Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Indicação sem diplomacia (Dudu Bolsonaro em Washington) - Marco Aurelio Nogueira
Palestra de Rubens Ricupero na ABL: esperando o vídeo...
Diplomata Rubens Ricupero discorre sobre o tema “Um futuro pior que o passado? Reflexões na antevéspera do bicentenário da Independência”
O Convidado
Leitura complementar
domingo, 1 de setembro de 2019
Marco Aurelio Nogueira: artigos disponíveis no seu blog
Convido-o a acessar os artigos publicados nos últimos dois meses em meu site. São os seguintes:
Jorge Nagle: A educação como valor permanente
O risco Bolsonaro e o País que se despedaça
Cálculos ocultos e busca por hegemonia
Indicação sem diplomacia
Impropérios internacionais
A política como maldade e grosseria
A hostilidade como procedimento
Defender a cultura, sempre: a arte e a vida de Virginia Artigas
Por que Moro não sai
Os artigos podem ser acessados clicando nos títulos em azul. Ou diretamente em https://marcoanogueira.pro/
O governo como principal estimulador das queimadas - Natalie Unterstell, Paulo Gontijo e Gabriel Santos
Por uma resposta à altura da nossa potência ambiental
Comissão vai ajudar o país a retomar políticas públicas adequadas e transparentes
Da mediocridade em seu estado presidencial - editorial Estadão
O próprio Deodoro, inaugurador da linhagem republicana, foi um presidente medíocre, autoritário, mas que acabou renunciando. Um outro, também militar, aliás Marechal, que derrotou Rui Barbosa com jogo sujo e eleições fraudadas, mandou bombardear a capital da Bahia.
João Goulart podia ser um político experiente no jogo sujo do populismo, mas como presidente foi um completo inepto, deixando o país sangrar num grevismo irresponsável e com sua economia destruída pela inflação desenfreada. Sarney também era um político matreiro, mas entregou o poder ao seu sucessor com uma inflação de 80% AO MÊS! Este último continuou a obra de erosão inflacionária, além de ser corrupto.
Mais recentemente tivemos o chefe de uma organização criminosa que organizou o maior esquema de corrupção de que já se teve notícia no hemisfério ocidental. Sua sucessora, um poste complacente, não apenas foi totalmente tolerante com o gigantesco esquema de corrupção, mas também lançou o Brasil na maior recessão de sua história econômica, uma Grande Destruição feita de uma inépcia exemplar (sic), com malversações no trato das contas públicas que a deveriam ter levado à cadeia.
Agora temos um presidente grotesco, que combina diversas más qualidades, algumas evidenciadas neste Editorial do Estadão: grosseiro, autoritário, vulgar, mentiroso, descortês, antidiplomático ao extremo, ignorante, agressivo, tendo já acumulado vários atentados ao decoro e à dignidade do cargo, quando não um prova cabal de total despreparo para a alta função que exerce. Uma junta médica poderia descobrir traços de insanidade e julgá-lo inapto para o cargo.
Como sempre, assino embaixo do que escrevo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1/08/2019
O presidente que nos envergonha
A degradação da Presidência
Faria bem ao presidente Jair Bolsonaro aprender a ter modos no exercício do cargo
Editorial — Notas e Informações
O Estado de S.Paulo, 28 de agosto de 2019
O presidente Jair Bolsonaro só diz as barbaridades que diz porque não lhe são interpostos a contento os devidos freios, se não jurídicos, de natureza ética. A rigor, o que ocorre é exatamente o oposto. De seus fiéis apoiadores, uma parcela estimada em 30% dos eleitores, e de seu círculo próximo de colaboradores - alguns deles, na verdade, meros bajuladores -, o presidente tem recebido o incentivo incondicional e barulhento para agir exatamente como tem agido, ou seja, estimulando conflitos em vez de ser o agente primaz da pacificação de um país esgarçado.
De outros segmentos da sociedade, incluindo algumas autoridades, o que se observa é, no máximo, uma certa resignação diante da absoluta inadequação de Jair Bolsonaro para o elevado cargo ao qual foi alçado. Com frequência, costuma-se dizer que “ele (o presidente) é isso”, “ele é assim mesmo”, como se a aceitação de um padrão de comportamento que amesquinha a Presidência da República não fosse muito grave.
É evidente que há focos de indignação na sociedade, até mesmo entre aqueles que votaram em Bolsonaro, diante dos impropérios do presidente, cada vez mais frequentes. Mas estes nem de longe são capazes de levá-lo à reflexão sobre suas palavras e ações. Fiel à sua conhecida natureza autoritária, Jair Bolsonaro desqualifica qualquer opinião diferente da vassalagem ou da adulação.
O resultado não poderia ser pior. Sentindo-se à vontade para proceder como se a dignidade do cargo fosse um luxo excessivo e descartável, o presidente Bolsonaro tem impingido constrangimentos atrás de constrangimentos aos brasileiros ciosos da moralidade pública, da ética e da altivez que deve ter o ocupante da Presidência da República.
Há poucos dias, um desses apoiadores mais santanários de Jair Bolsonaro publicou no perfil oficial do presidente no Facebook uma inominável grosseria contra a primeira-dama da França, Brigitte Macron. Na visão do sujeito, a recente animosidade entre Emmanuel Macron e o presidente brasileiro, por conta da crise ambiental na Região Amazônica, seria fruto da “inveja” do presidente francês diante da “beleza” da primeira-dama brasileira, Michelle Bolsonaro. O mínimo que se poderia esperar é que a tolice de um fã destrambelhado fosse ignorada. Mas o presidente Jair Bolsonaro não só a comentou, como a endossou. “Não humilha, cara. Kkkkkkk”, respondeu o chefe do Poder Executivo, usando linguagem de um adolescente carente de riqueza vocabular.
A baixeza do presidente do Brasil mereceu pronta resposta de sua contraparte francesa. O presidente Emmanuel Macron veio a público na segunda-feira passada dizer que tem “amizade e respeito pelo grande povo brasileiro” e disse esperar que o Brasil “tenha rapidamente um presidente que se comporte à altura”.
Este foi apenas mais um lamentável episódio de uma série de atitudes do presidente Jair Bolsonaro que, pouco a pouco, têm degradado a Presidência da República. Não faltam exemplos nesses pouco mais de oito meses de mandato, indo desde a defesa da tortura como ação de Estado até a negação da Ciência.
O presidente Jair Bolsonaro, ao contrário do que possa parecer, não age irrefletidamente. Não é crível supor que tenha feito o comentário que fez a respeito dos atributos físicos da primeira-dama francesa, apenas para ficar no caso mais recente, sem sopesar as reações às suas baixarias. Se não há cálculo político, no mínimo há um desleixo moral que só viceja no mais alto cargo executivo da República porque a ele não é dado o devido combate.
Parece cada vez mais claro que Jair Bolsonaro optou por radicalizar ainda mais seu discurso e suas ações a fim de manter acesa a chama do que acha ser a militância mais aguerrida. Essa é uma atitude infantojuvenil que não cabe ao presidente da República, representante constitucional do povo brasileiro. O País já assistiu a essa prática e os resultados não foram bons. Faria bem ao presidente Jair Bolsonaro aprender a ter modos no exercício do cargo. Se não por educação e liturgia, por proveito pessoal.
sábado, 31 de agosto de 2019
Livre comércio SEMPRE é a melhor política - Donald Boudreaux
Livre comércio é a melhor política, não importa o que aconteça
Que, ao se multiplicar em qualquer país os caminhos da indústria doméstica, maior escopo é dado à sua utilização, um mercado mais diversificado e menos propenso de ser alagado com seus produtos, e um campo maior é aberto a todas as espécies de habilidade e talento é, sem dúvida, verdadeiro. Mas direcionar essa indústria para atividades não lucrativas que não podem ser sustentadas sem exagerado fardo pago pelo consumidor, e uma perda nacional correspondente, não abre novos caminhos para a indústria produtiva, mas apenas a desvia de atividades lucrativas para não lucrativas para a comunidade. É realmente notável que os defensores do sistema restritivo devam fingir considerar seus memorialistas como teóricos ousados, quando não pode haver uma questão mais clara do que o fato que se um homem paga dois dólares a mais por seu casaco, seu arado ou os implementos de seu comércio, isto é uma perda para ele, que ele deve pagar com o produto de seu trabalho, e que a soma dessas perdas individuais é na verdade uma perda nacional.
Ontem e hoje
O livre comércio não comprovado é um mito
Destruição da Petrobras pelo PT: onde estamos no ressarcimento?
O que aconteceu desde então?
A Justiça recuperou o dinheiro, ou tudo continua com o cenário habitual: recursos intermináveis?
Multas e indenizações contra os que saquearam a Petrobras.
Pergunta inocente: o PT vai fazer uma vaquinha para ajudar o ex-presidente da Petrobras? Afinal de contas, ele colocou a companhia a serviço do Partido...
”Gabrielli e Cerveró terão que devolver US$ 79,9 milhões” - O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou ontem o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e o exdiretor da Área Internacional Nestor Cerveró a ressarcirem os cofres da Petrobras em US$ 79,89 milhões e a pagarem multa de R$ 10 milhões em razão de prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Esse é o primeiro resultado de uma das tomadas de contas especiais abertas no tribunal para tentar reaver o dinheiro perdido no negócio. Ao todo, foram instauradas três tomadas de contas — a que resultou na condenação de Gabrielli e Cerveró diz respeito à aquisição da segunda metade da refinaria. O ressarcimento dos US$ 79,89 milhões é solidário, a ser compartilhado entre Gabrielli e Cerveró. Os dois têm 15 dias, contados a partir da notificação, para comprovar o depósito do dinheiro à estatal. Cerveró, segundo a conclusão do TCU, comandou as negociações da aquisição da segunda metade da refinaria e elaborou uma carta de intenções sem “delegação do colegiado diretor nem do conselho de administração’’. Gabrielli, por sua vez, autorizou as tratativas comandadas pelo então diretor da Área Internacional, segundo o TCU. Já a multa de R$ 10 milhões é individual e deve ser recolhida ao Tesouro Nacional, também num prazo de 15 dias. As irregularidades foram consideradas graves e, por essa razão, os dois foram condenados pelo tribunal a ficarem inabilitados para cargos públicos por um período de oito anos. O TCU também pediu que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a presidência da Petrobras adotem “medidas necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis, tanto quanto bastem para o pagamento do débito”.
Outros investigados que teriam concordado com o negócio devem se explicar em audiência no tribunal. Entre eles está a ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster.
Nessa tomada de contas especial, o TCU eximiu de responsabilidade os conselheiros de administração da Petrobras, uma vez que o colegiado não deu aval ao negócio, conforme o tribunal. O TCU já determinou o bloqueio de bens de dez ex-gestores da Petrobras apontados como responsáveis por um prejuízo de US$ 792 milhões na compra da refinaria de Pasadena. Entre eles estão Gabrielli, Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque — esses três últimos investigados na Lava-Jato.
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
Olavo-bolsonaristas: Torraram o dinheiro dos contribuintes para uma reunião "simbólica"???
Eduardo e Araújo dizem que reunião com Trump foi 'simbólica'
Embaixador
Semana de Relações Internacionais do UniCEUB, 10-12/09/2019
XVIII SEMANA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO UNICEUB
Data do evento | 10/09/2019 à 12/09/2019 |
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Periodo de inscrição | 29/08/2019 à 12/09/2019 |
Local | Campi Asa Norte e Taguatinga |
Descrição
A XVIII Semana de Relações Internacionais traz como tema esse ano a comemoração dos Cem Anos de Estudo das Relações Internacionais e abordará temas como Segurança Internacional com palestras e discussões sobre poder nuclear, imigrações e políticas americanas, tráfico de pessoas, missões de paz do Brasil na ONU à temas sociais como Religião e Direitos Humanos com Palestras sobre tolerância religiosa, vertentes africanas e refúgio e solidariedade, conforme programação do evento.
Público alvo
Programação
10/09 8h às 9h30Do Real ao Acadêmico – como as demandas internacionais afetam as teorias do campo 10/09 10h às 11h30Poder nuclear, domínios espacial e cibernético: setores estratégicos para a segurança do Brasil 10/09 19h30 às 20h40Missões de Paz da ONU: a experiência brasileira 10/09 21h às 22h30Segurança Internacional e Terrorismo 11/09 8h às 9h30Refúgio e Solidariedade 11/09 10h às 11h30Meio ambiente e Relações Internacionais: ações e consequências de decisões estatais frente a questões ambientais 11/09 19h30 às 20h40Tráfico de Pessoas 11/09 21h às 22h30Meio ambiente e Relações Internacionais: Ações e consequências de decisões estatais frente a questões ambientais 12/09 8h às 9h30O tratamento dado à vida nas religiões de matrizes africanas 12/09 10h às 11h30Os desafios de estudar religião nas Relações Internacionais 12/09 19h30 às 20h40As perspectivas de tolerância nas religiões monoteístas (Catolicismo, Judaísmo e Islamismo) e suas dimensões nas Relações Internacionais. 12/09 21h às 22h30Relações internacionais: da teoria ao profissional de política internacional