Legisladores adoram contrariar tendências de mercado, como os da Colômbia, que acabam de adotar a determinação legal de se pagar salários iguais para homens e mulheres.
Como os mesmos legisladores não conseguem influenciar os níveis de produtividade entre os gêneros, bem como reduzir os custos relativamente superiores da contratação de mulheres pelos empregadores, o que eles vão acabar produzindo, na verdade, maior desemprego feminino.
Esta é a consequência inevitável deste gesto demagógico. Posso apostar nisso. Alguém quer apostar comigo? Teremos de verificar os números de desemprego, ou de emprego, entre gêneros, na Colômbia, dentro de um ano aproximadamente, e verificar a tendência.
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil, 29/12/2011 - 9h58
Brasília – O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, sancionou a lei que determina que homens e mulheres tenham equivalência de salários. A medida atende a uma série de apelos de entidades de defesa das mulheres que se queixavam da discriminação salarial por sexo ou gênero, como definem os especialistas.
"Acabo de aprovar a lei que elimina a discriminação que existe contra as mulheres em matéria salarial", disse o presidente. Segundo ele, estudos recentes mostram que mulheres que ocupam os mesmos cargos de homens e têm tarefas idênticas às desempenhadas por eles chegam a receber um salário 20% inferior.
Santos determinou ainda que o Ministério do Trabalho atue com "muito rigor" no cumprimento da nova lei. De acordo com o departamento nacional de estatísticas da Colômbia, no trimestre entre agosto e outubro de 2011, a população economicamente ativa estava estimada em 22,8 milhões de pessoas, dos quais 9,76 milhões, o equivalente a 42,8%, eram mulheres.
Na relação de desempregados, estimados em cerca de 2,18 milhões, 1,24 milhões de pessoas eram mulheres, o equivalente a 56,8%.
*Com informações da Presidência da República da Colômbia e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade
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