O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Brazil, China and International Relations: Call for papers: Special issue of JANUS.NET, e-journal of International Relations

 Call for papers: Special issue of JANUS.NET, e-journal of International Relations (https://janusonline.autonoma.pt/en/)

  Francisco Leandro: fleandro@um.edu.mo (University of Macau) Kaian Lam: kaianlam@um.edu.mo (University of Macau) Yichao Li: liyichao@zjnu.edu.cn (Zhejiang Normal University)

 Special Issue 1: Brazil, China and International Relations

Submission of article ready for review by June 2024

Brazil is a major economy of Latin America that acts with increasing prominence on the global economic and political stage. Brazil has over 200 million people. It is a member of international groups as diverse as G20, Mercosur and BRICS. Brazil has diversified sectors and abundant natural resources. It continues to be a global leader in the export of agricultural commodities and present promising economic growth indicators. The country has also in recent decades managed to expand its industries and service sector, attracting both domestic and foreign investments. The political landscape of Brazil is a complex one. While the country has witnessed economic growth and social progress, it has also been confronted with major challenges related to social inequality, corruption and political trust. Against this background, JANUS.NET, e-journal of International Relations will be publishing a special issue that discusses Brazil in a greater context. It is hoped that this initiative will bring together experts and scholars interested in the Federative Republic of Brazil and its international forays, asking what the future holds for emerging partners hailing from as far

   as the People’s Republic of China. We call for:

• New approaches for the study of Brazil with a focus on world engagement preparedness

 o Novel epistemologies and conceptualizations that advance our knowledge of Brazil and its preparedness for engagement;

o Studies of Brazil that address “the modern international” using innovative and unconventional IR methods; o Up-to-date studies of Brazil by humanistic social sciences scholars that also pertain to “the modern

international”;

o Studies of Brazil that actively engage with the latest Global South, Feminist and Post-Humanist

epistemologies;

 • Studies on Brazil with a focus on Chinese presence, engagement and interests;

• Studies that highlight the knowledge produced in Brazil / the South Atlantic that is also applicable to our

understanding of Chinese action in the world;

• Studies that advance our understanding of Global China and its global engagement;

• Studies that put Asian Studies, Latin American Studies, Lusophone Studies and other area studies in

conversation;

• Historicized transcontinental studies of agency and identity that promote greater awareness of world

connectivity and interdependence;

 Scholars may use qualitative, quantitative and mixed method approaches. They may be interested in different subjects and based in different parts of the world. While we may expect greater interest from International Relations scholars, we are open also to submissions from other members of the learned community. They are expected to place Brazil and its connections with the outside world, especially Asian partners such as China, at the center of their analysis. It is hoped that the special issues will be published in December 2024.

Important notes:

 • The article should be written in good, scholarly English.

• Interested authors are welcome to discuss their ideas with the editors before they prepare their first draft.

• For additional information and administrative matters, you may send an email, in either English or Portuguese,

  to Kaian Lam (kaianlam@um.edu.mo).

• Your article should be ready for review no later than June 2024.

• Submission may be directed to Kaian Lam’s mailbox (kaianlam@um.edu.mo).

   We look forward to receiving your proposals! Guest editors:

Francisco Leandro: fleandro@um.edu.mo (University of Macau) Kaian Lam: kaianlam@um.edu.mo (University of Macau) Yichao Li: liyichao@zjnu.edu.cn (Zhejiang Normal University)

    

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Políticas de Integração Regional no primeiro mandato do Governo Lula (2005) - Paulo Roberto de Almeida

 Um artigo antigo, mas não de todo desajustado. As realidades mudaram, não as atitudes: 

1424. “Políticas de Integração Regional no Governo Lula”, Brasília, 6 mai. 2005, 32 p. Colaboração a número especial da revista Política Internacional (Lisboa, Portugal: n. 29, II série, dez. 2005, p. 33-60), “O Brasil de Lula: retrospectiva 2003-2005, perspectiva 2006”, organizada por Clóvis Brigagão e Silvério Zebral. Serviu de base para palestra no seminário “Colombia y sus regiones: retos a la internacionalización”, organizado pela Friedrich Ebert Stiftung em Colômbia e realizado na Universidad de Antioquia (Medellin, 13/05/2005). Publicada na Revista do Programa de Mestrado em Direito do UniCEUB (Brasília, v. 2, n. 1, p. 20-54, jan/jun. 2005); pelo Centro Argentino de Estudios Internacionales sob a forma de work paper (Buenos Aires: CAEI; Working Papers Integración Regional n. 11; 11 dez. 2005). Revisto integralmente e reduzido substancialmente para ser incorporado ao livro: Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014, p. 289; ISBN: 978-85-8192-429-8); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/109473524/1424_Políticas_de_integração_regional_no_governo_Lula_2005_). Relação de Originais n. 2596. Relação de Publicados n. 1133). Relação de Publicados n. 567 e 608.


Políticas de integração regional no governo Lula

 

Paulo Roberto de Almeida

 

Sumário: 

1. Introdução: da “diplomacia presidencial” à “diplomacia partidária”

2. Nas origens: a luta contra o imperialismo e o capitalismo internacional

3. Preparando-se para o poder: a nova postura na agenda externa

4. No governo: em busca de um “novo eixo de poder mundial” e de uma “nova geografia do comércio internacional”

5. O projeto mais ambicioso: o Mercosul ampliado como base da liderança regional

6. O fardo da liderança: a integração sul-americana

7. No meio do caminho tinha uma pedra: o problema da Alca

8. Avaliação tentativa da diplomacia do governo Lula

 

 

 

1. Introdução: da “diplomacia presidencial” à “diplomacia partidária”

Entre todas as políticas governamentais – macroeconômicas ou setoriais – que têm sido anunciadas, tentativamente formuladas ou efetivamente implementadas desde o início do atual mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2003, nenhuma consegue, com mais fidelidade, refletir as idéias, interpretar os valores e reproduzir as prioridades do seu movimento político, o Partido dos Trabalhadores (PT), do que a política externa. Com efeito, em nenhuma das diversas políticas setoriais – com a possível exceção da reforma agrária, mas aqui com diversas carências operacionais –, nem, a mais forte razão, na política macroeconômica, lato sensu, pode-se registrar, como no terreno das relações exteriores, tal identidade de propósitos e de intenções entre, por um lado, o proclamado e o tendencialmente realizado pelo governo Lula, e, de outro, aquilo que sempre pregou, desde sua fundação, e continuou pregando, durante anos a fio, o PT. No terreno da política externa, em especial, nenhuma outra área está tão ligada, histórica e indissociavelmente, aos programas e práticas do PT como a diplomacia regional, na qual se destaca em particular a integração no Mercosul e da América do Sul. 

O governo Lula tinha iniciado seu mandato com fortes e incisivas críticas ao governo anterior – em dois mandatos sucessivos, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002 – do presidente Fernando Henrique Cardoso, censurado inclusive, no que toca ao modus operandi de suas relações exteriores, no que se refere à “diplomacia presidencial” que foi explícita e reconhecidamente praticada pelo chefe de Estado. Ainda que não tenha adotado o conceito, provavelmente em virtude de sua aberta vinculação com as práticas da administração anterior nesse terreno, o governo Lula retomou e ampliou sua amplitude e intensidade, praticando como nenhum outro governo do Brasil o engajamento direto do chefe de Estado nas conversações diplomáticas e nas iniciativas de política externa, seja no plano bilateral, seja no âmbito regional ou multilateral.

Em razão, precisamente, da já referida identidade entre a política externa prática e as políticas preconizadas pelo PT, pode-se talvez adiantar que, nessa área, mais do que uma “diplomacia presidencial”, se está assistindo, de fato, a uma verdadeira “diplomacia partidária”, inclusive em virtude da unanimidade que a política externa do governo Lula recolhe junto às diferentes tendências e grupos internos do PT, o que manifestamente não ocorre em relação à política econômica ou em relação a diversas outras políticas setoriais do governo, geralmente recebidas com reservas nos setores mais à esquerda do partido. Essa constatação é ainda mais verdadeira e enfática no que se refere à política externa especificamente voltada para o âmbito regional, seja no terreno da integração, seja ainda no diálogo político e na coordenação de posições com determinados governos da região, alegadamente identificados ao campo progressista ou anti-imperialista, como é natural que ocorra num partido identificado com essas correntes políticas como é o PT.

Tendo já discorrido sobre a diplomacia do governo Lula de uma forma geral, inclusive em sua dimensão comparada com a da administração anterior,[1] pretendo concentrar-me, neste ensaio, sobre as principais características, os fundamentos políticos e as modalidades de implementação da diplomacia regional desse governo, com eventual referência aos demais aspectos de sua política externa como um todo. A documentação de referência pode ser facilmente encontrada nos sites oficiais de material governamental, com destaque para os sites do Ministério das Relações Exteriores, da própria Presidência da República ou da Radiobrás (que reproduz, em adição aos discursos oficiais inseridos nos dois primeiros, intervenções orais, de improviso, do presidente). Ela pode ser complementada pelo abundante material da imprensa diária, que oferece uma cobertura satisfatória da diplomacia do governo Lula e que será utilizada de modo seletivo neste ensaio. A abordagem será historicamente linear, com destaque para os eixos temáticos da integração e das negociações comerciais, o que aliás impõe começar pelas posições ostentadas historicamente pelo PT, programaticamente e nas campanhas eleitorais nas quais o partido concorreu com candidato à presidência, como forma de comprovar a assertiva da “diplomacia partidária”. 

 

2. Nas origens: a luta contra o imperialismo e o capitalismo internacional


(...)



[1] Ver Paulo Roberto de Almeida, “Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula”, Revista Brasileira de Política Internacional(Brasília: IBRI, ano 47, nº 1, 2004, pp. 162-184).


Disponível na íntegra neste link: 

https://www.academia.edu/109473524/1424_Pol%C3%ADticas_de_integra%C3%A7%C3%A3o_regional_no_governo_Lula_2005_

Israel Products in India: A complete list

 

Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands!

Israeli Products in India

India and Israel, two countries characterized by diverse cultures and storied histories, have been cultivating their diplomatic ties for many years. These bilateral relations go beyond the realm of politics and diplomacy, encompassing trade, investments, and collaborations in various industries. In this article, we delve into the vibrant partnership between India and Israel, with a specific focus on trade, investments, and the prospective sectors for cooperation. This exploration provides valuable information for students and individuals interested in the fields of international relations and business.

Israel Food Products in India

Israel Trade Relations

The trade partnership between India and Israel has thrived and proven advantageous for both nations. India predominantly exports pearls, precious stones, chemical and mineral products, machinery, electrical equipment, textiles, and plastics to Israel. Conversely, India imports machinery, electrical equipment, base metals, defense-related equipment, machinery, transport equipment, and chemical and mineral products from Israel. This trade flow underscores the increasing economic interconnectedness between these two countries.

National Games 2023 Medal Tally: Check The Complete List Of Winners

Israel Product List

  • Max Brenner, a renowned chocolate brand, was founded by Israeli partners Max Fichtman and Oded Brenner. Despite being headquartered in New York, the company had its origins in Ra’anana, Israel, 25 years ago. Over the years, Max Brenner has expanded to more than 50 locations globally, with a significant presence in Australia.
  • Laline, a cosmetics and lifestyle product manufacturer, started as a small shop in Tel-Aviv but has since grown extensively, operating over 100 stores nationwide and distributing its products globally.
  • In Hebrew, soap is referred to as “Sabon.” Israel continues to market these products under the brand “Sabon Shel Pa’am,” which translates to “soap from the past.” The company has consistently used high-quality natural ingredients like salt and algae, all sourced from the Dead Sea, and all of their products are still manufactured in Israel.
  • Michal Negrin, a jewelry company, offers exquisite vintage jewelry and home decor items in more than 65 stores across the country. Three decades ago, it started as a small booth in the handmade market of Nachlat Binyamin.
  • Jaffa oranges, known for their thick skin and seedless nature, are easily exportable worldwide. While they are also grown in other Middle Eastern countries, Israel plays a significant role as an exporter of Jaffa oranges, especially to the European Union.
  • Daniella Lehavi, a luxury designer, creates leather shoes, handbags, and high-end accessories, all proudly manufactured in Israel. Since she opened her first studio in 1990, Daniella has expanded her presence to include locations in the United States, Canada, and Korea.

Israeli Products & Brands across World

Israeli Products & Brands in WorldService or Product Name
Angel BakeriesCommercial bakery
BabylonSoftware Company
Berman’s BakeryCommercial bakery
BezeqTelecommunications
CardiacSenseWearable Tech
CastroFashion Brand
Dan hotelsHotel Chain
FoxFashion Brand
HaaretzNews Media Company
IsrairAirline Company
IsrotelHotel Chains
FiverrOnline Freelancer Social Media
Monday.comSoftware Development
Max BrennerInternational Chocolate Brand
MobileyeADAS Developers
RadwinWireless broadband Communications
SlingshotWhiskey Brand
Tempo BeerBrewery Company
Mul-T-LockSmart Lock Company
UziSubmachine Gun
YokohamaTyre Company
Wix.comSoftware Company

Israel Brand List 2023

Drugs, Health, Medicine & Food Products

  • Super-Pharm
  • Teva Pharmaceuticals
  • CardiacSense Ltd
  • Teva Active Pharmaceutical Ingredients

Food & Dairy Products

  • Time (cigarette)
  • Tiv Ta’am
  • Tnuva
  • Vodka Perfect
  • Wissotzky Tea
  • Angel Bakeries
  • Bamba (Snack)
  • Berman’s Bakery
  • Bissli (Israeli wheat snack)
  • Carmel Agrexco
  • Carmel Winery
  • Cow Chocolate
  • Ein Gedi Mineral Water
  • Galilee Green
  • Klik (Candy)
  • Krembo
  • L’Chaim Vodka
  • Landwer Coffee
  • Lone Tree Brewery
  • MacDavid
  • Max Brenner
  • Mey Eden
  • Neviot (Spring water)
  • Noblesse (cigarette)
  • Osem (company)
  • Rabl (company)
  • Strauss Group
  • Tara (Israel)
  • Tempo Beer Industries

Clothing & Fashion Accessories

  • Gottex (Designer swimwear)
  • Honigman
  • Kenvelo
  • Naot (Shoes, sandals)
  • Source Sandals (Tekking and hiking sandals)
  • Elie Tahari
  • TNT (clothing)
  • Tzomet Sfarim
  • YVEL (Necklaces, Rings, Earrings, Bracelets)
  • Leibish & Co. (Natural fancy color diamonds Fine jewelry)
  • Cassidi
  • Castro
  • Fox (Clothing)

Top Israeli Companies

The following is a comprehensive list of Israeli companies operating in India.

  • WaterGen, an Israeli company, specializes in manufacturing equipment that extracts drinking water from the air, known as Atmospheric Water Generators (AWG). The largest water generator they produce, GEN-L, has the capacity to generate up to 6,000 liters of potable water daily. The WaterGen Mobile Box, another product, can produce up to 25 liters of fresh drinking water from the air.
  • Teva, the largest Israeli business in India, is part of Teva Pharmaceutical Industries Ltd., a globally renowned pharmaceutical company headquartered in Israel. Teva operates in India and is located near Whitefield, the hub of the Indian IT industry.
  • Dan Hotels Bengaluru, a luxury hotel chain, is situated in close proximity to Whitefield.
  • Net-Translators, a well-known company offering quality assurance, localization, and professional translation services, recently inaugurated a new branch in Gurugram.
  • Sarine is a leading technological company specializing in advanced equipment for the production of gemstones and diamonds.
  • Avgol Nonwovens, a market leader in the production of high-performance spin melt nonwoven fabric solutions, has its manufacturing facility in Mandideep, Bhopal. These solutions are used in functional, medicinal, and hygiene applications.
  • NeoLync, a PLI (Production Linked Incentive) for large-scale electronics manufacturing, operates in India, distributing and supplying electronic amplifiers, digital electronic scales, and electron tubes.
  • Rivulis, a pioneer in micro-irrigation technologies globally, is a top supplier of drip irrigation systems. Rivulis Irrigation India Pvt. Ltd. (RIVULIS) supports growers in efficiently supplying water to plants.

Significance of Israel Brand

Israel has earned the moniker “Start-up Nation” owing to its significant presence of pioneering technology firms. The country has spawned a multitude of successful startups across diverse sectors, including cybersecurity, artificial intelligence, biotechnology, medical devices, and clean energy. These Israeli enterprises have not only transformed their respective industries but have also been the subject of acquisitions or collaborations with major global corporations.

Israel’s Main Import & Export

Israel is a big player when it comes to selling fresh fruits, especially citrus fruits like oranges, grapefruit, and tangerines. They even created a special grapefruit-pomelo mix! In total, Israel grows over forty different kinds of yummy fruits.

But it’s not just fruits; Israel is also into other stuff. They bring in things like oil, machines, diamonds, and transportation equipment from other countries. When they look at what they send out, it’s a mix of different goods:

  • Raw materials: These are things used to make other stuff, like metals or wood. Israel sends out about $3.95 billion worth of these.
  • Intermediate goods: These are in-between things, not finished products but getting there. Israel exports about $17.72 billion of these.
  • Consumer goods: These are the things people buy for themselves. Israel sends out about $10.23 billion of these.
  • Capital goods: These are big things used by industries, like machines or factories. Israel exports a whopping $22.51 billion of these.

Israel is also super smart. They spend a lot of money on research and development, which means they figure out cool, high-tech stuff. They’re really good at making things like airplanes, top-notch defense technology, and scientific instruments. All these smarts help them sell about $17 billion worth of these high-tech goods to other countries, which is almost one-third of all the things they sell abroad.

Economy of Israel

Israel’s economic approach aims to sustain growth by progressively incorporating the national economy into global markets. Despite facing challenges such as rapid population growth, boycotts from the majority of Arab nations, substantial defense spending, a scarcity of natural resources, elevated inflation rates, and a limited domestic market hindering the advantages of mass production, Israel has made strides in achieving these objectives.

However, the economic progress has not been uniform. Economic disparities are notable among Israeli Jews, with significant gaps, while Israeli Arabs frequently find themselves at the lower end of the economic spectrum.

Foreign Direct Investment (FDI)

Israel has made significant investments in India, although it remains a minor contributor in terms of FDI. The presence of major Israeli companies in India such as Avgol Nonwovens, Teva Pharmaceutical Industries Limited, and others has contributed to the economic partnership.

Israel Food Products In India

The presence of Israeli companies has significantly strengthened bilateral trade relations in the Indian market. India has experienced the influence of several renowned Israeli brands, including Alumayer, Plasson, Huliot, Metzerplas, IDE, Netafim, Naa’n Dan Jain, Rivulis, NeoLynk, Ecoppia, Aqwise, Polemix, Eli Hajaj, and Avgol Nonwovens.These enterprises make a substantial contribution to the local economy and have established a notable presence in states like Madhya Pradesh, where Teva Pharmaceutical Industries Limited and Avgol have set up their operations.

Israeli businesses located in Madhya Pradesh

Teva Pharmaceutical Industries Limited and Avgol, two Israeli firms, have expanded their presence in Madhya Pradesh, India, contributing to the region’s economic growth. Israel ranks second globally in terms of the number of startup businesses, trailing only the United States. Additionally, it holds the third position for the most NASDAQ-listed companies, following China and the United States.

Top Israel Brands in India List

Several Israeli companies have established themselves in the Indian market, reinforcing the economic ties between the two countries. These include Avgol Nonwovens, Rivulis, NeoLynk, Ecoppia, Naa’n Dan Jain, Aqwise, Polemix, Eli Hajaj, Alumayer, Plasson, Huliot, Metzerplas, IDE, and Netafim, among others.

Israeli Companies in Madhya Pradesh

Teva Pharmaceutical Industries Limited and Avgol are among the Israeli companies that have set up operations in the Indian state of Madhya Pradesh, contributing to the local economy.

Pepsi Is Israel Product

Potential Collaboration Sectors

India and Israel have identified several sectors with the potential for collaboration:

Defence: Israel is a key supplier of defence equipment to India. This collaboration strengthens both countries’ security and technology capabilities.

Agritech: Both nations can benefit from collaboration in agricultural technology, sharing expertise in areas like precision farming, irrigation, and sustainable agriculture.

Food Processing: Joint ventures in food processing can enhance the quality and efficiency of food production in India, benefiting farmers and consumers.

Electronics: Collaboration in the electronics sector can lead to the development of innovative technologies and products, further boosting the technology ecosystem in both countries.

Ameaça de conflito militar entre Venezuela e Guiana mobiliza Itamaraty (Metrópoles)

 Ameaça de conflito militar entre Venezuela e Guiana mobiliza Itamaraty

Metrópoles Online | Últimas Notícias
20 de novembro de 2023

Brasil, por meio de sua diplomacia, busca cooperar para uma solução pacífica na disputa entre Venezuela e Guiana pela área da Guiana Essequiba. Num movimento que pode comprometer a estabilidade do continente, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou um referendo sobre a anexação da região, que representa metade do território guianense.

Fontes dentro do governo brasileiro ouvidas pelo portal Metrópoles afirmaram que o país "defende uma solução pacífica a essa controvérsia" e que busca "relembrar o compromisso de consolidação de uma Zona de Paz e Cooperação entre os Estados americanos".

Apesar da tensão crescente, o Itamaraty ainda trata do assunto de maneira reservada com os envolvidos e com outros atores regionais, tentando evitar que o debate público esquente ainda mais.

O clima está ruim entre os dois países envolvidos. Nas redes sociais, o líder venezuelano, que vive a pressão internacional para participar de eleições livres, tem feito publicações em defesa da incorporação de parte do país vizinho.

"Acreditamos profundamente no diálogo e no acordo baseados no respeito do direito inalienável e histórico que temos como Povo. A Guiana Essequiba nos pertence por herança e séculos de luta e sacrifício. Vamos construir a verdadeira paz e prosperidade para os nossos meninos e meninas", escreveu Maduro sobre a região, que é rica em recursos como petróleo.

Dilema internacional

A situação na América do Sul é acompanhada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que se reuniu na última semana no Palácio da Paz - sede do tribunal em Haia, Holanda - para ouvir as representações das duas nações. O agente guianense na audiência, Carl B. Greenidge, repudiou a realização da votação nacional convocada pelo governo venezuelano.

"O referendo que a Venezuela marcou para 3 de dezembro de 2023 foi concebido de modo a obter um apoio popular esmagador, rejeitar a jurisdição e antecipar um julgamento futuro. Ao fazê-lo, querem minar a autoridade e a eficácia do principal órgão judicial", disse o representante da Guiana.

Em resposta, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, acusou a Guiana de "colonialismo judicial" por ter recorrido contra a anexação no tribunal internacional. "Viemos derrotar a pretensão do colonialismo judicial da Guiana, que instrumentaliza esta Corte para frear o que não pode ser interrompido. No dia 3 de dezembro, os venezuelanos votarão", prometeu a venezuelana.

O processo com os dois países tramita na CIJ desde 2018, mas ganhou importância e celeridade devido à convocação da votação na Venezuela.

Resultado antecipado

Em entrevista ao Metrópoles, o professor Alcides Cunha Costa Vaz, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), avalia que o referendo convocado por Maduro tem alta chance de ser aprovado.

"A probabilidade de passar é muito elevada. A Venezuela caminha para eleições gerais em 2024. E essa é uma demanda histórica do país. Se você ver os mapas venezuelanos, a região aparece listrada e é chamada de 'zona de reclamação'. Algo assim pode unir a população. E as cinco perguntas do referendo são no sentido de endossar a incorporação", comentou.

Além disso, o acadêmico pontua que a Venezuela não reconhece o Tribunal Internacional de Justiça como instância competente ao julgamento do processo, o que dificulta as tentativas de negociação. "Mesmo que uma decisão prospere na Corte, ela jamais será reconhecida [pela Venezuela]", afirmou.

Guerra da Ucrânia na América do Sul?

Diante da escalada de tensões, uma das preocupações levantadas é que um cenário semelhante ao do conflito Rússia e Ucrânia aconteça novamente, só que na América do Sul. Vaz comenta que essa também não é uma alternativa distante.

Do lado guianense, há forte apoio dos Estados Unidos, que visa proteger interesses comerciais. "Em 2022, a Guiana ofereceu pontos de exploração de petróleo nas águas rasas do território. Uma das primeiras candidatas foi a petrolífera Exxonmobil. O governo americano respalda esse interesse, com sinalização clara da embaixada em Georgetown (capital da país sul-americano) de cooperação militar", explicou Costa Vaz.

Em declaração recente, a nova embaixadora dos EUA no país, Nicole Theriot, reiterou a perspectiva de presença militar estadunidense. "[ ] trabalharemos para apoiar nossa parceria bilateral, melhorar os objetivos de segurança mútua, enfrentar ameaças transversais e promover a segurança regional", declarou a diplomata norte-americana.

Do lado venezuelano, a Rússia, principal fornecedor de armamento do país, também observa a região. "Durante a administração Trump, nos EUA, quando foi ventilada a possibilidade de uma intervenção estadunidense, o governo russo pousou dois bombardeiros em Caracas (capital da Venezuela) e deixou clara sua oposição. Aqui temos algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, o que é de interesse russo", relembrou Vaz.

Num cenário de superpotências de lados opostos em um conflito militar, até mesmo o Conselho de Segurança das Nações Unidas ficaria de mãos atadas. Isso acontece, porque junto com China, França e Reino Unido; EUA e Rússia fazem parte dos assentos permanentes, que têm poder de veto. Isso lhes permite barrar resoluções, independente do apoio da comunidade internacional. Assim, há margem para que bloqueiem medidas, mesmo que essas estejam no sentido de cessar o enfrentamento.

E o Brasil?

Apesar de a discussão não envolver diretamente o Brasil, analistas políticos afirmam que a disputa pode fazer com que o Itamaraty tenha que assumir posicionamento mais contundente. Do contrário, a escalada das tensões poderia afetar regiões próximas, como avalia André César, cientista político da Hold Assessoria.

"São vizinhos, que sempre tiveram uma relação pacífica conosco. Então, um eventual embate entre os dois se tornaria um problema que poderia respingar nas populações próximas e na nossa própria política. É um assunto que, literalmente, bate à porta. Lembre-se do caso de venezuelanos entrando aqui via Roraima. Tudo que é assunto fronteiriço é delicado. Não tem como escapar dessa", avalia.

Entretanto, essa visão não é unânime. Outros especialistas entendem que o Brasil não tende a ser diretamente afetado. "A controvérsia já se estende há anos e o nunca tomamos uma posição muito clara, além, claro, da tendência histórica da diplomacia de dar ênfase à resolução pacífica dos conflitos", diz Nicholas Borges, analista de política internacional da BMJ Consultores Associados.

Paz estratégica

"Há interesse brasileiro em jogo também. A recuperação venezuelana beneficiaria o comércio bilateral e, além disso, daria margem a investimentos bilaterais no setor petrolífero", pontua o professor Alcides Cunha Costa Vaz.

O plano brasileiro é relembrar o compromisso de se estabelecer uma Zona de Paz e Cooperação - tratado iniciado pelo Brasil que tem como objetivo promover cooperação regional e a manutenção da paz na região do Atlântico Sul.

No entanto, há temor de que isso não seja o suficiente. "A diplomacia brasileira precisaria ir além dessa narrativa, reforçando que a eventual anexação poderia prejudicar as negociações que a Venezuela vem tratado com os Estados Unidos sobre os embargos econômicos", comentou Borges.


O Brasil é uma Argentina em marcha lenta? Não exatamente, ou não ainda… - Paulo Roberto de Almeida

O Brasil é uma Argentina em marcha lenta? Não exatamente, ou não ainda…

Paulo Roberto de Almeida

Nota sobre a transição política argentina e possível comparação com o Brasil


Atenção: o peronismo não acabou. Foi apenas derrotado numa presidencial, como já tinha sido no passado, por problemas que ele próprio criou. 

Se o novo executivo, com a oposição do peronismo, não conseguir resolver os problemas criados por um movimento que se converteu em república sindical, ele poderá voltar ao poder, para criar os mesmos problemas.

A Argentina não está livre de novos sobressaltos, de recriar velhos problemas, de inventar novos e de insistir em soluções erradas. Não é fácil ser argentino: três gerações atrás eles inventaram uma espécie de moto perpétuo que dilapida pouco a pouco a riqueza que tinham conseguido amealhar mais de cem anos atrás. 

O Brasil também já ingressou na etapa da república sindical, mas não conseguiu ainda formular uma doutrina para alimentar o eterno retorno da fênix destruidora de riquezas. A chave do problema está na força das ideias. Nosso “peronismo” é apenas de botequim, sem a consistência do justicialismo. O lulopetismo é apenas uma variante do velho populismo, sem qualquer força doutrinal. Um oportunismo disfarçado de política social, justificado pelas enormes carências de um país relativamente desenvolvido, mas com uma carga desmesurada de desigualdades e de injustiças sociais. 

Nunca tivemos a riqueza per capita dos argentinos, e ainda vai demorar para alcançá-la. Nossa produtividade é mediocre, essencialmente em função da má qualidade e insuficiência da educação de massa, coisa que os argentinos tinham alcançado mais de cem anos atrás. 

O peronismo conseguiu dilapidar até esse ativo público; o nosso nunca foi de verdade construído. Oligarcas de direita e república sindical de esquerda no Brasil nunca atribuíram relevância efetiva à educação de massa de qualidade para os mais pobres, de qualquer cor. 

Estamos ainda em marcha lenta, não sabemos ainda para o quê, exatamente.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 20/11/2023

domingo, 19 de novembro de 2023

A arte de ficar calado, de novo - Rubens Barbosa sobre Lula boquirroto

Rubens Barbosa: A arte de ficar calado, de novo

 

Revista Interesse Nacional, novembro 17, 2023


Presidente erra ao fazer declarações sobre a guerra na Faixa de Gaza, e pode gerar problemas para os interesses brasileiros. Para embaixador, falas de Lula também não contribuem para diminuir as tensões e divisões internas no Brasil 

Por Rubens Barbosa*

Algumas pessoas atravessam a rua para pisar em casca de banana, escorregar e se machucar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repete o mesmo equívoco de falar publicamente o que ele pode até pensar, mas que não deveria tornar público, para evitar controvérsia. 

‘A palavra do presidente conta, especialmente, em questões de relações internacionais’

A palavra do presidente conta, especialmente, em questões de relações internacionais.

No inicio de seu governo, o presidente elogiou a Venezuela e o regime Maduro, relativizando o conceito de democracia. Na oportunidade, foi publicamente corrigido pelos presidentes do Uruguai e do Chile e teve de ouvir manifestações políticas internas com desgaste próprio e do governo. No começo da guerra da Rússia na Ucrânia, Lula disse que os presidentes russo, Putin, e ucraniano, Zelensky, eram igualmente responsáveis pelo conflito, ganhando críticas generalizadas.

Os arroubos verbais do presidente transformam situações que poderiam ser vistas como sucesso em atritos desnecessários que prejudicam a própria ambição de Lula de ter um papel de maior visibilidade e influência nas questões geopolíticas mais relevantes. Para embaixador, aparenta haver um esvaziamento problemático do Itamaraty, mas as declarações até agora não devem ter consequências práticas contra o país.

 

Agora, depois de 7 de outubro, quando o mundo estarrecido viu cenas terríveis com os ataques terroristas do Hamas em território israelense e as cenas igualmente dramáticas com as mortes de civis (em especial mulheres e crianças) em Gaza, Lula e seu governo voltam a emitir opiniões controvertidas. 

Depois de chamar o primeiro-ministro Netanyahu de insano e a reação bélica israelense de insanidade, Lula, ao receber o grupo de 32 brasileiros que voltavam de Gaza, disse que Israel estava bombardeando mulheres e crianças em ação terrorista, como os atos do Hamas, equiparando Israel ao Hamas. Por outro lado, em encontro em Paris, promovido pelo governo francês, sobre questões humanitárias relacionadas ao conflito, o assessor internacional do Planalto disse que o que está acontecendo na Faixa de Gaza poderia ser equiparado a um genocídio.

Assim como aconteceu no episódio do encontro com Maduro, a reação a essas declarações veio no mesmo dia. A Confederação Israelita do Brasil respondeu que gostaria de ver mais equilíbrio no posicionamento presidencial e que é errado equiparar uma democracia, como Israel, com ações do grupo terrorista Hamas. No mesmo sentido, se manifestaram o Instituto Israel Brasil e a ONG Stand with Us. 

As opiniões públicas do alto escalão do governo brasileiro, no caso de Gaza, poderão repercutir contra os interesses nacionais. Uma nova lista de cerca de 50 brasileiros está  sendo elaborada, e o governo terá de negociar com Israel, em especial, que tem a última palavra para a saída de nacionais de vários países pela porta de Rafah. Embora não haja evidência do que ocorreu, não pode ser descartada a hipótese de que o atraso de um mês da liberação dos brasileiro de Gaza, apesar dos esforços do governo, pode ser atribuído a uma reação de Israel às posições do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e às declarações de altas autoridades brasileiras.

As manifestações de Lula também não contribuem para diminuir as tensões e divisões internas no Brasil em relação ao bolsonarismo. A Confederação enfatizou que “devemos nos esforçar para não importarmos o trágico conflito no Oriente Médio para o cenário já tão polarizado do Brasil”. Segundo pesquisas de opinião pública, o antissemitismo e a islamofobia estão aumentando no pais. Não há interesse na radicalização desse tema, em vista da importância das comunidades árabe e judaica e da convivência harmoniosa existente historicamente entre elas.

Contrastando com a chegada discreta de 1.500 brasileiros da Cisjordânia e de Israel, o desembarque dos 32 nacionais e palestinos, parentes dos brasileiros, ganhou grande destaque com a presença do presidente Lula e de Janja, além de meia dúzia de ministros em uma clara intenção de capitalizar politicamente para mostrar quem realmente foi responsável pela liberação dos que quiseram sair. Foi a resposta ao ex-presidente Bolsonaro, que declarou ter falado com o governo israelense para acelerar a decisão de liberar a saída dos brasileiros. Com isso, novamente acirrou a polarização interna e apareceu querendo tirar ganhos políticos de uma questão humanitária, o que não passou despercebido.

‘O Itamaraty manteve uma atuação profissional, evitando declarações de cunho político em defesa de qualquer um dos lados’

O Itamaraty, ao longo de todo o conflito na Faixa de Gaza e no tocante à guerra na Ucrania, manteve uma atuação profissional, evitando declarações de cunho político em defesa de qualquer um dos lados. 

A chancelaria procurou tratar a questão dentro dos limites da diplomacia com uma posição técnica de equidistância no resguardo dos interesses brasileiros. A competente coordenação com o Ministério da Defesa em dez voos que trouxeram mais de 1.500 da Cisjordânia, de Israel e da Faixa de Gaza procurou afastar o trabalho de conotações políticas e os pronunciamentos do ministro Mauro Vieira e dos embaixadores em Ramalah, no Cairo e em Israel primaram pela contenção e por ausência de manifestações politicas.

 

Rubens Barbosa foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, DC., é diplomata, presidente do Instituto Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice) e coordenador editorial da Interesse Nacional.