O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 8 de março de 2010

1766) Colaboracoes a sites eletronicos (7): Parlata - Resenhas de livros

Colaboro com o site Parlata exclusivamente numa seção dedicada a resenhas de livros, apropriadamente chamada Vivendo com Livros.
Abaixo a relação das resenhas publicadas, começando por um texto explicativo de minha paixão por livros:

Vivendo com Livros
Nossa coluna de resenhas literárias por Paulo Roberto de Almeida
Diplomata, professor e escritor, é Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas e Mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia. Possui passagens acadêmicas como professor e pesquisador na Universidade de Brasília (UnB), Fundação Getúlio Vargas e Instituto Rio Branco (IRBr). Foi editor de publicações como Boletim de Integração Latino-Americana e Boletim de Diplomacia Econômica e editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional. É autor de diversas obras, como "Os primeiros anos do século XXI: relações internacionais contemporâneas", "O Estudo das Relações Internacionais do Brasil" e "Velhos e novos Manifestos: o socialismo na era da globalização", entre outras.

“Sucessores bem sucedidos?: um balanço realista (e completo) da diplomacia na era militar”, Brasília, 4 novembro 2006, 6 p. Resenha de Fernando de Mello Barreto: Os Sucessores do Barão, 2: relações

“Fronteiras da sociedade global”, Brasília, 11 fevereiro 2007, 5 p. Resenha de Eduardo Felipe P. Matias, A Humanidade e suas Fronteiras: do Estado soberano à sociedade global (São Paulo: Paz e Terra...)

“Comércio e diplomacia: história e atualidade”, Brasília, 22 fevereiro 2007, 2 p. Resenha de Demétrio Magnoli e Carlos Serapião Jr.: Comércio Exterior e negociações internacionais: teoria e prática

“Colocando o Brasil num contexto de vinte anos”, Brasília, 25 março 2007, 2 p. Resenha de Jaime Pinsky (org.) O Brasil no contexto, 1987-2007 (São Paulo: Contexto, 2007, 256 p.).

“Mercosul ‘aborrecente’”, Brasília, 25 março 2007, 3 p. Resenha de Rubens Antônio Barbosa (org.). Mercosul quinze anos (São Paulo: Fundação Memorial da América Latina- Imprensa Oficial do Estado, 20...

“As relações internacionais do Brasil, versão academia”, Brasília, 22 maio 2007, 13 p. Resenha de Henrique Altemani de Oliveira e Antônio Carlos Lessa (organizadores): Relações internacionais do Bras...

“Construindo o consenso econômico (finalmente?)”, Brasília, 10 junho 2007, 10 p. Resenha de Gustavo H. B. Franco, Crônicas da convergência: ensaios sobre temas já não tão polêmicos (Rio de Janeiro:...

“Brasil e Argentina: reincidentes no erro?”, Brasília, 5 outubro 2007, 2 p. Resenha do livro de Eduardo Viola e Héctor Ricardo Leis: Sistema Internacional com Hegemonia das Democracias de Mercado:

“Aristocracia empresarial”, Brasília, 7 outubro 2007, 2 p. Resenha de David Landes: Dinastias: esplendores e infortúnios das grandes famílias empresariais (Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, 373 p.).

“Fábulas fabulosas, a preço de custo...”, Brasília, 16 janeiro 2006, 3 p. Resenha de Eliana Cardoso: Fábulas Econômicas (São Paulo: Financial Times – Prentice Hall, 2006, 306 p.).

“A arte da resenha (para uso de aprendizes, neófitos e outros amantes de livros)”, Brasília, 24 janeiro 2006, 5 p. Elementos centrais de uma boa resenha de livros.
(um book-addicted e dependente ...

“Desconstruindo Estados (ma non troppo...)”, Brasília, 12 fevereiro 2006, 2 p. Resenha de Francis Fukuyama: Construção de Estados: governo e organização no século XXI (Rio de Janeiro: Rocco, 2005, ...

“Caminhos da convergência na globalização”, Brasília, 19 de março de 2006, 8 p. Apresentação ao livro de Leonardo de Almeida Carneiro Enge: A Convergência Macroeconômica Brasil-Argentina: regimes al...

“A ordem mundial, para principiantes”, Brasília, 14 abril 2006, 2 p. Resenha de Henrique Altemani de Oliveira e Antonio Carlos Lessa (orgs.), Política Internacional Contemporânea: mundo em transform...

“Entre a América e a Europa: a política externa do Brasil nos anos 1920”, Brasília, 21 abril 2006, 3 p. Resenha de Eugênio Vargas Garcia: Entre América e Europa: a política externa brasileira na dé...

“Reeducando juízes “heterodoxos” em economia”, Brasília, 21 abril 2006, 2 p. Resenha de Armando Castelar Pinheiro e Jairo Saddi: Direito, Economia e Mercados (Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, 553 p.;...

“Educação e desenvolvimento: como o Brasil vem falhando nos dois lados”, Brasília, 12 maio 2006, 5 p. Resenha ampliada de Gustavo Ioschpe: A ignorância custa um mundo: o valor da educação no desen...

“Um manual para superar a letargia econômica brasileira”, Brasília, 14 maio 2006, 3 p. Resenha de Armando Castelar Pinheiro e Fabio Giambiagi: Rompendo o marasmo: a retomada do desenvolvimento no B...

“A economia, em centímetros quadrados...”, Brasília, 16 junho 2006, 4 p. Resenha de Paulo Sandroni: Dicionário de Economia do século XXI (Rio de Janeiro: Record, 2005, 905 p.; ISBN: 85-01-07228-1).

“Anatomia do Leviatã econômico”, Brasília, 26 agosto 2006, 2 p. Resenha de: Ciro Biderman e Paulo Arvate (orgs.), Economia do Setor Público no Brasil (Rio de Janeiro: Campus, 2004, 560 p.).

“Um ‘padreco’ diabólico”, Brasília, 27 agosto 2006, 1 p. Hamilton Almeida: Padre Landell de Moura: um herói sem glória; o brasileiro que inventou o rádio, a TV, o teletipo... (Rio de Janeiro: Recor...

“O imperador americano das PPPs”, Brasília, 20 setembro 2006, 2 p. Resenha de Charles A. Gauld: Farquhar, o último titã: um empreendedor americano na América Latina (São Paulo: Editora de Cultura, ...

“Personagens com idéias, ainda que tardias”, Brasília, 22 outubro 2006, 2 p. Resenha do livro de Francisco C. Weffort: Formação do Pensamento Político Brasileiro: idéias e personagens (São Paulo: E...

“Os divergentes convergem, mesmo contra a vontade...”, Brasília, 23 outubro 2006, 2 p. Resenha do livro de Gustavo H. B. Franco: Crônicas da convergência: ensaios sobre temas já não tão polêmicos (...

“Uma venerável, mas ainda jovem, senhora: a USP aos 70 anos”, Brasília, 5 novembro 2006, 5 p. Resenha de Shozo Motoyama (org.), USP 70 anos: Imagens de uma história vivida (São Paulo: Editora da Un...

“A produção do conhecimento nas sociedades contemporâneas: a concentração e as desigualdades são inevitáveis?”, Brasília, 25 novembro 2006, 11 p. Nova resenha de Fernando Antonio Ferreira de Barros...

“O Bunker Voador: a aventura eletrizante do Plano Real”, Brasília, 10 dezembro 2006, 4 p. Resenha de Guilherme Fiuza: 3.000 dias no bunker: um plano na cabeça e um país na mão (Rio de Janeiro: Reco...

“O seu, o meu, o nosso dinheiro...”, Brasília, 17 dezembro 2006, 4 p. Resenha de Marcos Mendes (org.): Gasto Público Eficiente: 91 propostas para o desenvolvimento do Brasil (Rio de Janeiro: Topbook...

“Futuro preterido?: Zweig e um projeto para o Brasil”, Brasília, 26 janeiro 2007, 2 p. Resenha de João Paulo dos Reis Velloso e Roberto Cavalcanti de Albuquerque (coords.): Brasil, um país do futuro?...

“Dos arquivos da história: o Itamaraty nas fontes primárias”, Brasília, 20 fevereiro 2007, 4 p. Notas sobre os seguintes volumes: Alvaro da Costa Franco (org.): Com a palavra, o Visconde do Rio Bra...

“Prata da Casa: Boletim ADB 1/2007”, Brasília, 21 fevereiro 2007, 2 p. Resenha de Marcelo Raffaelli: A Monarquia e a República: Aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império (...

“Comércio e diplomacia: história e atualidade”, Brasília, 22 fevereiro 2007, 2 p. Resenha de Demétrio Magnoli e Carlos Serapião Jr.: Comércio Exterior e negociações internacionais: teoria e prática (S...

“A arte de atirar nos próprios pés”, Brasília, 23 fevereiro 2007, 2 p. Resenha de João Luiz Roth: Por Que Não Crescemos como outros Países?: Custo Brasil (São Paulo: Saraiva, 2006, 194 p.)

“Marxistas totalmente contornáveis”, Brasília, 24 novembro 2007, 2 p. Resenha de Jorge Nóvoa (org.): Incontornável Marx (Salvador/São Paulo: Unesp/UFBA, 2007, 407 p.).

“Rui Barbosa, diplomata”, Buenos Aires, 6 janeiro 2008, 3 p. Resenha do livro de Carlos Henrique Cardim: A Raiz das Coisas: Rui Barbosa, o Brasil no Mundo (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007...

“Abrir os portos, foi só o começo...”, Brasília, 15 fevereiro 2008, 3 p. Resenha de Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero (organizadores), A Abertura dos Portos (São Paul...

Da extração de pau-brasil ao seqüenciamento do genoma:
a lenta emergência de uma história das ciências e das tecnologias no Brasil
Resenha por Paulo Roberto de Almeida

Conexões entre direito e desenvolvimento, Resenha por Paulo Roberto de Almeida
Welber Barral (org), Direito e Desenvolvimento: Análise da ordem jurídica brasileira sob a ótica do desenvolvimento...

A diplomacia brasileira vista da academia; por Paulo Roberto de Almeida; Henrique Altermani de Oliveira: Política Externa Brasileira (São Paulo: Editora Saraiva, 2005, 292 p.; ISBN: 85-02-0519...

Dificuldades do desenvolvimento brasileiro: Ana Célia Castro, Antonio Licha, Helder Queiroz Pinto Jr. e João Saboia (orgs.): Brasil em Desenvolvimento; Vol. 1...

Um Prometeu Industrial Desengonçado: David S. Landes: Prometeu Desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, de ...

História quase virtual do Brasil: Evaldo Cabral de Mello: A outra Independência: o federalismo pernambucano de 1817 a 1824 (São Paulo: Editora 34, 2004, 2...

Idéias que movem o mundo: Felipe Fernández-Armesto: Idéias que mudaram o mundo
São Paulo: Editora Arx, 2004, 400 p.; ISBN: 85-7581-147-9

Capitalismo para céticos: Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, Ensaios sobre o capitalismo no século XX (São Paulo: Unesp; Campinas: Unicamp-Instituto de Economia, ...

Hermanos, pero no mucho: Boris Fausto e Fernando J. Devoto: Brasil e Argentina: Um ensaio de história comparada (1850-2002) São Paulo:Editora 34, 2004, 574...

Poder imperial, análise conceitual: O Poder Americano, José Luis Fiori (org.)
(Petrópolis: Editora Vozes, 2004, 456 p.; ISBN: 85-326-3097-9)

A Economia Mundial em Perspectiva Histórica: David Hackett Fischer: The Great Wave: price revolutions and the rhythm of History New York: Oxford Uni...

Intérpretes e protagonistas da história econômica brasileira:Resenha de: Fabio Giambiagi, André Villela, Lavínia Barros de Castro e Jennifer Hermann (orgs.),
Economia Brasileira Contemporânea, 1945-2004

Gulag: anatomia da tragédia; Resenha de: Anne Applebaum: Gulag: uma história dos campos de prisioneiros soviéticos (Rio de Janeiro: Ediouro, 2004, 744 p.; tradução d...

Economia brasileira: um manual teórico-prático; Antonio Dias Leite: A Economia Brasileira: de onde viemos e onde estamos (Rio de Janeiro: Elsevier, 2004)

O que Roberto Campos Estaria Pensando da Política Econômica?
Por Paulo Roberto de Almeida

Entre a Economia e as Relações Internacionais; Resenha de Joseph Stiglitz e Bruce Greenwald; Rumo a um Novo Paradigma em Economia Monetária (São Paulo: Francis, ...

A Revolução no (e do) Partido Trabalhista Britânico; Notas sobre o livro: The Unfinished Revolution: how the modernisers saved the Labour Party, de Phil...

História do Porvir: uma Aposta Contra o Passado; Histoire de l’Avenir: des Prophètes à la prospective, de George Minois (Paris: Fayard, 1996, 680 p.; IS...

A Economia (in)constitucional Brasileira: Lições de Economia Constitucional Brasileira, de Jorge Vianna Monteiro (Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, ...

As Causas da Pobreza no Brasil: As Causas da Pobreza, de Simon Schwartzman (Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, 208 p.

Promenades philosophiques em torno do próprio umbigo; Zero à Esquerda, Paulo Eduardo Arantes (São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2004, 306 p.)

Prefácio ao Diretório de Relações Internacionais no Brasil, 1950-2004, Apresentação reflexiva para a publicação preparada por Clóvis Brigagão, listando cursos e instituições ...

Dimensões econômicas e sociais do desenvolvimento global: The World Bank - miniAtlas of Global Development (Washington: The World Bank, 2004, 66 p; ISBN:...

Globalização para Todos os Gostos: Em Defesa da Globalização: como a globalização está ajudando ricos e pobres, Autor: Jagdish Bhagwati (Rio de Janeiro: ...

Origens e itinerário do desenvolvimentismo brasileiro: Desenvolvimento no Brasil e na América Latina: uma perspectiva histórica, Autor: Albert Fishlow

Tratados de Caligrafia Diplomática 3 - Hélio Vianna, ou as elites bem comportadas
História Diplomática do Brasil (1ª ed., São Paulo: Melhoramentos, 1958) (2ª ed., acoplada à Hist...

A Dimensão do Desenvolvimento no Comércio Internacional: A OMC e os países em desenvolvimento (São Paulo: Edições Aduaneiras, 2003; ISBN: 85-7129-357-0; ...

Mr. Gordon e o Brazil: A Segunda Chance do Brasil: a caminho do Primeiro Mundo
São Paulo: Editora Senac, 2002, Autor: Lincoln Gordon

Tratados de Caligrafia Diplomática, 2 - Resenhas de livros na área de relações internacionais - Pandiá Calógeras, ou o Clausewitz da Política Externa; Obra: A Política Exterior do Império Volume I: As Origens (XL + 490 pp.); Volume II: O Primeiro Reinad...

Tratados de Caligrafia Diplomática, 1 - Resenhas de livros na área de relações internacionais - Pierre Renouvin, ou a aspiração do total; Obra: Histoire des Relations Internationales Autor: Pierre RENOUVIN (ed.): Nova edição, em 3 volumes
Apresentação...

A neoliberalização e os seus descontentes: tente desta vez o consenso de Washington; Depois do Consenso de Washington: Crescimento e reforma na América Latina
Publicado, sob o título: “Um antídoto infalível” in Valor Econômico (Cad...
O Consenso de Washington e o Brasil: um livro esclarecedor; Depois do Consenso de Washington: crescimento e reforma na América Latina

Alca: O Começo de uma Discussão Racional? - A Alca do gigante e a Alca dos anões: incompatibilidade de gênios?; Obra: Alca: o gigante e os anões
Autores: Tullo Vigevani e Marcelo Passini Mariano

Uma Introdução Quase Desnecessária
"Es, pues, de saber, que este sobredicho hidalgo, los ratos que estaba ocioso... se daba a ler...; y llegó a tanto su curiosidad y desatino en esto, que vendió muchas hanegas de tierra... para comprar...

[FIM]

1765) Colaboracoes a sites eletronicos (6): Revista Espaço Acadêmico (2)

Transcrevo agora, diretamente do site da Revista Espaço Acadêmico, meus artigos da nova série, a partir do número 97, resultado de busca aplicada, colocando o meu nome neste link geral:

Resultado da Pesquisa:
Procurar por Autor, Todos os Números
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/index

Paulo Roberto de Almeida
Edição Título


Vol. 9, No 106 (2010): Revista Espaço Acadêmico, nº 106, Março de 2010 A resistível decadência do marxismo teórico e do socialismo prático: um balanço objetivo e algumas considerações subjetivas Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 98 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 98 - julho de 2009 Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 99 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 99 - Agosto de 2009 Falácias acadêmicas, 11: o mito da transição do capitalismo ao socialismo Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 103 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 103 - dezembro de 2009 De la Démocratie au Brésil: Tocqueville de novo em missão Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 105 (2010): Revista Espaço Acadêmico, nº 105, fevereiro de 2010 Sobre a responsabilidade dos intelectuais: devemos cobrar-lhes os efeitos práticos de suas prescrições teóricas? Resumo PDF
Paulo Roberto de Almeida

Vol. 9, No 101 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 101 - Outubro de 2009 Falácias acadêmicas, 13: o mito do socialismo de mercado na China Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 100 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 100 - Setembro de 2009 Falácias acadêmicas, 12: o mito da exploração capitalista Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 104 (2010): Revista Espaço Acadêmico, nº 104, janeiro de 2010 A Primeira Década do Século 21: um retrospecto e algumas previsões imprevisíveis Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 102 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 102 - Novembro de 2009 Um outro mundo possível: Alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

Vol. 9, No 97 (2009): Revista Espaço Acadêmico - nº 97 - junho de 2009 Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21 Resumo PDF
Paulo Roberto Almeida

1 a 10 de 10 Itens

Dicas para pesquisa:

* O sistema de busca não diferencia maiúsculas ou minúsculas
* Termos irrelevantes são ignorados pelo sistema de busca
* São recuperados por padrão apenas artigos contendo todos os termos de busca (ex.: E é implícito)
* Combine múltiplos termos com OU para encontrar artigos contendo um ou outro termo; ex.: educação OU pesquisa
* Use parênteses para criar buscas mais complexas; ex.: arquivo ((revista OU conferência) NÃO teses)
* Use aspas duplas para recuperar o termo exato; ex.: "Acesso Livre à informação"
* Exclua termos utilizando - ou NÃO; ex.: online -políticas ou online NÃO políticas
* Use * como caracter coringa; ex.: soci* moralidade recuperará documentos contendo "sociedade" ou "sociológico"

Revista Espaço Acadêmico - revista multidisciplinar -ISSN 1519-6186 (on-line) - Departamento de Ciências Sociais - Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790 - Campus Universitário 87020-900 - Maringá/PR – Brasil -

Blog: http://espacoacademico.wordpress.com - Email: aosilva@uem.br

1764) Colaboracoes a sites eletronicos (5): Revista Espaço Acadêmico (1)

A Revista Espaço Acadêmico, como seu nome indica, é um espaço livre mantido por acadêmicos brasileiros, tipicamente universitários, com tudo o que se poderia esperar desta categorização. Venho colaborando com a revista quase desde o seu lancamento, talvez a partir do número 2 ou 3.
Antes ela possuia um espaço proprio: http://www.espacoacademico.com.br/

Depois, a partir do número 97, ela passou a ser editada num sistema eletrônico típico dos softwares preparados para tal método de editoração.
Transcrevo, em primeiro lugar, a relação de meus artigos no antigo sistema, tal como reproduzidos abaixo.
Num post imediatamente sucessivo, vou transcrever os artigos publicado no novo sistema da REA.

Artigos de Paulo Roberto de Almeida, Espaço Acadêmico, até o número 96:


Doutor em Ciências Sociais, diplomata, autor de vários trabalhos sobre relações internacionais e política externa do Brasil

* Falácias acadêmicas, 8: os mitos da utopia marxista
* Falácias acadêmicas, 7: os mitos em torno do movimento militar de 1964
* Falácias acadêmicas, 6: o mito da Revolução Cubana
* Falácias acadêmicas, 5: O mito do complô dos países ricos contra o desenvolvimento dos países pobres
* Previsões imprevisíveis em tempos de crise global: minha astrologia econômica para 2009 (e mais além)
* Falácias acadêmicas, 4: o mito do Estado corretor dos desequilíbrios de Mercado
* Dois tocquevilleanos brasileiros: Hipólito da Costa e Oliveira Lima
* Falácias acadêmicas, 3: o mito do marco teórico
* Falácias acadêmicas, 2: o mito do Consenso de Washington
* Falácias acadêmicas, 1: o mito do neoliberalismo
* Miséria da academia (uma crítica à academia da miséria)
* Manifesto Comunista, ou quase... dedicado a marquissistas à beira de um ataque de nervos (a propósito de uma simples resenha)
* As roupas novas do Império: 21 teses rápidas
* O fetiche do Capital
* Para libertar a nação dos bárbaros (sob a inspiração de Maquiavel)
* Minhas previsões imprevidentes para 2008 (com mil perdões pelo ligeiro atraso...)
* O que Portugal nos legou? Um balanço de 1808-1822 e as perspectivas do presente
* Uma pesquisa sobre o Mercosul: sua possível evolução até 2011 e 2021
* Autobiografia de um fora-da-lei, 1: uma história do Estado brasileiro
* Crônica do petismo universitário: dissolução de uma redundância?
* Duro de crescer: obstáculos políticos ao crescimento econômico do Brasil
* Sugestões não solicitadas: algumas idéias para um congresso diferente
* Globalização perversa e políticas econômicas nacionais: um contraponto às visões correntes em certos meios
* Prometeu acorrentado: o Brasil amarrado por sua própria vontade
* Está aumentando o número de idiotas no mundo?
* Pequeno manual prático da decadência (recomendável em caráter preventivo...)
* O afundamento da educação no Brasil (observações angustiadas do ponto de vista dos estudantes)
* Ocaso de uma utopia?: objetivos nobres e vacuidade de idéias no Fórum Social Mundial
* Previsões para o ano da graça de 2007: sempre otimista quanto à sua impossibilidade
* Uma verdade inconveniente (ou: por que o Brasil não cresce 5% ao ano...)
* Sobre a intolerância
* Uma previsão marxista...
* A História não o absolverá – Fidel Castro e seus amigos brasileiros: um caso de renúncia à inteligência?
* Economia política do intelectual
* A política externa nas campanhas presidenciais
* A globalização e seus descontentes: um roteiro sintético dos equívocos
* A política externa nas campanhas presidenciais
* Colapso!: prevendo a decadência econômica brasileira
* Esquerda versus direita: de volta a um velho debate...
* Um balanço preliminar do Governo Lula: a grande mudança medida pelos números
* As novas teses de abril: sugestões para o próximo encontro nacional de um grande partido
* Resoluções de Ano Novo - uma nova “caixa de surpresas” para o ano que se inicia
* Idéias vencedoras e conceitos derrotados - de volta ao velho debate sobre a grande ruptura
* Teoria da jabuticaba, I: prolegômenos
* O Mercosul não é para principiantes: sete teses na linha do bom senso
* Florestan Fernandes e a idéia de revolução burguesa no pensamento marxista brasileiro
* O Brasil e a nanotecnologia: rumo à quarta revolução industrial
* O PT pode ser a salvação do Brasil
* Dois casos paradigmáticos de sucesso econômico: o anão e o dragão
* O Poder e a Glória: a questão das assimetrias no sistema internacional
* Um intercâmbio acadêmico: a cultura da esquerda em questão
* Um intercâmbio acadêmico: a cultura da esquerda em questão [resposta a “Milk-shake” indigesto ou sete equívocos de uma crítica à esquerda? - Réplica a Paulo de Almeida - Por Robinson dos Santos]
* O Plebiscito Impossível - Treze más razões para opor-se à Alca e uma boa para dizer não
* A cultura da esquerda - Sete pecados dialéticos que atrapalham seu desenvolvimento
* Economistas Voláteis e Juízes Malucos: dois males do Brasil contemporâneo (II), Fazendo justiça com as próprias mãos
* Economistas Voláteis e Juízes Malucos: dois males do Brasil contemporâneo (I)
* Sete Previsões Imprevidentes: minha “caixa de surpresas” para o novo ano
* A ética na (e da) política: Existe alguma diferença entre a esquerda e a direita?
* O que deu errado?: uma parábola eleitoral
* Onde foram parar os manifestos econômicos de oposição?
* Rumo a um novo apartheid? Sobre a ideologia afro-brasileira
* Dois anos de “Carta ao Povo Brasileiro - De volta a um documento de ruptura
* A globalização e seus benefícios: um contraponto ao pessimismo
* A crise de governança no Brasil
* Queremos um Outro Brasil?: nós também, mas sustentável... algumas considerações sobre propostas econômicas ditas “alternativas”
* Os doze trabalhos da boa governança
* Do Projeto de Poder a UM Projeto de Governo
* O primeiro acordo a gente nunca esquece: o novo Brasil e primeiro acordo soberano com o velho FMI
* Três vivas ao processo de globalização: crescimento, pobreza e desigualdade em escala mundial (Parte Final)
* Três vivas ao processo de globalização: crescimento, pobreza e desigualdade em escala mundial (II)
* Três vivas ao processo de globalização: crescimento, pobreza e desigualdade em escala mundial (I)
* Se, “nouvelle manière” - ou as qualidades do homem na globalização
* O Brasil e o terrorismo: o atentado contra o escritório da ONU em Bagdá e as reações no Brasil
* A ALCA e o interesse nacional brasileiro: doze questões em busca de um debate racional
* Contra a corrente: treze idéias fora do lugar (VI)
* Contra a corrente: treze idéias fora do lugar (V)
* Contra a corrente: treze idéias fora do lugar (IV)
* Contra a corrente: treze idéias fora do lugar (III)
* Contra a corrente: treze idéias fora do lugar (II)
* Contra a corrente: treze idéias fora do lugar (I)
* Avaliando a transição: Balanço da vitória, no momento da subida ao poder (da série: Conseqüências econômicas da vitória, parte 7)
* A Política Externa do novo Governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva: retrospecto histórico e avaliação programática
* Conseqüências econômicas da derrota: identificando vencedores e vencidos
* Preparado para o poder?: pense duas vezes antes de agir
* Carta aberta ao próximo Presidente (qualquer que seja ele)
* A educação de Maurício Tragtenberg (depoimento pessoal sobre um método político-pedagógico)
* A América Latina e os Estados Unidos desde o 11 de setembro de 2001
* Camaradas, agora é oficial: acabou o socialismo
* Dez coisas que eu faria se tivesse poder (licença poética imaginária, mas justificada em uma fase pré-eleitoral)
* A esquerda francesa e a esquerda brasileira:eleições “didáticas” para políticos tradicionais
* A indiscutível leveza do neoliberalismo no Brasil:uma avaliação econômica e política da era neoliberal
* A OTAN e o fim da guerra fria
* Imperial Regulamento do Asylo dos Diplomatas da Corte
* Macro e microeconomia da diplomacia
* Um Taliban na corte do Bey de Argel
* Tradicionalismo e modernização nas sociedades islâmicas: uma impossível transição entre o fundamentalismo e a tolerância?
* O PT e as relações econômicas internacionais do Brasil - Análise do programa econômico "Um outro Brasil é possível"
* Ideologia da política externa: sete teses idealistas
* Dez Regras Modernas de Diplomacia

segunda-feira, 04 de maio de 2009 09:58

1763) Colaboracoes a sites eletronicos (4): Revista Espaço da Sophia

A Revista ACadêmica Espaço da Sophia é editado pelo Centro Acadêmico do mesmo nome, que está localizado em Tomazina, no Paraná, e é editada pelo professor Luciano Arantes Sanches, que todo mês me escreve para pedir o artigo do próximo mês, algo que sempre esqueço de fazer e de mandar. Acabo enviando algum artigo que eventualmente já tenha sido publicado em alguma outra revista acadêmica com a mesma periodicidade, geralmente a Espaço Acadêmico, que também é uma revista eletrônica mensal e que também é editada no Paraná, mas em Maringá.
Transcrevo, como informação, o Histórico da RES:

A Revista Espaço da Sophia foi idealizada pelo Prof. Ms. Luciano Arantes Sanches, que se indignou com as dificuldades que os educadores têm em publicar artigos ou editar livros. Assim ele convidou um grupo de amigos educadores para criarem um espaço onde eles possam contribuir com a sociedade.

O propósito desta revista é contribuir com aqueles que amam a sua profissão e dedicam-se de forma integral a ela. Ser educador não se limita a ficar entre quatro paredes diante de um quadro negro, é ser exemplo de perseverança e ousadia. Esta revista tem por meta divulgar os trabalhos produzidos pelos professores, acadêmicos e intelectuais em geral.

O Conselho Editorial da Revista nasceu com a participação dos professores: Prof. Ms. Luciano Arantes Sanches, Prof. Esp. Denise Godoi Sanches, Prof. Esp. Fábio Godoi Correia e Prof. Valdir Adriano da Silva, e como colunistas os Professores: Prof. Dr. José Irineu Gorla, Prof. Ms. Kele Cristiani Diogo Bahena, Prof. Ms. Moises José Bueno, Prof. Dr. Paulo Ghiraldelli Jr. e Prof. Dr. Zita Ana Lago Rodrigues. Também contamos com a contribuição de vários colaboradores, cujos artigos não apenas enriquecem a revista como são de enorme importância para a sua divulgação.

Agradecemos a todos os que, nestes próximos meses, contribuirão conosco para a consolidação deste Espaço. Temos que agradecer especialmente aos nossos leitores e leitoras. Afinal, sem esta interação, nosso trabalho não terá razão de ser.


Infelizmente, a RES não possui um sistema racional, ou pelo menos fácil, de visualização de todos os números disponíveis e, sobretudo, para escolha aleatória de atigos em forma dispersa, ou então agrupados tematicamente.
Mas felizmente ela introduziu, o que tampouco é fácil de alcançar, um sistema de recuperação dos artigos de um único autor, como é minha intenção de aqui oferecer esta possibilidade.

Meus artigos encontram-se no seguinte link dos Membros, sob a letra P:

Paulo Roberto de Almeida

Eis o quadro que aparece nesse link:

Perfil de Paulo Roberto de Almeida
Exibidos: 184

Data: Artigo - Visualizações
201:0-03-01: Triste Fim de Policarpo Social Mundial 11
201:0-02-01: Sobre a responsabilidade dos intelectuais 13
201:0-01:-01: A Primeira Década do Século 21: um retrospecto e algumas previsões imprevisíveis 68
2009-12-01: De la Démocratie au Brésil: Tocqueville de novo em missão 59
2009-11-01: Um outro mundo possível: Alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim 111
2009-10-02 01::29:06 Falácias acadêmicas, 13: o mito do socialismo de mercado na China 143
2009-09-01: Falácias acadêmicas, 12: o mito da exploração capitalista 195
2009-08-01: Falácias acadêmicas, 11: o mito da transição do capitalismo ao socialismo 127
2009-07-01: Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional 176
2009-06-01: Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21 154
2009-05-01: Falácias acadêmicas, 7: os mitos em torno do movimento militar de 1964 162
2009-04-01: Os mitos da Revolução Cubana 212
2009-03-01: A questão racial nas relações Brasil-EUA 129
2009-02-01: A Integração na América do Sul em Perspectiva Histórica: um balanço 362
2009-01:-01: Fórum Surreal Mundial Pequena visita aos desvarios dos antiglobalizadores 182
2008-12-01: Uma reorganização da ordem econômica mundial? Rumores a esse respeito são altamente exagerados... 168
2008-11-01: Sobre a proposta de uma nova autoridade financeira mundial 149
2008-10-01: A Economia Mundial do Petróleo 1388
2008-08-01: Uma paz não-kantiana? Sobre a paz e a guerra no contexto da globalização 154
2008-07-01: Sobre Mudar de Ideias 129
2008-06-01: Governança democrática: trajetória nacional e dimensão internacional 158
2008-04-01: O fetiche do Capital 119
2008-03-01: A herança portuguesa e a obra brasileira: um balanço e uma avaliação de dois séculos 257
2008-02-01: Políticas econômicas nacionais no contexto da globalização: a questão do desenvolvimento 905
2008-01:-01: Uma proposta modesta: a reforma do Brasil 120
2007-12-01: História virtual do Brasil: um exercício intelectual 602
2007-11-01: Expansão Econômica Mundial: 100 anos de uma obra pioneira 90
2007-10-01: Crônica do petismo universitário: dissolução de uma redundância? 93
2007-09-01: Teses para uma revolução partidária: sugestões (não solicitadas) para o congresso de um grande parti 168
2007-08-01: Já não se fazem mais marxistas como antigamente 96
2007-07-01: Prometeu Acorrentado: o Brasil Amarrado por sua Própria Vontade 110
2007-06-01: Estaria a Imbecilidade Humana Aumentando 119

1762) Colaboracoes a sites eletronicos (3): Ordem Livre

O site Ordem Livre, como seu nome já indica, está profundamente comprometido com uma orientação liberal em matérias econômicas e políticas.
Eu não me defino exatamente como um liberal, posto que não me considero "labelizável", ou seja, enquadrável em qualquer categoria determinada, estrita ou estanque, ou de qualquer forma identificável com alguma filosofia particular, por prevenção natural contra qualquer sistema fechado.
No máximo eu poderia ser classifica de "anarco-liberal", ou seja alguém totalmente livre para determinar suas próprias posições em matéria de valores, princípios, escolas econômicas ou tendências políticas. Eu poderia ser chamado de "racionalista", apenas isso, mas tampouco pretendo oferecer explicações a respeito, como bom anarquista que sou.
Enfim, independemente disso, passei a colaborar regularmente com o site Ordem Livre, e por vezes existem outros artigos ou entrevistas que aparecem no site, e abaixo vai a relação do que foi divulgado recentemente.
Aguardem novos
Paulo Roberto de Almeida

Artigos Paulo Roberto de Almeida - Ordem Livre

Política internacional: por que não temos paz e segurança?
01 de Março de 2010 - por Paulo Roberto de AlmeidaTags: volta ao mundo em 25 ensaios política internacional paz guerra
A história da humanidade é, em grande medida, uma história de guerras, como ensina John Keegan em seus muitos livros de história militar. Guerras de conquista por territórios, recursos e escravos; guerras de defesa contra inimigos mais poderosos; impérios expansionistas (desde os mongóis, sobre a China, até a Alemanha e o Japão, no século 20); alianças militares (defensivas e ofensivas) e enormes gastos estatais com aparatos bélicos custosos; e, finalmente, uma tentativa de deslegitimar a guerra, no contexto do direito internacional.
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Direitos humanos: o quanto se fez, o quanto ainda resta por fazer
15 de Fevereiro de 2010 - por Paulo Roberto de AlmeidaTags: volta ao mundo em 25 ensaios direitos humanos
Direitos humanos denotam uma categoria relativamente recente na história da humanidade. Num sentido lato, o conceito pode remontar aos iluministas escoceses e franceses dos séculos XVII e XVIII; num sentido estrito, ele está vinculado aos principais instrumentos nacionais e universais relativos aos direitos do indivíduo e dos cidadãos, cujos exemplos mais relevantes são, sem dúvida alguma, a Déclaration des droits de l’homme et du citoyen, da Revolução francesa, e a Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada pela ONU em 1948.
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Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?
01 de Fevereiro de 2010 - por Paulo Roberto de AlmeidaTags: volta ao mundo em 25 ensaios Globalização economia mundial desigualdade Desenvolvimento econômico circulação de capitais
Economia mundial não é um termo que se possa empregar antes do século XVI et encore: mesmo a partir da unificação geográfica conduzida por Colombo, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães, a economia mundial não era, em absoluto, universal. Nessa primeira onda de globalização, de caráter mercantil, tratava-se, mais exatamente, de um arquipélago de economias centrais, predominantemente de origem européia, vinculadas a suas respectivas periferias nas novas terras descobertas, mediante um sistema usualmente conhecido como "exclusivo colonial".
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Entrevista com Paulo Roberto de Almeida
25 de Janeiro de 2010 - por Paulo Roberto de AlmeidaTags: relações internacionais política externa ideologia esquerda Academia
O diplomata, professor e escritor Paulo Roberto de Almeida fala sobre a esquerda reacionária, o fracasso da academia brasileira e explica a política externa do governo Lula.
Clique no botão play abaixo para escutar a entrevista. Para baixar o arquivo em MP3, clique com o botão direito aqui e escolha salvar.
ler o texto completo

Por que o mundo é como é (e como ele poderia ser melhor...)
18 de Janeiro de 2010 - por Paulo Roberto de AlmeidaTags: volta ao mundo em 25 ensaios
Imaginemos um viajante estratosférico, vindo para a Terra em sua espaçonave, procurando compreender o que vê, em aproximações sucessivas.
ler o texto completo

1761) Colaboracoes a sites eletronicos (2): Via Politica

Via Política é uma newsletter eletrônica, feita por dois jornalistas consagrados, e baseada em Porto Alegre. Foram eles que me contataram, e expressaram o desejo de publicar artigos meus, geralmente uma vez a cada semana, sob o mesmo título de meu atual blog principal:

Diplomatizzando: Paulo Roberto de Almeida

Manual de diplomacia prática, 7: parcerias estratégicas
Por Paulo Roberto de Almeida
07.03.2010

Manual de diplomacia prática, 6: prioridades
Por Paulo Roberto de Almeida
28.02.2010

Manual de diplomacia prática, 5: interesse nacional
Por Paulo Roberto de Almeida
22.02.2010

Manual de diplomacia prática 4: caráter inovador
Por Paulo Roberto de Almeida
08.02.2010

Fórum Social Mundial 2010, uma década de embromação: antecipando as conclusões e desvendando os equívocos
Por Paulo Roberto de Almeida
25.01.2010

Manual de diplomacia prática 3: avaliação dos meios
Por Paulo Roberto de Almeida
18.01.2010

Manual de diplomacia prática, 2: interação com a economia
Por Paulo Roberto de Almeida
11.01.2010

Manual de diplomacia prática, 1: clareza de intenções
Por Paulo Roberto de Almeida
27.12.2009

Todas as leis da estupidez humana (2), suite et fin...
Por Paulo Roberto de Almeida
13.12.2009

As Leis Fundamentais da Estupidez Humana (1)
Por Paulo Roberto de Almeida
06.12.2009

Muro de Berlim, vinte anos depois (4): O que poderá ocorrer com a nova Alemanha, e que ainda não ocorreu?
Por Paulo Roberto de Almeida
30.11.2009

Muro de Berlim, vinte anos depois (3): O que poderia ter ocorrido com Berlim e com a Alemanha, e que não ocorreu?
Por Paulo Roberto Almeida
22.11.2009

Nova carta a Raul Castro: seja um pouco mais Gorby e menos Ceausescu
Por Paulo Roberto de Almeida
16.11.2009

Muro de Berlim, vinte anos depois (2): Guerra Fria: Berlim de volta ao centro da história contemporânea
Por Paulo Roberto Almeida
11.11.2009

Muro de Berlim, 20 anos depois (1) Berlim e Alemanha no centro da história contemporânea
Por Paulo Roberto Almeida
03.11.2009

De sapatos e da soberania
Por Paulo Roberto de Almeida
26.10.2009

A liberdade de destruir a liberdade: um aviso preventivo vindo do passado
Por Paulo Roberto de Almeida
18.10.2009

Declaração de Princípios: (apenas relembrando certas coisas que são permanentes)
Por Paulo Roberto de Almeida
04.10.2009

A crise econômica internacional e seu impacto no Brasil
Por Paulo Roberto de Almeida, de Brasília
21.09.2009

Milton Friedman conversa com Roberto Campos no limbo econômico
Por Paulo Roberto de Almeida
31.08.2009

Carta aberta a Raul Castro sobre Cuba e o socialismo
Por Paulo Roberto de Almeida
17.08.2009

Frases de um perfeito idiota latino-americano (dos grandes)
Por Paulo Roberto de Almeida
10.08.2009

Os dez mandamentos da política – em certos governos (Com alguns agradecimentos a Moisés e seus escribas)
Por Paulo Roberto de Almeida
02.08.2009

Crônica de um desastre anunciado: o socialismo do século 21 na Venezuela
Por Paulo Roberto de Almeida
26.07.2009

A cooperação euro-brasileira no âmbito internacional: Uma proposta maximalista para resultados minimalistas
Por Paulo Roberto de Almeida
19.07.2009

Sobre políticas de governo e políticas de Estado: distinções necessárias
Por Paulo Roberto de Almeida
12.07.2009

Sobre a morte do G8 e a ascensão dos Brics: comentários metodológicos
Por Paulo Roberto de Almeida
05.07.2009

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência: mais do mesmo?
Por Paulo Roberto de Almeida
05.07.2009

Diplomacia brasileira: consensos e dissensos
Por Paulo Roberto de Almeida
24.05.2009

A crise e a morte anunciada do capitalismo (provavelmente exageradas, como diria Mark Twain)
Por Paulo Roberto de Almeida
11.05.2009

Próximo

1760) Colaboracoes a sites eletronicos (1): Dom Total

Atualizando a lista de minhas colaboracoes regulares a sites eletronicos, geralmente acadêmicos, que publicam textos meus, com periodicidade diversa, mas regularmente.
O Dom Total pertence a uma Faculdade jesuita em Belho Horizonte:

Colunista Paulo Roberto de Almeida

Paulo Roberto de Almeida é doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984). Diplomata de carreira desde 1977, exerceu diversos cargos na Secretaria de Estado das Relações Exteriores e em embaixadas e delegações do Brasil no exterior. Trabalhou entre 2003 e 2007 como Assessor Especial no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Autor de vários trabalhos sobre relações internacionais e política externa do Brasil.

Almeida escreve para o Dom Total sempre às quintas-feiras.
Últimos artigos publicados

* 04/03/2010 | Manual de diplomacia prática, 6: prioridades
* 25/02/2010 | Manual de diplomacia prática, 5: interesse nacional
* 18/02/2010 | Fórum Social Mundial 2010, uma década de embromação
* 11/02/2010 | Manual de diplomacia prática 4: caráter inovador
* 04/02/2010 | Manual de diplomacia prática 3: avaliação dos meios
* 28/01/2010 | Manual de diplomacia prática, 2: interação com a economia
* 21/01/2010 | Manual de diplomacia prática, 1: clareza de intenções
* 17/12/2009 | Todas as leis da estupidez humana, suite et fin...
* 10/12/2009 | As Leis Fundamentais da Estupidez Humana
* 19/11/2009 | A nova Alemanha
* 12/11/2009 | O que poderia ter ocorrido com Berlim e com a Alemanha, e que não ocorreu?
* 05/11/2009 | Berlim de volta ao centro da história contemporânea
* 29/10/2009 | Muro de Berlim, vinte anos depois
* 22/10/2009 | A liberdade de destruir a liberdade: um aviso preventivo vindo do passado
* 08/10/2009 | Declaração de Princípios
* 24/09/2009 | A crise econômica internacional e seu impacto no Brasil
* 03/09/2009 | Milton Friedman conversa com Roberto Campos no limbo econômico
* 27/08/2009 | O problema da universidade no Brasil
* 20/08/2009 | Carta aberta a Raul Castro sobre Cuba e o socialismo
* 13/08/2009 | Frases de um perfeito idiota latino-americano (dos grandes)
* 06/08/2009 | Os dez mandamentos da política - em certos governos
* 30/07/2009 | Crônica de um desastre anunciado: o socialismo do século 21 na Venezuela
* 23/07/2009 | A cooperação euro-brasileira no âmbito internacional
* 16/07/2009 | Sobre políticas de governo e políticas de Estado
* 09/07/2009 | Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência: mais do mesmo?
* 02/07/2009 | O Brasil amarrado por sua própria vontade
* 25/06/2009 | Diplomacia brasileira: consensos e dissensos
* 18/06/2009 | Sobre a morte do G8 e a ascensão dos Brics:
* 04/06/2009 | Falácias acadêmicas: os mitos da utopia marxista
* 28/05/2009 | O anão e o dragão
* 21/05/2009 | Onde foram parar os manifestos econômicos de oposição?
* 14/05/2009 | O mito do marco teórico
* 07/05/2009 | Economia política do intelectual
* 30/04/2009 | O mito da Revolução Cubana
* 23/04/2009 | A questão racial com os EUA
* 16/04/2009 | Sobre o complô dos ricos contra os pobres
* 09/04/2009 | Minha astrologia econômica para 2009
* 02/04/2009 | Sobre a intolerância
* 26/03/2009 | Fim do consenso na diplomacia?
* 19/03/2009 | Acredito...
* 12/03/2009 | Fórum Surreal Mundial
* 05/03/2009 | Uma questão de estilo
* 26/02/2009 | Uma quarta guerra mundial?
* 12/02/2009 | Sobre o caráter dos homens
* 05/02/2009 | Um gigante do brasilianismo acadêmico
* 29/01/2009 | Por que sou e não sou diplomata ?
* 22/01/2009 | A caminho de Ítaca
* 25/12/2008 | Idéias para um congresso diferente
* 18/12/2008 | O que Portugal nos legou?
* 11/12/2008 | A crise de governança no Brasil
* 04/12/2008 | Reconstruindo o paradigma tocquevilleano
* 27/11/2008 | Fazendo justiça com as próprias mãos
* 20/11/2008 | Economistas voláteis e juízes malucos
* 13/11/2008 | Desde aquele 11 de setembro
* 06/11/2008 | A indiscutível leveza do neoliberalismo no Brasil
* 30/10/2008 | Dez coisas que eu faria se tivesse poder
* 23/10/2008 | Camaradas, agora é oficial: acabou o socialismo
* 16/10/2008 | Existe diferença entre esquerda e direita?
* 09/10/2008 | O mito do Consenso de Washington
* 25/09/2008 | A OTAN e o fim da Guerra Fria
* 18/09/2008 | Marquissistas à beira de um ataque de nervos
* 11/09/2008 | Fidel Castro: a História não o absolverá
* 04/09/2008 | Falácias acadêmicas: o mito do neoliberalismo
* 28/08/2008 | Miséria da academia: uma crítica à academia da miséria
* 21/08/2008 | Pequeno manual prático da decadência
* 14/08/2008 | O Brasil amarrado por sua própria vontade
* 07/08/2008 | O afundamento da educação no Brasil
* 24/07/2008 | Petismo universitário
* 17/07/2008 | Está aumentando o número de idiotas no mundo?
* 10/07/2008 | O fetiche do Capital
* 03/07/2008 | Para libertar a nação dos bárbaros
* 26/06/2008 | As roupas novas do império

Os artigos dos colunistas da Revista DOM TOTAL são de natureza jornalística, escritos por autores especialmente convidados, nas áreas de Direito, Economia, Sociologia, Política e Teologia.

A periodicidade é semanal, conforme a agenda de cada autor, comunicada neste site.

Os autores assumem inteira responsabilidade sobre o conteúdo dos mesmos e sua opinião não necessariamente representa a linha editorial da Revista DOM TOTAL.

A reprodução de seus textos depende de autorização expressa de seus autores.

1759) Latin American writers: quietly, and gradually, disappearing...

Latin American literature
Writing after the “boom”

Saying farewell to Latin America's literary giants
The Economist, Feb 8th 2010

ONE by one the writers who made up the Latin American literary “boom” of the 1960s and 1970s are passing into history. The latest to die, on January 31st, at the age of 75 and after a long battle with cancer, was Tomás Eloy Martínez, an Argentine best-known for his exploration of the dark heart of Peronism, his country’s hegemonic political movement, in novels such as “Santa Evita”. Last year it was the turn of Mario Benedetti, an Uruguayan poet.

Gabriel García Marquéz (aged 82), the most popular of them all, has written nothing of substance for at least 15 years apart from a nostalgic (and self-indulgent) memoir of his own childhood published in 2003. Having survived his own battle with cancer, he was spotted in his customary haunts in the Colombian city of Cartagena during the Hay Festival in the last week of January. (The British literary jamboree has established a highly successful offshoot in Cartagena, a Spanish colonial jewel by the Caribbean). The other surviving giants of the “boom”, Mexico’s Carlos Fuentes and Peru’s Mario Vargas Llosa, remain far more productive. Mr Fuentes (aged 81) continues to turn out a novel almost every year and is still a compelling conversationalist.

Mr Vargas Llosa (73) is producing some of the finest writing of a long, varied and fecund career. Along with Britain’s Ian McEwan, Mr Vargas Llosa was the star of the show at the Hay Festival. During a packed event in Cartagena’s glorious belle epoque theatre, he revealed that is making the final corrections to a novel about Roger Casement, the Anglo-Irish diplomat and early human-rights campaigner executed by the British as an alleged traitor during the first world war. He said the novel would probably be called “El Sueño del Celta” (“The Dream of the Celt”).

Many of the writers of the “boom” were associated with “magical realism”, a style which exaggerated the colourful absurdity of Latin American life and politics. Their themes were often the struggle against dictatorship and for national identity. In Cartagena Mr Vargas Llosa celebrated the diversity of the new generation of Latin American writers. He is surely right to see this as a sign of social progress, of the deepening democracy and relative prosperity that many countries in the region now enjoy.

1758) Sermoes do Padre Antonio Vieira na Brasiliana Digital

SERMÕES DO PADRE ANTÔNIO VIEIRA
Luís Filipe Silvério Lima *
Brasiliana Digital

Os Sermoens são a obra pela qual o jesuíta Antônio Vieira (1608-1697) ficou conhecido, sendo depois considerado por suas prédicas impressas o “Imperador da língua portuguesa”, na expressão recorrentemente lembrada de Fernando Pessoa.

Em vida, os Sermoens circularam impressos simultaneamente tanto como sinal de sua autoridade e fama de pregador quanto veículo de afirmação dessa autoridade – sua e, por decorrência, da ordem jesuítica. Teriam sido impressos, segundo consta em cartas, contra sua própria vontade, a pedido de seus superiores de ordem, para servir como modelo de pregação. Preferiria ficar trabalhando nos seus tratados proféticos, nos quais propunha um Quinto Império do mundo, tratados e projeto que chamava de seus “altos palácios” diante das “pequenas choupanas” dos sermões.

Não obstante, como ele indica no prefácio do primeiro tomo, também começou a organizá-los para combater os volumes não autorizados que foram editados em castelhano, impressos já na década de 1660 e que circularam não só na península Ibérica e na Europa, mas eram a versão lida em muitos lugares das Américas. Sinal do prestígio do pregador e da sua importância como modelo de sermonista, estas edições foram feitas à sua revelia, sem sua autorização, por meio de cópias falhas ou mesmo de textos “alheios”, inventados, alguns completamente diferentes do que havia proferido. Por isso, a importância de ordenar, rever e preparar para edição os seus sermões, segundo os seus critérios. Publicar sua versão escrita dos sermões era, assim, uma marca da sua autoridade como exemplo de pregador e, ao mesmo tempo, um sinal da defesa da sua autoria sobre aqueles textos.

Os Sermoens começaram a sair em 1679, quando ainda estava em Lisboa, e o último volume organizado por ele que veio a lume foi estampado um ano após sua morte em Salvador, na Bahia. Obra do final da vida, iniciada aos 71 anos, os 12 volumes organizavam, em alguns casos, atualizavam uma vida de pregador que se iniciara antes mesmo da sua ordenação em 1636, no colégio dos jesuítas na capital do Estado do Brasil. Dos 12 tomos, dois reúnem prédicas dedicadas a Ns. Sra. do Rosário, entre os quais estão os famosos sermões aos homens pretos, e um é dedicado a S. Fco. Xavier. Afora a organização por homenagem a figuras santas desses três volumes, como ele próprio afirma, os outros nove não parecem seguir nenhuma ordenação, talvez obedecendo ao ritmo de preparação e término dos originais do próprio autor. Além desses, compõem a coleção um volume de sermões de ação de Graças, impresso em 1692 – e entendido por Vieira como livro separado e diverso dos Sermoens, mas contabilizado entre os volumes dos Sermoens no séc. XVIII –, e quatro volumes organizados postumamente, entre 1710 e 1748, contendo sermões, cartas, poemas e discursos vários, sendo depois, dois deles, adicionados à conta de 15 volumes de Sermoens. Ao total, são mais de 200 sermões que cobrem as décadas de 1630 a 1690, proferidos em Salvador, Lisboa, São Luís, Cabo Verde, Roma, entre outros lugares.

Os sermões que temos impressos são a versão escrita de prédicas faladas ao longo da vida do jesuíta, dividida entre Brasil, Portugal, Maranhão e Roma. Por assim dizer, são a voz que se tornou letra impressa, ou para usar uma figura do próprio Vieira, são cadáveres, pois lhes falta a alma, a voz, que lhes dá vida. Se a imagem é talvez demasiado forte para nós, ela nos serve de alerta para entender que entramos num dos pontos altos da produção oratória do séc. XVII, na qual as relações entre impressão, publicização, oralidade, escrita funcionavam por regras diversas das nossas.

O sermão no séc. XVII, e talvez em grande parte do período moderno, era um dos principais meios de comunicação, circulação de informações e de doutrinamento das populações cristãs na Europa e no Novo Mundo. A vida das sociedades do período passava pela palavra anunciada, seja no sermão de grandes homens, como Vieira, Bossuet ou Donne, seja no sermão de rua, pregado por pastores puritanos ou frades mendicantes – ou mesmo fiéis que se arvoraram na figura de homens santos. Vieira ganhou notoriedade e autoridade nos púlpitos o que lhe permitiu circular desde o a sede do governador-geral do Brasil até as cortes européias, tendo recebido convite para se tornar confessor e pregador da rainha Cristina da Suécia, exilada, após abraçar o catolicismo, na Sé romana.

Os sermões que temos aqui digitalizados tratavam, como meios de doutrinação e de reflexão sobre o mundo, dos assuntos os mais diversos que estivessem em pauta no momento e que parecessem ao pároco importantes para ordenar seu rebanho. Lidavam desde os excessos dos senhores para com seus escravos no Nordeste do Brasil, até o nascimento de um príncipe como sinal da graça divina e do início de um novo Império universal; do demônio mudo que reside no espelho até a omissão que gera a perda das Conquistas. Como discurso pensado pela ocasião e para uma audiência específica, os sermões supunham figuras, exemplos e mensagens adequadas ora ao rei e sua corte portuguesa, ora a africanos escravizados nas Américas, ora a príncipes e cardeais romanos. Os 15 volumes de Sermoens, mais os das Vozes, permitem assim supor diferentes situações, momentos, auditórios, problemas enfrentados e combatidos por Vieira na sua trajetória de mais de seis décadas de vida religiosa e política, bem como imaginar as variadas audiências que o ouviram e, quem sabe, adivinhar como estas receberam os sermões, por vezes duramente críticos. Servem assim de repertório riquíssimo para desenhar quadros sobre as sociedades européias e americanas nas quais o jesuíta esteve ao longo do século XVII. Ao mesmo tempo, como palavra impressa que traduz uma voz perdida nos púlpitos, fazem-nos perguntar o que Vieira terá atualizado dos seus sermões ao prepará-los para impressão, 20, 30 às vezes 40 anos depois de pregados. Como também, em sua versão impressa, levam a questões de como terão sido lidos ao sairem publicados para uma outra platéia, que não (ou)vira Vieira no púlpito e então o leria. Agora, uma nova camada de leituras e leitores é somada com a disponibilização integral, pela primeira vez, dos Sermoens de Vieira digitalizados e on-line.

* Luís Filipe Silvério Lima é professor de História Moderna da Universidade Federal de São Paulo

Padre Antonio Vieira na Brasiliana Digital:
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Primeira Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Segunda Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Terceira Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Quarta Parte)
* Maria Rosa Mystica ... (Primeira Parte)
* Maria Rosa Mystica ... (Segunda Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Quinta Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Sexta Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira (Sétima Parte)
* Xavier dormindo, e Xavier accordado ...
* Sermoens do P. Antonio Vieira ... (Undecima Parte)
* Sermoens do P. Antonio Vieira ... (Duodecima Parte)
* Palavra de Deos empenhada, e desempenhada ...
* Sermoens e Varios Discursos do P. Antonio Vieira ...
* Vozes Saudosas, da eloquencia, do espirito, do zelo e eminente sabedoria do Padre Antonio Vieira da Companhia de Jesus, ...
* Sermões varios e Tratados, Ainda não impressos do Grande Padre Antonio Vieyra da Companhia de Jesus ...
* Voz sagrada, politica, rhetorica, e metrica ou Supplemento às Vozes Saudosas Da eloquencia, do espirito, do zelo, a eminente sabedoria do padre Antonio Vieira Da Companhia de Jesus...

Sugestões de leitura:
* AZEVEDO, J.L. História de Antônio Vieira. São Paulo: Alameda, 2008.
* BESSELAAR, J.V.D. António Vieira: o homem, a obra, as ideias. Lisboa: ICALP, 1981 (Colecção Biblioteca Breve - Volume 58) Disponível on-line em: http://cvc.instituto-camoes.pt/component/docman/doc_download/31-antonio-vieira-o-homem-a-obra-as-ideias-.html
* COHEN, T. The fire of tongues. Stanford, EUA: Stanford University Press, 1998.
* MENDES, M.V. A oratória barroca de Vieira. 2ª ed., Lisboa: Caminho, 2003.
* PÉCORA, A.B. Teatro do sacramento. 2ª ed., São Paulo/Campinas: Edusp/Ed. Unicamp, 2008.
* Revista Semear. Revista da Cátedra Padre António Vieira de Estudos Portugueses, n. 2, 1998. Disponível on-line em: http://www.letras.puc-rio.br/Catedra/Revista/semiar_2.html

1757) Brasiliana de Jose Mindlin na internet


José Mindlin exibe em sua casa, em 2006, copia de Grande Sertão: Veredas

Mindlin reuniu ao longo de 80 anos uma biblioteca, chamada Biblioteca Brasiliana, que é considerada a mais importante coleção do gênero no Brasil formada por um particular. Ele e sua esposa doaram o acervo no ano passado à Universidade de São Paulo (USP). Parte dos livros e documentos reunidos já pode ser consultada na Internet:

http://www.brasiliana.usp.br/

Saiba mais sobre a Brasiliana Digital

1756) Gilberto Freyre: minibiografia


Biografia
Gilberto Freyre

Opinião e Notícia, 30/11/2007

O sociólogo Gilberto de Mello Freyre nasceu em 15 de março de 1900 em Recife.

Filho de uma família de senhores de engenho, era escendente de índios, espanhóis, portugueses e holandeses. Seu pai foi Alfredo Freyre, juiz e catedrático da Faculdade de Direito do Recife.

Ele teve o seu primeiro contato com a literatura através do romace As Viagens de Gulliver, mas apresentou séria dificuladades para aprender a ler e a escrever e só conseguiu se destacar no início da vida, através dos seus desenhos.

Por volta de 1909, ele teve as primeiras impressões do interior rural, quando passou uma temporada no Engenho São Severino do Ramo, propriedade de alguns parentes. Essa experiência seria revelada mais tarde na obra Pessoas, Coisas & Animais.

Freyre estudou na Universidade de Columbia no início dos anos 20, nos Estados Unidos, onde teve contato com o intelectual Franz Boas, uma grande referência para o sociólogo. Em 1933, seu livro mais importante foi publicado: Casa-Grande & Senzala. A obra foi consequência de longos estudos, em que o autor foi buscar também na África e em Portugal as raízes para a concepção do homem brasileiro.

Deputado Federal constituinte pela UDN (União Democrática Nacional) em 1946, sua carreira política foi marcada pela luta contra o racismo, sendo inclusive preso por ter denunciado nazistas e racistas no Brasil. Junto com o seu pai, tentou reagir à prisão e foi solto, um dia depois, por interferência do general Góes Monteiro.

Em 1950, tornou-se diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais do Recife, defendendo uma política educacional atenta à diversidade do Brasil. No ano seguinte, a convite do governo português visitou Cabo Verde, Guiné, Goa, Moçambique, Angola e S. Tomé. Foi durante essas visitas que ele desenvolveu e utilizou pela primeira vez o conceito de tropicalismo e luso-tropicalismo, divulgado em 1959 no livro New World in the Tropics.

Gilberto Freyre morreu na sua cidade natal, Recife, em 18 de Julho de 1987.

Monteiro Lobato descreveu a importância de Gilberto Freyre da seguinte maneira:

O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram.”

sábado, 6 de março de 2010

1755) O marxismo, como o passaro dodo: extinto porque nao sabia voar...


Bem, a comparação pode ser miserável, mas como o dodo, o marxismo ainda desfruta de muita consideração. Como esse pássaro que não sabia voar, viveu meio desajeitado, a caminho de sua própria extinção.

Meu mais recente trabalho publicado:

2117. A resistível decadência do marxismo teórico e do socialismo prático: um balanço objetivo e algumas considerações subjetivas
Brasília, 21 fevereiro 2010, 9 p. Considerações sobre os marxistas e socialistas que sobrevivem nas academias.
Espaço Acadêmico (ano 9, n. 106, março 2010; ISSN: 1519-6186). Relação de Publicados n. 954.

1754) Apostando na impunidade...

Se ouso fazer uma previsão, talvez cínica, mas me permito fazê-la assim mesmo, seria esta: aposto que nenhum desses sujeitinhos envolvidos na falcatrua, vai para a cadeia, any time soon...
Estarei errado? Duvido...

Justiça
Exclusivo: revelado o esquema petista na Bancoop

Veja, 6 de março de 2010

Depois de quase três anos de investigação, o Ministério Público de São Paulo finalmente conseguiu pôr as mãos na caixa-preta que promete desvendar um dos mais espantosos esquemas de desvio de dinheiro perpetrados pelo núcleo duro do Partido dos Trabalhadores: o esquema Bancoop. Desde 2005, a sigla para Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo virou um pesadelo para milhares de associados. Criada com a promessa de entregar imóveis 40% mais baratos que os de mercado, ela deixou, no lugar dos apartamentos, um rastro de escombros. Pelo menos 400 famílias movem processos contra a cooperativa, alegando que, mesmo tendo quitado o valor integral dos imóveis, não só deixaram de recebê-los como passaram a ver as prestações se multiplicar a ponto de levá-las à ruína. Agora, começa-se a entender por quê.

Na semana passada, chegaram às mãos do promotor José Carlos Blat mais de 8.000 páginas de registros de transações bancárias realizadas pela Bancoop entre 2001 e 2008. O que elas revelam é que, nas mãos de dirigentes petistas, a cooperativa se transformou num manancial de dinheiro destinado a encher os bolsos de seus diretores e a abastecer campanhas eleitorais do partido. "A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002." Na sexta-feira, o promotor pediu à Justiça o bloqueio das contas da Bancoop e a quebra de sigilo bancário daquele que ele considera ser o principal responsável pelo esquema de desvio de dinheiro da cooperativa, seu ex-diretor financeiro e ex-presidente João Vaccari Neto. Vaccari acaba de ser nomeado o novo tesoureiro do PT e, como tal, deve cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência.

Um dos dados mais estarrecedores que emergem dos extratos bancários analisados pelo MP é o milionário volume de saques em dinheiro feitos por meio de cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco: 31 milhões de reais só na pequena amostragem analisada. O uso de cheques como esses é uma estratégia comum nos casos em que não se quer revelar o destino do dinheiro. Até agora, o MP conseguiu esquadrinhar um terço das ordens de pagamento do lote de trinta volumes recebidos. Metade desses documentos obedecia ao padrão destinado a permitir saques anônimos. Já outros cheques encontrados, totalizando 10 milhões de reais e compreendidos no período de 2003 a 2005, tiveram destino bem explícito: o bolso de quatro dirigentes da cooperativa, o ex-presidente Luiz Eduardo Malheiro e os ex-diretores Alessandro Robson Bernardino, Marcelo Rinaldo e Tomas Edson Botelho Fraga – os três primeiros mortos em um acidente de carro em 2004 em Petrolina (PE).

Eles eram donos da Germany Empreiteira, cujo único cliente conhecido era a própria Bancoop. Segundo o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, que foi responsável por todas as construções da cooperativa, as notas emitidas pela Germany para a Bancoop eram superfaturadas em 20%. A favor da empreiteira, no entanto, pode-se dizer que ela ao menos existia de fato. De acordo com a mesma testemunha, não era o caso da empresa de "consultoria contábil" Mizu, por exemplo, pertencente aos mesmos dirigentes da Bancoop e em cuja contabilidade o MP encontrou, até o momento, seis saídas de dinheiro referentes ao ano de 2002 com a rubrica "doação PT", no valor total de 43 200 reais. Até setembro do ano passado, a lei não autorizava cooperativas a fazer doações eleitorais. Os depoimentos colhidos pelo MP indicam que o esquema de desvio de dinheiro da Bancoop obedeceu a uma trajetória que já se tornou um clássico petista. Começou para abastecer campanhas eleitorais do partido e acabou servindo para atender a interesses particulares de petistas.

'Cozinha' - Outro frequente agraciado com cheques da Bancoop tornou-se nacionalmente conhecido na esteira de um dos últimos escândalos que envolveram o partido. Freud "Aloprado" Godoy – ex-segurança das campanhas do presidente Lula, homem "da cozinha" do PT e um dos pivôs do caso da compra do falso dossiê contra tucanos na campanha de 2006 – recebeu, por meio da empresa que dirigia até o ano passado, onze cheques totalizando 1,5 milhão de reais, datados entre 2005 e 2006. Nesse período, a Caso Sistemas de Segurança, nome da sua empresa, funcionava no número 89 da Rua Alberto Frediani, em Santana do Parnaíba, segundo registro da Junta Comercial. Vizinhos dizem que, além da placa com o nome da firma, nada indicava que houvesse qualquer atividade por lá. O único funcionário visível da Caso era um rapaz que vinha semanalmente recolher as correspondências num carro popular azul. Hoje, a Caso se transferiu para uma casa no município de Santo André, na região do ABC.

Depoimentos colhidos pelo MP ao longo dos últimos dois anos já atestavam que o dinheiro da Bancoop havia servido para abastecer a campanha petista de 2002 que levou Lula à Presidência da República. VEJA ouviu uma das testemunhas, Andy Roberto, que trabalhou como segurança da Bancoop e de Luiz Malheiro entre 2001 e 2005. Em depoimento ao MP, Roberto afirmou que Malheiro, o ex-presidente morto da Bancoop, entregava envelopes de dinheiro diretamente a Vaccari, então presidente do Sindicato dos Bancários e indicado como o responsável pelo recolhimento da caixinha de campanha de Lula. Em entrevista a VEJA, Roberto não repetiu a afirmação categoricamente, mas disse estar convicto de que isso ocorria e relatou como, mesmo depois da eleição de Lula, entre 2003 e 2004, quantias semanais de dinheiro continuaram saindo de uma agência Bradesco do Viaduto do Chá, centro de São Paulo, supostamente para o Sindicato dos Bancários, então presidido por Vaccari. "A gente ia no banco e buscava pacotes, duas pessoas escoltando uma terceira." Os pacotes, afirmou, eram entregues à secretária de Luiz Malheiro, que os entregava ao chefe. "Quando essas operações aconteciam, com certeza, em algum horário daquele dia, o Malheiro ia até o Sindicato dos Bancários. Ou, então, se encontrava com o Vaccari em algum lugar."

Leia a reportagem completa na edição de VEJA desta semana (disponível apenas para assinantes).

Leia no blog do Reinaldo Azevedo:
"A cada enxadada, uma minhoca". Quando se lança a ferramenta em solo petista, então, basta que se tire um pouquinho de terra, e o que se vê é aquela celebração de anelídeos se retorcendo. Acostumados aos subterrâneos, reagem à luz. O Brasil assiste atônito, mas também satisfeito, ao descalabro instalado no Distrito Federal. Atônito com a canalhice. E satisfeito em ver José Roberto Arruda na cadeia. Mas há uma coisa que, até agora, está no grupo das coisas jamais vistas — como enterro de anão e cabeça de bacalhau: petista na cadeia! A sensação, não muito distante da realidade, é a de que membros do partido têm especial licença para a falcatrua. E olhem que nem é preciso falar do mensalão do PT.

1753) Le Mensuel, o resumo mensal do Le Monde

Bem, agora já sei o que vou buscar nas bancas da próxima vez que passar por Paris, mesmo no aeroporto:

LE MENSUEL

O que o Monde publicou de melhor
Por Leneide Duarte-Plon, de Paris
Observatório da Imprensa, 2/3/2010

Após seis meses de estudos e testes, o jornal Le Monde lançou em fevereiro um novo produto, como diriam os especialistas de marketing. Nós, os antigos jornalistas, diremos que ele lançou uma revista mensal, destinada a ocupar um lugar privilegiado na paisagem midiática francesa. Otto Lara Rezende falava do choque que teve quando ouviu pela primeira vez falar do jornal como "produto". Era na década de 1970.

Uma das diversas publicidades de página inteira anunciando a nova revista mensal, chamada simplesmente Le Mensuel, apresentava um pequeno pote de cosmético com o nome "La crème du Monde". A revista é exatamente isso: o que o jornal publicou de melhor no mês anterior, la crème de la crème.

"Muitas pessoas se interessam pelo conteúdo do Monde e pela expertise dos nossos jornalistas, mas não têm tempo ou possibilidade de comprá-lo todos os dias. Propomos agora essa seleção mensal de nossos melhores artigos. Além do mais, é um belo objeto, parece um livro, com belas fotos, uma nova forma de leitura diferente do cotidiano, da internet ou de um semanário. Nunca se deve parar de inventar e inovar", ressalta a nova diretora de redação do Le Monde, Sylvie Kauffmann.

As palavras e as fotos

As cartas de leitores, comentadas pela mediadora do jornal Véronique Maurus, mostram que o mesário veio ocupar um espaço que existia para ele. O formato pequeno (23,5cm x 18,5cm) foi muito elogiado, a beleza, mas, principalmente, a proposta: as melhores reportagens, os melhores perfis e os melhores artigos do mês anterior, embrulhados para presente, isto é, ilustrados com muitas fotos coloridas e em preto e branco. Très chic, mas sobretudo très intelligent esse Mensuel.

"Um pequeno formato para uma grande ambição" foi como o diretor do Monde, Eric Fottorino, apresentou a revista que vai ser útil em especial ao público que não compra o jornal todos os dias, seja por que motivo for, e com 5,90 euros (cerca de 16 reais) vai ter 120 páginas para se informar sobre o que se passou na França e no mundo, com análises pertinentes e o famoso conteúdo do "diário de referência". Os incondicionais do jornal poderão fazer uma coleção fácil de guardar.

Le Mensuel oferece todas as qualidades do diário. "Ele é a quintessência do trabalho de uma redação de 300 jornalistas com seus correspondentes nos quatro cantos do mundo: Nova York, Washington, Moscou, Pequim, Xangai, Johanesburgo, Rio de Janeiro etc. Ele é um sinal dirigido a todos os que amam a escolha das palavras e o peso das fotos", escreveu Fottorino no editorial do número 1.

Sensação de alívio

A informação do Mensuel é veiculada por um texto reconhecidamente de qualidade, mas o leitor ganha ainda como adicional uma ampla informação visual que o jornal não pode dar por problema de espaço: a fotografia tem um lugar privilegiado, pois a revista optou por valorizar a imagem fotográfica em quantidade e qualidade. Quanto aos textos selecionados, eles são publicados na íntegra com a data em que saíram no jornal.

"Queremos oferecer um objeto atraente, mais fácil de colecionar e menos intimidante para os jovens leitores. Dessa forma, damos uma segunda vida aos artigos oferecendo um condensado do mês, como um digest", explicou o responsável editorial da revista, Jérôme Gautheret.

Le Mensuel foi saudado por um dos inúmeros leitores que escreveram ao jornal como uma excelente idéia para quem perde o cotidiano por motivo de viagem. Pude experimentar a mesma sensação de alívio. Os inveterados leitores, como eu, que lamentam perder a leitura do jornal quando estão no estrangeiro – falo da versão em papel, um vício da nossa geração – terão o consolo de saber que em Paris Le Mensuel nos aguarda nas bancas com la crème du Monde.

1752) Balanco economico da era Lula: preparando os materiais

Para fazer o que diz o título deste post, vou precisar retomar alguns trabalhos meus, de poucos anos atrás, e também considerar o balanço que os próprios promotores do "modelo Lula" de crescimento e desenvolvimento expuseram em seus trabalhos, com destaque para este economista do governo, abaixo citado.

Paulo Roberto de Almeida:
1) 719. “Uma verdade inconveniente (será que o Brasil consegue crescer 5% ao ano?)”
Via Política (Porto Alegre, 12 nov. 2006). Versão completa. Relação de Trabalhos n. 1684.

2) 786. “Duro de crescer: obstáculos políticos ao crescimento econômico do Brasil”
Revista de Gestão Pública-DF (Brasilia: Escola de Governo do GDF; vol. I, nr. 1, jul.-dez. 2007, p. 29-36). Republicado em Espaço Acadêmico (ano 7, nr. 76, setembro 2007).
Revisto e adaptado, em três partes, para o boletim Via Política (1a. parte, 9.09.2007; 2a. parte: 16.09.2007; 3a. parte: 23.09.2007). Relação de Trabalhos n. 1794.

Ver este artigo para um sumário das políticas do governo, com consulta necessária aos originais:

331) Debate economico: a rationale do PT esclarecida
Não tanto do PT, quanto de alguns expoentes do governo Lula, como o Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
Abaixo uma exposição sintética de suas teses principais.
PRA

A superação de dogmas
Claudia Safatle
Valor Econômico, 5.03.2010

(...)
A proposta neoliberal de novos ajustes recessivos acabou fortalecendo a visão desenvolvimentista sobre a política econômica ao fim de 2005, conta Nelson Barbosa, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, no livro Brasil entre o Passado e o Futuro. Barbosa escreveu, com José Antônio Pereira de Souza, economista do BNDES hoje na Fazenda, o texto A Inflexão do Governo Lula: Política Econômica, Crescimento e Distribuição de Renda, publicado no livro organizado pelo PT para a convenção que consagrou Dilma candidata à Presidência da República.
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ex-funcionário do Banco Central, Barbosa trabalhou com Guido Mantega no BNDES. Mudou-se para Brasília quando Mantega foi designado para substituir Palocci e é, hoje, o mais influente economista não ortodoxo do governo. Participou intensamente da campanha pela reeleição de Lula, ganhou a confiança de Dilma e a simpatia do presidente.

O texto de 42 páginas é uma descrição do legado de Lula até agora, colocada em uma perspectiva teórica, de escolhas que foram feitas ainda que sem formulação sistemática. Até porque os desenvolvimentistas presentes no governo não dispunham de caráter teórico e ideológico coeso como os neoliberais, explica. Esse trabalho se complementa, porém, com outro documento: Uma Nova Política Macroeconômica e Uma Nova Política Social, resultado de seminário realizado na Fundação Perseu Abramo.
(...)
Os dois textos citados foram escritos no fim de 2009. O livro traz, ainda, uma entrevista com a candidata à Presidência da República pelo PT e artigos de expoentes do PT, como Marco Aurélio Garcia, Emir Sader e Márcio Pochman, entre outros. Um elemento comum a todos é a necessária recomposição do Estado.
(...)

À suivre, donc...

sexta-feira, 5 de março de 2010

1751) A suposta desindustrializacao brasileira

Não creio que seja o caso, mas os especialistas não se cansam de apontar para a commoditização das exportações brasileiras e as importações de bens manufaturados, insistindo, grande parte deles, no problema cambial.
Curioso que poucos falam que os empresários industriais brasileiros, como os de outros setores, são esmagados por uma carga brutal de impostos, o que torna seus produtos pouco competitivos lá fora e aqui dentro também.
Quando vão acordar para o óbvio?

Distorção na indústria do Brasil
Alberto Tamer*
O Estado de S. Paulo, 4.03.2010

Há algo estranho no comércio exterior brasileiro. Sabemos que estamos nos transformando cada vez mais em exportador de commodities - as exportações representam 36,4% da nossa balança -, mas não sabíamos ainda que a indústria está importando cada vez mais matérias-primas e bens duráveis. Isto é, estamos importando produtos de consumo que também produzimos no País.

Em outras palavras, lembra editorial no caderno de Economia do Estado de ontem, isso parece indicar que nossa indústria está se transformando cada vez numa atividade de montagem, importando mais bens e insumos para vender no País, sem chegar a ter uma produção competitiva nos bens de alta tecnologia.

Estamos em parte abastecendo o mercado interno não mais com produtos fabricados, mas montados com itens importados. Leia-se, produtos da China, entre outros.

Não é uma desindustrialização, como se poderia dizer, mas um empobrecimento relativo da indústria nacional. É o que revelam os números da balança comercial no primeiro bimestre do ano anunciados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e comércio exterior.

COMMODITIZAÇÃO
Há explicações para isso, mas não convincentes. Afirma-se que é um processo decorrente do excepcional aumento dos preços das commodities nos anos dourados da economia mundial que antecederam à crise. Houve um crescimento extraordinário nas exportações de produtos agrícolas e minerais, que desde então passaram a dominar a pauta do comércio exterior. As vendas industriais também cresceram, mas em ritmo bem menor. O setor de commodities era mais bem estruturado que o setor industrial.

Outro motivo: a crise atingiu mais duramente a demanda de produtos industriais do que o agrícolas.

São argumentos válidos, mas não explicam totalmente esse aumento das importações (vejam bem, importações e não exportações de bens industriais, neste momento em que a economia mundial começa a se recuperar).

CAMBIO, ETC.
Há ainda o argumento da desvalorização do dólar que favorece as importações, e até ajuda no controle da inflação. Mas esse é um fenômeno que afeta toda a pauta comercial, desde produtos como commodities a produtos industriais. Sei que é mais difícil exportar bens acabados, com alto valor agregado, que produtos primários, principalmente num mercado mundial ainda em recuperação. Isso, porém, não explica nem justifica o aumento das importações de bens intermediários do setor industrial.

No fundo, tudo indica estar havendo uma falta de política industrial integrada, difícil de se obter quando os ministérios não se entendem.

A manter esse clima, a tendência é de que não só a agricultura continuará superando a indústria na área do comércio exterior, como a própria indústria caminha para o que poderíamos chamar de terceirização. É um processo ainda incipiente, mas perigoso por ser indolor.

1 BILHÃO DE FAMINTOS
Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra, está lançando hoje, no Shopping Higienópolis, a partir das 19h30, o seu livro O Mundo não é Plano. A tragédia silenciosa de 1 bilhão da Famintos. Um livro-análise-reportagem bem documentado sobre o drama da fome no mundo. Destaque especial para suas viagens à África e à Itália, onde viu de perto o desespero dos imigrantes ilegais que tentam fugir da fome.

*Email: at@attglobal.net

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Corrigindo o que disse ao início. Sim, tem que preste atenção aos fatores reais de desindustrialização, como abaixo:

Reflexões sobre a desindustrialização
Editorial
O Estado de S. Paulo, Quinta-feira, 4 de março de 2010

Na entrevista concedida ao Estado, o ex-ministro colombiano Mauricio Cárdenas, da Brookings Institution, não hesitou em afirmar que o Brasil já se está desindustrializando e se commoditizando, enquanto países como Índia e China apresentam melhor equilíbrio entre a produção de manufaturados e de matérias-primas.

A opinião merece melhor exame, ainda que os industriais brasileiros reconheçam que é fundamentada. Para eles, três fatores levaram a essa situação: o excesso de carga tributária, a péssima infraestrutura do País e uma taxa cambial valorizada.

São fatores que realmente contribuem para inibir o desenvolvimento da indústria brasileira, embora pelo menos um seja irremediável. Mas existem outros freando o crescimento de nossa economia.

Sem dúvida, a carga tributária excessiva é um obstáculo a um maior crescimento. Caberia aos empresários comprovar que uma redução de impostos levaria a uma melhoria da situação. A desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros e produtos da linha branca permitiu o aumento das vendas domésticas de produtos com grande conteúdo de bens importados, porém não das exportações. Nem favoreceu uma melhoria da inovação desses bens.

Na realidade, falta à nossa indústria investimentos em pesquisa para oferecer inovações que reduzam o custo da produção e atraiam os consumidores estrangeiros, objetivos alcançáveis com melhoria da produtividade e do processo de produção, além dos gastos em pesquisa.

Não se pode negar que as empresas encontram, interna e externamente, sério obstáculo no custo do transporte terrestre e portuário. Mauricio Cárdenas reconhece essa dificuldade e sugere que o Brasil dê mais atenção aos mercados dos EUA e da Europa. Neste caso, caberia à iniciativa privada dar sua colaboração.

A valorização do real parece resultar da melhor situação do Brasil, e à indústria cabe conviver com ela, compensando-a com melhora da produtividade.

A comparação com a China e a Índia é oportuna: em 2009, pelas últimas previsões, o PIB brasileiro deve ficar em -0,8%, ante +7,8% na China e +5% na Índia. Os dados disponíveis do 1º trimestre de 2009 são de -14,8% na produção de manufaturados, ante +28,6% e +6,4%, respectivamente, nos dois outros países. E o conteúdo de manufaturados nas exportações, em 2008, foi, respectivamente, de 5,9%, 7,5% e 8,1%. São números que dão o que pensar.

1750) Obama Nuclear Policy

Obama's Nuclear Posture Review will set tone for U.S. weapons policy
By Mary Beth Sheridan and Walter Pincus
Washington Post Staff Writer
Friday, March 5, 2010; 1:30 PM

President Obama's top national security advisers within days will present him with an agonizing choice on how to guide U.S. nuclear weapons policy for the rest of his presidency.

Does he substantially advance his bold pledge to seek a world free of nuclear weapons by declaring that the "sole purpose" of the U.S. arsenal is to deter other nations from using them? Or does he embrace a more modest option, supported by some senior military officials, that deterrence is the "primary purpose"?

The difference may seem semantic, but such words, which will be contained in a document known as the Nuclear Posture Review, have deep meanings and could dramatically shift nuclear policy in the United States and around the world. The first option would scale back the arsenal's war-fighting role, potentially leading to a smaller U.S. stockpile and taking weapons off alert. The second option would be less of a change, holding out the nuclear threat but still permitting a reduction in weapons. The president was briefed on the document this week and requested additional intermediate options, officials say.

Senior administration officials have already indicated the review is likely to roll back some Bush policies, such as threatening the use of nuclear weapons to preempt or respond to chemical or biological attacks. The review will also point to new ways to cut the Pentagon's stockpile of roughly 5,000 active nuclear warheads, they say.

But, officials say, after lengthy debate, Obama's aides have rejected some of the boldest ideas on the table, such as forswearing the option to use nuclear arms first in a conflict, or dropping one leg of the "triad" of bombers, submarines and land-based missiles that carry the deadly weapons.

Obama's decision on the sensitive issue of U.S. "declaratory policy," U.S. officials and outside experts say, will help determine whether the document is regarded as a far-reaching shift from the Bush administration's version released in 2001. Lower-level officials trying to craft the language engaged in fierce discussions about how far and fast the administration could alter course without alarming allies.

The Nuclear Posture Review is done at the start of each administration, and influences budgets, treaties and weapons deployments and retirements for five to 10 years. Expectations for this one have been raised because of Obama's pledge last year to "put an end to Cold War thinking" and move toward global disarmament -- a vision that helped win him a Nobel Peace Prize.

The review, more than a month overdue, reflects the tension in seeking to advance the president's sweeping agenda without unnerving allies who depend on the U.S. nuclear "umbrella." The Pentagon is also wary of losing options in a world with emerging nuclear threats from North Korea and Iran, officials say.

Until recently, Obama generally has not intervened in the Pentagon-led process, which also involves officials from the State Department, the Energy Department and other agencies. That has raised concerns among arms-control advocates that the final product will be a cautious bureaucratic compromise.

"This NPR will be sort of the bell toll," said Stephen Young of the Union of Concerned Scientists. "It will signal the direction. Will the president try to push that agenda?"

U.S. diplomats hope the final document will establish the Obama administration's credibility before a nuclear security summit in April and a crucial meeting in May on the fraying global nuclear Non-Proliferation Treaty. That treaty is at the heart of Obama's strategy to combat the most urgent threat today: the spread of nuclear weapons to unstable states and to terrorists. The last such session in 2005 ended in failure, with many countries accusing the Bush administration of trying to scotch their nuclear programs while maintaining one of the world's most massive stockpiles.

"The United States can't go around and ask others to give up their nuclear weapons while we maintain a list of official purposes for our nuclear weapons" that necessitates a large arsenal, said Jan Lodal, a senior Defense Department official in the Clinton administration.

The review comes as the U.S. military's precision-guided, conventional weapons have gained such accuracy that they can handle many threats assigned to nuclear weapons in the past.

But U.S. allies are divided about Obama's vision. New governments in Germany and Japan have embraced it, but some nations are more skeptical. "A country like ours, with a very special experience with its own history, we are maybe more cautious than some other countries," said Petr Kolar, the Czech ambassador, referring to past Soviet domination.

Kolar said big policy changes -- like promising not to use nuclear weapons first in a crisis -- could embolden other nuclear-armed powers. "My personal perspective is . . . we shouldn't actually lose the instruments we so far have," he said. "What's the change that would be gained by that?"

Another European ambassador said the nuclear review broke ground in even contemplating such a pledge. But he said it was unlikely while NATO was engaged in a major study of its strategy, due out this fall.

Pentagon officials worry that allies like Japan or Turkey could decide to develop their own nuclear weapons if they believed U.S. protection wasn't assured. Skeptics -- both Democrats and Republicans -- also question whether pledges to limit the U.S. nuclear role would have the impact claimed by proponents , since foes probably wouldn't believe such assertions. "We're better off when we communicate that all options are on the table," said Thomas Mahnken, a senior Defense Department official in the Bush administration. "As a practical matter, they are."

More than two dozen Democrats, led by Sen. Dianne Feinstein (Calif.), chairwoman of the Intelligence Committee, have pressed Obama to adopt language saying the "sole" or "only" purpose of U.S. nuclear weapons is deterrence. It would not prevent the U.S. government from using a weapon first but would de-emphasize that option in planning.

The Bush administration's 2001 Nuclear Posture Review pledged to reduce the Cold War role of nuclear weapons. But it discussed planning to build new types of "bunker-buster" warheads. It also proposed developing the U.S. nuclear stockpile based not on potential enemies' actual threat but their future capability to carry out nuclear, chemical or biological attacks.

As part of his "declaratory policy," Obama will have to consider whether to break with the Bush and Clinton administrations' studied ambiguity about whether the United States would use nuclear weapons to respond to chemical or biological attacks planned by non-nuclear countries.

The president is expected to adopt that change, but with an important caveat, officials said. The new policy would drop that threat only for countries in compliance with the Non-Proliferation Treaty, and thus not working on their own bomb.

The immediate effect of such a policy would be limited, since the potential aggressors that most concern the United States are nuclear powers or accused treaty violators like Iran. But the move could encourage other countries to stick to the rules of that pact, officials said.

"It would be a significant pulling back of the reach of the nuclear sword," said Hans Kristensen of the Federation of American Scientists.

One senior official said the review will "point to dramatic reductions in the stockpile" in coming years.

In particular, the review will push for beefing up America's deteriorating weapons complex and nuclear labs so that the Pentagon can be more certain of its weapons' effectiveness, officials said. That shift will allow the Defense Department to get rid of some of the roughly 2,000 nuclear warheads it keeps as backups, in addition to its nearly 3,000 deployed weapons, officials said. There are also more than 4,000 older, inactive warheads in the queue for dismantlement.

It is not yet clear whether such reductions would be part of a formal treaty with Russia, one official said, speaking on the condition of anonymity.

1749) Brazil and Iran at the UNSC - Matias Spektor

How to Read Brazil's Stance on Iran
Matias Spektor, Visiting Fellow
First Take, Council of Foreign Relations, March 4, 2010

The obstacles to U.S. efforts to tighten UN sanctions against Iran were apparent in Secretary of State Hillary Clinton's March 3 meetings in Brasilia. President Luiz Inacio Lula da Silva said, "It is not prudent to push Iran against the wall," and Foreign Minister Celso Amorim called sanctions potentially "counterproductive."
While Brazil is not a permanent member of the UN Security Council and cannot veto resolutions, as a holder of a temporary seat, it can either facilitate or complicate consensus. Equally important, Brazil will play a role in ensuring that sanctions, if passed, get implemented successfully due to its activism inside the UN, the International Atomic Energy Agency (IAEA), and in various informal groups.
There are three major factors behind Brazil's posture on Iran today. First, in the eyes of Brazilians, sanctions may well be a prelude to intervention. Amorim in the past few days has warned that the last time the Security Council voted on the basis of inconclusive evidence, the world ended up with a major illegitimate intervention in Iraq that undermined the principle of collective security.
Second, Brazil believes sanctions will only toughen the Iranian stance. Pressure and isolation, the argument has it, will create a major incentive for Tehran to seek a deterrent. Brazil is well acquainted with the rationale: in the face of U.S. opposition to its own civilian nuclear program back in the 1970s, Brazil set up secret nuclear activities that eventually succeeded in developing indigenous enrichment capacity. It took Brazil over a decade after that to sign up to the Nulcear Nonproliferation Treaty. As a high-ranking official in Brasilia recently said, "When Brazil looks at Iran it doesn't only see Iran, it sees Brazil too."
Third, Brazil sees debates over Iran's nuclear program as an opportunity to make a broader argument about the nonproliferation regime. In Brazilian eyes, the regime has become a politically driven tool in the hands of the United States to selectively "lay down the law" on weaker states. Why, Brazil argues, the fuss over Iran when Israel remains in a state of nuclear denial? And why does a member of the NPT like Iran get punished for allegedly seeking civilian enrichment technology, when India, which has chosen to remain outside the regime and challenge it overtly, gets a big reward from Washington instead? Furthermore, why expect compliance with Western preferences in the NPT if the major nuclear powers have been unable to honor their part of the deal and move decisively toward disarmament?
But while Brazil may try to blunt the sharper edges of what its officials see as U.S. hegemony, it will not undercut broader U.S. nonproliferation interests. On the contrary, it may well help advance them in consequential ways, such as helping build support in the developing world for a more efficient and legitimate regime.
And Brazil's attitude shouldn't be seen as a bout of anti-Americanism either. As a major beneficiary of collective security as we know it since 1945, Brazil is not a challenger of the American worldview. But as an emerging country with a long history of frailty and dependence, it seeks protection and hedging against great-power use of international norms to impose their will on weaker nations.
What can we expect then? Brazil's attitude is to wait for hard proof of a weapons programs underway in Iran--from a Brazilian perspective, existing evidence is not sufficient. If such fears were to be confirmed, though, there is no doubt that Brazil would move fast to condemn Iran.
Also, and significantly, officials in Brasilia on March 3 signaled their voting behavior in the Security Council is far from preordained. The door is open to negotiation, and it would be a mistake for Washington to dismiss Brazil's support at this stage.

1748) Estatisticas da semana, apenas registrando...

...sem tirar conclusões:
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Diplomatizzando

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