domingo, 13 de fevereiro de 2011

Carreira diplomatica: leituras para o concurso de entrada

Bibliografia para o concurso do Rio Branco
Resumo de uma lista de leituras por:
Paulo Roberto de Almeida
(Brasília, fevereiro de 2010)

Um candidato à carreira diplomática, preocupado, como muitos, com a enormidade da lista de leituras requeridas, escreveu-me, no final de 2010, para perguntar-me se eu tinha uma lista resumida de leituras. Eu tinha, ou tive, uma lista desse tipo, mas eu a tinha elaborado em 2005 ou 2006, numa época em que a bibliografia não tinha assumido ainda proporções montanhosas, e quando o concurso tinha, talvez, outras características em relação ao período atual (2010-2011). Minha lista deve figurar no meu site de dicas para a carreira diplomática, que a despeito de necessitar uma boa atualização e reformatação, pode ainda servir para algo (link: http://www.pralmeida.org/04Temas/04AcademiaDiplom/02DiplomaciaGeral.html).
Não tenho a pretensão de fazer a lista perfeita, mas uma vez que fui solicitado a resumir aqueles que considero serem os livros essenciais para uma boa preparação, vou fazê-lo, com base UNICAMENTE na lista oficial de 2010 (já que o Guia de Estudos de 2011 não traz indicação de leituras). Eu o farei exclusivamente naquelas matérias com as quais mantenho certa familiaridade, substantiva e bibliográfica, à exclusão, portanto, de Português e de Inglês, embora eu também teria algo a eliminar do restante e algo a acrescentar (o que não vou fazer para não agregar à agonia dos candidatos.
Esta é, com todas as restrições aplicáveis, a “minha” lista, embora eu alerte, uma vez mais, que uma boa preparação para o Rio Branco vai muito além dessas “leituras obrigatórias”. Desejo bons estudos e boa sorte a todos os candidatos.
Paulo Roberto de Almeida

História do Brasil:
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1997.
CARONE, Edgar. A República Velha. São Paulo: DIFEL.
________. A República Nova (1930-1937). São Paulo: DIFEL. 1982.
________. A Terceira República (1937-1945). São Paulo: DIFEL. 1982.
CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília: Editora UnB, 2002.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro. São Paulo: Globo/Publifolha, 2001. 2 v.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp-Imprensa Oficial 2002.
FLORES, Moacyr. Dicionário de História do Brasil. Porto Alegre: Edipucrs, 2001.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 2003.
GARCIA, Eugênio Vargas. Cronologia das Relações Internacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 2006.
IGLESIAS, Francisco. Trajetória Política do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1996.
PRADO JUNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1995.
________. A Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Publifolha, 2000.

História Mundial:
BARRACLOUGH, G. Introdução à História Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
BEAUD, Michel. História do Capitalismo de 1500 a Nossos Dias. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. São Paulo: Editora Globo, 1994, 2v.
CARR, Edward H. Vinte Anos de Crise, 1919-1939. Brasília: Editora UnB/Imprensa Oficial do Estado/IPRI, 2001.
CERVO, Amado Luiz; RAPOPORT, Mario (Orgs.). História do Cone Sul. Brasília, Editora UnB/Revan, 1998.
HALPERIN DONGHI, Tulio. História da América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
________. A Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
________. A Era dos Extremos. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2001.
________. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
KENNEDY, Paul. Ascensão e Queda das Grandes Potências. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1989.
MAGNOLI, Demetrio. Relações Internacionais: teoria e história. São Paulo: Editora Saraiva, 2004.
ROBERTS, J. M. The Penguin History of the Twentieth Century: The History of the World, 1901 to the Present. Londres: Penguin, 2004.
SARAIVA, José Flávio S. (Org.) História das Relações Internacionais Contemporâneas. São Paulo: Editora Saraiva/IBRI, 2007.
WATSON, Adam. A Evolução da Sociedade Internacional: uma análise histórica comparativa. Brasília: Editora UnB, 2004.

Geografia:
BENKO, George. Economia, Espaço e Globalização. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
BECKER, Bertha et alli. Geografia e meio ambiente no Brasil. 2.ed. São Paulo:Hucitec.1995.
BECKER, Bertha & EGLER, Claudio. Brasil: Uma nova potência regional na economia-mundo. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1994.
GREGORY, Derek et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e Ciência Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria. São Paulo: Moderna/EDUNESP, 1997.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2005.
________. Bases da formação territorial do Brasil. São Paulo: Hucitec, 2000.
RIBEIRO, Wagner Costa (org.) A ordem ambiental internacional. São Paulo:
Contexto, 2001.
THÉRY, Hervé & MELLO, Neli Aparecida. Atlas do Brasil. Disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2005.

Política internacional:
ALBUQUERQUE, José A. Guilhon (Org.). Sessenta Anos de Política Externa Brasileira. São Paulo: USP, 1996, 4v.
BAYLIS, John & SMITH, Steve (Orgs.). The Globalization of World Politics: an introduction to international relations. Oxford: Oxford University Press, 2001.
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CASTRO, Marcus Faro de. Política e Relações Internacionais: fundamentos clássicos. Brasília: Editora UnB, 2005.
CERVO, Amado Luiz. Inserção Internacional: formação dos conceitos brasileiros. São Paulo: Editora Saraiva, 2007.
___________. As Relações Internacionais da América Latina: velhos e novos paradigmas. Brasília: FUNAG/IBRI, 2001.
GILPIN, Robert. A Economia Política das Relações Internacionais. Brasília: Editora UnB, 2002.
________. O Desafio do Capitalismo Global: economia mundial no século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2004.
LAGO, André Aranha Corrêa do. Estocolmo, Rio, Joanesburgo: o Brasil e as três Conferências Ambientais das Nações Unidas. Brasília: Instituto Rio Branco; Fundação Alexandre de Gusmão, 2007.
LESSA, Antônio Carlos. ALTEMANI, Henrique (orgs.) Relações Internacionais do Brasil: Temas e Agendas. São Paulo: Editora Saraiva, 2006, 2 vols.
VIZENTINI, Paulo Fagundes. A Política Externa do Regime Militar Brasileiro: Multilateralização, Desenvolvimento e a Construção de uma Potência Média (1964- 1985). Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1998.

Economia:
ABREU, Marcelo P. A. Ordem do Progresso: Cem Anos de Política Econômica Republicana 1889-1989. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Notas Metodológicas do Balanço de Pagamentos. Notas Técnicas do Banco Central do Brasil. Nº 1, junho, 2001. (texto disponível na página: http://www.bcb.gov.br)
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento Econômico Brasileiro. (Capítulos 2, 9, 10 e 11). 4ª Edição. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.
FEIJÓ, Carmem A. et al. Contabilidade Social: a Nova Referência das Contas Nacionais do Brasil. (Capítulos 3 e 5). 3ª edição. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2007.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 2003.
GAMBIAGI, Fabio; VILLELLA, A.; BARROS DE CASTRO, L; HERMMAN, J. (orgs.). Economia Brasileira e Contemporânea (1945-2004). Editora Elsevier/Campus, 2005.
MANKIW, N. G. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Pioneira Thomson, 2006.
PINHO, Diva B.; VASCONCELOS, M. A. S. (orgs.). Manual de economia. São Paulo: Saraiva, 2006.
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 17ª Edição: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2004.
VERSIANI, F. R. e MENDONÇA DE BARROS, J. R. (orgs.). Formação Econômica do Brasil: a Experiência da Industrialização. São Paulo: Saraiva, 1979.

Direito Internacional Público:
ACCIOLY, Hildebrando e Geraldo Eulálio do Nascimento e Silva. Manual de direito internacional público. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de direito internacional público. 14 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
QUOC DINH, Nguyen, Patrick Dailler e Alain Pellet. Direito internacional público. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1999.
RANGEL, Vicente Marotta. Direito e relações internacionais. 7 ed. São Paulo: RT, 2002.
REZEK, José Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
SEITENFUS, Ricardo. Manual das organizações internacionais. 3 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
SILVA, José Affonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2004.
SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de direito internacional público. v. 1. São Paulo: Atlas, 2002.
THORSTENSEN, Vera. OMC: Organização Mundial do Comércio: as regras do comércio internacional e a nova rodada de negociações multilaterais. São Paulo: Aduaneiras, 2001.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direito das organizações internacionais. 3 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.

35 comentários:

  1. Interessante eu que nunca ambicionei a carreira diplomática já li 90-95% (não fiz o cálculo para dar um número certo) da lista.

    Não sei bem por que comentei isso, mas já está feito.

    Abs,

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  2. E que as editoras não nos leiam, mas li uma parte (os mais antigos) em fotocópias das fotocópias...

    Abs

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  3. Estou completamente grata pela dica.
    Pelo menos um ponto de partida nesse mar de informação!.

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  4. Olá Sr. Paulo Roberto,

    visito sempre seu blog e já comentei em outro post sobre a carreira diplomática. Sou aquela jovem de 16 anos que havia acabado de terminar o Ensino Médio. Bom, agora tenho boa notícia, sou universitária, do curso de Ciências Sociais da UFPI (a universidade federal do meu estado).
    Mas venho por outro motivo, quando vi essa nova bibliografia resumida, recomecei a busca pelos livros nas bibliotecas da minha cidade. Constatei algo, a maior parte do acervo daqui é muito antigo, das décadas de 70 e 80.
    O senhor acredita que isso irá atrapalhar meus estudos?

    Grata pela atenção,

    Ananda Marques

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  5. Ananda Marques,
    Louvo seu empenho e visão de futuro, quanto a ser diplomata, mas gostaria de deixar bem claro isto: se voce depender de seu curso para se formar, para se informar, ou para se instruir, você não irá a lugar nenhum.
    As universidades brasileiras -- públicas e privadas -- estão em processo acelerado de mediocrização, sendo que esses cursos da área de humanas (sociais, claro), são os mais medíocres e lamentáveis.
    Espero que você tenha a iniciativa de estudar sozinha, pela internet, comprando livros, emprestando outros, ou seja, se formando por sua própria conta, pois do contrário você não conseguirá avançar muito.
    Você tem de fazer um investimento em si mesma, e trocar o dinheiro do cinema pela compra de livros via internet.
    Esta é a minha recomendação. Pode parecer cruel, mas é isso o que penso.
    Paulo Roberto de Almeida

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  6. Sr. Paulo Roberto,

    concordo com a ideia de que depender apenas das aulas na universidade não é a melhor alternativa de estudo. Justamente por isso estou estudando sozinha, desde que decidi por essa carreira.
    A internet é uma grande aliada nessas horas e as bibliotecas também, é claro.
    A grade curricular do meu curso não cobre completamente o programa do concurso, eu não poderia nem cogitar a ideia de depender apenas da universidade.
    Obrigada pela resposta, continuarei a fazer o que me aconselhou.
    Ah,e gostaria de dizer, o blog também é fonte de estudo! Principalmente se a pessoa tiver a curiosidade de ler os posts mais antigos, vai descobrir uma infinidade de coisas.

    Ananda Marques

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  7. Prezado PRA Almeida,

    Sua contribuição com a lista acima e de extrema valia, principalmente para que está estudando de maneira solitária, para mim que estou longe dos grandes centros, a aquisição de livros é necessária e importante. Ratifico o comentário de Ananda, onde ela diz, que este blog é fonte de estudo e informações.
    Agradeço-lhe muitissimo por isso além, exergo em você um generoso catedrático.

    Obrigada !


    PS.: Ananda, continue firme no seu propósito, você encontra nos sebos virtuais exemplares de livros semi novos, em bom estado e a preços convidativos.

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  8. Prezado Paulo,
    gostaria que nos dissesse a sua opinião sobre o livro ROBERTS, J. M. The Penguin History of the Twentieth Century: The History of the World, 1901 to the Present. Londres: Penguin, 2004.

    É aquele tipo de livro indispensável a uma biblioteca? Tentei vê-lo na FNAC do Park Shopping e não consegui. Na livraria cultura tem disponível paraq encomenda, portanto, já me comprometeria a comprá-lo.

    Pelo que vi no Amazon, pareceu ser um livro muito abrangente e interessante.
    Custa 58 reais na livraria cultura. A quinta edição que vai até 2007.
    abraços,
    Allan

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  9. Eu gosto muito do Roberts, caro Allan.
    Já tinha usado, muito anos atrás, uma das primeiras edições, do seu World History, e gostei. Devo ter pelo menos duas edições do Roberts, e recomendo vivamente. Esse do século XX é excelente, junto com o Paul Johnson (mas o Johnson não entra nem matando na bibliografia do IRBr, que prefere o Hobsbawm, que considero inferior e politicamente enviesado).
    Cada vez que eu preciso de uma consulta para situar um evento num determinado contexto, vou ao Roberts.
    Mesmo fora do IRBr, qualquer biblioteca inteligente deve ter um ou dois Roberts.
    Paulo Roberto de Almeida

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  10. Caro Paulo,
    obrigado pelas observações. Tenho o Hobsbawn, pois usamos ele na graduação, mas o considero muitas vezes superficial.
    Excelente a dica.

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  11. Só agora que percebi que eu estava confundindo o World History com o 20th Century.

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  12. dr paulo
    oi, gostaria de saber se as obras presentes na biblioteca digital da FUNAG ( especificamente estas; http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/classicos), são de importante leitura para ir se preparando para o concurso de diplomacia.
    grato,
    Matheus

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  13. Matheus,
    Nao seja preguiçoso; troque quatro cinemas com a namorada para ler todos esses livros.
    Certamente não vai fazer você ficar mais pobre (talvez com os olhos cansados...), e certamente toda leitura de classico é importante, por isso são clássicos.
    A cultura é como a geléia: menos se tem, mais se esparrama no pão...
    Paulo Roberto de Almeida

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  14. matheus,
    muito obrigado pela resposta, e se fosse possivel, o senhor saberia me informar alguma livraria ou algum site, que tenha esses livros com um preço mais "camarada", já que a maioria deles é um pouco caro
    grato

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  15. Caros,

    Tem um site muito bom que vende livros de sebos e livreiros de todo o país. Sempre compro livros com ótimos preços: www.estantevirtual.com.br

    Além disso, pode-se comprar livros pela Amazon, inclusive usados, por ótimos preços. Mesmo com o valor do frete, pode compensar comprar direto, do que importar por outra livraria.


    Obrigada pela lista de leituras, Paulo, aos pouquinhos estou completando-a.

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  16. Prezado Paulo

    Fiquei feliz por encontrar seu blog, uma vez que acabei de me formar em História e ambiciono a carreira diplomática. Concordo inteiramente com o que você disse a respeito das graduações não serem suficientes para um concurso desta magnitude. Penso que o obstáculo principal seja a falta de direcionamento. Nenhum curso nos prepara para isso. Enfim, tenho vários textos dos livros da sua lista, e estou me direcionando por eles. Muito obrigada pela preocupação com os "aspirantes" à diplomacia!

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  17. Caro Sr. Paulo,
    O Senhor indicaria alguma faculdade onde possa ser realizado o curso de relações internacionais com uma boa base para uma aspirante à diplomata? Obrigada.

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  18. Minha Anônima demandante de curso de RI,
    Como regra geral, não sou de fazer publicidade ou indicações de cursos, uma vez que seria quase uma recomendação comercial.
    Considero TODOS, ou quase todos, como aquém do que se requer numa graduação de qualidade para um bom exercício numa carreira de mercado, e sublinho de mercado, pois entendo que a MAIOR PARTE dos egressos se destinará ao mercado normal de trabalho, ou seja, o setor privado.
    Os cursos são acadêmicos, chatos, uma assemblagem de matérias supostamente de RI, com muita enrolação e pouca inspiração.
    Os mais orientados ou voltados para global business, ou negócios globais, me parecem os mais interessantes.
    Mas mesmo os mais enfaticamente acadêmicos não preparam exatamente para a carreira diplomatica, e sim para uma chata vida acadêmica.
    Portanto, se você quer um conselho, faça uma graduação, qualquer uma, que a oriente para o MERCADO, e depois, em paralelo, você estuda para o concurso do Itamaraty, por conta própria, ou com a ajuda desses cursinhos mercantis que existem por aí. ESTUDE SOZINHA, é o melhor conselho que dou.
    Paulo Roberto de Almeida

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  19. Prezado Sr Paulo R. de Almeida

    Apreciei muito o blog em questão.
    Não conheço muito sobre a carreira diplomática mas sempre gostei de assuntos relacionados à economia e política.
    Pretendo participar do concurso de admissão.
    Sou engenheiro e atualmente estou me graduando em ciências econômicas.
    Tomei nota da bibliografia sugerida para o concurso e gostaria de saber qual a exigência para o idioma francês.É necessário proficiência?
    Cordiais Saudações.

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  20. Fabio,
    O seu Frances precisa ser apenas suficiente para ler um texto, compreender e dar uma explicacao sobre esse texto. Diferente do Ingles, que precisa ser quase perfeito.
    PRA

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  21. Boa tarde!
    Eu estou no último semestre de Direito e me interessei pela carreira diplomática. Sei que estou um pouco atrasada para o concurso do ano que vem, mas ainda assim gostaria de me preparar e tentar. Você tem alguma dica de como posso me preparar em pouco tempo e conseguir passar nesse concurso? Obrigada!

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  22. Boa tarde!
    Eu estou no último semestre de Direito e me interessei pela carreira diplomática. Sei que estou um pouco atrasada para o concurso do ano que vem, mas ainda assim gostaria de me preparar e tentar. Você tem alguma dica de como posso me preparar em pouco tempo e conseguir passar nesse concurso? Obrigada!

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  23. Boa noite Ultimo Semestre,
    Minha unica dica e' ler todos esses livros que estao a lusta acima. Acho que em seis meses deve dar!
    PRA

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  24. Prezado Paulo,

    Sou aspirante à carreira diplomática, formada em RI e resolvi estudar neste ano de 2013. Pretendo estudar sozinha.
    Além dos livros acima, quais publicações (revistas)são recomendadas? Pensei em assinar Carta Capital, além de ler jornais e acompanhar outros meios de comunicação. Há alguma outra revista voltada à Política internacional...Ou outra que seja realmente relevante?
    Obrigada.
    Marcella

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  25. Prezado Paulo,

    Pretendo estudar sozinha para o concurso e gostaria de saber se o Sr. recomenda alguma publicação (revista) para complementar os estudos. Pensei em assinar Carta Capital e também alguma revista de Política Internacional. Qual recomenda?

    Obrigada,

    Marcella

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  26. Carta Capital é certamente enviesada e eu NUNCA recomendaria, embora os companheiros devam adorar.
    Prefiro a Politica Externa, a Revista Brasileira de Política Internacional e a Contexto Internacional, além da Economist, New York Times, Wall Street Journal e Financial Times, claro...
    ---
    Paulo Roberto de Almeida

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  27. Caro Paulo, comecei nesta semana minha preparação para o concurso do ano que vem. Minha principal motivação para pleitear a carreira tem sido elevar meu sarrafo intelectual. Considero-me um leitor atento, porém ouvinte disperso. Nunca fui muito afeito a palestras longas. Há um cursinho que diz ter aprovado quase todos os candidatos nos últimos anos, cem por cento dos pretendentes em 2011. Pergunto-me (aperreia-me): tentar estudar por conta própria é uma insolência besta da minha parte?

    Outro questionamento que me faço é sobre a bibliografia listada acima. Li apenas alguns dos livros citados. Como disse, não sou mau leitor e creio ter o tempo como aliado. Queria saber, senhor Paulo, se foi prazeroso o tempo que o gentil conselheiro dedicou à leitura de tais obras, já que terei meu pescoço inclinado sobre elas durante a maior parte do meu tempo, nos próximos anos.

    Obrigado,
    Anônimo da Silva Jordão Palhares Terceiro

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  28. Anônimo da Silva,
    Leia simplesmente. Eu sempre li e nunca me arrependi.
    Nunca, alguém perdeu tempo lendo bons livros. Alguns da lista não são bons, mas isso você vai descobrir por si mesmo.
    Paulo Roberto de Almeida

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  29. Prezado Paulo, parabéns pelo blog antes de mais nada.

    O que você pensa do "Postwar", do Tony Judt, em relação à preparação pro concurso?
    Conheço alguns artigos dele e acho-os sensacionais, mas tenho receio de embarcar num livro daquele porte neste período de preparação, onde o pragmatismo vale mais que ouro.

    Abs
    André

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  30. Como você tem dezenas e dezenas de livros para ler, e pouco tempo para ler tudo, acho melhor ater-se ao essencial do que foi recomendado no passado como leituras indicativas. O Tony Judt ainda não entrou nas bibliografias do IRBr ou de muitas faculdades de história e ciências sociais do Brasil.
    O pessoal demora pelo menos 30 anos para traduzir e divulgar...
    PRA

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  31. Ok, Paulo. Obrigado pelo retorno.

    Vou até tirar o "Postwar" da estante visível para continuar resistindo à tentação de destrinchá-lo!

    (Se não me engano, no TPS/2012 houve uma questão baseada num trecho do livro.)

    André

    ResponderExcluir
  32. Saudações, senhor Paulo Roberto de Almeida. Tenho 16 anos, e, como já confidenciei aqui, sou aspirante à carreira diplomática.
    Bem, como também já confidenciei aqui, sou um ávido leitor desde que me entendo, e entre os livros que mais devoro estão justamente os que tratam de história, economia, ciência política etc. Mas tudo que li até hoje envolvendo esses temas foi quase que unicamente de autores clássicos (creio que, da lista, só li Hobsbawm e Boris Fausto). Até que ponto o senhor acha que os clássicos podem ajudar no ingresso à carreira diplomática, isto é, como um David Ricardo, um Marx ou um Wagner pode ser útil na realização do exame?
    Muito atenciosamente e com os meus melhores votos, e o agradecendo e o parabenizando pelo trabalho com o blog, Daniel Fernandes de Andrade.

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  33. Daniel Fernandes de Andrade,
    Leia todos os clássicos que você puder, e todos os livros inteligentes que você achar, mas não necessariamente haverá uma perfeita correspondência entre o que dizem certos clássicos e o que se pede nos exames de ingresso na carreira diplomática.
    Por exemplo: o Rio Branco pode achar que Raul Prebisch, o keynesiano mais em voga na América Latina é um clássico perfeitamente em voga, quando sob certos critérios sua obra pode ser profundamente questionada pelos equívocos que contem.
    Da mesma forma, no Rio Branco pode-se achar que as colocações de alguns autores consagrados na bibliografia recomendada - tipo Moniz Bandeira, ou Amado Cervo, por exemplo -- são argumentos perfeitamente aceitáveis, quando podem ser totalmente corrigidos por análises mais corretas no plano histórico ou econômico.
    Por isso, os cursinhos permitem aos candidatos saber quais são as respostas "corretas", algumas perfeitamente equivocadas e ideológicas, mas aceitáveis no momento.
    Existem discursos e discursos, como você sabe, e algumas respostas existem sob algumas formas que certamente alguns clássicos encontrariam risíveis no plano teórico e até empírico.
    Assim são as coisas.
    Paulo Roberto de Almeida

    ResponderExcluir
  34. Caro Paulo,

    o que acha dos livros da série “Manual do Candidato”? É uma leitura relevante, vale a pena ler estes livros ou não são bons substitutos para as leituras dos livros selecionados?

    Obrigado.

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  35. Acredito que vale a pela ler, independente do mérito de algumas partes que respondem mais a certas fixações de nossa historiografia (imperialismo, dominação estrangeiras, essas coisas) do que propriamente aos fatos em si. Mas os manuais foram feitos especialmente para os concursos, então devem servir para alguma coisa, mais não seja, para fixar certos conceitos que correspondem justamente a essas fixações.
    Estão disponíveis no site da Funag, então aproveite...
    Paulo Roberto de Almeida

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