O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 19 de agosto de 2017

Políticas Comerciais da Administração Trump: Mark Langevin, IPRI (24/08, 15h30)

Convite para a Mesa-Redonda "Políticas Comerciais da Administração Trump: Situação Atual e Perspectivas"  
Prezado (a) Senhor (a),

1. Gostaria de convidá-lo (a) para a Mesa-Redonda "Políticas Comerciais da Administração Trump: Situação Atual e Perspectivas" na quinta-feira 24/08 às 15h30 no auditório Paulo Nogueira Batista, no anexo II do Ministério das Relações Exteriores.

2. A primeira palestra é do professor Mark Langevin, da Universidade George Washington, à qual se seguirão intervenções do Diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos, Ministro Ernesto Fraga de Araújo, e do Diretor do Departamento Econômico, Ministro Pedro Miguel da Costa e Silva. Após isso, o debate será aberto aos demais participantes. O evento será em português, mas os membros da mesa poderão também responder a perguntas em inglês.

3. Professor da Elliott School of International Affairs da Universidade George Washington, Mark Langevin leciona também em universidades brasileiras, como convidado. Ele tem diversos estudos sobre setores como agricultura e energia, bem como sobre contenciosos comerciais e relações Brasil-Estados Unidos. Suas publicações estão disponíveis clicando aqui.

4. As vagas são limitadas. Inscrições devem ser feitas no website oficial da FUNAG.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

O "milagre" de Hong-Kong e o seu autor - livro biografia sobre John Cowperthwaite

Na verdade, não tem nenhum milagre. Apenas Adam Smith aplicado na prática, e constantemente.
Muito tempos antes que o World Economic Forum ou o Insead, ou a Heritage Foundation e o Fraser Institute, começassem a fazer os seus rankings e classificações de liberdade econômica, de competitividade, de bom ambiente para negócios, Milton Friedman já tinha detectado o sucesso que era e estava se tornando Hong Kong, um monte de pedras, algumas ilhas, que não tinham absolutamente nada em cima, a não ser uma boa localização no sul da China, perto do enclave português, bem mais antigo, que era Macau.
Pois bem: depois que a colônia inglesa (que tinha sido atribuída à Grã Bretanha por cem anos, de acordo com os tratados desiguais do século XIX) foi libertada da dominação japonesa ao final da Segunda Guerra -- um dos que ficaram presos ali foi o militar Charles Boxer, futuro historiador do império marítimo português -- sua renda per capita era menos da metade da renda per capita da metrópole. Bem antes da colônia ser devolvida à China, a renda já tinha ultrapassado a da metrópole, e atualmente é mais de 30% superior, e isso a despeito, desde os anos 1950 (pós-revolução comunista no continente), de um afluxo constante de refugiados e emigrados de várias partes da Ásia, buscando simplesmente liberdade para empreender, pessoas miseráveis, chegando sem qualquer pertence, muitas delas dormindo em cortiços na cidade (que ainda existem) ou em sampans no rio ou na sua embocadura. São essas pessoas miseráveis que criaram a riqueza de Hong Kong, como aliás dizia Adam Smith, seguida pelo administrador inglês da colônia, o homem que criou a sua prosperidade, e que é objeto desta biografia resenhada nesta matéria.
O que dizia Adam Smith, além da sua famosa frase sobre a "mão invisível", que muitos equivocadamente elevam à condição de teoria, quando é uma simpes imagem. Adam Smith disse o seguinte:

Little else is requisite to carry a state to the highest degree of opulence from the lowest barbarism, but peace, easy taxes, and a tolerable administration of justice; all the rest being brought about by the natural course of things. All governments which thwart this natural course, which force things into another channel, or which endeavor to arrest the progress of society at a particular point, are unnatural, and to support themselves are obliged to be oppressive and tyrannical.

E não venham me dizer que esses princípios só se aplicam em situações especiais, em países pequenos, em cidades-Estado, como Cingapura e Hong-Kong, justamente.
Não: princípios de governo se aplicam em quaisquer circunstâncias, qualquer que seja o tamanho do país, por mais pobre que ele seja. O Brasil podia aprender com isso.
Elementar, não é?

Paulo Roberto de Almeida​
Brasília, 18 de agosto de 2017


The man behind the Hong Kong miracle



I have just finished reading Neil Monnery’s new book, Architect of Prosperity: Sir John Cowperthwaite and the Making of Hong Kong. This fascinating account of the rise of Hong Kong as a global economic powerhouse is well written and, as such, easy to read and understand. I’m happy to recommend it wholeheartedly to CapX’s discerning readership.
I first became interested in the story of Hong Kong in the late 1990s. The emotional handover of the colony from the United Kingdom to China, for example, is deeply impressed on my memory. But also, as part of my doctoral research at the University of St Andrews, I read a number of essays about the rise of Hong Kong written by the Nobel Prize-winning economist Milton Friedman. Friedman, an advocate of the free market and small government, believed that individuals, when left unmolested, will strive to improve their lives and those of their families. Prosperity will follow.
His was similar to Adam Smith’s insight:
“Little else is requisite to carry a state to the highest degree of opulence from the lowest barbarism, but peace, easy taxes, and a tolerable administration of justice; all the rest being brought about by the natural course of things. All governments which thwart this natural course, which force things into another channel, or which endeavor to arrest the progress of society at a particular point, are unnatural, and to support themselves are obliged to be oppressive and tyrannical.”
No country in modern history has come as close to Smith’s ideal as Hong Kong. The territory that the British Foreign Secretary Viscount Palmerston described as “a barren island with hardly a house upon it” was once very poor. In the immediate aftermath of World War II and Japanese occupation, its per capita income was about a third of that in the United Kingdom.
By the time British colonial rule ended, Hong Kong was 10 per cent richer than the mother country. Last year, the former colony was 37 per cent richer than the UK. It is, therefore, apposite that the man credited with Hong Kong’s success should be a Scottish civil servant, a University of St Andrews alumnus, and a devotee of Adam Smith: Sir John Cowperthwaite.
As Monnery explains, Cowperthwaite was not the first small government advocate to oversee the colony’s economy and finances. A succession of colonial governors and their financial secretaries ran a shoe string government. But, they did so out of financial necessity, rather than deep ideological commitment to small government.
As Financial Secretaries, Geoffrey Fellows (1945-1951) and Arthur Clarke (1951-1961) established a regime of low taxes and budgetary surpluses, and free flow of good and capital. To those foundations, Cowperthwaite (1961-1971) added not only the vigour of his convictions, but also a handpicked successor, Philip Haddon-Cave (1971-1981). By the time Haddon-Cave departed, the success of Hong Kong’s experiment with small government was undeniable not only to the British, but also to the Chinese. Margaret Thatcher embarked on her journey to dismantle British socialism in 1979, while Deng Xiaoping started undoing the damage caused by Chinese communism in 1978.


And that brings me to the most important reason why Cowperthwaite, rather than Fellows and Clarke, deserve to be credited with the rise of Hong Kong. Basically, he was the right man at the right place in the right time – the 1960s. It was all well and good to run a small government when the colony was still poor. By the 1960s, however, the colony was prospering and demands for higher government spending (as a proportion of GDP) were increasing. As an aside, the government’s nominal spending increased each year in tandem with economic growth. To make matters much worse, socialism, be it in its Soviet form (i.e., central planning) or in its more benign British form (state ownership of the commanding heights of the economy) was ascendant.
In fact, just before departing from Hong Kong, Clarke appears to have had a sudden crisis of confidence in the colony’s economic model, noting:
“We have, I think, come to a turning point in our financial history … There seem to be two courses we can follow. We can carry on as we are doing … Or we can do something to plan our economy … Which course should we adopt?”
Mercifully, Cowperthwaite was able to articulate the reasons for staying the course. In his early budget debates, he noted:
“I now come to the more general and far-reaching suggestion made by Mr Barton and Mr Knowles, that is, the need to plan our economic future and in particular, the desirability of a five-year plan. I would like to say a few words about some of the principles involved in the question of planning the overall economic development of the colony.
“I must, I am afraid, begin by expressing my deep-seated dislike and distrust of anything of this sort in Hong Kong. Official opposition to overall economic planning and planning controls has been characterised in a recent editorial as ‘Papa knows best.’ But it is precisely because Papa does not know best that I believe that Government should not presume to tell any businessman or industrialist what he should or should not do, far less what he may or may not do; and no matter how it may be dressed up that is what planning is.”
And:
“An economy can be planned, I will not say how effectively, when there unused resources and a finite, captive, domestic market, that is, when there is a possibility of control of both production and consumption, of both supply and demand. These are not our circumstances; control of these factors lies outside our borders. For us a multiplicity of individual decisions by businessmen and industrialists will still, I am convinced, produce a better and wiser result than a single decision by a Government or by a board with its inevitably limited knowledge of the myriad factors involved, and its inflexibility.


“Over a wide field of our economy it is still the better course to rely on the nineteenth century’s ‘hidden hand’ than to thrust clumsy bureaucratic fingers into its sensitive mechanism. In particular, we cannot afford to damage its mainspring, freedom of competitive enterprise.”
It is not clear whether Cowperthwaite ever read Friedrich Hayek’s 1945 essay, “The Use of Knowledge in Society”, which posits that allocation “of scarce resources requires knowledge dispersed among many people, with no individual or group of experts capable of acquiring it all”, or whether he came to the same conclusions as the Austrian Nobel Prize-winning economist on his own. But, even if he were consciously or sub-consciously influenced by Hayek, it speaks much of Cowperthwaite “the thinker” that he took Hayek’s insights to heart, unlike so many decision-makers around the world, who succumbed to the Siren calls of socialism.
And so it was with considerable amazement that, towards the end of my first year at St Andrews, I discovered Cowperthwaite and I were neighbours. His house on 25 South Street was a few hundred feet away from Deans Court, the University’s post-graduate student residence. I immediately wrote to him and he responded, asking me to come for tea. I spent a wonderful afternoon in his presence and kept in touch with him during my remaining time at St Andrews.
Last time I saw him, he came to the launch of the libertarian student magazine Catallaxy, which my friend, Alex Singleton, and I wrote together. As he took his leave, I saw him walk down Market Street and got a distinct feeling that it would be for the last time. Shortly after I graduated and moved to Washington. A new life and new job took precedence and St Andrews slowly receded down memory lane.
Neil Monnery’s book made those wonderful memories come alive again. His work has immortalised a man to whom so many owe so much. Architect of Prosperity is an economic and intellectual history. Above all, it is a tribute to a principled, self-effacing, consequential and deeply moral man. Monnery deserves our gratitude for writing it.
Marian Tupy is Editor of HumanProgress.org and a senior policy analyst at the Center for Global Liberty and Prosperity

Share

Relacoes Brasil-Asia: lancamento de livro, debate: IPRI, 21/08, 16hs

A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag convidam para o seminário de lançamento do livro “Desafios e Oportunidades na Relação Brasil-Ásia na Perspectiva de Jovens Diplomatas", na segunda-feira 21/08 às 16h00 no auditório Paulo Nogueira Batista, no anexo II do Ministério das Relações Exteriores.
2. O evento será aberto pelo Presidente da FUNAG e pelo Subsecretário-Geral da Ásia e do Pacífico, embaixador Georges Lamazière. O coordenador do livro, secretário Pedro Henrique Batista Barbosa, fará então palestra sobre os diversos países e temas abordados na obra. Em seguida, coautores do livro farão breves intervenções sobre os capítulos de sua autoria. Após essas apresentações, o debate será aberto ao público. Transmito, anexo, o programa do seminário.
3. O livro “Desafios e Oportunidades na Relação Brasil-Ásia na Perspectiva de Jovens Diplomatas" pode ser baixado gratuitamente em formato digital no seguinte endereço: 
http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=905
4. As vagas para participação no seminário são limitadas. As inscrições devem ser feitas no seguinte endereço: 
http://funag.gov.br/index.php/pt-br/2015-02-12-19-38-42/2066-palestra-e-lancamento-do-livro-os-desafios-e-oportunidades-na-relacao-brasil-asia-na-perspectiva-de-jovens-diplomatas


Lançamento do Livro “Desafios e Oportunidades na Relação Brasil-Ása na Perspectiva de Jovens Diplomatas"
Auditório Paulo Nogueira Batista, Anexo II, Palácio Itamaraty
Brasília, 21 de agosto de 2017
 

Programa
16:00-16:10 - Abertura

Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, Presidente da FUNAG
Embaixador Georges Lamazière, Subsecretário-Geral da Ásia e do Pacífico
 

16:10-16:50
Palestra do coordenador da obra: “Desafios e Oportunidades na Relação Brasil-Ása na Perspectiva de Jovens Diplomatas"

Secretário Pedro Henrique Batista Barbosa
 

16:50-17:20
Intervenções dos coautores:

Conselheiro Rodrigo Alexandre Oliveira de Carvalho
Secretário Igor Abdalla Medina de Souza
Secretário Fabiano Joel Wollmann
Secretário Germano Faria Corrêa
Secretário Hugo Freitas Peres
Secretário Gustavo Gerlach da Silva Ziemath
Secretário Adriano Giacomet de Aguiar
 

17:20–18:00
Debate
 

18:00
Encerramento

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Renegociando o NAFTA: o mercantilismo americano reaparece - The Economist

Seconds out 

The North American Free-Trade Agreement renegotiation begins

Rewriting North America’s trade rules will not be easy
The Economist, August 17, 2017
This negotiation will be more tense than most. Participation in trade talks is usually by mutual consent. In this one, President Donald Trump is trying to hold his trade partners hostage, by threatening to withdraw from the original deal if a better one cannot be agreed on. That such an outcome would also hurt America does not make the exercise any easier.
 
Pressure is added by a desperately tight, if unacknowledged, deadline, set by the presidential-election timetable in Mexico. If no deal is agreed by early 2018, talks must pause to restart a year later. By then, Andrés Manuel López Obrador, a fiercely anti-American Mexican candidate, may be in power. Ildefonso Guajardo (pictured, right), Mexico’s economy minister, reckons there is a 60% chance that the deal will be renegotiated this year. The original NAFTA talks took three years.The first round of negotiations is when each side sets out its priorities. At the opening press conference the Mexicans and the Canadians both emphasised the importance of keeping the benefits of the existing deal. Less promisingly, Robert Lighthizer (pictured, left), the United States Trade Representative, said he wanted assurances that America’s huge trade deficits would not continue. Making the deal hinge on this would cross the others’ red lines.
Mr Lighthizer also spoke of making a pact that respects sovereignty, a swipe at Chapter 19 of the original deal. This sets out a process for resolving disputes over defensive tariffs, arbitrated by a panel of judges picked by the three partners. Mexico and Canada are open to making this process faster. But ditching it is unacceptable to the Canadians, who do not want to be vulnerable to American anti-dumping measures.
The talks will be split into groups covering specific negotiating areas. Labour standards and dispute settlement were on the agenda for the first day. Each side usually brings along some proposed text, often lifted from another agreement. On labour standards, American trade veterans may recognise some text negotiated for the Trans-Pacific Partnership, the Obama administration’s attempt—jettisoned by Mr Trump—to update NAFTA, and bring in nine other Pacific Rim countries. The Mexicans say they will find it difficult to agree to anything stronger.
The Canadians have the advantage of ready-made text from a recent deal with the EU. Its dispute-settlement rules watered down investors’ rights in favour of governments’ freedom to regulate. The Americans may reject that in the face of fierce resistance from corporate lobbyists.
Given the time pressure, tricky topics will be broached early. Procurement was on the agenda for day two. Chrystia Freeland (centre), Canada’s foreign minister, held up pictures of firefighters from the other NAFTA partners tackling Canadian forest fires as a symbol of co-operation. In other comments she was less friendly, declaring that “local-content provisions for major government contracts are political junk-food: superficially appetising, but unhealthy in the long run.” Yet to ease Canadian contractors’ access to American government business would irk Mr Trump, a staunch advocate of “Buy American”.
The bracket bulge
After the first round of meetings, the proposals will be merged into a single document. Uncontroversial items—a prohibition on customs duties for digital products, say—can be slotted in. Disagreements will be in brackets, indicating which side holds which position. The objective then is to remove as many brackets as possible.
Such talks make grubby mercantilist horse-traders of even high-minded negotiators. Perhaps the Canadians could parlay opening their dairy market for better access to American government contracts. Trickier decisions will require “political direction”, said Canada’s chief negotiator, Steve Verheul, who has set up a system to get speedy sign-offs from his superiors.
Rules relating to the car industry will be particularly contentious. Without that trade, America would have no deficit in goods with Mexico. At issue are the rules that set the amount of regional content a product must have for it to count within the deal. Without such rules other countries could exploit the pact to export tariff-free through a NAFTA member. Enticingly for the Trump administration, tight rules (and those in NAFTA are fairly tight) reduce imports from non-NAFTA countries.
Mr Lighthizer says that the rules of origin should require higher NAFTA content and “substantial” American content. The Mexicans will balk at any asymmetry in favour of America, arguing that it violates the spirit of a regional deal. Companies will resist too, and where non-NAFTA tariffs are low, they have the option of simply operating outside the parameters of the agreement. Tariffs on cars entering America are a mere 2.5%. For products where non-NAFTA tariffs are even lower, more than a quarter flowing into America from Mexico bypass the deal entirely.
The need for speed will probably oblige negotiators to sacrifice some of their ambitions. Complicated areas such as services or intellectual property may be jettisoned, or shallow agreements reached. Resolutions for historically difficult disputes, such as between America and Mexico on sugar, or between America and Canada on softwood lumber, may have to wait.
Ms Freeland predicted “some dramatic moments ahead”. Trade negotiators are inured to screaming, yelling, walkouts and all-nighters. Wendy Cutler, a negotiator under the Obama administration, says the tension is sometimes staged for the benefit of a domestic audience: “It’s not always what it looks like to the public.”

This article appeared in the Finance and economics section of the print edition under the headline "Seconds out"

Cem anos da revolucao russa: precisa tanta agitacao? - Unesp Assis

As universidades são livres, o pensamento é livre, a pesquisa é livre. Correto.
Mas eu me pergunto: tanta transpiração em torno dos cem anos da Revolução Russa, quando o correto seria Revoluções Russas.
Ocorreu uma revolução em fevereiro, que derrocou o czarismo, que estava preparando uma nova Constituição para uma república democrática (burguesa, como querem alguns), em meio à guerra e muita confusão política e agitações sociais.
Em outubro ocorreu um PUTSCH, bolchevique, ou seja, um golpe que fechou a Duma (Constituinte), fechou os partidos políticos e instaurou a chamada "ditadura do proletariado", na verdade, do partido bolchevique de Lênin, que criou imediatamente uma polícia política, e passou a reprimir os "inimigos de clase", ou seja, burgueses, capitalistas, oficiais do Ancien Régime, padres, camponeses ricos, proprietários em geral, e um pouco, ou muito, de tudo o que não fosse bolchevique, do Partido.
Mais adiante Stalin se encarregaria de eliminar fisicamente TODOS os bolcheviques que participaram do PUTSCH de outubro.
Eu louvo a imensa capacidade de pesquisa de todos esses acadêmicos que se empenham em explicar verdadeiramente como foram os cem anos dessa revolução russa, e suponho que eles também farão um balanço realista do seu legado, os mortos, o atraso, a repressão, a imbecilidade dos partidários do bolchevismo, lá e aqui também.
Se eles dedicassem tanto esforço para resolver os problemas do Brasil -- econômicos, sociais, políticos, educacionais -- aposto como o Brasil seria um país mais desenvolvido do que é hoje.
Uma última pergunta: será que o verbo "Pensando" se aplica neste caso?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 17 de agosto de 2017


ОКТЯБРЬ 1917 - XXXIII SEMANA DE HISTÓRIA
Pensando os Cem Anos da Revolução Russa
02 a 05 de outubro de 2017
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS – UNESP/ASSIS 

Coordenação: Prof. Dr. Paulo Cesar Gonçalves
Realização: Departamento de História; Programa de Pós-Graduação em História
Apoio: FAPESP; PROPG/UNESP
Informações: semanadehistoria2017.unesp@gmail.com

Inscrições: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/principal.asp
Minicursos: até 02/10/2017
Apresentação de trabalho: até 20/08/17

CARACTERIZAÇÃO
A XXXIII Semana de História da Faculdade de Ciências e Letras de Assis (UNESP), organizada pelo Departamento de História, ocorrerá durante quatro dias, com atividades científicas que englobam quatro conferências, três mesas redondas, 26 simpósios temáticos para apresentação de comunicações e 16 minicursos. Sob o título “Pensando os Cem Anos da Revolução Russa”, a proposta é debater o processo revolucionário de 1917, enfocando principalmente o seu legado ao longo do século XX e a desintegração do socialismo soviético. Aproveitando a efeméride, o objetivo é lançar um desafio aos especialistas convidados de diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais, que se integrarão à comunidade acadêmica docente e discente da UNESP, para pensar os cem anos da revolução e difundir o conhecimento histórico produzido por pesquisas de alto nível.

Segunda-feira (02/10) HISTÓRIA & CINEMA – 16h00-18h00
Encouraçado Potemkin (Dir. Sergei Eisenstein) Debate: Prof. Dr. Eduardo J. Afonso (UNESP/Assis)
Arca Russa (Dir. Alexandr Sokurov) Debate: Profa. Dra. Paula F. Vermeersch (UNESP/P.Prudente)

CONFERÊNCIA DE ABERTURA – 19h30 Prof. Dr. DANIEL AARÃO REIS FILHO (UFF)
As Revoluções Russas - Controvérsias e Legados

ОКТЯБРЬ 1917
Terça-feira (03/10) MINICURSOS – 8h00-9h30

MESA REDONDA 1. Revoluções Contemporâneas – 10h00-12h00
Prof. Dr. ALEXANDRE SAMIS (Colégio Pedro II)
A Comuna de Paris: Gestão operária e federalismo revolucionário
Prof. Dr. CARLOS ALBERTO SAMPAIO BARBOSA (UNESP/Assis)
Da revolução à constituição - Revolução Mexicana
Prof. Dr. PAULO CESAR GONÇALVES (UNESP/Assis)
O Assalto aos Céus no Outubro Juliano: um balanço

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS – 14h00-18h00

LANÇAMENTO DE LIVROS – 18h00-19h00

CONFERÊNCIA – 19h30 Prof. Dr. PAULO FAGUNDES VISENTINI (UFRS)
As Revoluções Africanas: fracasso ou etapa do desenvolvimento?

Quarta-feira (04/10) MINICURSOS – 8h00-9h30

MESA REDONDA 2. O Socialismo e as Emancipações em África – 10h00-12h00
Prof. Dr. OMAR RIBEIRO THOMAZ (Unicamp)
Uma Revolução Triste: O mundo de ponta-cabeça e instauração de nova ordem revolucionária em Lourenço Marques / Maputo (1974–1986)
Prof. Dr. ACÁCIO S. ALMEIDA SANTOS (UFABC)
A África e as lições da experiência comunista

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS – 14h00-18h00

LANÇAMENTO DE LIVROS – 18h00-19h00

CONFERÊNCIA – 19h30 Prof. Dr. CLÁUDIO HENRIQUE DE MORAES BATALHA (Unicamp)
O impacto inicial da Revolução Russa no Brasil: Imprensa, movimento operário e política

Quinta-feira (05/10) MINICURSOS – 8h00-9h30

MESA REDONDA 3. Rússia: Economia e Relações Internacionais – 10h00-12h00 
Prof. Dr. FÁBIO ANTONIO DE CAMPOS (Unicamp)
Imperialismo, conjuntura econômica internacional e Revolução Russa
Profa. Dra. CRISTINA PECEQUILO (Unifesp/Osasco)
A Rússia e o Sistema Internacional: O Começo da Guerra Fria?

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS – 14h00-18h00

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO – 19h30 Prof. Dr. RUY FAUSTO (USP)
Outubro de 1917: As duas faces de uma insurreição

O que e', exatamente, um professor universitario? - Marco Mello

Postado aqui, desformatado, um ano atrás, alguém viu e me lembrou. Vale a pena ler.
Paulo Roberto de Almeida


O que é um professor universitário?
Marco Mello
Blog Sobrevivendo na Ciência, em 12/02/2015

No Brasil, é comum ouvir bizarrices como “O Prof. Fulano reclama de dar aulas demais, mas o cargo dele é de professor, né?”. Ou seja, há muita confusão sobre quais seriam as reais atribuições de um professor universitário. Como esse é o cargo mais importante na carreira acadêmica, vale a pena dedicar um post inteiro a esclarecer essa questão.

É claro que, na prática, o que cada professor faz no dia a dia varia muito entre universidades. Na verdade, há uma enorme variação mesmo entre professores de uma mesma universidade. As atribuições também vão mudando, conforme se progride verticalmente na carreira: substituto > assistente > adjunto > associado > titular. Aqui não vou tocar em problemas como concursos-gincana, acomodação, estabilidade fácil, isonomia salarial, salário defasado em relação à inflação etc., que merecem outros posts. Vou focar no sentido maior do cargo.
Em outros idiomas e culturas, a diferença entre um professor universitário e outros tipos de professor fica clara já no vocabulário. Por exemplo, no inglês, o termo professor se aplica apenas ao professor universitário, enquanto teacher é o professor de escola e lecturer é o docente universitário, geralmente com doutorado, mas sem título de professor. Sim, nos EUA, Inglaterra e outros países, professor, mais do que um cargo, é um título. No alemão também se diferencia o professor universitário através do termo Professor, enquanto quem dá aulas em escolas é um Lehrer e quem dá aulas na universidade sem ter o título de professor é um Dozent. Não é uma questão de qual tipo de professor é melhor do que o outro, blablabla. Cada professor tem o seu papel no sistema educacional e todos são importantes. É apenas uma questão de diferenciar as carreiras e títulos, para se definir claramente o que se espera de cada professor.
Então o que diferenciaria o professor universitário dos outros? Simples: esse cargo foi inventado para ser ocupado por profissionais que associam pesquisa e ensino. Sim, essas duas atividades são indissociáveis no conceito original de professor universitário. Mas, por que, Marco? Porque espera-se que um professor universitário esteja sempre na vanguarda da sua área. Espera-se que ele atue na formação de profissionais de nível superior, ensinando-lhes não apenas o conhecimento já sedimentado, mas também as novidades e macetes.
Para se formar em uma profissão de nível superior, o aluno tem que ser apresentado tanto aos fundamentos quanto à vanguarda. Acima de tudo, espera-se que um professor universitário produza ele mesmo algumas novidades. Sim, um professor universitário tem a obrigação não apenas de transmitir, mas também de produzir conhecimento. E a transmissão de conhecimento se dá principalmente em sala de aula, passando informações  consolidadas para os aspiras, e também divulgando descobertas em revistas técnicas indexadas e revisadas por pares. Então um professor universitário tem que fazer pesquisa também? Sim, claro! Ninguém se atualiza tanto em uma área, quanto alguém que precisa disso para fazer as próprias pesquisas, porque ama a ciência.
And the plot thickens… Pelas leis brasileiras federais e estaduais, a carreia de professor universitário envolve, em geral, cinco pilares:
§  Ensino: coordenação e participação em disciplinas de graduação e pós-graduação, presenciais ou à distância.
§  Pesquisa: investigação científica ou tecnológica para produção de conhecimento. Na verdade, a área da pesquisa envolve mais um monte de coisas além da investigação e publicação, como revisão de artigos, editoração de revistas científicas, organização de congressos, administração de sociedades científicas, consultoria para agências de fomento, assessoria à imprensa, assessoria política dentro da área em que é perito e muito mais.
§  Orientaçãoformação de novos cientistas através de estágios e projetos orientados de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
§  Extensão: assessoria e divulgação de conhecimento científico e técnico para o público externo à universidade através de consultoria, palestras, cursos, exposições, museus etc.
§  Administração: cargos de chefia em geral, cargos em órgão representativos da universidade (câmaras, conselhos, congregações), gerenciamento de projetos, captação de verbas externas, contabilidade, direção de laboratórios, etc.
Dependendo da universidade e do seu regimento interno, espera-se que o professor universitário envolva-se com no mínimo dois ou três desses pilares. Os melhores professores acabam se envolvendo com todos. O único pilar obrigatório é o ensino. Só fica desobrigado parcial ou totalmente de dar aulas quem ocupa altos cargos administrativos, como chefe de departamento, diretor de instituto, pró-reitor ou reitor. Significa que, na prática, nem todo professor universitário é obrigado a fazer pesquisa.
Vamos destrinchar um exemplo mais concreto: as universidades federais brasileiras. De acordo com a lei que rege essas instituições, o professor universitário “padrão” (sem cargo de chefia ou outras condicionantes) é obrigado a dar de 8 a 12 créditos por semestre. Cada crédito representa mais ou menos 15 h em sala de aula. Ou seja, o sujeito é obrigado a passar dentro de sala entre 120 e 180 h por semestre. Um professor dedicado, que de fato gasta tempo e energia com as aulas, precisa de no mínimo 2 h de preparação (slides, leituras, material biológico para aulas práticas, preparação de computadores etc.) para cada 1 h em sala. Vamos considerar que uma disciplina obrigatória de graduação tem 4 créditos (60 h) e costuma ser organizada de forma a ocupar 4 h em sala por semana. Logo, das 40 h de trabalho semanais determinadas por lei, o professor acaba passando pelo menos 12 h envolvido com a disciplina. Isso, fora as horas gastas com atendimento de alunos e correção de trabalhos. Assim, a conta pode facilmente chegar a 16 h por semana ocupadas com cada disciplina e piora na época das provas e entrega de trabalhos, se o professor não contar com ajudantes. Supondo uma turma com cerca de 60 alunos, imaginem a seriedade da ralação. E, já que o mínimo são 8 créditos, o que nós, professores, enfrentamos é isso vezes dois, pelo menos.
Para se ocupar com 2 disciplinas de 4 créditos por semestre, totalizando 8 créditos, e realmente ministrá-las com qualidade, o professor universitário não poderia se envolver com mais nada! A quem estamos enganando? A única forma de aliviar essa carga é através da ajuda de pós-graduandos que atuam como tutores e graduandos que atuam como monitores. Mas nem todo professor ou toda disciplina contam com o apoio de auxiliares. Os tutores remunerados conhecidos internacionalmente como “TAs” (teaching assistants), comuns nos EUA, Alemanha, França e UK, chegaram a ter uma versão brasileira temporária durante o Reuni. Só que o programa foi planejado para durar apenas cinco anos. Só para variar, nada é pensado a longo prazo neste país, tudo é paliativo, tudo é jeitinho. Como alguém pode se dedicar de verdade à pesquisa de ponta tendo sobre os ombros o peso de uma carga didática massacrante como essa? Como alguém pode fazer extensão e atender de outras formas o mundo real fora da Academia, sendo obrigado a dar aulas igual a um burro de carga? Na verdade, como seria possível conciliar qualquer um dos outros quatro pilares da carreira com um ensino de qualidade em grande quantidade?
O Brasil tem um verdadeiro fetiche pela sala de aula! Em universidades de ponta, a carga semestral obrigatória do professor não ultrapassa 4 créditos. Na prática, os professores e alunos passam muito menos tempo em sala, justamente porque se dá mais valor à independência dos aspiras. O bom aluno do ensino superior gasta a maior parte do seu tempo estudando por conta própria, sozinho ou em grupo, através de tarefas orientadas ou leitura espontânea. O momento em sala com o professor na aula teórica (lecture ouVorlesung) serve para apresentar ou consolidar o conteúdo principal, receber orientações, tirar dúvidas e passar tarefas.
No Brasil, castramos a individualidade, a criatividade, a autonomia, a iniciativa e o livre pensamento, porque insistimos em adestrar os alunos em cativeiro. Ok, estou divagando. Voltando ao ponto de vista do professor, dá para entender porque nunca chegaremos ao mesmo nível de qualidade em ensino e pesquisa do primeiro mundo? Ficou claro porque estamos fadados a enxugar gelo e ficar sempre dois passos atrás dos nossos colegas mais afortunados?
Por favor, nunca mais diga que um professor universitário brasileiro não pode reclamar de dar aulas demais, porque “tem cargo de professor”. Isso é tão estúpido quanto dizer que um professor universitário que tem bolsa de produtividade está desrespeitando a dedicação exclusiva, porque é também “pesquisador do CNPq”.
Leia também:


 Fonte: PRISM.
Blog criado em 2012, onde publico textos escritos por mim, Prof. Marco Mello, e colaboradores eventuais. A origem do blog está em pequenos manuais que eu escrevia para os meus alunos desde 2007.

COMPARTILHE:
·       Twitter114
·       Facebook10K+
·       Google
·       LinkedIn116
·        
RELACIONADO
Esse post foi publicado em Formação e marcado academiaburnoutcargoscarreiraciênciacientistaempregosestresseoverworkedpesquisadorprofessor por Marco. Guardar link permanente.



Wikipedia: se voce usa, ajude; eles precisam, como obra meritoria

Acabo de receber uma carta de congratulação da Wikipedia. Isto porque, ao buscar informação sobre um dos meus temas de pesquisa, fui levado pelo Google a site da Wikipedia (aliás a primeira vez em alemão, onde a informação se encontrava). Não que eu tivesse escolhido, mas invariavelmente cada um de nós acaba caindo na Wikipedia para essas pesquisas acadêmicas na internet, que depois podem nos levar para o Google Scholar ou outras fontes.
Um apelo do editor, solicita em termos muito polidos, colaboração financeira em diversos níveis.
Ao acessar o site, você vai se deparar com uma mensagem como esta:

Caros leitores do Brasil, vamos direto ao ponto: Para preservar nossa independência, nunca exibiremos anúncios. A Wikipédia é mantida por doações de, em média, R$25. Apenas uma pequena parcela dos nossos leitores faz doações. Se todos que estão lendo esta mensagem agora doassem R$10, poderíamos manter a Wikipédia em constante crescimento por muitos anos. Isso mesmo, só precisamos do valor de um lanche. Se a Wikipédia é útil para você, pedimos que você reserve um minuto para ajudá-la a continuar on-line e crescer cada vez mais. Obrigado.

Fiz a minha.
Faça a sua também, se você é um usuário.
Paulo Roberto de Almeida

Estimado(a) Paulo,
Obrigada pela doação de R$ XXX.00 para a Fundação Wikimedia. A Fundação Wikimedia é uma organização sem fins lucrativos que suporta a Wikipedia e outros projetos gratuitos de conhecimento. A nossa missão é construir a fonte mais acessível e compreensiva de conhecimento gratuito no mundo.
Acreditamos que o conhecimento é um direito fundamental do ser humano. Com a rapidez em que a humanidade entra no futuro digital, precisamos de espaços abertos, acessíveis e públicos para acessar o conhecimento online. A Wikimedia é esse espaço. A Wikipédia fornece conhecimento livre às pessoas, pelas pessoas, e em centenas de idiomas em todo o mundo.
Durante o ano, a Wikipédia é editada e lida por pessoas de todos os continentes, incluindo a Antártida. Quase meio bilhão de pessoas visitam a Wikipédia por mês pesquisando sobre tudo; desde a preservação da herança cultural, até à melhoria na detecção do câncer e ainda pesquisas para a lição de casa. Eles vêm para aprender. Eles ficam e descobrem.
Todos são potenciais Wikipedianos. Se você não encontra o que procura na Wikipédia, pode começar a criá-la você mesmo. Os artigos, as palavras, as imagens e os dados são criados por uma comunidade diversa de pessoas que se voluntariam para compartilhar o conhecimento com o mundo.
Nós nos perguntamos todos os dias como podemos ampliar nosso impacto e garantir que a Wikipédia e seus projetos irmãos sejam mais precisos, ricos e acessíveis amanhã mais do que são hoje. Sua doação nos ajudará a chegar lá.
Obrigado por nos manter crescendo e impactando vidas por mais um ano.
Fundação Wikimedia

Muitas empresas repetem a contribuição dos seus empregados: por favor, consulte com a sua empresa para averiguar se têm um programa de doações corporativas.
Para seu registro: Sua doação, número CNTCT-21071774 em 2017-08-16 foi de R$ XXX.00.
Esta carta pode servir como um registro de sua doação. Nenhum bem ou serviços foram fornecidos, no todo ou em parte, por essa contribuição. Wikimedia Foundation, Inc. é uma empresa beneficente sem fins lucrativos com isenção de impostos 501(c)(3) nos Estados Unidos. Nosso endereço é 149 New Montgomery, 3rd Floor, San Francisco, CA, 94105. Número de isenção fiscal dos EUA: 20-0049703.