O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Mundorama: artigos mais recentes de Paulo Roberto de Almeida

Os impactos do pensamento estratégico de Francisco Adolfo de Varnhagen, por Paulo Roberto de Almeida

19/02/2016 0
Varnhagen impactou o pensamento historiográfico nacional durante mais de meio século, e todos os homens de Estado, parlamentares, magistrados, diplomatas, acadêmicos e os membros cultos […]

A globalização e o direito comercial: uma longa evolução, por Paulo Roberto de Almeida

06/04/2015 0
O direito comercial, em seu sentido estrito, é bem mais recente do que as formas mais primitivas de comércio entre as comunidades humanas: codificado de […]


Continuar aqui: 



Permito-me remetar a esta publicação: 

O Panorama visto em Mundorama: Ensaios Irreverentes e Não Autorizados (Hartford: Edição do Autor, 2015, 374 p.; DOI: 10.13140/RG.2.1.4406.7682), Hartford, 21 abril 2015, 294 p. Compilação de artigos selecionados publicados em Mundorama, com uma relação dos escritos anteriormente publicados nas Colunas de RelNet. . Disponível em Academia.edu (link: (link: https://www.academia.edu/12038814/29_O_Panorama_Visto_em_Mundorama_2015_2a._edicao_). https://www.academia.edu/12038814/29_O_Panorama_Visto_em_Mundorama_2015_), divulgado no blog Diplomatizzando  (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/05/livro-o-panorama-visto-em-mundorama.html). Disponível na plataforma Research Gate (11/08/2015; link: https://www.researchgate.net/publication/280883937_O_Panorama_visto_em_Mundorama_Ensaios_Irreverentes_e_No_Autorizados?showFulltext=1&linkId=55ca738508aeb975674a4d44). 


O Panorama Visto em Mundorama
Ensaios Irreverentes e Não Autorizados

Paulo Roberto de Almeida

Índice


Apresentação                        
O mundo visto no diorama de Mundorama                                                                     11

Primeira Parte
Política externa brasileira e diplomacia companheira
1. Fim das utopias na Casa de Rio Branco?                                                                     17
2. A política externa companheira e a diplomacia partidária                                           21
3. Continuidade e mudança na política externa brasileira                                                 31
4. A diplomacia brasileira numa nova conjuntura política                                               37
5. O Brasil e a integração regional, da Alalc à Unasul: algum progresso?                        41

Segunda Parte
Economia política internacional
6. Mudanças na economia mundial: perspectiva histórica de longo prazo                      55
7. Os Brics na nova conjuntura de crise econômica mundial                                           59
8. A Guerra Fria Econômica: um cenário de transição?                                                   68
9. Desafios da economia brasileira na interdependência global                                        74
10. A agenda econômica internacional: o cenário atual                                                    80
11. Como o Brasil se insere no cenário mundial, agora e no futuro próximo?                 85
12. Como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil?                                          91
13. O que o Brasil deveria fazer para maximizar a “sua” agenda?                                   99

Terceira Parte
Globalização, Embromação
14. A globalização e o direito comercial: uma longa evolução                                      113
15. Fluxos financeiros internacionais: é racional a proposta de taxação?                     120
16. Fórum Econômico e Fórum Social: dois mundos contraditórios                            129
17. Fórum Social Mundial: uma década de embromação                                              138
18. Triste Fim de Policarpo Social Mundial                                                                149
19. A falência da assistência oficial ao desenvolvimento                                             159

Quarta Parte
Política internacional, Questões estratégicas
20. A guerra de 1914-18 e o Brasil: impactos imediatos, efeitos permanentes            167
21. O mundo sem o Onze de Setembro: explorando hipóteses                                    172
22. Wikileaks: verso e reverso                                                                                     179
23. Wikileaks-Brasil: qual o impacto real da revelação dos documentos?                    187
24. Digressões contrarianistas sobre o desarmamento nuclear                                     197
25. Um congresso de Viena para o século 21?                                                             203
26. As ilusões perdidas do século 21                                                                           210

Quinta Parte
Ideias, cultura, livros
27. A ideia do interesse nacional: onde estamos?                                                         217
28. Imperfeições dos mercados ou “perfeições” dos governos                                    223
29. Miséria do Capital no século 21                                                                            229
30. Reformando o sistema monetário internacional                                                     233
31. As quatro liberdades e um projeto para o Brasil                                                    241
32. Algumas recomendações de leituras                                                                       249
33. Estratégia diplomática: relendo Sun Tzu para fins menos belicosos                      255
34. Memória e diplomacia: o verso e o reverso                                                            264
35. Da democracia à ditadura: uma gradação cheia de rupturas                                    269

Conclusão                              
A diplomacia dos antigos comparada à dos modernos                                                275


Apêndices
Relação cronológica dos ensaios publicados em Mundorama                                      291
Relação dos artigos publicados anteriormente em RelNet                                            298
Livros publicados pelo autor                                                                                       302
Nota sobre o autor                                                                                                       307


Nossos heterodoxos ortodoxos na sua heterodoxia

Recebi, de uma revista que se autodenomina de convicções heterodoxas, o seguinte comunicado: 

Olá Paulo, tudo bem?
Venho comunicar que seu artigo foi classificado como inadequado em relação à nossa política editorial, a qual pode ser observada no seguinte endereço: http://... 
Como poderá notar, a Xxxxxx é uma revista que trabalha a partir de recortes heterodoxos e por isso a decisão final foi a de rejeição com indicação de encaminhamento do artigo a outra revista.
Agradecemos a sua contribuição.
Att,
-- 
Conselho Editorial da Xxxxxx

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Respondi o que segue: 

Agradeço pela consideração de me indicar a rejeição, pelo motivo altamente sectário de se observar uma classificação tão científica quanto essa de um recorte heterodoxo, que indicaria a desafeição por temas e abordagens supostamente ortodoxos, uma estreiteza mental que eu não esperaria encontrar num empreendimento acadêmico. Provavelmente meu artigo iria contaminar a pureza heterodoxa das demais contribuições e poderia até abalar às convicções de alguns leitores ou responsáveis editoriais.
Na verdade, eu nem me lembro do tema ou do personagem de meu artigo, se sobre Roberto Campos ou Cairu, dois perigosos ortodoxos sobre os quais andei trabalhando recentemente.
Mil perdões por abalar tão sólidas convicções heterodoxas, mas compreendo que vcs necessitem salvaguardar os livros sagrados da vossa crença, que aliás nem sei quais seriam.
Saudações multidisciplinares.
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Sent from my iPhone
Paulo Roberto de Almeida

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PS: localizei o artigo; foi este aqui:  “Roberto Campos: uma releitura de suas obras”.

Historia do profeta Samuel: conhecimento bíblico

História do Profeta Samuel: Quem foi Samuel na Bíblia?

Samuel foi um dos maiores líderes do povo de Israel. Ele foi o último e o mais importante dos juízes, como também o primeiro da escola profética (Atos 3:24; 13:20). O profeta Samuel certamente é uma das figuras mais notáveis da Bíblia. A história de Samuel revela que ele era considerado a pessoa mais proeminente desde Moisés nos tempos do Antigo Testamento (cf. Jeremias 15:1).
O significado exato do nome “Samuel” é incerto, mas várias alternativas têm sido sugeridas pelos intérpretes. As principais são: “ouvido por Deus”, “aquele que provém de Deus”, “nome de Deus” e “prometido ou dado por Deus”. A vocalização do nome Samuel em hebraico sugere o significado de “ouvido por Deus”, mas isso é inconclusivo.

A história de Samuel na Bíblia

Samuel era filho de Elcana com Ana. Elcana era um homem piedoso da região de Efraim e de linhagem levítica. Sua mãe durante um longo tempo permaneceu estéril, uma condição que lhe entristeceu muito. Por não poder gerar filhos, Ana era provocada por Penina, a outra esposa de Elcana.
Elcana tinha o costume de todos os anos ir até Siló para adorar e sacrificar a Deus no Tabernáculo. Em uma dessas ocasiões Ana foi até o Tabernáculo e rogou ao Senhor que lhe desse um filho. Ela prometeu que entregaria esse filho ao Senhor, para ser um nazireu de Deus (1 Samuel 1:10ss; cf. Números 6:5).
O Senhor ouviu a suplica de Ana e lhe deu um filho, e depois dele mais outros cinco filhos. Samuel nasceu num dos períodos mais turbulentos da história do povo israelita. Os israelitas viviam sob constante opressão e ameaça da parte dos filisteus, e a nação encontrava-se em um terrível declínio espiritual.

O profeta Samuel como juiz de Israel

Ana cumpriu seu voto ao Senhor, e desde sua infância Samuel serviu no Tabernáculo sob os cuidados do sacerdote Eli. Nessa época ele já usava uma veste sacerdotal e um éfode de linho (Samuel 2:18; 3:1).
A Bíblia diz o Senhor se manifestava a Samuel desde quando ele era ainda muito jovem. Em certa ocasião de sua juventude, Samuel recebeu uma revelação divina acerca da destruição da casa de Eli. O texto bíblico informa que houve certa relutância de Samuel em comunicar a mensagem. Enquanto Samuel crescia, tornava-se evidente que o Senhor era com ele. Assim todo o povo entendeu que Samuel havia sido comissionado como profeta do Senhor (1 Samuel 3:1-21).
Conforme Deus havia falado a Samuel, a casa de Eli foi entregue à destruição, e o povo e a Arca da Aliança foram entregues aos filisteus. Após um intervalo de tempo, Samuel aparece na narrativa bíblica conclamando o povo ao arrependimento e a rededicação da verdadeira adoração em Israel abolindo a idolatria.
Ele foi usado por Deus para conduzir Israel à vitória contra os filisteus em Mispá. Depois ele erigiu um lembrete de tudo o que havia ocorrido com Israel, de como saíram de uma situação de derrota para uma grandiosa vitória por meio da submissão ao Senhor. Esse marco memorial Samuel chamou de Ebenézer, e disse: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Samuel 7:1-14).
Então Samuel construiu um altar em Ramá, onde estava a sua casa, e julgou a Israel. Para tanto, ele até estabeleceu um circuito pelas cidades próximas, a fim de exercer sua liderança sobre o povo (1 Samuel 7:15-16).

Samuel e a monarquia em Israel

A Bíblia não fornece muitas informações sobre a vida familiar de Samuel, mas destaca a conduta reprovável de seus filhos. Os filhos do profeta Samuel não seguiram seu exemplo e abraçaram a iniquidade. Eles até aceitavam subornos e pervertiam os julgamentos (1 Samuel 8:3).
Diante desse cenário, e sem vislumbrar um possível substituto para Samuel, o povo começou a pedir uma alternativa. Essa alternativa era a monarquia. Deus já havia prometido dar reis ao seu povo, mas os israelitas não estavam dispostos a esperar a ação divina nesse sentido (cf. Gênesis 17:16; 49:10; Deuteronômio 17:14-20).
Então eles buscaram um rei para si com a motivação errada, conforme suas próprias ambições, e sem se atentar à Lei de Deus. Aquela atitude do povo era uma rejeição direta ao próprio Deus, e não a Samuel. Então o Senhor autorizou Samuel a atender ao pedido do povo. Samuel ainda alertou acerca do preço que os israelitas teriam de pagar por escolher um rei fora do tempo oportuno (1 Samuel 8:11-18).
Então Saul foi o homem escolhido para ser o primeiro rei de Israel. Ele era um homem valente, corajoso, de boa aparência, e tinha certos dons carismáticos para a liderança. Então Samuel ungiu Saul como rei e comunicou essa unção publicamente em Mispá. Após a vitória dos israelitas sobre os amonitas, aconteceu uma cerimônia de coração (1 Samuel 9:1-11:15).
O profeta Samuel e Davi
Saul foi incapaz de discernir e valorizar o que era espiritual. Ele advogou para si privilégios sacerdotais ao oferecer pessoalmente sacrifícios. Depois ele violou as coisas consagradas ao Senhor e desobedeceu as ordens divinas na ocasião da vitória sobre os amalequitas (1 Samuel 13:9-15:10).
Diante de tudo isso, Samuel anunciou que Saul havia sido rejeitado como rei de Israel (1 Samuel 15:26-28). Então o Senhor deu instruções a Samuel acerca da sucessão ao trono de Israel. Ele foi enviado à casa de Jessé, onde segundo a direção do Senhor, ungiu Davi como o novo rei de Israel.
O episódio da unção de Davi demonstra com clareza a importância de Samuel em Israel. Os anciãos de Belém tremiam diante de sua presença. Eles reconheciam a autoridade da parte do Senhor que estava sobre a vida de Samuel (1 Samuel 16:4).
A unção de Davi foi o último ato oficial de Samuel registrado na Bíblia. Depois disso, Samuel aparece uma última vez em Ramá, na “casa dos profetas”, presidindo sobre eles. Naquela ocasião Davi lhe procurou ao fugir de Saul (1 Samuel 19:18-24).

A morte de Samuel

Depois da menção em Ramá entre os profetas, nada mais é dito sobre a vida de Samuel. Apenas dois versículos falam de sua morte (1 Samuel 25:1; 28:3). Samuel morreu e foi sepultado em Ramá, e houve grande lamento entre o povo. Isso demonstra que a reputação de Samuel permaneceu limpa até o fim de sua vida.
Samuel morreu antes mesmo de ver Davi, a que ungira como rei, assumir oficialmente o trono de Israel. Depois a Bíblia relata a tentativa patética e pecaminosa de Saul em tentar consultar a Samuel após a sua morte com ajuda de uma feiticeira de En-Dor (1 Samuel 28:15). Numa passagem de difícil interpretação, Saul escutou naquela ocasião uma predição de sua derrota contra os filisteus e ascensão de Davi ao trono.
O profeta Samuel foi uma das pessoas mais importantes da história de Israel, e uma figura notável do Antigo Testamento. Ele foi o primeiro de uma tradição profética em Israel, o último dos juízes e aquele que ungiu os primeiros reis da nação. Seu exemplo de fé atravessou os séculos, e por isso ele é mencionado pelo escritor de Hebreus entre os heróis da fé (Hebreus 11:32).