Banks of China in Brazil and Brazilian BanksThe capital of a new financial intelligence.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Banks of China in Brazil and Brazilian Banks The capital of a new financial intelligence
A Short History on a K-like style - By PRA (adora abreviaturas)
A Short History on a K-like style
By PRA (adora abreviaturas)
Z é um menino malvado. Está impedindo o titio T de ganhar um merecido prêmio por uma paz mais hobbesiana do que tolstoiana. Tudo isso porque P tropeçou em excesso de maquiavelismo de baixa extração e também porque esqueceu de ler direito o seu Sun Tzu, o Clausewitz e o Aron. Achou que seria um novo Napoleão e descobriu que seu Waterloo está mais próximo do que se pensa. Sua Santa Helena pode ser na Sibéria ou, pior, num país que já foi conquistado por um dos seus modelos de triste figura, um tal de H, que admirava seu colega S por ser mais duro de roer do que ele. E tudo isso a despeito da grande ajuda de seu amigo e devoto servidor T, que acaba de publicar um manual muito comentado: An Idiot’s Guide about Practical Lessons on How to Destroy an Empire in Less Than Twelve Months (written with a little help from M and X).
Os entendidos entenderão… (mas faltou um L)
Putin deveria ter aceitado o acordo de Trump. Agora, a economia em colapso da Rússia pode levar à sua queda - Simon Tisdall (The Guardian)
Putin deveria ter aceitado o acordo de Trump. Agora, a economia em colapso da Rússia pode levar à sua queda
Simon Tisdall
The Guardian, 07 Dez 2025
A guerra contra a Ucrânia atingiu duramente os russos comuns, e a situação em deterioração tende a inflamar tensões.
As pessoas no Reino Unido que acham que são governadas por tolos deveriam olhar mais de perto para os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos. Vladimir Putin está arruinando sistematicamente seu país. Sua guerra de escolha na Ucrânia é uma calamidade econômica, financeira, geopolítica e humana para a Rússia, que piora a cada dia. Por seus motivos obscuros, Donald Trump, outro perigo nacional, ofereceu-lhe uma tábua de salvação na semana passada. No entanto, Putin a rejeitou. Esses dois tolos merecem um ao outro.
Estava sobre a mesa em Moscou um acordo de “paz” que, em linhas gerais, recompensava a agressão da Rússia entregando grandes porções de território ucraniano, comprometendo a independência de Kyiv e enfraquecendo suas defesas contra futuros ataques. O acordo de Trump, se imposto, teria dividido os EUA e a Europa; rompido a Otan, talvez fatalmente; salvado a economia pária da Rússia; e provavelmente derrubado o governo de Volodymyr Zelenskyy.
Esses são objetivos-chave da guerra russa. Mas Putin, sofrendo de fantasias neo-imperiais e obsessões de legado, disse “não”. Ele acha que pode conseguir tudo — e mais — continuando a lutar. Ele convenceu o idiota Trump de que a vitória da Rússia é inevitável — e de que os europeus conspiradores são os verdadeiros fomentadores da guerra. Mas sua premissa é fundamentalmente falha. Fatos duros o contradizem. Quase quatro anos depois, ele ainda está preso na lama e no gelo de Donbas. E, em casa, as coisas começam a desmoronar.
Depois de dois anos de crescimento artificialmente impulsionado pelo aumento dos gastos militares, a receita de petróleo e gás da Rússia — que representa até 50% da receita do Estado — caiu 27% em relação ao ano anterior, e a recessão se aproxima. A inflação subiu para 8%; as taxas de juros ultrapassam 16%. O déficit orçamentário está aumentando, mais da metade do fundo soberano líquido da Rússia foi gasto desde 2022, os monopólios estatais enfrentam enormes dívidas, o investimento estrangeiro despencou, os custos de importação de bens estratégicos subiram 122%, e os impostos ao consumidor estão aumentando — tudo para financiar a guerra de Putin. Os russos até têm de pagar mais para afogar as mágoas: o preço da vodca subiu 5%.
A dor só aumenta. A Ucrânia identificou um ponto fraco: as refinarias, oleodutos e a “frota-sombra” de petroleiros russos que transportam exportações ilícitas. Um terceiro navio-tanque foi incendiado no Mar Negro na semana passada por ataques com drones navais. Kyiv está atingindo regularmente instalações de energia no interior da Rússia, causando pânico e escassez de combustível. Enquanto isso, as duas gigantes de energia russas, Rosneft e Lukoil, estão cambaleando à medida que compradores asiáticos, inclusive no mercado vital da China, correm para evitar sanções secundárias dos EUA.
A ruína econômica da Rússia promovida por Putin, embora ainda em andamento, é acompanhada por um declínio vertiginoso de influência geopolítica. Empantanhado na Ucrânia, Moscou só pôde observar enquanto a Síria, um aliado precioso no Oriente Médio, se voltou para o Ocidente, e o Irã sofreu ataques dos EUA e de Israel. Agora a Venezuela também procura apoio em vão. Os laços com a China foram virados de cabeça para baixo, com uma Rússia humilhada relegada ao papel de parceiro júnior dependente. Em visita à Índia na semana passada, Putin exibiu uma postura necessitada em um país que, após pressão dos EUA, agora boicota o petróleo russo.
A narrativa de que “a Rússia está vencendo” depende de supostos sucessos no campo de batalha. Yuri Ushakov, um dos assessores de Putin, afirmou que avanços territoriais recentes “impactaram positivamente” as negociações em Moscou — significando que teriam fortalecido a posição da Rússia. Isso é delirante. Os ganhos são marginais. Apesar de sua invasão-surpresa em grande escala e de vantagens esmagadoras em mão de obra e material bélico, Putin fracassou totalmente em subjugar a Ucrânia — um fracasso medido em números chocantes de baixas russas: mais de 280.000 mortos ou feridos apenas nos primeiros oito meses de 2025; cerca de um milhão no total.
Por quanto tempo o povo russo tolerará seu presidente-ditador assassino em massa — o envenenador de Salisbury, o criminoso de guerra indiciado — que, recusando todas as ofertas de paz, agora ameaça guerra com a Europa? Essa pergunta é fundamental. A disposição de Putin de arriscar a vida e o bem-estar dos russos comuns é mais do que evidente, simbolizada pelos cínicos bônus de alistamento e benefícios pagos a voluntários de infantaria de áreas rurais pobres — cuja expectativa média de vida na linha de frente é de 12 dias. Para piorar, os pagamentos foram reduzidos devido a cortes no orçamento.
Esses esquemas de dinheiro de sangue refletem profunda indiferença a problemas arraigados de pobreza e colapso demográfico, argumentou o jornalista independente Alexey Kovalev: “Os gastos militares mascaram temporariamente décadas de negligência, proporcionando mobilidade social por meio da carnificina.” Quando a luta finalmente parar, uma “vasta crise social” pode emergir, sugeriu ele — e o Kremlin teme isso, daí sua repressão à dissidência pública e online. Para Putin, essa é mais uma razão para não encerrar a guerra. Seus crimes contra seu próprio povo podem ainda ser sua ruína.
Um novo relatório de especialistas da LSE, Against the Clock: Why Russia’s War Economy is Running Out of Time, concluiu que, embora a guerra tenha “melhorado dramaticamente” a renda de 20% dos russos, ela é profundamente divisiva socialmente. “Para a maioria dos russos, a renda real caiu de 16% a 42%”, diz o estudo. Citando a rebelião do grupo Wagner em 2023, o relatório prevê que as condições econômicas em deterioração podem intensificar tensões “intra-elite e intra-regime”.
O mais recente fiasco de negociações dos EUA expôs mais uma vez a estratégia “idioticamente desequilibrada” de Trump para a Ucrânia. Apaziguando a Rússia desde o início, ele minou a Ucrânia ao atacar Zelenskyy e interromper o fornecimento de armas. A ânsia egotista de Trump de posar de pacificador e ganhar dinheiro rápido, sua escolha de parentes e comparsas ineptos como enviados amadores, e suas tentativas de marginalizar e afrontar a Europa ajudam e encorajam Putin.
A intromissão de Trump está prolongando a guerra. Ele deveria se retirar antes de causar mais danos — e a Europa (e a Otan) devem intervir com mais armas para a Ucrânia, empréstimos de reparação usando ativos russos confiscados, sanções energéticas plenamente aplicadas, respostas cinéticas mais duras a sabotagens e ataques cibernéticos, e uma determinação mais unida de ajudar a pôr fim à era de terror de Putin.
A nação russa é grande demais para fracassar. Sua orgulhosa história de luta mostra que ela não pode ser derrotada. Mas Putin pode. Ele está perdendo, não vencendo. E, cedo ou tarde, como os czares e totalitários de outrora, aquela mesma Rússia eterna cujo nome ele glorifica irá mastigá-lo e cuspir.
Simon Tisdall é comentarista de assuntos estrangeiros do Guardian.
domingo, 7 de dezembro de 2025
Correspondência secreta de Putin a Trump neste sábado 6 de dezembro (interceptada pelo Anonymous)
Correspondência secreta de Putin a Trump (interceptada pelo Anonymous) neste sábado 6 de dezembro:
"Caro amigo, desde nosso encontro no Alaska (um velho território russo como você deve saber, que cedemos a vocês amistosamente), tenho ficado cada vez mais reconfortado pela sua muito bem-vinda compreensão pelas razões russas de segurança nacional de nos opormos à expansão da Otan sobre nosso entorno imediato, primeiro pela proposta americana para um cessar fogo na Ucrânia, à qual o Zelensky continua a se opor irracionalmente, e agora pelo seu excelente documento sobre a Estratégia de Segurança Nacional, que reconhece plenamente que o meu país, a Rússia, não representa nenhuma ameaça aos Estados Unidos e a seus interesses no Hemisfério Ocidental. Estamos prontos e dispostos a iniciar imediatamente nossa colaboração econômica e entendimento político com o G7 e restabelecer nossos laços econômicos e de negócios com os Estados Unidos. Não deixe que os loucos de Kyiv destruam o seu plano tão bem construído.
O abraço do seu amigo Vladimir, com saudações a Melania, Jared e todos os seus."
O pessoal do Anonymous ainda não sabe o que Trump respondeu.
Could Brazil’s mega-election herald the end of polarisation? - The Economist, Comment Paulo Roberto de Almeida
A Economist pergunta na sua edição de final de ano dedicada aos "prognósticos" para 2026:
The Americas in 2026
Could Brazil’s mega-election herald the end of polarisation?
Brazilians are tiring of both Jair Bolsonaro and Luiz Inácio Lula da Silva
PRA: Fim da polarização? Seria muito otimismo. Ainda não vejo luz no fim do túnel.
A esquerda é persistentemente equivocada na economia, não tanto em direção ao desastre, mas confirmando nos sa tendência de quatro décadas de estagnação.
A direita, hoje dominada pelos idiotas bolsonaristas e por uma direita extrema, radical na sua oposição não só ao lulopetismo, mas ao próprio país, assim como pelos traficantes de emendas parlamentares de maneira geral, não tem respostas aos problemas do país, e pretende continuar extorquindo a nação por vias legais, assim como os aristocratas do Judiciário e o alto mandarinato do Estado.
Desculpem ser pessimista, mas não vejo homens aos quais eu poderia chamar de estadistas, NENHUM!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 7/12/2026
Minas e as formigas - Ary Quintella, sobre o livro de Dawisson Lopes, De Bonifácio a Amorim (Estado de Minas)
| Ary Quintella |
Minas e as formigas
|
Os mineiros são um povo privilegiado, ao poder contar com a Universidade Federal de Minas Gerais. Alguns dos diplomatas brasileiros mais preparados e competentes que conheço nas novas gerações do Itamaraty lá estudaram. Para minha sorte, alguns já trabalharam comigo.
Pela editora da UFMG, lançou-se este ano o livro De Bonifácio a Amorim, de Dawisson Belém Lopes, professor de Política Internacional e Comparada naquela universidade. Antes de encomendar a obra, eu supusera que se trataria de uma história da política externa brasileira. Não tinha ainda tomado conhecimento do subtítulo: “Elementos de uma teoria social da política externa brasileira”.
Foi uma boa surpresa constatar que o enfoque adotado é diferente de uma análise histórica, porque a obra que será o texto clássico, nesta geração, sobre a história da política externa já existe — trata-se do estupendo livro do embaixador Rubens Ricupero, A diplomacia na construção do Brasil, de 2017, que mereceu no ano passado uma segunda edição.
Diferentes pontos de vista sobre a evolução da política externa brasileira serão sempre úteis e bem-vindos, e Dawisson Belém Lopes está plenamente preparado para um dia apresentar o seu, se assim quiser, mas a tarefa a que ele se dedicou em De Bonifácio a Amorim é outra e é igualmente importante. O autor do prefácio é justamente Rubens Ricupero e ele o inicia com a frase: “Originalidade é a impressão predominante de quem abre e folheia este livro”. Recolhi da leitura o mesmo sentimento.
É uma análise sociológica da diplomacia brasileira e do Itamaraty o que nos propõe Dawisson Belém Lopes, e é daí que decorre o ineditismo de seu novo livro.
Discute o autor como a diplomacia brasileira tem-se adaptado, ao longo dos duzentos anos desde a Independência, para lidar com fatores internos e circunstâncias externas que provocaram, com maior ou menor sucesso, mudanças ou permanências no Itamaraty. É na Conclusão que encontro a definição mais clara do objetivo do livro, em frase colocada em itálico pelo próprio autor: pensar o bicentenário do Brasil a partir das raízes sociais de sua política exterior.
Cito um trecho que me parece ilustrar bem o sabor da singularidade do estudo de Belém Lopes: “Embora a fama meritocrática do Itamaraty não fosse infundada, dado seu histórico de recrutamento rigoroso e excelência profissional, a era pós-golpe [de 64] viu essa imagem ser manipulada para servir aos interesses do regime militar. O Ministério propalou imagem de neutralidade e eficiência burocrática para o mundo externo, o que ajudou a mascarar a natureza profundamente política de suas operações reestruturadas”.
Um tema, sobretudo, o do elitismo e conservadorismo, serve para que o autor analise o longo processo de continuidades no Itamaraty. Em coluna anterior neste jornal, que intitulei “Um Brasil consciente e forte”, tratei de uma entrevista que meu pai conduziu, em 1970, com o senador e ex-chanceler Afonso Arinos, em que o político mineiro explicitava a frustração que experimentara ao chefiar o Itamaraty. “Só encontrei resistências, incompreensões e obstáculos às minhas ideias”, relatava Afonso Arinos, que enfrentou da parte dos diplomatas brasileiros, e apesar de suas impecáveis credenciais aristocráticas, obstinada oposição para implementar a chamada “Política Externa Independente”.
Na avaliação de Belém Lopes, há uma “interação entre interesses econômicos dominantes e a gestão diplomática”. Entende, por exemplo, que “Não se explica o comportamento histórico do Brasil na arena internacional, tampouco as orientações contemporâneas do Itamaraty ao chefe de Estado, sem recorrer à base econômica do poder nacional, responsável, ademais, por construir uma identidade de país exportador da periferia capitalista global”.
Em vários momentos de sua narrativa, Dawisson Belém Lopes insere “estudos de caso”, todos fascinantes, nos quais examina de maneira mais concreta até que ponto fatores domésticos podem afetar a formulação da política externa. Ao frisar nossa “identidade de país exportador de gêneros agrícolas”, importador de fertilizantes, sustenta que a resposta brasileira à guerra na Ucrânia seria “profundamente informada pelo desproporcional peso político da velha elite agrária”. Esse é um ponto em que não compartilho inteiramente de seu diagnóstico, pois vejo razões geopolíticas sólidas para embasar a posição brasileira tendente ao apaziguamento das tensões. O próprio autor matiza sua opinião ao comentar, corretamente, que o Brasil “vê a paz e a estabilidade como pré-requisitos para o desenvolvimento econômico e a prosperidade global”.
Os “estudos de caso” criados pelo professor Belém Lopes, particularmente apropriados, permitem que ele se debruce de forma profunda e detalhada sobre determinado fato ou momento para iluminar aspectos da práxis externa brasileira. Gostei particularmente do estudo de caso referente ao BRICS, em que ele apresenta uma verdade fundamental, mas nem sempre assim percebida, sobre a história da política externa brasileira: “As mudanças de direção que houve, via de regra, resultaram de cálculo e determinantes estruturais, não de idiossincrasias e frivolidades”. Sua conclusão é de que termina geralmente por prevalecer, no caso brasileiro, um componente de neutralidade e não-alinhamento às superpotências e de universalismo diplomático do país.
Se eu tivesse de fazer alguma crítica a uma obra de análise tão rica, oportuna e inovadora como a do professor Dawisson Belém Lopes, seria a de que, considerando ser a sua uma abordagem sociológica, ele poderia talvez ter investigado de maneira mais extensa as ramificações de dois outros temas que aborda, as questões de gênero e raça.
Ao final da leitura, fica a dúvida se o livro é elogioso ou crítico em relação ao Itamaraty. Ao refletir a respeito, chego à conclusão de que os admiradores e os detratores da diplomacia brasileira se sentirão igualmente justificados com essa obra, e nisso reside um de seus méritos.
Para mim, como diplomata, foi uma curiosa sensação deparar-me com um estudo em que a instituição na qual se desenrola minha atividade profissional é observada e analisada com verdadeiro talento de entomologista.
Coluna publicada no Estado de Minas ontem, 6 de dezembro
![]() |
Opinion - Sadly, Trump is right on Ukraine - Alan J. Kuperman (The Hill)
Não concordo com a exposição de fatos trazidos nesta matéria, assim como com a opinião do autor, mas creio relevante apresentar aos meus poucos leitores todos os elementos de informação que recebo diariamente sobre assuntos relevantes. Este é um deles: a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia.
Paulo Roberto de Almeida
=============
Opinion
Opinion - Sadly, Trump is right on Ukraine
Alan J. Kuperman, opinion contributor
The Hill, Tue, March 18, 2025 at 4:00 PM EDT
Source: https://www.yahoo.com/news/opinion-sadly-trump-ukraine-200000471.html
Scroll
I rarely agree with President Trump, but his latest controversial statements about Ukraine are mostly true. They only seem preposterous because western audiences have been fed a steady diet of disinformation about Ukraine for more than a decade. It is time to set the record straight on three key points that illuminate why Ukrainians and former President Joe Biden — not merely Russian President Vladimir Putin — bear significant responsibility for the outbreak and perpetuation of war in Ukraine.
First, as recently documented by overwhelming forensic evidence, and affirmed even by a Kyiv court, it was Ukrainian right-wing militants who started the violence in 2014 that provoked Russia’s initial invasion of the country’s southeast including Crimea. Back then, Ukraine had a pro-Russia president, Viktor Yanukovych, who had won free and fair elections in 2010 with strong support from ethnic Russians in the country’s southeast.
In 2013, he decided to pursue economic cooperation with Russia rather than Europe as previously planned. Pro-western activists responded with mainly peaceful occupation of the capital’s Maidan square and government offices, until the president eventually offered substantial concessions in mid-February 2014, after which they mainly withdrew.
Just then, however, right-wing militants overlooking the square started shooting Ukrainian police and remaining protesters. Police returned fire at the militants, who then claimed bogusly that the police had killed the unarmed protesters. Outraged by this ostensible government massacre, Ukrainians descended on the capital and ousted the president, who fled to Russia for protection.
Putin responded by deploying troops to Crimea and weapons to the southeast Donbas region on behalf of ethnic Russians who felt their president had been undemocratically overthrown. While this backstory does not justify Russia’s invasion, it explains that it was hardly “unprovoked.”
Second, Ukraine’s President Volodymyr Zelensky contributed to a wider war by violating peace deals with Russia and seeking NATO military aid and membership. The deals, known as Minsk 1 and 2, had been negotiated under his predecessor President Petro Poroshenko in 2014 and 2015 to end fighting in the southeast and protect endangered troops.
Ukraine was to guarantee Donbas limited political autonomy by the end of 2015, which Putin believed would be sufficient to prevent Ukraine from joining — or serving as a military base for — NATO. Regrettably, Ukraine refused for seven years to fulfill that commitment.
Zelensky even campaigned in 2019 on a promise to finally implement the accords to prevent further war. But after winning election, he reneged, apparently less concerned about risking war than looking weak on Russia.
Zelensky instead increased weapons imports from NATO countries, which was the last straw for Putin. So, on Feb. 21, 2022, Russia recognized the independence of Donbas, deployed troops there for “peacekeeping,” and demanded Zelensky renounce his quest for NATO military assistance and membership.
When Zelensky again refused, Putin massively expanded his military offensive on Feb. 24. Intentionally or not, Zelensky had provoked Russian aggression, although that obviously does not excuse Moscow’s subsequent war crimes.
Third, Joe Biden too contributed crucially to the escalation and perpetuation of fighting. In late 2021, when Putin mobilized forces on Ukraine’s border and demanded implementation of the Minsk deals, it seemed obvious that unless Zelensky relented, Russia would invade to at least form a land bridge between Donbas and Crimea.
Considering that Ukraine already was existentially dependent on U.S. military assistance, if President Biden had insisted that Zelensky comply with Putin’s request, it would have happened. Instead, Biden lamentably left the decision to Zelensky and pledged that if Russia invaded, the U.S. would respond “swiftly and decisively,” which Zelensky read as a green light to defy Putin.
More in World
Zelenskyy says Putin’s vow not to hit Ukraine's energy infrastructure 'at odds with reality'
Associated Press
Stop Wasting Time Painting Your Garage Floor. Do This InsteadRenuityGarage Coating・
Trump admin considers giving up NATO command that has been American since Eisenhower
NBC News
Trump administration says South African ambassador has to leave the US by Friday
Associated Press
Had Trump been president, he would not have provided such a blank check, so Zelensky would have had little choice but to implement the Minsk deals to avert war. Even if Zelensky had still refused and provoked Russia to invade, Trump would have denied him a veto over peace negotiations, which Biden recklessly gave by declaring, “There’s nothing about Ukraine without Ukraine.”
That pledge tragically emboldened Ukraine to prolong the war in expectation of eventually decisive U.S. military aid, which Biden then refused to supply due to fear of nuclear escalation. In that way, Biden raised false hopes in Ukraine, needlessly perpetuating a war that has killed or wounded hundreds of thousands in the last two years alone during which the frontlines have shifted by less than 1 percent of Ukraine’s territory.
The basic outlines of a deal to end the fighting are obvious even if details remain to be negotiated, as Trump and Putin started doing today in a phone call. Russia will continue to occupy Crimea and other portions of the southeast, while the rest of Ukraine will not join NATO but will get security guarantees from some western countries. The sad thing is that such a plan could have been achieved at least two years ago if only President Biden had made military aid conditional on Zelensky negotiating a ceasefire.
Even more tragic, whatever peace deal emerges after the war will be worse for Ukraine than the Minsk accords that Zelensky foolishly abandoned due to his political ambitions and naïve expectation of bottomless U.S. support.
Alan J. Kuperman is a professor at the University of Texas at Austin, where he teaches courses on military strategy and conflict management.
Copyright 2025 Nexstar Media, Inc. All rights reserved. This material may not be published, broadcast, rewritten, or redistributed.
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...
-
Pequeno manual prático da decadência (recomendável em caráter preventivo...) Paulo Roberto de Almeida Colaboração a número especial da rev...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...


