O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Vitória de Trump é recado para todas as democracias do mundo - Jamil Chade (UOL)

Vitória de Trump é recado para todas as democracias do mundo

Jamil Chade

UOL, 6/11/2024

Ele mentiu, ofendeu, cometeu crimes e foi condenado. E, mesmo assim, foi eleito presidente da maior economia do mundo e uma potência nuclear. A vitória de Donald Trump nas eleições americanas deve ser ouvida, estudada e examinada por democracias de todo o mundo para entender como o sistema político que abandonou suas bases e uma parcela da população está sendo manipulado para permitir a chegada ao poder de movimentos com pouco compromisso com a democracia.

A ideia de que a derrota de Trump em 2020,e a de Jair Bolsonaro em 2022 tinham virado a página da história não é apenas míope como irresponsável.

Hoje, nos EUA, um país constata que sua democracia não conta com mecanismos para protegê-la. E chega ao poder, legitimado pelas urnas e pelo fracasso de outros governos em dar respostas à população, um movimento que não esconde seu viés autoritário.

Do centro do poder mundial, o recado é claro: a democracia está em crise, as instituições estão disfuncionais e a tecnologia hackeou a tomada de decisões.

Mas essa não é a única mensagem que sai da vitória de Trump. Com milhões de votos, seu movimento que abusou da xenofobia e do ódio mobilizou uma parcela significativa da população americana.

Ao longo dos últimos dois meses, percorri comícios e eventos organizados pela extrema direita apenas para constatar que aqueles que estavam ali tinham a impressão de que se sentiam ouvidos. Humilhados por um sistema econômico cruel, eleitores compraram uma mentira. Mas também sinalizaram que não suportam mais serem ignorados.

Enxergam em Trump o anti-herói que supostamente enfrentou as maiores injustiças do sistema e, ainda assim, resistiu. "Lute, lute, lute". Sua frase ao ser baleado ecoava pelos comícios, como um grito da alma de cada um dos relegados do capitalismo.

Percorri também os bairros mais pobres da bilionária cidade de Nova York apenas para constatar a dimensão da pobreza e o colapso da ideia do "sonho americano", uma espécie de mito fundador da atual sociedade nos EUA.

Ao vencer sua primeira eleição, Trump escolheu recuperar um termo da história política americana: "os homens e mulheres esquecidos". Não cumpriu. Mas os democratas, com Joe Biden, tampouco deram uma resposta. Humilhados e diante do fim do "sonho americano", os eleitores sentenciaram nas urnas sua indignação.

A referência aos "esquecidos" havia sido uma iniciativa de Franklin D. Roosevelt que, em 1932, alertou sobre essa camada da população "no fundo da pirâmide econômica". Suas palavras chocaram seu partido, já que reconheceria a existência de um conflito de classe nos EUA. Ele bancou a aposta e insistiu que seu partido deveria se adaptar para atender aos esquecidos. E venceu.

Trump, um bilionário que usou o sistema para dar vantagens à elite americana, recorre a essa população apenas como massa de manobra para chegar ao poder. Mas sinaliza às demais forças políticas americanas e ao mundo que a democracia não sobrevive à desigualdade e à mentira.

Recrutar para defender a democracia exige dar a milhões de pessoas o direito de ter direitos, e instituições capazes de impedir o sequestro do sistema.

Trump venceu. E o mundo que escute o que isso significa.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/11/06/vitoria-de-trump-e-recado-para-todas-as-democracias-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola 

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal - Convite à submissão de artigos

 Chamada Pública – Edital de publicação a Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal

(ISSN 2525-6653)

 

Período de submissão: os artigos devem ser enviados ao email ihgdfederal@gmail.com em fluxo contínuo

Sobre a Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal:

1) Linha Editorial

A Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal aceita para publicação artigos, ensaios, documentos, resenhas bibliográficas e biográficas, entrevistas e atualidades relacionados às áreas de ciências humanas, sociais aplicadas e linguística, letras e artes, resultantes de estudos teóricos, pesquisas, reflexões sobre práticas atualizadas na área. Os textos em português devem ser inéditos, de autores(as) brasileiros(as) ou estrangeiros(as), conforme padrão da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

2) Periodicidade: 

A Revista do IHGDF tem periodicidade semestral

 

3) Diretrizes para Autores

 

1. Os artigos, de preferência inéditos, terão extensão variável, de 15 a 25 páginas, com aproximadamente 36 a 60 mil caracteres.

2. Cada artigo, com título em ponto 14 e corpo do texto em ponto 12, deve vir acompanhado de resumo em português e abstract em inglês, de aproximadamente 80 palavras, bem como palavras-chave e key words. Ao final do artigo, o autor incluirá um breve currículo de até 10 linhas.

3. Na primeira página, abaixo do nome do autor, deve constar uma informação sintética sobre a formação e vinculação institucional do autor, de até duas linhas.

4. Notas de rodapé (ao pé da página) apenas quando indispensáveis; as referências bibliográficas e citações no corpo do texto devem seguir o modelo (Autor, ano: p.); bibliografia, distinguindo entre fontes e literatura secundária, deve vir em ordem alfabética ao final do artigo, observando as normas da ABNT (6023/2018).

5. Resenhas de livros terão de preferência entre 3 e 10 páginas, começando com a identificação precisa da obra, depois de eventual título fantasia.

6. Encaminhar as colaborações ao e-mail: ihgdfederal@gmail.com.

7. Os membros dos conselhos consultivo e editorial atuarão como pareceristas anônimos; pareceristas externos poderão atuar para temas especializados. 

 

 

4) Declaração de Direito Autoral

Ao submeter um artigo à REVISTA do IHGDF e tê-lo aprovado, os autores mantem os direitos de autoria e concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos autorais à REVISTA do IHGDF: os direitos de primeira publicação e permissão para que esta revista redistribua esse artigo e seus dados aos serviços de indexação e referências que seus editores julguem usados.

 

Ao submeter um artigo à REVISTA do IHGDF e tendo-o aprovado, os autores mantêm seus direitos autorais e concordam em ceder, sem pagamento, os seguintes direitos autorais à REVISTA do IHGDF: os direitos de primeira publicação e a permissão para esta revista redistribuir este artigo e seus dados aos serviços de indexação e referência que seus editores considerem apropriados.

 

Creative Commons Não Comercial 4.0 Internacional da REVISTA do IHGDF  está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

 

Coleção "furtadiana" doada por Paulo Roberto de Almeida à Biblioteca do Itamaraty

Coleção "furtadiana" doada por Paulo Roberto de Almeida à Biblioteca do Itamaraty

1)         Furtado, Celso. A Economia Brasileira (Contribuição à Análise de seu Desenvolvimento). Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1954. Dedicada a Raúl Prebisch. Introdução de Cleantho Leite.

2)         Furtado, Celso. A Economia Brasileira (Contribuição à Análise de seu Desenvolvimento). Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1954. Dedicada a Raúl Prebisch. Introdução de Cleantho Leite (exemplar adicional, não encadernado)

3)         Furtado, Celso. Perspectiva da Economia Brasileira. Rio de Janeiro: D.A.S.P., Ensaios de Administração, Serviço de Documentação, 1958.

4)         Furtado, Celso. Perspectiva da Economia Brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro: D.A.S.P., Ensaios de Administração, Serviço de Documentação, 1960.

5)         Furtado, Celso. Uma Economia Dependente. S.l.: Ministério da Educação e Cultura, Serviço de Documentação, coleção Os Cadernos de Cultura, s.d.

6)         Furtado, Celso. Desenvolvimento e Subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961.

7)         Furtado, Celso. A Pré-Revolução Brasileira. 2ª ed.; Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, coleção Perspectivas do Nosso Tempo, 1962.

8)         Furtado, Celso. Formação Econômica do Brasil. 5ª. ed.; Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1963.

9)         Furtado, Celso. Dialética do Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1964.

10)      Furtado, Celso. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Editora Nacional, coleção Biblioteca Universitária, série Ciências Sociais, 1967.

11)      Furtado, Celso. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Editora Nacional, 1967 (exemplar suplementar).

12)      Furtado, Celso. Formação Econômica do Brasil. 14ª. ed.; São Paulo: Editora Nacional, 1976.

13)      Furtado, Celso. Um projeto para o Brasil. 3ª ed.; Rio de Janeiro: Editora Saga, 1968.

14)      Furtado, Celso. Subdesenvolvimento e Estagnação na América Latina. aª ed.; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

15)      Furtado, Celso. Subdesenvolvimento e Estagnação na América Latina. 3ª ed.; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. (volume suplementar)

16)      Furtado, Celso. Les États-Unis et le Sous-Développement de l’Amérique Latine. Paris: Calmann-Lévy, Perspectives de l’Économique, 1970.

17)      Furtado, Celso. Formação Econômica da América Latina. 2ª ed.; Rio de Janeiro: Lia Editor, 1970.

18)      Furtado, Celso. Análise do ‘Modelo’Brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

19)      Furtado, Celso. O Mito do Desenvolvimento Econômico, 2ª ed.; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

20)      Furtado, Celso. Prefácio à Nova Economia Política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

21)      Furtado, Celso. Prefácio à Nova Economia Política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976. (edição encadernada)

22)      Furtado, Celso. Formação Econômica do Brasil. 15ª. ed.; São Paulo: Editora Nacional, 1977. 

23)      Furtado, Celso. A Hegemonia dos Estados Unidos e o Subdesenvolvimento da América Latina. 3ª ed.; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

24)      Furtado, Celso. Criatividade e Dependência na Civilização Industrial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. 

25)      Furtado, Celso. Pequena Introdução ao Desenvolvimento (enfoque interdisciplinar). São Paulo: Editora Nacional, 1980.

26)      Furtado, Celso. O Brasil Pós-Milagre. 2ª ed.; Rio de Janeiro: Paz e Terra, coleção Estudos Brasileiros, 1982. (edição encadernada)

27)      Furtado, Celso. A Nova Dependência: dívida externa e monetarismo. 4ª. ed.; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 

28)      Furtado, Celso. Não à Recessão e ao Desemprego. 5ª ed.; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 

29)      Furtado, Celso. A Fantasia Organizada. 1ª. ed.; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

30)      Furtado, Celso. Transformação e Crise na Economia Mundial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

31)      Furtado, Celso. A Fantasia Desfeita. 2ª. ed.; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

32)      Furtado, Celso. Os Ares do Mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.

33)      Furtado, Celso. Brasil: A Construção Interrompida. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

34)      Francisco de Sales Gaudêncio, Marcos Formica (coords.). Era da Esperança: Teoria e Política no Pensamento de Celso Furtado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. 


 

Obras clássicas de economia doadas por Paulo Roberto de Almeida para a Biblioteca do Itamaraty

 Obras clássicas de economia doadas por Paulo Roberto de Almeida para a Biblioteca do Itamaraty

       [Encaminhamento em 6/03/2020]


1)      Albert AUPETIT, Théorie générale de la Monnaie (1901). Paris: Éditeurs du ‘’Journal des Économistes’’.

2)      Alfred Marshall. Princípios de Economia (1890). Rio de Janeiro: Epasa, 1946.

3)      Auguste Walras, De la nature de la Richesse et de L’origine de la Valeur, (1938) Paris: Librairie Félix Alcan.

4)      Bertrand Nogaro, Principes de Théorie Économique (1943). Paris: Libraire Génerále de Droit et de Jurisprudence.

5)      Carl Robertus-Jagetzow, Le Capital (1904). Paris: V. Giard & E.Brière Libraire-Éditeurs

6)      Carlo Menger, Principii Fondamentali di economia politica (1871) Bari: Gius. Laterza & Figli, 1925.

7)      Carlos Marx. História Critica de la Teoria de la Plusvalia, vol.1 (1905-10). México: Fondo de Cultura Económica, 1946

8)      Carlos Marx. História Critica de la Teoria de la Plusvalia, vol .2 (1905-10). México: Fondo de Cultura Económica, 1944

9)      Carlos Marx. História Critica de la Teoria de la Plusvalia, vol. 3 (1905-10). México: Fondo de Cultura Económica, 1945

10)   Eugen Shwiedland, Éconimie Sociologique (1925). Paris: Marcel Giard Libraire-Éditeur

11)   Eugen von Böhm-Bawerk, Théorie Positive du Capital. (1929) Paris: Marcel Giard Libraire-Éditeur.

12)    Irving Fisher, La Théorie de L’Intérêt (1933). Paris: Marcel Giard Libraire-Éditeur.

13)   Irving Fisher, Pouvoir D’Achat de la Monnaie (1926). Paris:Marcel Giard Libraire-Éditeur

14)   John Bates Clark, Principes D’Économique (1911). Paris: V. Giard & E.Brière.

15)   John Maynard Keynes, Teoría general de la ocupación, el interés y el dinero,(1936). Mexico: Fondo de Cultura Económica, 1943.

16)    John Stuart Mill. Princípios de Economia política (1848). Mexico: Fondo de Cultura Económica, 1943.

17)    Léon Walras, Études d’Économie Sociale. (1936) Paris: R.Pichon et R.Durand-Auzias Libraires- Éditeurs.

18)   Léon Walras, Études d'économie politique appliquée (1936). Bordeaux: Imprimeries DELMAS, 1938.

19)   Léon Waltras, Abregé des Éléments d’Économie Politique Pure (1938). Paris: Libraire Génerale de Detroit et de Jurisprudence.

20)   M. G. de Molinari, L’evolution Économique (1880). Paris: Typographie Paul Schmidt

21)    M.F. Esquirou de Parieu, La Propriété et le Revenu. (1856). Paris: Guillaumin et Cie, Éditeurs.

22)   Manuel de V. Pareto.  Manual de Economia Política (1946). Buenos Aires: Talleres El Grafico, 1945.

23)   Mihaïl Manoïlesco, Théorie du Protectionnisme et de L’Échange International, (1929). Paris: Marcel Giard Libraire-Éditeur.

24)   Thomas Robert Malthus. Principos de Economia Política (1820). México: Fondo de Cultura Económica, 1946.

25)   W. Stanley Jevons, La théorie de L’Économie Politique (1909). Paris: V.Giard & E.Brière.

26)   Werner Sombart, El Apogeo Del Capitalismo (1902). México: Fondo de Cultura Económica, 1946.

27) George J.Goschen, Theórie des Changes Étrangers, (1861). Paris : Guillaumin et ce Éditeurs.

28) John Stuart Mill, Princípios de Economia Política Vol 1, (1996). São Paulo: Editora Nova Cultural.

29) John Stuart Mill, Princípios de Economia Política Vol 2, (1996). São Paulo: Editora Nova Cultural

30) Michael A. Heilperin, Economía Monetaria Internacional, (1946). Argentina: Editorial Sudamericana Sociedad Anónima.

31)  Victor Bonnet. Questions économiques et financières à propos des crises. Paris: Guillaumin, 1859


Nova remessa em 6/11/2024: 


(E) Obras raras ou clássicas

1)         Marx, Carlos. El Capital: Crítica de la Economia Política (Edición del Centenario). Traducido al Castellano de la última edición alemana por el Prof. Manuel Pedroso; primera edición americana completa, vol. 1; “Introdución al Marxismo: Carlos Marx, su vida, su obra”, por V. I. Ulianov (Lenin), Pravda, n. 50 (254), marzo de 1913, p. 25-60. Mexico: Ediciones Fuente Cultural, [1945].

2)         Marx, Carlos. El Capital: Crítica de la Economia Política, Libro Primero, volumen segundo; Mexico: Ediciones Fuente Cultural, [1945].

3)         Marx, Carlos. El Capital: Crítica de la Economia Política, Libro Segundo, volumen tercero; Mexico: Ediciones Fuente Cultural, [1945].

4)         Marx, Carlos. El Capital: Crítica de la Economia Política, Libro Tercero, volumen cuarto; Mexico: Ediciones Fuente Cultural, [1945].

5)         Marx, Carlos. El Capital: Crítica de la Economia Política, Libro Tercero, volumen quinto; Mexico: Ediciones Fuente Cultural, [1945].

6)         Cassel, Gustav. Economía Social Teórica [1918]. 3ª ed. Revisada de la quinta Edición alemana, 1932.Madri: M. Aguilar, 1946.

7)         Teilhac, Ernest. L’Oeuvre Économique de Jean-Baptiste Say. Paris: Librairie Félix Alcan, 1927.

8)         Leroy-Beaulieu, Paul. Traité de la Science des Finances (1876). 5ª. ed.: revue et corrigée. Paris: Librairie Guillaumin, 1891.

9)         Keynes, John Maynard. The Economic Consequences of the Peace [1919]. Londres: Macmillan, 1924.

10)      Robinson, Joan. La Economia de la Competencia Imperfecta [1932]. Traducido del inglés por José Luis Sampedro; Introducción por Manuel de Torres. Madri. M. Aguilar, 1946. 

11)      Hayek, Friedrich A. La Teoria Pura del Capital [1940]. Traducción del inglés, prólogo y notas por Andres Sanchez Arbos. Madri: M. Aguilar, 1946.

12)      Dillard, Dudley. The Economics of John Maynard Keynes: The Theory of a Monetary Economy. Nova York: Prentice-Hall, 1948.

13)      Machlup, Fritz. Internaational Trade and National Income Multiplier (1943). Philadelphia, The Blakiston Company, 1950. 

14)      Sombart, Werner. El Apogeo del Capitalismo [1902]. Versión directa por José Urbano Guerrero. México: Fondo de Cultura Económica, 1946.

15)      Baudin, Louis. La Monnaie et la Formation des Prix [1936]. 2a ed., revue et augmentée. Paris: Recueil Sirey, 1947.

16)      Marrama, Vittori. Política Económica de los Países Subdesarrollados [1957]. Versión española de Justo Fernandez Bujan; Prólogo de Emílio de Figueroa. Madri: Aguilar, 1961.

Pesquisa - O ensino e a pesquisa sobre África e América Latina nos cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil - Jessica da Silva C. de Oliveira (PUC-MG, Poços de Caldas)

Pesquisa - O ensino e a pesquisa sobre África e América Latina nos cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil
Prezado(a)(e),

É com alegria que compartilhamos este questionário vinculado ao projeto de pesquisa intitulado "Os estudos sobre África e América Latina nos
cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil”, financiado
pelo fundo de incentivo à pesquisa acadêmica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Edital FIP 2024/30724) e sob a coordenação da Prof. Dra. Jessica de Oliveira (PUC Minas Poços de Caldas). Abaixo disponibilizamos um breve resumo do projeto, em curso desde fevereiro de 2023, e dos objetivos deste questionário.

Antes de mais nada, agradecemos pelo seu tempo e reflexões compartilhados no contexto deste formulário e de eventuais outras trocas que possamos realizar futuramente!

O presente estudo tem como objetivo mapear a
evolução do campo de estudos das Relações Internacionais (RI) no Brasil, tanto
em seu aspecto epistemológico mais amplo como em seu aspecto pedagógico,
através do exame da presença ou ausência de conteúdos de África e
América Latina e das interseções com a formação econômica, cultural e social do
Brasil nos cursos de graduação em Relações Internacionais do país. Coloca-se
como problema de pesquisa: tendo em vista a geopolítica do conhecimento que
marca o surgimento e a disseminação do campo de RI, de maneira geral, e o
recente estabelecimento das DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) da
graduação em RI no Brasil, como tem se dado o ensino e a pesquisa no que
concerne ao estudo de África e América Latina e as interseções étnico raciais,
históricas e culturais afro-brasileiras, africanas e latinomericanas desde
2018?

O mapeamento aqui proposto – inédito, até onde
se sabe – visa produzir um panorama do conteúdo programático dos cursos de
graduação em RI ao redor do Brasil em seu componente regional, historiográfico
e teórico - considerando o recorte temático focado no lugar do ensino de África
e América Latina na formação de internacionalistas no Brasil. A preocupação central aqui é mapear e
compreender as potencialidades e dificuldades do ensino e da pesquisa, de
maneira geral, e buscar observar os possíveis impactos do estabelecimento das
DCNs da graduação em RI no Brasil, com sua menção explícita à necessidade de conferirmos
atenção às interseções étnico raciais, históricas e
culturais afro-brasileiras – e, acrescentamos, latinoamericanas. Busca-se, ainda, um
engajamento crítico inspirado nas perspectivas pós- e decoloniais acerca do
estado da arte da formação em RI no Brasil e das alternativas ao reconhecido
eurocentrismo da disciplina mesmo quando pensada para além do Atlântico Norte.

Um recente estudo nos apresenta dados importantes sobre a formação e evolução do campo das RI no Brasil (Maia, 2019), tendo sido identificado que apenas 14% dos cursos
de graduação em RI ofereciam conteúdos de educação das relações étnico-raciais
e 34% dos cursos contemplavam temáticas relacionadas a direitos humanos. Tais
dados se tornam ainda mais alarmantes quando avançamos até o artigo 4 das DCNs,
que estabelece que o/a profissional de RI deve ter “capacidade de compreensão
de questões internacionais no seu contexto político, econômico, histórico,
geográfico, estratégico, jurídico, cultural, ambiental e social, orientada por
uma formação geral, humanística e ética”, ou seja, sensibilidade aos contextos
e às especificidades locais.

Metodologia: O estudo está sendo conduzido através do levantamento e análise de projetos pedagógicos de curso, grades curriculares e planos de ensino em voga em instituições de ensino superior (IES) em modalidade presencial nas cinco regiões do país. O presente questionário tem como objetivo auxiliar na construção deste panorama qualitativo e reflexivo/reflexivista, estabelecendo aqui um espaço para registro das experiências e percepções de docentes e pesquisadore(a)s cujas atividades acadêmicas de ensino e/ou pesquisa estejam diretamente ou transversalmente relacionadas com África e América Latina - seja enquanto recortes de área/espaciais/temáticos seja enquanto loci de enunciação.

Adicionalmente, com vistas a aprofundar as reflexões sobre a temática, propõe-se ainda um segundo movimento no âmbito deste
estudo, a saber: a formação de um grupo focal composto por docentes e pesquisadore(a)s de Relações
Internacionais situado(a)s em IES de diferentes regiões do país e atualmente
envolvido(a)s com estudo e o ensino de África e América Latina nas RI. Com
isso, espera-se viabilizar um espaço para diálogo e troca de experiências no
que tange às potencialidades e desafios de pensar o internacional e o global no
Brasil para além do Atlântico Norte e do Eurocentrismo que marca a disciplina.

[Você poderá sinalizar seu interesse e disponibilidade para participar da dinâmica de grupo focal ao final deste questionário.]

--
Esclarecemos ainda que o uso das informações aqui registradas será apenas em termos de
um mapeamento com fins de gerar reflexões sobre a temática. Não pretendemos
divulgar os nomes das universidades e colegas profissionais sem autorização prévia.
Em caso de dúvidas ou sugestões, ficaremos felizes em receber seu contato: jessicascoliveira@gmail.com ou jessicas@pucpcaldas.br; (35)99775-6767 (Whatsapp).

Com gratidão,

Jessica da Silva C. de Oliveira [Prof. do curso de Relações Internacionais da PUC Minas Poços de Caldas] & Nataly Mayla de Sá Barbosa [Graduanda do curso de Relações Internacionais da PUC Minas Poços de Caldas]

Para responder à pesquisa:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfyzoIZrn-y5TcefDgM-WvKj15hCDweaT1RYMzHA8QpPHrXnA/viewform 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Charge em agência estatal da Venezuela faz túnel ligando Itamaraty aos EUA - Daniela Arcanjo (FSP)

Charge em agência estatal da Venezuela faz túnel ligando Itamaraty aos EUA


Folha.com | Últimas Notícias
04 de novembro de 2024
Daniela Arcanjo

Nova provocação se soma a diversos outros ataques de Caracas desde as eleições no país vizinho, em julho

São Paulo

A agência de notícias estatal da Venezuela publicou em suas redes sociais, neste domingo (4), uma charge na qual retrata o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, conectado à embaixada dos Estados Unidos, em mais um ataque do regime ao Itamaraty.

Na imagem, publicada nas redes sociais da Agência Venezuela News, o Tio Sam, personagem-símbolo da nação norte-americana, cava um túnel entre os dois prédios, sugerindo uma ligação obscura entre Brasil e EUA uma manipulação do Itamaraty por Washington.

Charge publicada pela agência estatal de notícias da Venezuela mostra túnel entre Itamaraty e embaixada americana

A ditadura de Nicolás Maduro insiste nessa acusação desde que o Brasil vetou a entrada de Caracas no Brics durante a cúpula do grupo em Kazan, na Rússia, há quase duas semanas. Em 24 de outubro, um dia após a divulgação da lista de convidados a entrar no bloco, na qual a Venezuela não foi incluída, a alvo foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A charge retratava um senhor de feições parecidas com as do petista no cavalo de troia. A figura é usada para denunciar algum tipo de manipulação - no caso, Lula estaria disfarçado de aliado da Venezuela enquanto age de acordo com os interesses americanos, como os guerreiros gregos teriam feito ao se esconderam em um cavalo de madeira dado de presente aos troianos, de acordo com a mitologia.

Desde então, outras quatro charges atacando Lula foram publicadas.

Na primeira, ele sai de um armário vestindo um terno estampado com as cores da bandeira dos EUA. Na segunda, ele observa, com o chapéu do Tio Sam, Maduro e Vladimir Putin, presidente da Rússia, se cumprimentando - o ditador foi de última hora a Kazan para participar da cúpula, na tentativa de reverter o veto.

Na terceira, Lula é retratado como um cachorro saindo de uma caixa de transportes para pets deixada por uma pessoa que veste uma manga com as cores da bandeira dos EUA. Na charge, o presidente se encontra com outros dois líderes, também representados como cachorros - Javier Milei, da Argentina, e Gabriel Boric, do Chile. Em pontas opostas do espectro ideológico (o argentino é um ultraliberal e o chileno é de esquerda), ambos são críticos do regime de Maduro.

A associação de símbolos americanos a críticos é uma constante na propaganda da ditadura venezuelana. Das 34 últimas charges publicadas pela agência, por exemplo, em 12 aparecia alguma referência aos EUA.

Nas últimas semanas foram retratados como representantes de interesses americanos a líder opositora María Corina Machado e a conselheira do Carter Center para a América Latina, Jennie Lincoln - a organização afirma que, com base nas atas eleitorais divulgadas pela oposição nas últimas eleições, em julho, o adversário de Maduro, Edmundo González, venceu. Já o regime reivindica a vitória do ditador, embora sem apresentar os documentos.

A novidade dos últimos dias é que a artilharia se voltou contra o governo Lula, visto até o início do ano como um aliado do regime. O escândalo que se desenhou após as inúmeras denúncias de irregularidades durante as eleições em 2024 dificult a sustentação desse elo.

Na derrocada da relação, até mesmo o assessor especial de Lula para assuntos exteriores, Celso Amorim, virou um "mensageiro do imperialismo norte-americano". Notório entusiasta do que vem sendo chamado de Sul Global - expressão comumente usada para países em desenvolvimento - , o ex-chanceler brasileiro é um dos fundadores do Brics.

O Itamaraty tem escolhido não reagir aos ataques.

"Um Olhar Sobre o Ensino Superior no Brasil" - livro da Academia Brasileira de Ciências