Perguntas múltiplas aos companheiros:
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 13 de setembro de 2023
Perguntas múltiplas aos companheiros (política externa e diplomacia) - Paulo Roberto de Almeida
A tragédia educacional brasileira - relatório da OCDE
Eu sempre disse que a tragédia educacional brasileira é muito pior do que é possível imaginar. (PRA)
Brasil vai mal em ranking da OCDE: 3 urgências para o País melhorar na educação (e na economia)
O Brasil aparece mal no relatório Education at a Glance, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que avalia dados e políticas educacionais. O documento, divulgado nesta terça-feira, 12, mostra o Brasil com um dos mais baixos gastos com ensino básico, altos índices de jovens que não trabalham nem estudam e desinteresse pelo ensino técnico.
De acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão, os dados revelam um cenário desafiador, sobretudo diante das nossas profundas desigualdades sociais. Pesa também a transição demográfica, em que o País vê cair a proporção de crianças e adolescentes e precisa ter ganhos de produtividade para fazer crescer a economia.
Entre as várias demandas para o Brasil ter um salto de qualidade na educação, os educadores apontam três urgências:
Educação profissional e olhar para o mercado de trabalho
“Não teremos um desenvolvimento inclusivo se não olharmos para a questão do primeiro emprego do jovem, da inclusão produtiva. O jovem terá de ir pro mundo do trabalho, seja logo após o ensino médio, enquanto cursa, ou depois do ensino superior”, diz a presidente do Instituto Singularidades, Claudia Costin, que foi diretora de Educação do Banco Mundial.
Segundo o relatório, o Brasil está entre os cinco países com menor porcentual de matriculados na educação profissional, considerando 45 nações analisadas. A taxa de alunos brasileiros nessa modalidade é 11%, bem abaixo da média dos países da OCDE (44%).
“Essa ideia muito brasileira de não levar tão a sério o ensino técnico profissional - ou fazer com que os institutos técnicos ambicionem virar universidades com todo seu academicismo - é parte dos problemas do País para gerar inserção produtiva dos jovens”, completa Claudia.
Para Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, o desenvolvimento econômico do País será consequência de ter uma juventude criativa, e atuante. “Temos de nos preocupar em cuidar das nossas juventudes. Eles serão os adultos que vão cuidar da democracia, da Amazônia, da economia, do judiciário, do futuro do País”, resume.
O estudo da OCDE também mostra que o País registra alto índice de jovens de 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”. Cerca de 24,4% estão nessa situação, enquanto nos países desenvolvidos esse índice é de 14,7%. Além disso, as mulheres aparecem em maior número no Brasil entre os nem-nem (30%), muito mais do que é visto nos outros países (14%).
“É um resultado da sobrecarga nas mulheres de afazeres domésticos e cuidados, especialmente as que têm filhos até 7 anos e são pobres”, diz a coordenadora de pesquisa e avaliação do Instituto Unibanco, Raquel Souza.
Segundo ela, as políticas públicas devem considerar a forte desigualdade de gênero entre os jovens nem-nem. “Para assegurar o direito dessa população de continuar os estudos e entrar no mercado de trabalho, precisamos de redes de apoio para as mulheres. A creche é uma delas”, completa.
Os especialistas também defendem mais investimento por aluno, mas reforçam importância de usar o dinheiro em políticas com evidências sólidas de melhora na aprendizagem. O Brasil aparece mais um vez no relatório da OCDE entre as nações com baixos investimentos no ensino básico: US$ 3.583 por aluno/ano, ante média de US$ 10.949.
Desde o início do século, o Brasil triplicou o valor investido por aluno no ensino infantil, fundamental e médio, mas ainda está distante de outros países. No mesmo período, a Coreia do Sul passou de cerca de US$ 3 mil para US$ 14 mil por aluno/ano; Portugal, de US$ 3,5 mil para US$ 10 mil; Austrália, de US$ 5 mil para US$ 12 mil.
“É a confirmação do cenário desafiador histórico da educação, com baixo nível de investimento por aluno, o que é incongruente com nossas necessidades de desenvolvimento educacional e socioeconômico”, diz Caio Callegari, coordenador de Inovação e Políticas do Instituto Unibanco,
Para educadores, modelos internacionais e nacionais mostram que mais recursos na educação básica devem ir para um grupo de políticas que conjuntamente trazem resultados, como escola em tempo integral, alfabetização, formação de professores, primeira infância e educação profissional e tecnológica. Além disso, é preciso olhar para a estrutura das escolas, com mais conectividade, livros atualizados para as bibliotecas e recursos de tecnologia.
“O desafio brasileiro é bastante complexo porque é preciso garantir o investimento adequado por aluno, e que esse recurso seja destinado adequadamente, para a aprendizagem dos estudantes”, diz a diretora executiva do Instituto Península, Heloisa Morel. Segundo ela, muitas vezes, os recursos são absorvidos por burocracias e ineficiências do sistema.
“É preciso não só aumentar o investimento, mas fazê-lo de forma planejada e por meio de políticas públicas estratégicas e assertivas, com o entendimento de que o resultado será colhido não no curto prazo, mas sim num projeto de país a longo prazo”, diz ela.
Para o diretor geral da ONG Parceiros da Educação, Rafael Machiaverni, além do investimento baixo em educação, o Brasil se preocupa com isso faz pouco tempo. “Enquanto algumas nações estão na briga pela educação de qualidade há mais de 50 anos, só viramos essa chave há cerca de 20”, diz “A boa notícia é que há hoje grande consenso entre especialistas sobre o que fazer e isso pode evitar desperdício e uso inadequado dos recursos.”
Claudia Costin ainda destaca a falta de investimento em professores, seja na preparação docente inadequada ou nos salários baixos, o que torna a carreira menos atrativa ou incapaz de reter talentos. “Hoje não formamos para a prática, porque investimos em formação precarizada, com educação a distância”, afirma.
Educação em tempo integral
Ainda segundo Claudia, o tempo reduzido que as crianças ficam na escola também é uma das razões pelas quais o Brasil gasta menos, revela o relatório da OCDE. Como mostrou o Estadão, alguns países desenvolvidos, como Austrália e Dinamarca, chegam a ter 50% mais tempo de aula no ensino fundamental do que é oferecido no Brasil. No País, são quatro horas por dia.
Pesquisas mostram que o modelo reduz o abandono escolar, aumenta a empregabilidade e a conexão do professor e do aluno com a escola. O investimento inicial, no entanto, por estudante é o dobro.
Para Claudia, é necessário escapar de um ensino conteudista, semelhante à sala de aula que outras gerações frequentaram. “Quatro horas são insuficientes para aulas mais dialogadas, mais mão na massa, necessárias em tempos de inteligência artificial e Chat GPT”, afirma.
Para os educadores, é necessário que crianças e adolescentes desenvolvam competências que serão úteis para profissões e desafios que ainda nem conhecemos. Entre essas habilidades, estão o pensamento crítico, a autonomia, a empatia, a criatividade e o trabalho em equipe
Para Caio Callegari, do Instituto Unibanco, o poder público mirar em políticas que favoreçam a recomposição de aprendizagem, problema que se agravou após o longo período de escolas fechadas na pandemia. “O governo federal em 2023 tem feito avanços nesse sentido com os programas anunciados, como o de fomento ao tempo integral e alfabetização”, avalia.
Hoje, 24% das escolas de ensino médio do País são de tempo integral e o Ministério da Educação (MEC) lançou em julho um programa para incentivar o aumento no número de vagas em 1 milhão. A intenção é a de que o período de aula seja de pelo menos 7 horas diárias.
Nos últimos anos, alguns Estados se tornaram referência na ampliação da jornada escolar. Ceará e Pernambuco, segundo o Censo Escolar 2022, têm cerca de metade dos alunos no ensino médio de tempo integral.
https://www.estadao.com.br/educacao/brasil-vai-mal-em-ranking-da-ocde-3-urgencias-para-o-pais-melhorar-na-educacao-e-na-economia/
Sobre a necessidade de História para os diplomatas:-George Kennan
Uma citação que vale um frontspicio:
George Kennan, sobre a necessidade de História para os diplomatas:
Enviado pelo embaixador Rubens Ricupero:
“… artigo de Kennan em The Atlantic Monthly (Training for Statesmanship, 191, maio 1953, p.40/43).
A opinião de Kennan me impressionou por resumir o que também sinto em relação ao estudo da diplomacia e das relações internacionais. Citando o artigo de GFK, Gaddis dizia:
“The only useful preparation for diplomacy came from history, as well ‘from the more subtle and revealing expressions of man’s nature’ found in art and literature. Students should be reading ‘their Bible and their Shakespeare, their Plutarch and their Gibbon, perhaps even their Latin and their Greek’. These alone would build those qualities of ‘honor, loyalty, generosity [and] consideration for others’ that had been the basis for effectiveness in the Foreign Service”.
A História continua sendo a mãe de todas as ciências: nasceu na Grécia, com Herodoto e sobretudo Tucidides.
A cooperação Sul-Sul finalmente adota métodos mais racionais - Centro Josué de Castro, FAO-Brasil
Ministério das Relações Exteriores
Assessoria Especial de Comunicação Social
Nota nº
12 de setembro de 2023
Ato assinado por ocasião da visita do Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu – Brasília, 12 de setembro
Carta de intenções entre a República Federativa Do Brasil e a Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre o estabelecimento, no Brasil, de um centro para cooperação trilateral Sul-Sul (“Josué de Castro Center”)
A República Federativa do Brasil (Governo do Brasil),
representada no presente instrumento pelo Ministro das Relações Exteriores,
e
a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO),
representada no presente instrumento pelo seu Diretor-Geral,
conjuntamente designados como "Participantes",
chegaram ao seguinte entendimento:
Reconhecendo o firme compromisso do Governo do Brasil em promover a segurança alimentar global e a agricultura sustentável em escala global, e reconhecendo o papel fundamental da FAO em promover a colaboração internacional para esses objetivos;
Conscientes do compromisso do Governo do Brasil com a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento de capacidades técnicas, organizacionais, institucionais e individuais de países em desenvolvimento do Sul Global por meio do compartilhamento de boas práticas e políticas públicas, tendo a FAO como um de seus parceiros mais tradicionais;
Reconhecendo a expertise de instituições científicas e técnicas brasileiras no desenho e implementação de políticas públicas de combate à fome e a todas as formas de má-nutrição, bem como na promoção da agricultura tropical sustentável, com ênfase na agricultura de baixa emissão de carbono e na sociobioeconomia, e sua experiência na cooperação trilateral Sul-Sul;
Considerando o mandato da FAO para apoiar os Membros na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, especialmente no que se refere ao fim da fome e de todas as formas de má-nutrição;
Considerando o interesse da FAO em expandir as iniciativas de cooperação trilateral Sul-Sul como uma modalidade eficaz de cooperação para alcançar a segurança alimentar e nutricional, reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável;
Recordando o Acordo Marco para o Estabelecimento de um Programa de Cooperação Internacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), assinado em Brasília, em 18 de abril de 2008;
Recordando as duas Cartas de Intenção entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para a renovação do Programa de Cooperação Internacional, assinadas em Roma, em 28 de novembro de 2018 e em 7 de outubro de 2022;
Desejando alavancar a cooperação trilateral Sul-Sul entre o Brasil e outros países em desenvolvimento do Sul Global;
Cientes da contribuição positiva que uma iniciativa conjunta entre o Brasil e a FAO, respeitando suas respectivas normas e regulamentações, pode ter para melhorar o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar em países em desenvolvimento.
DECLARAM sua intenção de:
1. Iniciar negociações com o objetivo de estabelecer, no Brasil, um centro dedicado à cooperação trilateral Sul-Sul, a ser denominado "Centro Josué de Castro", com os seguintes objetivos:
(i) apoiar a cooperação trilateral Sul-Sul entre países do Sul Global, em particular entre o Brasil e parceiros na África, América Latina e Caribe e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com foco no combate à fome e a todas as formas de má-nutrição e na promoção da agricultura tropical sustentável, com ênfase na agricultura de baixa emissão de carbono e na sociobioeconomia;
(ii) promover o intercâmbio das melhores práticas em políticas públicas entre países do Sul Global relacionadas à agricultura tropical sustentável e à transformação dos sistemas agroalimentares, de acordo com as capacidades nacionais;
(iii) fomentar a pesquisa, o acesso e a utilização de novas tecnologias para promover a sustentabilidade na agricultura tropical, incluindo a colaboração entre pesquisadores em indicadores específicos;
(iv) incentivar a pesquisa em instituições especializadas localizadas em zonas tropicais sobre a interligação entre práticas sustentáveis da agricultura tropical e a segurança alimentar e nutricional, com atenção especial para a intensificação sustentável da produção.
2. Designar os seguintes pontos de contato responsáveis pela coordenação das negociações sob esta Carta de Intenções:
Pela FAO:
Maximo Torero Culen
Economista-Chefe
Pela República Federativa do Brasil:
Embaixador Ruy Carlos Pereira
Diretor da Agência Brasileira de Cooperação
Ministério das Relações Exteriores
3. Após a conclusão das negociações entre os Participantes, será assinado um instrumento separado, em conformidade com as regras e procedimentos internos dos Participantes, para estabelecer o "Centro Josué de Castro" e detalhar as informações sobre seus termos de referência.
4. A formulação e execução de qualquer projeto conjunto entre os Participantes serão objeto de acordos específicos, de acordo com as regras e procedimentos internos dos Participantes, que incluirão as disposições financeiras e legais correspondentes ao status legal da FAO e do Governo do Brasil.
5. Esta Carta de Intenções é uma declaração de intenção e não cria qualquer compromisso jurídico, financeiro ou de outra natureza para a FAO ou o Governo do Brasil, nem cria qualquer relação formal entre os Participantes, ou autoriza qualquer Participante a fazer declarações em nome do outro, ou a vincular o outro de qualquer maneira.
6. Qualquer informação classificada ou sigilosa trocada entre as partes sob esta Carta de Intenções estará sujeita a quaisquer restrições relativas à divulgação que a FAO ou o Governo do Brasil possam aplicar como proprietários da informação. O acesso público a tais informações estará sujeito aos termos e limites das regras internas e procedimentos dos Participantes, bem como a compromissos internacionais aplicáveis, incluindo esta Carta de Intenções, e consulta entre os Participantes.
7. Nenhuma representação ou garantia, expressa ou implícita, será feita pelos Participantes em relação à colaboração prevista, incluindo, mas não se limitando a, qualquer resultado dela decorrente, qualquer acordo ou relacionamento posterior.
8. Esta Carta de Intenções ou informações sobre esta Carta de Intenções podem ser publicadas no site da FAO após produzir efeitos, em observância a suas respectivas políticas de transparência, e atualizadas eventualmente. Esta Carta de Intenções ou informações sobre esta Carta de Intenções também podem ser publicadas no site do Governo do Brasil.
9. O nome e/ou logotipo da FAO e do Governo do Brasil não serão utilizados em qualquer forma de publicidade ou divulgação pública, a menos que haja consentimento prévio por escrito de ambos os Participantes.
10. Nada nesta Carta de Intenções afetará o direito de propriedade sobre qualquer propriedade intelectual disponibilizada sob esta Carta de Intenções, nem confere o direito de usar tal propriedade intelectual, exceto conforme acordado pela FAO ou pelo Governo do Brasil, como proprietário da propriedade intelectual em questão.
11. Nada nesta Carta de Intenções ou em qualquer documento ou acordo relacionado a ela constitui uma renúncia, expressa ou implícita, dos privilégios e imunidades da FAO ou do Governo do Brasil, nem confere qualquer um dos privilégios e imunidades gozados pela FAO ou pelo Governo do Brasil a outro Participante ou ao seu pessoal.
12. A presente Carta de Intenções será assinada pelos representantes devidamente autorizados dos Participantes e produzirá efeitos na data da última assinatura. Esta Carta de Intenções terá sua vigência encerrada automaticamente após a conclusão do instrumento mencionado no parágrafo 3 acima. Na ausência desse instrumento, ela expirará automaticamente cinco (5) anos a partir da data da última assinatura, a menos que os Participantes concordem por escrito em prorrogar sua validade por um período especificado.
13. Qualquer um dos Participantes pode descontinuar a presente Carta de Intenções mediante notificação por escrito de noventa (90) dias ao outro Participante. Quando for dada a notificação de encerramento, os Participantes tomarão medidas imediatas para encerrar todas as negociações sob esta Carta de Intenções de maneira rápida e ordenada.
14. Esta Carta de Intenções é assinada em Brasília, Brasil, em 12 de setembro de 2023, em duplicado, em dois idiomas, português e inglês. Em caso de discrepância, a versão em inglês prevalecerá.
Pela República Federativa do Brasil
Mauro Vieira
Ministro das Relações Exteriores
Pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
Qu Dongyu
Diretor-Geral
Why U.S. Presidents Really Go to War - Julian E. Zelizer: Andrew Payne, War on the Ballot (Foreign Policy)
Why U.S. Presidents Really Go to War
As a new book shows, it’s not always about strategy.
Foreign Policy, SEPTEMBER 10, 2023, 7:00 AM
By Julian E. Zelizer, a professor of history and public affairs at Princeton University.
If there is one constant in U.S. political history, it is that presidents frequently make oversights, miscalculations, and even egregious mistakes in handling national security. Vietnam remains the ultimate case in point: a striking example of a talented and successful politician—in this case, President Lyndon B. Johnson—recklessly sending hundreds of thousands of service members into combat.
Historians and social scientists have spilled a great deal of ink trying to explain what has led U.S. presidents to misuse their power as commander in chief. For many generations of academics, the answer to the question of what went wrong in Vietnam and other failed wars lay in the ideological orthodoxies that blinded elected officials to the facts on the ground. In both Vietnam and Korea, historians argued, the “domino theory” was to blame, as it predicted that if one small country fell to communism, others would follow.
New Left historians in the 1960s and 1970s reached very different conclusions. In their work, ideology had little to do with it; rather than seeking to protect democracy abroad, administrations instead went to war to please interest groups, appease congressional committees, feed the budgets of defense contractors, or secure territorial control and valuable natural resources. As the scope of the executive branch grew, they argued, presidents and national security officials were granted too much unchecked power to do as they pleased, leading to poor wartime decision-making.
Over the past decade, however, academics have started to turn their attention away from ideology or material interests to examine the importance of another factor altogether: electoral politics. A new book by political scientist Andrew Payne, War on the Ballot: How the Election Cycle Shapes Presidential Decision-Making in War, is a welcome addition to the work of this small cohort of scholars—including Fredrik Logevall, Campbell Craig, Jeremi Suri, and me—who have attempted to develop a history of the U.S. presidency where commanders in chief constantly wrestle with the domestic political implications of their decisions overseas.
“It is an inconvenient truth,” Payne writes, “rarely admitted, that leaders habitually take electoral considerations into account when making decisions about military and diplomatic strategy in war.” For every military brass or State Department expert in the situation room advising the president on the best path forward for U.S. troops, another advisor is warning about the impact these policies might have on the next election.
As former President Richard Nixon candidly acknowledged, when it comes to determining the best course of action in wartime, “winning an election is terribly important.” In a democracy, it is virtually impossible for politics to stop at the water’s edge—and despite past blunders, that may not be such a bad thing.
In War on the Ballot, Payne provides a systematic assessment of the intertwined nature of elections and foreign-policy making over the course of a presidency. He outlines five ways that U.S. elections can affect presidential wartime decision-making: delay (postponing military action until an election takes place); dampening (watering down good strategic action until the vote); spur (accelerating military activity to appear tough on defense ahead of an election); hangover (being swayed to break or fulfill campaign pledges on war based on electoral results) and spoiler (when elections interfere with or disrupt bargaining strategies).
The first three, Payne writes, tend to occur between the midterms and reelection campaigns, and the latter two in the lame-duck period when presidents are more concerned about their legacies. Importantly, Payne argues that we have to consider the different kinds of election cycles—midterms versus presidential, election versus reelection, anticipatory versus post-mortem, and more.
Some readers will find these categories somewhat formulaic and jargony. Moreover, like any social scientific typology, Payne’s road map to presidential decision-making is too neat. Presidents can be contradictory. Often, they make decisions in an ad-hoc manner, motivated by shifting considerations amid the instability and unpredictability of war rather than a clear strategy. Some actions fit into multiple categories. Distinguishing between the national interest and political interest is not always easy. Payne’s book builds on the kind of rational actor model that animates political science but is often much cleaner than reality.
Nonetheless, Payne’s framework is useful in thinking about the ways that democratic politics shape different points in a presidency. And his work really shines in the detail. He provides three insightful case studies, using archival material, recently released documents, and interviews to show that presidents had their minds on the hustings as they determined whether and how to deploy troops in Korea, Vietnam, and Iraq. In each case, electoral self-interest triumphed over the national strategic interest.
We learn, for instance, how President Harry Truman allowed Washington’s hawks to accelerate the country’s involvement in Korea due to fears over appearing weak ahead of the 1950 midterms. The 1952 election also pushed Republican presidential candidate Dwight D. Eisenhower toward an increasingly aggressive stance on Korea as he sought to placate the hard-line anti-communists in his party—though he intentionally remained vague enough to leave himself room to change course upon taking office. After winning the presidency, Eisenhower pursued an armistice despite his campaign rhetoric.
The chapter on Vietnam delves into how Johnson held back on acting on the domino theory and “Americanizing” the war with U.S. troops until after the 1964 election—with the notable exception of requesting the Gulf of Tonkin Resolution in August 1964 after an alleged attack gave him cover to act tough. Then Johnson intensified U.S. involvement after he defeated Sen. Barry Goldwater in a landslide victory. Since he was freed from electoral concerns, Johnson could have decided to withdraw or pursue neutralization, as Vice President Hubert Humphrey urged him to do, but instead he concluded that escalation was essential to preserve his legislative coalition. His efforts to secure a peace during the lame-duck period after he decided not to run for reelection were subverted by the 1968 election cycle, especially the infamous efforts made by then-presidential candidate Richard Nixon’s campaign to subvert negotiations.
Several decades later, President George W. Bush resisted increasing the U.S. troop presence in Iraq until after the 2006 midterm election for fear that doing so might influence voters; in his memoir, he admitted that he waited so that his decision would not seem political. Nor would he fire Defense Secretary Donald Rumsfeld until after the midterms. Two years later, when Barack Obama ran for president, he promised to remove troops from Iraq, but he slowed down after winning the election and confronting his own fears about the midterms. Obama then accelerated the drawdown as his reelection campaign approached, understanding that many Democrats would evaluate whether he had gone through with his commitment.
There are missteps and missed opportunities in Payne’s book. For example, Payne defines political considerations as being primarily about elections, as opposed to passing legislation and preserving congressional coalitions that are essential to protecting domestic and national security policies. And although Payne demonstrates how policy ambitions influenced Johnson’s resistance to withdrawing troops in 1965, he doesn’t devote much attention to how such considerations affected Truman, Eisenhower, Nixon, Bush, or Obama.
Payne would also have done well to offer more analysis of the news media—a curious absence, given that it serves as a key intermediary between presidents and the electorate in the dissemination of information (and misinformation) about war and diplomacy in the lead-up to a vote. Polling matters, but so too do the reporters who translate and analyze the data. The kinds of rational calculations that Payne emphasizes are not always possible given that voters don’t always know what is happening overseas.
During much of the period examined in the book, notions of press objectivity offered presidents considerable room to maneuver in keeping information away from the public. Early in the Vietnam War, for example, reporters often failed to interrogate the official statements they received in military briefings and went on to share that information without critical analysis. Even today, many voters have little knowledge about Washington’s role in key parts of the globe, especially as news outlets move on from hotpots where conflict rages on to cover other issues such as the latest political scandal.
There Once Was a President Who Hated War
American elites used to see war as a tragic necessity. Now they’re completely addicted to it.
Biden Must Rethink the American Way of War
Fighting drags on because it places too little burden on the public and politicians. That has to change.
The Long, Destructive Shadow of Obama’s Russia Doctrine
A series of bad decisions during the Obama years prepared the ground for Vladimir Putin’s war.
Finally, Payne devotes too little attention to Congress. As political scientists have shown, Congress retains immense power to influence voter opinion and focus public attention on certain aspects of foreign policy through investigations and public statements, such as Senate Majority Leader Chuck Schumer’s aggressive push this summer to promote initiatives that counteract China’s growing economic power. Legislators also control the purse strings, which remain a powerful consideration for presidents as they contemplate wartime strategy.
Still, the question at the heart of Payne’s book is one we must all grapple with: Does democracy produce better or worse results when it comes to war overseas?
Although Payne does not have a clear-cut answer, his book points to a long history in which presidential concern about elections has resulted in “suboptimal” foreign-policy decisions—especially when it comes to asymmetric warfare. “[P]owerful democracies are peculiarly bad at fighting small wars,” he writes. “U.S. participation in these ‘limited’ conflicts [such as Korea, Vietnam, and Iraq] has been characterized by long, protracted struggles that sap morale and ultimately result in a draw at best, if not outright defeat.”
It’s a grim conclusion—made more dispiriting by the fact that Payne does not really offer any compelling solutions to the serious problems he identifies.
The problems created by democratic pressure won’t disappear. Yet this is a feature, not a bug, in the U.S. political system. We would not want to support a politics where presidents are freed from the electorate. This is part of what separates the United States from nondemocratic nations. It has also been one of the most powerful forces in pulling presidents away from their most disastrous decisions, such as the electoral and grassroots pressure in the late 1960s and early 1970s that was essential to bringing U.S. involvement in Vietnam to an end.
What the United States can do is work to bolster its democracy so that the president receives accurate signals of where the electorate stands, and the public can ensure accountability for any commander in chief who moves in harmful directions. That entails ensuring that voting rights are respected, that the Electoral College is not open to manipulation, and that congressional procedures don’t perpetually favor anti-majoritarian opinion and hyperpartisan calculations. In short, Washington must get its own house in order. It is one thing to have presidents constantly balancing expert-driven strategic advice and democratic pressures, but quite another when those democratic pressures are stunted and incomplete.
Democracy isn’t always pretty, but it’s the best system that exists. When the processes work, the nation’s most powerful official can’t afford to take their eye off what voters are thinking. In turn, members of the electorate have opportunities to register their opinions, replace leaders with ones they feel can do better, and have a stake in wartime decisions made at the highest levels of power.
The fact that presidents can’t escape the electoral cage, even when conducting wars overseas, is a good thing. It remains our best check against the imperial and autocratic tendencies latent in any position of power. While that check can lead to all sorts of bad decisions and skew deliberations away from strategic concerns, it keeps Washington’s leaders grounded on main street rather than in the Pentagon.
Over time, this still offers our best insurance against commanders in chief who will take troops unnecessarily in harm’s way and face no pushback for doing so.
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Julian E. Zelizer is a professor of history and public affairs at Princeton University. He is the author and editor of 25 books, including Arsenal of Democracy, The Fierce Urgency of Now, Burning Down the House, and Myth America. Twitter: @julianzelizer
O fracasso final dos acordos de Oslo, Israel-Palestina - Ishaan Tharoor with Mikhail Klimentov (The Washington Post)
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The gloomy failure of the Oslo accordsIt’s one of the most iconic images of the 20th century. On a sunny day outside the White House, President Bill Clinton stands open-armed before Israeli Prime Minister Yitzhak Rabin and Palestinian leader Yasser Arafat. The latter duo — representatives of two national movements that by definition were existential threats to the other — clutched palms for the first time. The handshake that shook the world happened on Sept. 13, 1993. It followed months of complex, clandestine backchannel negotiationsbetween the two parties in Oslo, the Norwegian capital. The “declaration of principles” that came that day at the White House was the first of a series of interim agreements clinched during the 1990s, aimed at building cooperation between the Israeli government and Arafat’s Palestine Liberation Organization. What was dubbed the Oslo accord (later to become plural after subsequent agreements) provided for the creation of the Palestinian Authority, among other things. That political body, the thinking went, would enable the expansion of Palestinian self-rule throughout the West Bank and the Gaza Strip while “final status” issues were ironed out. The concept of the “two-state solution” — separate, sovereign Israeli and Palestinian states existing side-by-side — was not explicitly enshrined 30 years ago, but the Oslo accords became its driving logic and laid out a road map for a lasting peace. At the time, the diplomatic breakthrough seemed a landmark moment after years of strife and bloodshed in the Holy Land. “The children of Abraham … have embarked together on a bold journey,” Clinton said with biblical solemnity. But three decades later, invoking “Oslo” in the context of the Middle East conjures up a feeling of defeat. A viable Palestinian state seems even more improbable now than it may have been in 1993. In violation of international law, Israeli settlements have expanded throughout much of the West Bank, carving up Palestinian lands with new roads and jurisdictions maintained for Jewish settlers. Below ground, aquifers are being diverted to the settlements, imposing chronic water shortages on Palestinians. East Jerusalem, the putative capital of a future Palestinian state, became home to more than 200,000 Jewish settlers; many Palestinian residents there face a tacit campaign to evict them from neighborhoods where they’ve lived for generations. Israel’s entrenched military rule over millions of Palestinians shows little sign of abating, and has prompted the world’s leading human rights organizations in recent years to determine that conditions of apartheid prevail over the occupied West Bank. The flaring of the second intifada in 2000 and spikes in Palestinian terrorist attacks soured the Israeli public on the project of peace. Then, the steady political victories of the Israeli right — which always balked at Rabin’s initiative — put further distance between the spirit of Oslo and the realities on the ground. The current far-right Israeli government of Prime Minister Benjamin Netanyahu boasts members in its ranks who subscribe more to the ideology of Rabin’s extremist assassin than the Labor Party prime minister himself. Meanwhile, the Palestinian Authority is weak and increasingly unpopular. Far from a temporary body animated by the spirit of the Palestinian national movement, it’s a sclerotic institution, riven with corruption. Its leader, Arafat’s aging successor Mahmoud Abbas, has presided over his rump of a fiefdom like other Arab autocrats in the region, stifling civil society and repeatedly dodging calls for fresh elections. Arrayed against his Fatah ruling party is the Islamist outfit Hamas, which holds sway in the beleaguered Gaza Strip and maintains a constant militant threat against Israel. “The conceptual hope for Oslo was that moderates on both sides would engage in reciprocal concessions to expand the political space for further accommodations,” wrote the Washington Institute’s Dennis Ross and David Makovsky — the former once a key U.S. negotiator in these proceedings — in a Washington Post op-ed. “Sadly, the reverse happened, with achievements too slow in coming and extremist actions undermining the process.” Israel has decidedly gained more from what the Oslo accords ushered in than the Palestinians. The agreements precipitated a flood of foreign investment into the country, helping kick-start the tech boom that pushed Israel’s per capita gross domestic product above that of most European countries. At the same time, under the illusion of an established process for peace, Israel entrenched its de facto control over the Palestinian territories. The Oslo accords gave us what New York Times columnist Thomas Friedman recently described as “the shared fiction that Israel’s occupation of the West Bank was only temporary.” That fiction was embraced by successive U.S. administrations, which prioritized Israel’s security interests while helping keep afloat the unpopular Abbas, who some Palestinians see as a handmaiden to the occupation. (Netanyahu tellingly stressed to his colleagues in a Cabinet meeting this summer that Israel needed collaboration with the Palestinian Authority, but also needed to crush Palestinian aspirations for statehood — the PA’s supposed raison d’être.) It’s not clear how sustainable this post-Oslo status quo is. There is no current platform for meaningful peace talks, yet there’s little external pressure on Israel to revert to some of the earlier understandings of the 1990s. The diplomatic opening to a handful of Arab states — and potentially a normalization deal with Saudi Arabia — may be the most significant chance yet to move the needle, but most analysts aren’t convinced that such a breakthrough can take place given the pro-settler proclivities of Israel’s hard-line government. And so the Oslo illusion churns along, buttressed by the international community. “To this day, European governments and institutions pour money into the fabled ‘people to people’ component of the Oslo paradigm,” wrote Israeli analyst Dahlia Scheindlin. “While Palestinians and Israelis talking isn’t bad in itself, the idea that this feel-good dialogue could withstand the juggernaut of Israeli expansion, the grinding daily injustices of occupation, or tidal waves of military campaigns, was dead wrong.” But a tipping point may be around the corner. “Thirty years on, it is doubtful the charade of Oslo can continue much longer; certainly not after apocalyptical fanatics have taken power in Israel and are doubling down on Judaizing every corner of historic Palestine,” wrote Palestinian commentator Marwan Bishara. “But apartheid cannot be the alternative to the two-state solution; certainly not in the long run.” |
terça-feira, 12 de setembro de 2023
A paz impossível de Putin: só depois de destruir a Ucrânia (O Globo, com agências internacionais)
Rússia só falará de paz quando Ucrânia estiver exaurida de soldados, equipamentos e munição, diz Putin
Presidente russo disse que envio de armamentos ocidentais só vai prolongar a guerra e culpou Kiev por ausência de negociações de paz
O Globo, com agências internacionais — Vladivostok, Rússia
12/09/2023 14h43
Em uma série de raras declarações sobre a guerra na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, expôs brevemente seus pensamentos sobre o fim do conflito. De acordo com o líder russo, apenas quando Kiev estiver exaurida de soldados, equipamentos e munição, será possível um cessar-fogo duradouro.
Ao contrário de seu rival ucraniano, Volodymyr Zelensky, Putin não fala publicamente sobre os detalhes da guerra no Leste Europeu com frequência. As impressões russas, sobretudo do Kremlin, costumam ser comunicadas por porta-vozes e interlocutores. No entanto, em meio a um Fórum Econômico sediado em Vladivostok e recebendo a visita do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que atraiu a atenção do mundo, Putin comentou em primeira mão vários detalhes da guerra.
Putin estimou que a Ucrânia já havia perdido cerca de 71 mil soldados durante a atual contraofensiva que avança lentamente no sul e no nordeste do país, afirmando que, não fosse em caso de exaustão, Kiev utilizaria qualquer cessar-fogo russo para reorganizar suas tropas e planejar novos ataques. Para o presidente russo, apenas quando Kiev parar com sua "proibição autoimposta" à negociação, conversas sobre paz poderão tomar lugar.
— Então nós veremos — disse Putin, em frase registrada pela agência britânica Reuters.
Em paralelo, o líder russo criticou as remessas de ajuda bélica e militar enviadas pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sobretudo pelos EUA, a Kiev. Referindo-se diretamente às bombas de fragmentação já enviadas por Washington e aos caças F-16, de fabricação americana, que os aliados se preparam para mandar para a Ucrânia, ele disse que elas apenas prolongariam o conflito, dificultando a resolução da guerra.
— Vão entregar caças F-16. Vai mudar algo? Não acredito. Isso apenas prolongará o conflito — disse Putin. — Outra coisa é preocupante: já não há limites. Não faz muito tempo, o governo americano considerava o uso de bombas de fragmentação um crime de guerra. E afirmou isto de maneira pública.
Mil alistamentos por dia
Mais raro do que os comentários gerais sobre a guerra e as críticas ao Ocidente, Putin comentou também sobre os esforços russos para manter o volume de tropas em ação no país vizinho.
O presidente russo estimou que cerca de 500 mil pessoas se alistaram no Exército russo desde que a operação na Ucrânia foi lançada, incluindo os 300 mil anunciados publicamente pelo Kremlin no ano passado. De lá para cá, uma média de 1 mil a 1,5 mil pessoas teria se alistado por dia, segundo Putin.
– Fizemos uma mobilização parcial, e 300 mil pessoas se alistaram. E, nos últimos seis ou sete meses, 270 mil pessoas assinaram voluntariamente contratos nas Forças Armadas e em unidades de voluntários — detalhou.
A Rússia nunca revelou quantos homens participaram da operação inicial da ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022, mas fontes ocidentais estimam o número em entre 150 mil e 190 mil. Nenhum lado do conflito revela suas baixas, mas, segundo fontes ocidentais, são consideráveis.
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