terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Privataria petista = privataria tucana? Entao faltam os casos de corrupcao...

Brincadeira, claro, mas estamos esperando a próxima divulgação de transações clandestinas, escutas ilegais com tramóias oficiais, denúncia de contas no exterior para o lado obscuro dessas operações, facilitações mafiosas, enfim, tudo aquilo que estamos no direito de aguardar como revelação das patifarias públicas e privadas concluídas ao abrigo dessas privatizações.
Não é assim que os companheiros encarnam os melhores valores das privatizações no Brasil?


PRIVATIZAÇÃO DO PT É COMO A DO PSDB QUE CRITICOU: O GOVERNO PAGA A CONTA!
Miriam Leitão
O Globo, 07/02/2012 

A privatização dos aeroportos foi um sucesso de ágio, houve disputa, mas, como a privatização dos tucanos, foi estatizada demais. O defeito é o mesmo. Fundos de pensão estatais garantem as empresas privadas, o BNDES financiará 80% dos investimentos, e a Infraero vai pagar parte da conta. Os maiores operadores mundiais perderam o leilão nos três aeroportos.
      
O consórcio Invepar, que comprou Guarulhos, em São Paulo, é 80% formado por Previ-BB, Petros-Petrobrás e Funcef-CEF, ou seja, os mesmos fundos de pensão que sustentaram as privatizações do governo FHC. Além disso, a estatal que vendeu o ativo, a Infraero, continua com 49% e, portanto, pagará metade da conta de R$ 16,2 bilhões. Fica na estranha situação de pagar por ter vendido. Há ainda o compromisso de em Guarulhos investir R$ 4,5 bilhões em 15 anos, sendo R$ 1,4 bilhão até a Copa. O BNDES vai emprestar 80% dos recursos.

4 comentários:

  1. Paulo Roberto, tudo bom?
    Tenho que descordar somente onde disse que ambas privatizações são iguais, apresento dois pontos básicos em relação a isso:

    1º. O BNDES vai financiar exclusivamente os investimentos previstos. Nos anos 90 financiava a compra.

    2º. Os recursos arrecadados serão destinados a aeroportos menores.

    Agora, mudando de assunto, tenho uma pergunta pessoal e profissional a te fazer, mas peço que responda, pois é uma dúvida que tenho em relação a opinião política vs trabalho do diplomata. Pretendo prestar em 2014 o CACD e gostaria de saber o seguinte: sendo o diplomata de direita ou esquerda, filiado ou não a partido político, quando um presidente da oposição entra no poder, como fica a situação? Digo, o diplomata trabalha para/contra o presidente, ou a favor do Brasil? Até que ponto a opinião pessoal pode influenciar? Visto que nem sempre uma decisão vinda de Brasília para embaixadas é bem vista. Mas o ponto crucial que quero chegar é que caso o diplomata seja de oposição ao presidente, em um diálogo diplomático, pode acabar acontecendo uma "queima de filme" do Brasil?

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  2. Caro Colega "Proto-riobranquino",

    Não temos o hábito de emiscuir-nos em assutos alheios, tampouco temos a pretensão de ser a voz de vossência Dr. P.R.A.; mas com a assunção ao poder do PT; e as divisões internas da Casa,como sói acontecer, o público em geral tem a percepção de que houve um processo de "politização/partidarização" da SERE; e muitas vezes é o que parece; instilando no inconsciente coletivo um espírito sectário do tipo "us and them!".

    Ao colega assevero que um verdadeiro diplomata deve ter por único partido o Brasil; partidos e governos vêm e vão; o Brasil permanece!(...eles passarão...nós passarinho...!)

    Certamente existem, ainda que raros, "diplomatas políticos"(estadistas!), mas desconheço que existam "políticos diplomatas"(arrivistas!), não obstante, que alguns se esforçem para isso!

    Pelo que foi relatado inferimos que vc é militante de algum partido, passim :"(...)Digo, o diplomata trabalha para/contra o presidente ou a favor do Brasil? Até que ponto a opinião pessoal pode influenciar? Visto que nem sempre uma decisão vinda de Brasília para embaixadas é bem vista.(...)".

    Sugerimos ao colega que leia com atenção o que segue, antes de ocupar o seu tempo em estudos e inscrver-se em concurso para ingressar no Serviço Exterior da SERE:

    LEI Nº 11.440, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006.(Institui o Regime Jurídico dos Servidores do Serviço Exterior...)

    TÍTULO I
    DO SERVIÇO EXTERIOR BRASILEIRO

    CAPÍTULO I
    DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

    (...)

    "Art.3º-Aos servidores da Carreira de Diplomata incumbem atividades de natureza diplomática e consular, em seus aspectos específicos de representação, negociação, informação e PROTEÇÃO DE INTERESSES BRASILEIROS no campo internacional."

    (...)

    CAPÍTULO III
    DO REGIME DISCIPLINAR

    "Art.25- Ao servidor do Serviço Exterior Brasileiro, SUBMETIDO AOS PRINCÍPIOS DE HIERARQUIA E DISCIPLINA,incumbe observar o conjunto de DEVERES, ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES previstas nesta Lei e em disposições regulamentares,TANTO NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES, QUANTO EM SUA VIDA PRIVADA."

    (...)

    Caso o colega não tenha atentado, a vida na "carrière" é a encenação de um "Auto-de-fé" em um "teatro barroco"(relaxado à justiça secular; fazendo da 'casaca' um 'sambenito'!); com a disciplina e rigidez hierárquica da "caserna"; e com nuanças da pompa litúrgica da "Igreja"!

    Como pretender servir bem ao Estado sendo um "anarco-niilista"!

    Boa sorte na sua caminhada...

    Até 2014!

    Vale!

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  3. Entendi o que quis dizer, na verdade não iria fazer este comentário, mas só pra esclarecer: NÃO SOU MILITANTE DE NENHUM PARTIDO. Tenho sim opinião política, mas não necessariamente defendo partidos ou presidentes, não recebo para isso. Na primeira parte do comentário anterior só citei alguns pontos que encontrei rapidamente na internet, não concordo com a venda de coisas públicas. Mas enfim, minha dúvida foi esclarecida aqui "Art.3º(...)PROTEÇÃO DE INTERESSES BRASILEIROS(...), era justo nesse ponto que estava minha dúvida. Agradeço sua atenção e o tempo perdido para responder.

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  4. No que concerne, nao sou, nunca fui, nunca serei membro de qualquer partido, repito, qualquer partido.
    Isso me dá liberdade de opinião sobre tudo e sobre todos.
    Quanto a governos, tampouco me sinto obrigado a prestar subserviência a qualquer deles.
    Sou funcionário de Estado, não de governos.
    E conservo suficiente massa crítica -- ao menos dois neurônios disponíveis -- para manter-me independente de todos, e criticar tudo o que me parece criticável, a partir de uma certa concepção de Brasil e de sua sociedade (que certamente não é a concepção dos atuais companheiros no poder).
    Não tenho nenhum problema em criticar o governo.
    Só carneiros se abstêm de expressar seu pensamento.
    Paulo Roberto de Almeida

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