Diplomacia hemisférica (1934-1939)
Introdução geral
Rogério de Souza Farias
O homem da virtù. Oswaldo Aranha em Washington (1934-1937)
Carlos Leopoldo G. de Oliveira
Textos de Oswaldo Aranha
Entre a Europa e a América (1934)
A chegada nos Estados Unidos (1934)
Um elogio à civilização americana (1936)
Limite, fronteira e paz (1937)
Retorno da Embaixada em Washington (1937)
Posse no Ministério das Relações Exteriores (1938)
Paz para a América: assinatura da paz do Chaco (1938)
A vulnerabilidade das Américas (1939)
Pan-americanismo (1939)
Retorno da Missão aos Estados Unidos (1939)
Avaliação da Missão Aranha (1939)
Reassumindo Itamaraty (1939)
PARTE II: O chanceler no conflito global (1939-1945)
Introdução
Paulo Roberto de Almeida
Oswaldo Aranha e os refugiados judeus
Fábio Koifman
Textos de Oswaldo Aranha
Fronteiras e limites: a política do Brasil (1939)
A preparação para a guerra (1939)
Conferência sobre a história diplomática brasileira (1940)
Reunião de consulta dos chanceleres americanos (1942)
O papel do Itamaraty na política do Brasil (1942)
O torpedeamento de navios brasileiros (1942)
O Brasil e a comunidade britânica (1942)
A carta a Vargas: planejando o pós-guerra (1943)
A América no cenário internacional (1943)
Um ano da entrada do Brasil na guerra (1943)
A Sociedade dos Amigos da América (1945)
Comício das quatro liberdades (1945)
Liga da Defesa Nacional (1945)
PARTE III - Multilateralismo e pós-guerra (1947-1958)
Introdução
Rogério de Souza Farias
Textos de Oswaldo Aranha
A conception of world order (1947)
Homenagem nas Nações Unidas (1947)
A profile of Brazil (1947)
Sessão Especial da ONU: Partilha da Palestina (1947)
Abertura da II Assembleia Geral da ONU (1947)
A new order through the United Nations (1947)
A crise da consciência universal (1948)
Regional systems and the future of UN (1948)
A ONU e a nova ordem mundial (1948)
Entre a paz e a guerra (1949)
Formatura no Instituto Rio Branco (1950)
O Brasil e o pós-guerra (1950)
Estados Unidos e Brasil na Guerra Fria (1953)
A última missão na ONU (1957)
Um balanço da Assembleia Geral da ONU (1957)
Dez anos nas Nações Unidas (1957)
Reatamento das relações com a União Soviética (1958)
Discurso na ESG: o bloco soviético (1958)
Parte IV - O estadista econômico
Introdução
Paulo Roberto de Almeida
Textos Oswaldo Aranha
Renegociação da dívida externa (1934)
Nacionalismo econômico na Constituinte (1934)
Comparando as economias do Brasil e dos Estados Unidos (1936)
Soluções nacionais para os problemas de cada país (1937)
Tratado de integração econômica Brasil-Argentina (1941)
The rise of interdependence (1947)
De volta ao Ministério da Fazenda (1953)
A situação financeira e econômica do país (1953)
O parlamento e as finanças (1953)
Os fundamentos do Plano Aranha (1953)
O problema da dívida brasileira (1954)
O café e o Brasil (1954)
Parte V - O estadista político
Introdução
Paulo Roberto de Almeida
Textos Oswaldo Aranha
A Revolução (1930)
Despedida do Ministério da Justiça (1931)
Roosevelt: o único estadista mundial (1945)
A relevância de Rui Barbosa (1945)
Democracia, Estado Novo e relações internacionais (1945)
Os governos e o povo (1947)
Discurso no túmulo de Vargas (1954)
Compreendendo o suicídio de Vargas (1954)
A despedida do estadista (1959)
Frases de Oswaldo Aranha
Referências bibliográficas
Sobre os autores
O “misterio” dos juros altos no Brasil - Paulo Gala
Este economista relaciona a trajetória de juros altos no Brasil unicamente às feagilidades cambiais e constrangimentos externos, descurando completamente os fatores internos, que são os desequilíbrios fiscais e os requerimentos de financiamento público, com “apelo” aos poupadores domésticos e credores externos, bem como diferenciais de inflação em relação aos níveis internacionais. Considero isso uma falha.
Paulo Roberto de Almeida
O juro “neutro” e a trajetória da taxa de câmbio no Brasil
Paulo Gala
19/10/2017
Os choques de juros na economia brasileira desde a implantação do Real decorreram de depreciações cambiais no período de câmbio flutuante ou de reversões de fluxos de capital na época do câmbio fixo. Os juros altos dos últimos 20 anos foram fruto da fragilidade de nossas contas externas e de grandes desvalorizações de nossa moeda. O primeiro choque de juros sofrido no Plano Real veio com a crise do Méxicodecorrente da explosão da ancora cambial implantada no final dos anos de 1980 para controlar a inflação mexicana. Já o segundo choque relevante veio com o contágio da crise asiática. O terceiro choque acompanhou o contágio da crise russa, resultado do estouro da ancoragem cambial para controle da inflação por lá em 1998. A crise cambial brasileira que rompeu com o regime quase rígido da década de 1990 aconteceu em janeiro de 1999, quando um novo choque de juros foi aplicado para tentar segurar o padrão monetário brasileiro na presença de enorme desvalorização cambial na transição para o regime de câmbio flutuante administrado. Em 2001, outro choque de juros foi aplicado como resposta aos atentados de 11 de setembro. Na epoca o Brasil atravessava o apagão energético interno e a crise na Argentina. Já em 2003, um novo choque foi administrado por conta da enorme desvalorização cambial decorrente dos temores na transição eleitoral. Finalmente, em 2008, a crise americana provocou nova desvalorização cambial, somada a uma parada brusca da atividade econômica no mundo e no Brasil. O Banco Central respondeu com alta inicial de juros e, logo na sequência, queda das taxas.
BLOG de Paulo Gala Sao Paulo SP, SP 01313-902 Brazil
Roberto Ellery desmonta teses fraudulentas do PT
Roberto Ellery se dedica, atentamente, a desmentir a propaganda mentirosa, deliberadamente falsa e enganosa, do PT, essa organização travestida em partido político que se dedica ao crime, à mentira e à desinformação, e que não é exposto nessas vergonhas por quem deveria fazê-lo, já que os demais partidos também são simples máquinas de extorsão dos recursos da coletividade.
Paulo Roberto de Almeida
Agora o texto retirado do blog do Roberto Ellery (para o gráfico, recorrer diretamente ao seu blog):
Mais mentiras da propaganda do PT: Quando começaram os cortes de gastos nas áreas sociais?
Ontem fiz um post desmentindo uma das teses da propaganda do PT: a de que em 2015 estávamos em crise por conta de fatores externos (link aqui). Hoje o foco vai para outra tese ainda mais absurda e ofensiva: a de que em 2016 ocorreu um golpe que tinha como um de seus objetivos cortar gastos sociais. Segundo a propaganda petista vivíamos em um país maravilhoso até que em 2015 uma crise causada por fatores externos abateu nossa economia e golpistas malvados derrubaram Dilma com o objetivo de fazer o povo sofrer. Na tese delirante os golpistas começaram a cortar gastos sociais, especialmente em saúde e educação, tão logo chegaram ao poder e isso fez com que o Brasil voltasse a ser um país cheio de injustiças e miséria.
Fora da fantasia petista os cortes começaram ainda no governo Dilma e foram causados pelo mais elementar motivo para cortes de gastos: o dinheiro acabou. Anos de políticas econômicas irresponsáveis com bilhões em desonerações e subsídios para empresários amigos do governo, investimento sem retornos também em parceria com empresários amigos e programas mal planejados inviabilizaram as políticas do governo federal. Para ilustrar o ocorrido peguei os dados de despesas discricionárias do Ministério do Desenvolvimento Social, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. Os dados estão na página da Secretaria do Tesouro Nacional (STN, link aqui), usei o acumulado em doze meses com valores deflacionados para agosto de 2017. Usei os gastos discricionários porque são os que costumam ser cortados em caso de ajustes, cortar gastos obrigatórios exige mudanças na legislação e/ou um longo período de ajuste para que a inflação faça o trabalho. A figura abaixo mostra os dados.
Repare que todos os gastos começaram a cair antes da posse de Temer como presidente interino. De fato, após a posse de Temer, observamos um aumento do gasto discricionário do Ministério da Saúde e estabilidade no gasto discricionário do Ministério do Desenvolvimento Social. Ambos vinham em tendência de queda no final dos governos petistas, expressão usada na propaganda do partido, e tiveram a tendência revertida no governo de Temer. O gasto discricionário do Ministério da Educação foi o único que teve queda no período, mas tal queda apenas continua a tendência herdada de Dilma.
Ao PT não bastou mentir na propaganda, foram além, insistiram em dividir o país entre apoiadores do partido e golpistas ressentidos com melhoras na vida dos mais pobres que o partido, a despeito das evidências internacionais, insiste em creditar a si mesmo e a liderança messiânica de Lula. Não parou aí, a propaganda teve ataques e a justiça que estariam agindo em aliança com os tais golpistas que povoam a versão petista para o ocorrido nos últimos anos. Enfim, ontem o PT mostrou sua pior face: mentiras, demonização dos oponentes, ataques a imprensa e as instituições e a defesa fanática de um líder messiânico. Palocci, fundador e por muito tempo um dos maiores quadros do PT, se referiu ao partido como uma seita, pode ser, não tenho o mesmo conhecimento do PT que ele, o que vi ontem não pareceu uma seita, pareceu um partido fascista.
Debate Historico-Academico na UnB: as esquerdas na atualidade - Europa e AL
Professora Adjunta e Coordenadora de Pós-Graduação
Departamento de Estudos Latino-Americanos - ELA
Antigo Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas - CEPPAC
Universidade de Brasília
Ed. Multiuso II - 1o andar
CEP 70 910 - 900
Brasília - DF
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Seminario “Brasil-India - Instituto Rio Branco, Brasília, 24-25/10/2017
CEBRI: publica dossie sobre moeda chinesa internacionalizada, agronegocio e Brasil e America Latina
Brazil and Latin America, Leslie Bethell
O Brasil e o sistema financeiro internacional entre 1985 e 1994 - Paulo Roberto de Almeida
O BRASIL E O FMI DESDE BRETTON WOODS: 70 ANOS DE HISTÓRIA
Filosofia chinesa: aspectos internacionais - Fung Yu-Lan (1947)
(...)
The introduction of Budhism seems to have given many Chinese the realization that civilized people other than Chinese existed, but traditionally there have been two kinds of opinion regarding India. Those Chinese who opposed Budhism believed that the Indians were simply another tribe of barbarians. Those who believed in Budhism, on the other hand, regarded India as the 'pure land of the West'. (...)
As a result of these concepts, when the Chinese first came in contact with Europeans in the sixteenth and seventeenth centuries, they thought that they were simply barbarians like preceding barbarians, and so they spoke of them as barbarians. As a consequence they did not feel greatly disturbed, even though they suffered many defeats in fighting with them. They began to be disturbed, however, when they found that the Europeans possessed a civilization equal to, though different from, that of the Chinese. What was novel in the situation was not that peoples other than Chinese existed, but that their civilization was one of equal power and importance."
p. 346, 348-350, of:
Fung Yu-Lan
A Short History of Chinese Philosophy
Beijing: Foreign Language Teaching and Research Press, 2017
A partir de um original de Fung Yu-Lan
June 1947, University of Pennsylvania